Capítulo 44 -- A Ilha Carolina
A ILHA DO FALCÃO -- CAPÍTULO 44
A Ilha Carolina
Natasha apertava o volante do carro com uma força desnecessária, a ponto de sentir dor nas mãos.
Tentava desesperadamente concentrar-se na estrada, mas a mente e o coração estavam longe dali, mais precisamente na marina da ilha.
-- Oh, droga! -- Natasha murmurou, mordendo com força o lábio inferior, num gesto que denunciava a terrível inquietação que a dominava -- Tinha que ter pego no sono. Eu sou uma anta, mesmo.
Entrando no estacionamento da marina, ela desligou o motor do veículo, saltou do carro e saiu correndo em direção ao cais.
Ela queria se despedir, mas chegou atrasada e o barco já ia longe.
Sofia se aproximou lentamente e parou ao seu lado. Percebeu que a empresária estava pálida e ofegante.
-- Perdeu a hora, princesa Falcão? -- perguntou com a intenção de provocar.
Natasha bufou sem olhar para ela.
-- Não tenho jeito de princesa -- afirmou sem tirar os olhos do mar.
-- Nem toda princesa usa coroa. Algumas abrem o litrão com o dente -- Sofia deu uma risadinha -- Você quer que o mundo a veja como uma mulher competente, autossuficiente, independente. Enfim, a imagem da mulher moderna que não precisa de ninguém para viver e vencer na vida. Mas essa imagem que você faz questão de passar é só aparência. Na verdade, você é só mais uma garota insegura e que morre de medo de ficar sozinha -- pela primeira vez Sofia falou sério e sem ironia -- Não sei o motivo de você ter mandado a Carol para aquela ilha, mas seja lá o que for, espero que saiba o que está fazendo.
Sofia ergueu o queixo com altivez e foi embora. Natasha virou o rosto e voltou a olhar o mar. O barco agora era apenas um pontinho minúsculo no horizonte.
Franziu o cenho, uma dor aguda e repentina se rasgava em seu peito. Não podia ser amor. Há anos tinha arrebatado esse sentimento de sua vida, assegurou-se.
Odiaria Andreia para sempre, em vez de desejá-la e sofrer por ela. Sentia que tinha perdido o controle. E o controle perdido de tal maneira não era aceitável.
Voltou o pensamento a sua vingança. Empurrando suas fraquezas para longe. Não se culparia, fizera o que tivera que fazer. Eles mereciam uma bela lição.
A experiência com Mariana tinha arrancado seu coração do peito. Ele sangrou de tal maneira que mesmo depois de anos, ainda lutava para recuperá-lo.
Não era amor, repetia para si mesma. Era desejo, curiosidade talvez.
Por um longo tempo Natasha ficou ali, debruçada sobre o parapeito. A luz do sol cintilava em seu cabelo castanho. Eram tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que Natasha nem sabia ao certo o que pensar. Era interessante como sua ânsia por vingança tinha diminuído e perdido a graça. Agora nada mais fazia sentido.
Enquanto o barco se aproximava do trapiche da Ilha, Carol continuava a admirar o panorama. Flores coloridas, jacarandá, orquídeas, todas dispostas de tal maneira que pareciam um festival de primavera. Uma imensa variedade de pássaros raros cujos nomes ela não conhecia, sobrevoavam o barco assustados com os visitantes inusitados.
Sidney arregalou os olhos ao contemplar a beleza à sua frente. Parecia mais uma miragem do que realidade.
-- É magnífica! -- o rapaz não conseguiu se conter de tanta admiração.
-- E é toda nossa -- Marcela comentou embevecida -- Quanto será que ganharemos com a venda?
Carol balançou a cabeça e olhou para Sidney. A irmã estava contando com algo que jamais acontecerá. Seus planos para a Ilha Carolina eram outros e nada nesse mundo a faria mudar de ideia. Aquele paraíso pertencia à família Falcão e nunca deixará de pertencer.
-- Senhoras e senhores -- disse o comandante, em voz alta.
-- Apenas senhoras, comandante -- resmungou Marcela.
Sidney revirou os olhos.
O comandante continuou:
-- Sejam bem-vindos a Ilha Carolina.
Sibele olhou ao redor e franziu a testa.
-- E a recepção? Os funcionários para levar as nossas bagagens?
-- É -- Marcela parou em frente a ele -- E o transporte até a nossa casa?
-- Cabana -- ele afirmou -- É uma cabana e não uma casa -- o comandante levantou o quepe e coçou a cabeça -- Os poucos funcionários que estão na ilha, no momento estão ocupados consertando uma ponte danificada pela última tempestade. Portanto, teremos que seguir a pé até a cabana.
-- Que maravilha! O dia está ideal para uma caminhada pela mata -- Marcela comentou com ironia, enquanto pegava as coisas no barco. Ela se conformou e já se preparava para enfrentar a difícil caminhada quando lembrou que Sibele estava com o gesso no pé -- Ela não vai conseguir caminhar até a cabana.
