Depois de quase um ano...
Capítulo 12
Os lábios de Daniela percorriam o pescoço da ruiva, que vestia apenas uma camiseta comprida e calcinha de algodão. Juliana fazia força contra a mão de Dani, em cima de seu sex*.
- Eu quero tanto você... – Juliana disse entre gemidos – Quero todos os dias, nós duas...
Daniela sentia a umidade por cima do tecido da calcinha e então, ao ouvir as palavras tão doces de Juliana, alcançou seu sex* e penetrou dois dedos, sentindo o calor e a pressão que Juliana fazia. Com muita sede, a morena ajoelhou-se na frente de Juliana e a olhou de baixo acima, colocando a calcinha para o lado.
Juliana sentia suas pernas tremerem e tinha medo de desfalecer a qualquer minuto, tamanho era seu tesão. Olhou Daniela ali, de joelhos, com a boca próxima de as bucet*, que latej*v*, molhada, vermelha.... Em uma espécie de telepatia, onde os pensamentos se conectavam, Juliana colocou a perna direita em cima de uma banqueta, para dar mais sustentação a si mesma e facilitar o trabalho de Dani, que sugou o clit*ris da ruiva. Juliana sentia-se no paraíso, poucas coisas passavam pela sua cabeça a não ser o fato de Daniela fazer mil vezes melhor do que qualquer homem com quem já estivera nessa vida. Seu quadril balançava conforme o prazer a alcançava e em um grito um pouco contido, gozou na boca de Dani.
Ainda sentindo-se fraca, Ju apoiou o corpo na parede, enquanto Daniela ficava em pé, parada na sua frente, segurando em sua cintura.
- Tudo bem, meu amor? – a morena perguntou sorrindo, com a boca avermelhada
Juliana soltou uma risada gostosa.
- Eu não podia estar melhor!
As duas se beijaram, de olhos fechados e depois encostaram as testas e se olharam, abraçadas, por um certo tempo.
- Se houvesse música, eu dançaria com você agora. – Juliana disse com a voz rouca
- Bethoveen? – Dani perguntou movimentando os pés para o começo de uma dança lenta
- Qualquer coisa... – a ruiva respondeu – Com você, qualquer coisa...
Dançaram sem música, descalças e sorrindo, apaixonadas. Juliana enlaou o pescoço de Daniela com os braços, que repousava ambas as mãos na cintura da ruiva. Os olhares trocados por elas, naquele instante, valeram por mil e uma declarações de amor ou serenatas embaixo de uma sacada qualquer.
Como nada é perfeito, a campainha da casa tocou, uma, duas, três vezes, deixando Juliana irritada.
- A essa hora da manhã? – a ruiva disse olhando na câmera e notando que eram Alice e Vitória.
- Eu vou fazer um café pra você e um bolo para suas amigas... – Daniela saiu andando pela cozinha, ou melhor, saltitando
- Eu não sei se elas estão merecendo... – Juliana falou irônica, amarrando o cabelo em um coque, antes de ir abrir a porta.
- Bom dia!
Vitória entrou esbaforida, sem comprimentar a amiga e dirigiu-se a sala. Alice, com bolsas nos olhos de noite mal dormida, foi mais sutil.
- Oi, Ju. – falou com desânimo.
- O que foi agora? Vocês fizeram uma suruba hardcore? – Ju perguntou rindo, com um bom humor lascivo.
- Não. Quem dera.
Alice puxou Ju pela mão e as duas encontraram com Vitória na sala, sentada, mas com o pé inquieto.
- Bom, quem quer começar? – a ruiva perguntou ainda sarcástica, sentando-se na poltrona individual de Mário
- Eu não tenho nada a declarar. – Vitória se defendeu, enquanto mexia freneticamente no celular – Só estou aqui porque não consigo ficar em casa.
Juliana bufou e revirou os olhos.
- E eu estou quase tendo alucinações de tanta falta de sono... - Alice bocejou.
- Calma! Vocês não vieram juntas?
- NÃO! – responderam em coro
- Ela chegou quando eu já estava batendo a campainha! – Vitória argumentou, colocando o celular em cima da mesinha de centro – Parece que está me perseguindo...
- Eu? Te perseguindo? Me poupe! – Alice respondeu nervosa, deitando o corpo inteiro no sofá – Tenho mais o que fazer.
- Trepar com a lambisgóia da Vanessa!
