V CAPÍTULO

“Estou perdida... Logo eu que estou mais pra loba me pego diante dela como um cordeiro” (Marisa Flawer)

Horas antes...

Andrah

_ Eu não estou entendendo Andrah! – falava uma irritada Pariah – Porque você tem que pessoalmente ir buscar num hospital, uma humana desconhecida que ajudou?

_ Ela não tem ninguém para isso, linda! Estava muito abalada após o acidente que não tive como indagar sobre quem contatar; seu carro explodiu, todos documentos se foram e o celular também... Como posso abandonar uma pessoa assim? – Enquanto falava saí enxugando-me do chuveiro.

A outra fez silêncio por um momento tão longo que virei-me de frente para verificar o que acontecia e dei-me conta que a mesma olhava faminta para meu corpo. Rapidamente, peguei uma camisa cobrindo-me.

_ Sei... – Pariah engoliu em seco insistindo inconformada– Então manda Vanilla ou Quir resolver isso!

_ Quem vai sou eu! Prometi estar lá – Falei encerrando a questão.

Estava ansiosa por vê-la de novo, a ruiva me intrigava. Acabei de vestir-me, despedi-me com um beijo de uma ciumenta Pariah e corri para o hospital.

Ao ser liberada para ir buscá-la no apartamento onde estava, sentia meu corpo queimar de ansiedade pelo reencontro...

_ Ela ainda se lembraria de mim? Esperava-me? Ou me esquecera e teria contatado alguém... Um namorado, talvez, para buscá-la?!

Pensar aquilo me angustiou muito. Porém, fui surpreendida pela alegria dela em me rever! 

Entrei e Wendra estava voltada para parede e, desinteressada, nem olhou pra checar quem entrara.

_ Então, alguém aqui ainda lembra-se de sua acompanhante que foi deixada na recepção sem nenhuma notı́cia por três madrugadas, enquanto sedada dormia gostosamente nesta caminha?!– falei brincalhona erguendo a sobrancelha esquerda.

_ Andrah!!! – virou-se cheia de entusiasmo

Esticava as mãos para mim, chamando-me para perto, para seus braços. Não me fiz de rogada... Apressei-me em sua direção e fui recebida com um abraço ansioso de sua parte.

_ Pensei... – Começou a falar emocionada e, de repente, parou.

Percebi que ela temera que a tivesse deixado! Senti uma alegria imensa... Sentiu falta de mim, a ruiva!!!

_ Psiu! – abracei-a forte – voltei para te buscar. Após seus exames o médico disse que seu ombro estava luxado, não precisaria cirurgia, mas teria que posicionar o osso devidamente no seu lugar e informou que seria doloroso, depois imobilizaria. Sedaria-te pra você sofrer menos e em 72h poderia ir para casa se não houvesse nenhuma outra complicação. Sendo assim, como prometido... Vim buscar minha carga preciosa e levá-la ao seu lar – Enquanto lhe explicava o que acontecera, meus olhos brilhavam devorando-a; feliz completei sorrindo – Vamos mocinha! Trouxe umas roupas para você trocar! Arrume-se e vamos para sua casa.

Ela, apreensiva, olhou as roupas; subiu-lhe um rubor nas faces enquanto falava tão baixinho que se não fosse minha audição vampers não teria escutado o que havia dito.

_ É... Eu vou precisar de ajuda para vestir! – Afirmou constrangida olhando a imobilização do ombro ao braço. 

Se eu respirasse, teria perdido o ar naquele momento! Olhei aquele corpo envolvido na roupa do hospital e imaginei como suportaria aquela provação de vê-la despida em minha frente e ter que tocar naquele gostoso corpo para vesti-la!

_ Valei-me nosso Senhor das vampers com Tesão!!! – pensei enquanto sentia um arrepio no corpo.

_ Tudo bem – botei uma cara relaxada, como se não importasse... Por dentro estava pegando fogo só de imaginar os próximos minutos.

Quando ela olhara para minhas mãos e viu a lingerie sensual que trouxera, arregalou os olhos mirando-me espantada.

_ Sério isso Andrah?! – falou com o cenho franzido apontando a lingerie– Não deveriam ser apenas confortáveis?!

Revirei os olhos, dei de ombros pensando:

_ E são! Confortavelmente sexy Para os meus olhos... – Ain!!!! Me ajuda todos os demônios da frigidez sexual! Preciso de vocês... Bota esse tesão para sair!! Meus Deuses... Foco ANDRAH!

_ São apenas roupas! – falei fingindo indiferença – Vamos com isso!

Muito envergonhada, a ruiva segurou em meus ombros para que eu, ajoelhada, pusesse nela a peça ı́ntima negra que havia comprado. 

Eu tremia por dentro estando a palmos de distância das suas virilhas e sentindo o aroma fresco do seu sex* penetrando em mim... Salivava como um cão. E, como um cão também pensava em passar lentamente a lı́ngua dentro dela, lambendo-a sem parar... Foooco, foco!

Vesti a sua blusa rapidamente; não tão rápido que me impedisse de devorar com os olhos aqueles montes de mamilos duros que chamavam as minhas mãos e boca a degustá-los.

Antes que sucumbisse aos meus desejos, completei a penosa tarefa lhe pondo a saia. 

_ Pronto – falei trêmula dando-lhe as costas – Podemos ir.

_ Está tudo bem? – Wendra perguntava tocando-me o ombro.

_ Sim... – respondi forçando um sorriso.

Estava tensa tentando um autocontrole que não é caracterı́stico dos vampers, pois somos altamente sexuais e dominar o desejo não é nosso forte! Porém, não queria assustá-la.

Um enfermeiro já estava à porta lhe trazendo a cadeira de rodas. Ajudei-o a colocá-la sentada.

_ Vamos! – Sorri-lhe.

_ Certo! – sorriu de volta e surpreendendo-me, com a sua mão boa entrelaçou seus dedos nos meus e saı́mos.

Fiquei atônita com a naturalidade dela no ato de me tomar a mão.

_ Que mulher é esta??! Estou perdida – Pensei a seguindo como um cordeiro, quando na verdade estou mais para loba!

Fim do capítulo