-- Eu vou ficar no barco -- Sibele sentou e colocou as pernas para cima -- Daqui só saio transportada. Não estou em condições de caminhar.
-- Tudo bem -- concordou o comandante -- Vou ver o que posso fazer. Estão prontos? Pegaram tudo? Bem, vamos embora!
Talita passou bronzeador no corpo e deitou de bruços.
-- Que maravilha! O dia está ideal para se bronzear -- Talita se virou de lado e olhou para Carolina -- Será que poderia passar o creme em minhas costas?
Por um instante Carolina hesitou, e sentiu o coração disparar.
-- Claro! -- disse meio engasgada. Ela pegou o tubo e se ajoelhou ao lado dela, começando a espalhar o creme.
-- Então, Andreia e os amigos embarcaram mesmo para a Ilha Carolina?
-- Sim, provavelmente já devem estar lá.
-- Ainda não consegui entender o que Natasha pretende.
-- Pois eu entendo muito bem -- as mãos de Carolina se aproximaram da tira do biquíni, ela desfez o laço, espalhando o creme nas costas toda -- Natasha quer dar uma lição neles e depois deixá-los ir como se nada houvesse acontecido. Ela pensa que me engana.
-- E isso a incomoda? -- Talita se virou e a parte superior de seu biquíni caiu para o lado deixando os seios da médica a mostra.
-- Nem um pouco -- os olhos castanhos percorreram seu corpo, detendo-se nos seios da médica -- Por mim você podia fazer topless todos os dias.
Talita sentou e colocou as mãos sobre os seios para cobri-los.
-- Que droga, Carolina! -- ela reclamou.
Carolina não deu ouvidos as reclamações da médica. Inclinou o corpo até alcançar os lábios dela. Foi um beijo rápido, suave, mal tocando a boca.
-- Carolina -- Talita murmurou, puxando-a para mais perto.
Dessa vez, o beijo foi mais impaciente, os lábios se unindo ardentemente. Carolina colou seu corpo ao de Talita e gem*u baixinho.
-- Como você é linda! -- Carolina murmurou entre beijos. As mãos subindo e descendo pelas costas da médica, sentindo seu calor, sua pele. Sabia que havia conseguido despertar o desejo nela. Isso era maravilhoso, era tudo que mais desejava.
Para Talita aquele beijo foi devastador. Sentiu uma confusão interior, um misto de desejo, medo, angustia. Compreendia agora o que era o verdadeiro desejo!
Não era possível que isso estivesse acontecendo com ela! Estava na praia quase deserta, quase nua, abraçando e beijando uma mulher.
Repentinamente ela empurrou Carolina para o lado e se levantou com o rosto em brasa.
-- Vamos embora. Está ficando tarde e tenho um compromisso hoje a noite.
Carolina ficou sentada na toalha, arrependida e decepcionada.
-- Sim, mas espera um pouco -- ela se levantou e calmamente amarrou as tiras do biquíni da médica -- Não fique zangada comigo, doutora. Pensei que quisesse o mesmo que eu. Desculpa.
-- Carolina...
-- Não precisa se explicar -- ela disse com frieza -- Eu passei dos limites. Prometo que não acontecerá novamente -- Carolina pegou sua muleta e começou a caminhar lentamente em direção ao carro. Naquele momento decidiu que não forçaria mais a barra. Estava cansada de levar patadas.
Talita ficou parada, sem ação.
-- Será que ela já desistiu? Assim tão fácil?
Enquanto o comandante mostrava o caminho até a cabana, Carol admirava a paisagem. A vegetação chegava bem pertinho do mar. Era difícil descer pela trilha. Caminharam pela mata até alcançarem uma pequena enseada.
Marcela tirou a mochila das costas e jogou-a no chão.
-- Que inferno! -- berrou -- Eu não aguento mais andar. Meus pés estão cheios de bolhas -- sentou na areia, tirou o chapéu e arremessou longe, como se fosse um bumerangue -- Acho que não consigo dar mais um passo.
-- Morreremos aqui! -- berrou Sidney, desesperado.
-- Como fomos idiotas! -- disse em voz alta -- Que tolice aceitarmos vir para esse fim de mundo -- Naquele momento, Marcela desejou que a polícia chegasse e os prendessem por crime de falsidade ideológica. Nenhum castigo seria pior do que aquele pelo qual estavam passando.
Carol não aguentou e começou a rir descontroladamente.
-- Parem com isso. Ninguém vai morrer -- ainda rindo, Carol sentou ao lado da irmã. Marcela ainda agia como se ela fosse uma criança birrenta. Já estava mais do que na hora dela enfrentar, superar, amenizar ou quem sabe até resolver seus próprios problemas -- Estamos caminhando faz apenas dez minutos -- disse Carol, se levantando e puxando a irmã pelos braços -- Vamos continuar, já devemos estar perto. Não é mesmo comandante?