- Acho que já entendi o que tá acontecendo aqui. – Juliana interrompeu – Nossa, não escuto essa palavra há tempos. – pensou alto – Gente, olha, nós somos adultas...
- Essa daí não é. – Alice respondeu cruzando os braços e olhando para o nada
- Ela acha que pode fazer o que fez comigo, Ju; e depois continuar saindo com aquela mulherzinha! Fico pensando, aonde é que eu fui colocar minha boca?
Alice sorriu, sarcástica e de um jeito muito sexy.
- Olha, você pareceu gostar de colocar sua boca aqui... – disse enquanto olhava para suas partes íntimas, sob a calça jeans preta.
Vitória irritou-se e jogou uma almofada em Alice, que jogou de volta.
- Grossa! – a loira xingou
- Perua! – Alice retrucou
- VAMOS PARAR??? – Juliana gritou – Chega! – as duas silenciaram – Eu tenho mil coisas pra resolver na minha vida, inclusive o meu casamento; e vocês ficam brigando feito duas atrizes de novela mexicana?
O rosto cheio de sardas de Ju estava avermelhado por conta do estresse.
- Desculpa, Ju. – Alice sentou-se direito no sofá.
- Me tiram do sério, Ju. – Vitória se ajeitou, arrumando o cabelo.
- Ótimo! – Juliana respirou fundo – Então vocês trans*ram...
As três se entreolharam.
- Foi. – Vitória respondeu envergonhada, mexendo nos detalhes de sua bolsa importada.
- É... – Alice completou – Aconteceu.
- Viu como vocês conseguem se comportar? Olha, eu vou ali na cozinha fazer uma coisa... – Ju pigarreou – E quando eu voltar, quero vocês duas conversando educadamente e sem eu precisar incorporar um juiz de MMA. Correto?
- Sim. – responderam em coro
- Tem como trazer um Valium pra mim? – Vitória pediu tímida
- Claro. – Ju respondeu terna – E uma vodka pra você, né? – perguntou a Alice
- Cedo assim? – olhou no relógio – Pura, por favor.
Juliana afastou-se das duas e logo viu que Alice foi se sentar ao lado de Vitória. Ao chegar na cozinha, viu Dani cantarolando uma música de Chico Buarque e, chegando de mansinho, a abraçou por trás.
- Huuummm, que cheiro gostoso... – beijou a nuca da morena, que se arrepiou.
- Bolo de laranja com erva-doce, pra acalmar os ânimos.
- Você escutou as gralhas?
As duas riram. Dani virou de frente para a ruiva, arrumando um fio de cabelo solto em seu rosto.
- Elas estão bem? – perguntou preocupada
- Vão ficar...
Enquanto isso, na sala...
- Você vai ficar emburrada mesmo? – Alice perguntou, enquanto acariciava as costas de Vitória
- Vou. – a voz da loira estava chorosa.
- Eu me encontrei com ela para colocar um ponto final...
Vitória virou-se, rapidamente, sentando-se de frente para Alice.
- E você, alguma vez na vida, já foi fiel? – perguntou irritada
- Não. Nunca precisei.
Alice parecia séria e pensativa. De repente, todos os relacionamentos em que já esteve passaram pela sua cabeça.
- E eu nunca precisei mentir assim ao meu marido! – Vitória disse com lágrimas nos olhos – Eu não sei mais quem eu sou...
A loira começou a chorar, o que fez com que o coração de Alice se quebrasse ao meio. Alice abraçou Vitória, de modo que a cabeça dela aninhou-se em seu peito.
- Desculpa por te envolver nessa bagunça que é minha vida amorosa... – Alice disse com a voz embargada de emoção – Mas, aquela noite realmente mudou tudo pra mim e você não sai da minha cabeça...
- E você não sai da minha... – Vitória confessou em meio a tantas lágrimas e nariz congestionado.
Alice sorriu, abraçando com mais força a loira, que possuía o melhor cheiro que já sentira em toda vida.
Fim do capítulo
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ArvoreDaVida
Em: 05/07/2021
Aryane, mais de mil dias sem atualizar, mulher!
Tenha piedade dessa pessoa, eu te imploro. Eu amava (e ainda amo) tanto essa história. O enredo é maravilhoso e sua escrita, incrível! Por favor, devolva a minha vontade de viver atualizando essa história maravilhosa.
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