POV Nanda

                Eu estava fedendo mais que tênis de adolescente depois do futebol. Fazia três dias que não tomava banho. Tudo porque eu queria voltar para casa o mais rápido possível. Fiquei essas últimas semanas em Hong Kong em uma ação da Interpool e isso fez com que eu tomasse a minha decisão: vou largar essa vida. Não posso ficar tanto tempo longe da minha pequena e do meu filho. Sei muito bem como a Clarinha fica quando está grávida. “Parece um pit bull loiro anão. Tudo irrita! As vezes se eu respirar ao seu lado ela se irrita!”. Começo a rir sozinha.

                Entro sem fazer barulho na minha casa e vou até o quarto do João. Ele dormia enroscado no Sabrino. Os dois vestidos de pijamas do homem aranha. Sabrino acorda e abana o rabo todo feliz.

— Mas é um lindão. – sussurrei para não acordar meu filho. – Tá cuidando do mano, tá meu amor! – o meu filho mais velho e lindo boceja e deita com a cabeça no pescoço do meu João.

Sabrino já está velhinho e a Jennifer, sua veterinária, diz que ele não vai durar muito mais. Esse pensamento me entristece. Meu padrinho e o João ficarão desconsolados. Não quero nem imaginar.

Saio do quarto e fico parada no corredor. Será que eu tomo banho no meu banheiro ou vou ao quarto de hóspedes? Clarinha deve estar dormindo e eu faço muito barulho sempre. Decido me banhar no quarto de hóspedes. Depois de um longo banho eu me sinto “eu” novamente. O meu amor não sabe que eu chegaria hoje. Para ela eu volto apenas na próxima semana quando o Fê e as meninas viriam de NY. Fê é o pai das nossas filhas. Como a gineco é amiga da minha esposa fizemos um bingo.

Começo a rir com a ideia de bingo do DNA. Na verdade coletamos óvulos, meu e da Clarinha e foram gerados alguns embriões. Pedimos que esses “pré-bebes” fossem acondicionados em um local sem ninguém saber quem era a doadora dos óculos. Claro que isso é eticamente condenável segundo as “regras” vigentes da medicina. Mas conseguimos fazer isso pela amizade com a médica. Foram implantados cinco embriões e sabíamos que era quase impossível de dar certo na primeira vez. “Mas não é que deu? Duas menininhas lindas!”. Eu fico imaginando como serão e já vejo dois pingos de gente correndo pela casa. Na verdade três com o João.

Coloco um roupão e vou até o meu quarto. Abro a porta cuidadosamente e o que eu vejo faz minhas pernas ficarem bambas. “AI CARALHO! AI CARALHO!”. Meu coração erra uma batida, minha boca fica seca.... My Sunshine estava.... sim meus amigos..... simmmm.... A mulher mais maravilhosa do mundo estava nua, com fone de ouvidos, deitada na cama, com o notebook aberto vendo uma sex tape nossa... olhando daqui eu percebia que era aquele vídeo em que eu a ch*pava e ela gravava com o celular.... Só isso já me deixou louca de tesão. So que não parou por ai!

NÃO MEUS AMIGOS! Ela estava gem*ndo meu nome enquanto se masturbava com o estimulador clitoriano que eu dei para ela no último natal. SIMMMM SENHORAS E SENHORES! Você não imagina o quanto FUDIDAMENTE quente era aquela visão! Clarinha com os cabelos loiros soltos, pele afogueada, respiração descompassada, ME VENDO na tela e se masturbando com o Womanizer????? Tem noção disso????

Acordo do transe e, sorrateiramente, tranco a porta e chego perto da minha obsessão. Alheia ao que ocorre fora da tela minha esposa continua gem*ndo e sei que seu ápice está próximo pela intensidade dos seus gemidos. Retiro o roupão e me ajoelho ao lado da cama. A visão de suas costas nuas, sua bunda redonda... “PORRA DE BUNDA GOSTOSA” e seus seios.... eu fiquei olhando como quem olha um buffet livre sem saber o que “comer” primeiro. Minha bucet* estava encharcada. Como isso? Pode isso “Arnaldo”? Ela nem me toca e eu já estou nesse estado! Em um movimento subito me deito ao seu lado. Ela para o que está fazendo e me olha sobressaltada, mas, ao mesmo tempo abre um sorriso de orelha a orelha.

— Não para pequena. – digo enquanto colo meu corpo as suas costas. – Minha mulherzinha tava se masturbando pensando na sua Nanda... é? – ch*po a sua orelha e a minha mão brinca com seu clit*ris tão necessitado.

— Ahmm.... sim.... Nan.... Nanda. – ela gem* e puxa minha cabeça. Sua bunda empina no meu sex* e isso nos faz gem*r.

— Vou cuidar de você princesa. Fala pra sua Nanda, como você quer. – meus movimentos são uma tortura de tão lentos.

— Nan.... amor.... uhmmm – sei que ela não conseguia coordenar as palavras pelo fato de estar quase goz*ndo.

