Quando cheguei ela já estava lá, sentada no balcão, nunca havia a visto por lá, sabia disso já que marcava presença naquele bar toda sexta a noite, gostava do ambiente e da musica, todas as sextas era dia de blues, ia sempre sozinha já que meus amigos preferiam um sertanejo ou forró, pedi uma cerveja, e fiquei sentada olhando pro palco, mas meus olhos sempre voltavam pra ela.

Ela me intrigava, usava um vestido vermelho e batom também vermelho, em seus dedos um cigarro queimava lentamente a fumaça se dissipando em meio a iluminação escura do bar, linda, olhos castanhos, cabelos negros, bebia um drink, dava pra perceber que era segura de si, a postura e balançava lentamente o corpo no ritmo da musica.

Saí dos meus pensamentos e notei que ela havia percebido meu olhar e passou a me observar também, desviei o olhar para o palco, sentia que ela ainda me observava, aquela quentura, mistura de tensão e vergonha causadas pela minha alta estima baixa.

Resolvi entrar no jogo, encarando de volta, e começou um jogo de olhareis, embalados por “Devil Got My Woman” adoro essa musica. Em um momento imaginei ter ela em meus braços, sentir seu cheiro, vê-la nua, fumando um cigarro depois do sex*, aqueles cabelos negros caídos na pele nua em um perfeito contraste, será que tinha tatuagem? E sua voz? Como seria? 

A mulher misteriosa, me olhava atentamente, será que esperava algo? Será que olhava mesmo para mim? Com certeza não. De repente ela se levanta, e caminha lentamente até mim, coloca um papel sobre o balcão, se aproxima e diz só pra que eu escutasse “Quando eu quero algo eu vou atrás!” com um sorrisinho de lado se virou e saiu rebol*ndo, fiquei estática, parada, olhei o papel e tinha seu numero.

- A moça mandou entregar pra você.

Joe me deu outra cerveja.

-Ela disse que vai embora amanhã da cidade, você devia correr – Disse sorrindo.

Peguei o papel e havia um numero, peguei o celular e disquei os números nervosa.

-Hotel Larison, como posso ajudar?

Me despedi de Joe, tomei a cerveja de um só gole e corri, cheguei ao hotel nervosa e esbaforida. Que cena.

Ela estava sentada, elegantemente, óbvio, tomava um Martini no bar do hotel, sentei ao seu lado, observando, esperando.

-Estou surpresa, não imaginei que viria. – Me olhava calmamente.

-Recebi seu recado. – “isso é o melhor que pode fazer?”

Ela sorriu, que sorriso, se levantou calmamente, agradeceu ao barman e disse:

-Vamos.

Chegando ao hotel, não esperou reação minha, me beijou de surpresa e com vontade, um beijo quente e doce, abracei seu corpo, apertando contra o meu, um suspiro escapou de seus lábios enquanto minha boca descia pelo seu pescoço, dando leves mordidas, passando a língua até sua orelha, mordendo e ch*pando seu lóbulo, ouvir seus suspiros foi a coisa mais gostosa, ela puxou meus cabelos com força, tirou minha jaqueta e foi me empurrando até a cama, enquanto eu tentava sem sucesso retirar aquele vestido.

-Abre essa merd* pra mim – Disse sem paciência.

Ela sorriu, me prendeu na cama e começou a se movimentar lentamente, saiu de cima de mim e começou uma dança sexy, se movimentava com maestria,  me deixando mais louca, rebol*va a bunda contra meu sex* e me deixava mais louca ainda, tirou o vestido devagar,sentou no meu colo, me beijando, minhas mãos apertava sua bunda, puxei seu cabelo com força, arrancando um gemido alto, a joguei contra a cama e ela gargalhou da minha impaciência, a beijei, provei seu sex*, ch*pei seus seios, ela me marcou, me ch*pou, goz*mos juntas e rimos daquela aventura louca.

Mais tarde, tive a minha visão do bar, ao ver ela acendendo um cigarro, e foi ainda melhor, se levantou e foi até a sacada, sob a luz do luar era a vista mais mais linda que já havia visto, me aproximei a abraçando por trás, não parecia se importar que alguém visse, senti seu cheiro, enquanto lançava beijos em seu corpo. 

-Posso saber seu nome? 

- Por que quer saber?

-Preciso dar um nome quando contar aos meus amigos sobre a mulher com quem tive a melhor noite da minha vida. 

Ela sorriu preguiçosamente.

- Vai dormir aqui? 

- Se você quiser. Irei adorar.

Jogou o cigarro, e foi pra cama, fiquei parada observando.

- Katherine. -Virou me olhando -Meu nome é Katherine. 

Sorriu e deitou, deitei em seguida, abraçei ela, não disse meu nome, isso não importa agora.

Fim do capítulo