— Quer goz*r na minha boca? – minha língua brinca na sua orelha. – Na minha bucet*? – aperto um dos gêmeos, que devido a gravidez, estão enormes! – Fala pequena....

— Em... voc.... você. – ajoelho aos seus pés e me acomodo no meio das suas pernas. Antes de fazer o que ela quer abaixo meu rosto e lambo a sua excitação.

— Nossa... isso tudo é pra mim? – ela balança o rosto em confirmação e eu “monto” nela, grudando nossas intimidades pulsantes. Inicio um vai e vem gostoso... lento.... E ela aperta a minha bunda tentando aumentar meu movimento, tanto na força quanto no ritmo. Seguro sua perna direita no alto para que o encaixe fique mais perfeito ainda. Nossa excitação se misturava e eu olhava apaixonada para nossas bucet*s se tocando. Eu poderia ficar a noite toda só decorando as nuances daquela visão. Decorando como os seus grandes lábios abrem ao meu movimento. Decorando como seus pequenos lábios, rosinha e delicados, parecem “beijar” o meu. Decorando como nossos grelos endurecidos se tocam, se degladiam.... querendo.... ansiando.... o ápice.

— PORRA NANDA! FODE RÁPIDO! – minha mini pitbull estava de volta. DEUS COMO EU AMO ESSA MULHER! Aumento o meu rebol*r dando o que ela queria. Clarinha fecha seus olhos aproveitando as sensações.

— Olha pra mim princesa. – peço gentilmente, o que faz ela semicerrar os olhos tentando mante-los abertos. – Olha.... olha como eu te fodo... olha como a sua xaninha ama a minha. É só comigo que ela fica assim.

— Si... simmm. – o esforço em manter os olhos abertos fazia com que minha esposa abrisse a boca arfando.... procurando o oxigênio que faltava. – Nan... Nanda... vou...

— Goz* linda. Goz* na sua mulher, goz*. – me derramo nela e sinto que o seu gozo também foi intenso.

Deito com cuidado e a puxo para meu peito. Sei que logo ela vai dormir. É um sintoma da gravidez. Parece que as minhas aliens que estão dentro da minha esposa fazem com que ela fique com muito sono. Então funciona mais ou menos assim. Come e logo depois dorme. Goz* e logo depois dorme.

— Nanda?

— Uhm? – estávamos na nossa posição preferida onde ela se ajeita no meu peito e coloca a perna por cima das minhas. Eu fazia carinho nas suas costas.

— Adorei que você voltou antes.

— Eu tava morrendo de saudade da minha pequena.

— AMO!

— To falando da Clarice. – não podia perder a piada.

— RIDICULA! – ganhei um tapinha carinhoso.

— Falando sério agora. Eu tava quase surtando lindinha. Fiquei três dias sem tomar banho ou dormir direito para poder estar aqui.

— Peppa pig. – ela ri sonolenta.

— Sunshine?

— Uhm.

— Tô pensando em sair da Interpool e talvez da PF. Quero ficar aqui com vocês. Ver os meninos crescerem.

— Jura?

— Sim amor. O que você acha?

— Amor... você gosta tanto! Conversa com papai e também com o Carlão. Será que não tem como você ficar por aqui sem viajar tanto?

— Pois é.....

— Ah tenho que contar uma coisa para você. Entrou uma menina nova na turma do João. Summer. Loirinha, pequeninha... olhinho azul. Segundo ele é sua namorada.

— Dalhe Joãoooo! – sorrio.

— Para Nanda. Criança não namora. Para de besteira. Não vai ser daquelas sapas machistas.

— Tá tá, desculpa. – mas continuava rindo por dentro. João puxou a sua mainha.

— Então continuando. Ele fica falando da Summer o tempo todo e eu resolvi convida-la para um banho de piscina. Coloquei um bilhete para a mãe dela.

— Ok.

— Elas vem amanha de manhã tá?

— Certo amor. 

POV Clarinha

Acordei renovada. Como eu sentia falta da minha delegada, dos seus braços fortes... Nossa! Sentia demais. Quando Nanda não esta em casa eu não consigo dormir direito. Principalmente porque se ela ve que eu estou com insônia fica me paparicando, dando chazinho, chocolate quente.... e me fazendo goz*r. “AI COMO AMO!”.

Sai da cama cedo porque precisava organizar um lanche para a convidada do João. Tenho que rir. Mas quero acompanhar de perto isso. Não to gostando nada essas saliências do João. Onde já se viu. Uma criança de dois anos querendo namorar. Não! Pode parar com isso! Antes dos 15 vai ser pai. “Para Clarinha, não pira!”.

Mazé me auxiliou na produção do lanche. Estavamos a beira da piscina e eu organizava as guloseimas em uma mesa. João corria com Sabrino. Tadinho do Sabrino. Não acompanhava a correria. “Tá velhinho coitado!”.

                A nossa governanta, Dona Edi, vem com as convidadas. Summer corre e se abraça no meu filho como se não vissem a anos. Só após eu olho para a mãe da menina.

             — Oi Ana Clara. – Sol sorri para mim como se fossemos amigas do “clube do livro”.

Fim do capítulo