O comandante ajeitou a gravata, endireitou os ombros e respondeu apontando para uma trilha que começava na areia e adentrava a mata.
-- É logo ali, não se preocupem, ninguém vai morrer -- ele balançou a cabeça e começou a caminhar -- Era só o que me faltava. Que turma de molengas.
-- Vamos logo! -- resmungou Carol, enquanto sentia o incómodo enjoo voltar.
Marcela suspirou e tirou uma mecha de cabelos dos olhos.
-- Vamos Sidney. Pega a minha mochila, o meu chapéu e carrega para mim.
-- Perdoe-me, sinhá Marcela, mas nhanhã deixou de ser mucama já faz tempo. Se vosmecê me dá licença, vou atrás do sinhozinho comandante e da sinhá moça, antes que eu me perca deles.
-- Idiota! -- Marcela catou as suas coisas e saiu apressada.
Minutos depois, pararam diante da cabana de madeira escura.
-- É uma bela cabana -- disse Carol, observando a varanda enorme e as janelas em arco.
-- É nova e muito confortável. A senhorita Natasha mandou construir especialmente para receber vocês.
-- Tenho certeza que sim -- respondeu Marcela, sem olhar para o comandante de meia-idade.
Ele subiu os degraus da entrada. Carol acompanhou-o, colocando as bolsas no chão.
O homem virou-se e lhe entregou a chave da cabana.
-- Aqui está. Se precisarem de alguma coisa é só chamar um dos funcionários.
-- Não vai entrar? -- perguntou Sidney.
-- Não -- ele balançou a cabeça com veemência -- Quero sair daqui o mais rápido possível.
Carol olhou primeiro para Marcela e depois para Sidney.
-- O senhor está agindo como se a cabana fosse assombrada, ou amaldiçoada.
O comandante não disse nada. Ele ficou olhando para a porta de madeira maciça, como se fosse a entrada da caverna do dragão. Que bobagem, pensou Carol.
-- Tudo bem. A gente se vira -- disse a ruiva com firmeza, abrindo a porta e entrando.
Cesar gem*u de dor.
-- O que foi? -- indagou Mariana.
-- Nada.
-- Mentiroso -- ela se posicionou na frente dele e colocou as mãos em seus ombros.
Ele tentou afastá-la, mas foi ignorado.
-- Meu Deus! Há um corte enorme aqui -- afastou um pouco mais a camisa para avaliar -- Está infeccionado.
-- Isso dói! -- Cesar cerrou os dentes.
-- Imagino -- ela fez uma careta como se também estivesse sentindo a dor.
Cesar tentou se levantar, mas não conseguiu. Ele mordeu o lábio, contendo-se para não gem*r.
-- Você precisa de um médico. Esse ferimento não vai cicatrizar sem antibióticos, mas... -- Mariana sabia que se procurassem um médico seriam presos na hora.
-- Mas, não podemos procurar um médico. Nem mesmo uma farmácia -- concluiu, Cesar -- E o que faremos?
-- Vou invadir o ambulatório e roubar os medicamentos.
-- Você é louca! -- Cesar exclamou, assustado -- Será pega.
-- Tem uma ideia melhor? -- Mariana cruzou os braços e encarou o rapaz -- Eu conheço muito bem aquele lugar. Vou amanhã de manhã. Um pouco antes do início do expediente, um rapaz passa, abre o ambulatório para a zeladora fazer a limpeza e vai embora. É nesse momento que eu entro. Terei tempo de sobra até a técnica de enfermagem chegar.
-- E a zeladora?
-- Ela chega e vai direto para a cozinha fazer o café. Eu sei porque passei um mês ajudando a Sibele a montar a nova sala de sutura.
-- Espero que a rotina continue a mesma -- Cesar parecia preocupado -- E se for pega?
-- Se for pega, dou uma de Neymar. Caio no chão e começo a gritar de dor.
Os dois riram muito.
Marcela andou de um lado para o outro procurando o interruptor. Suspirando, ela virou-se, e o coração deu um salto, ao perceber que não tinha energia elétrica na cabana.
-- Eu não acredito. Isso só pode ser uma grande piada da imbecil da Natasha -- Marcela colocou a mochila nas costas e foi em direção a porta -- Vou embora. Não vou ficar nem mais um minuto nessa caverna. Adeus!
Quando abriu a porta deu de cara com a Sibele.
-- Aiii... Meu Deus! Quer me matar de susto? -- Marcela colocou a mão sobre o peito -- Como chegou aqui, criatura?
Sibele entrou mancando e sentou no sofá. Estava em choque.
-- Foi terrível. Nunca mais serei a mesma -- ela cobriu o rosto com as mãos e ficou assim por alguns segundos -- Vim montada nas costas de um brutamontes. Todo suado, peludo... provavelmente quando voltar para casa, terei que começar a me tratar de transtorno do estresse pós-traumático.
-- Droga! Por que não fingi uma entorse? -- Sidney colocou a bolsa no chão e pegou um lampião, que estava sobre uma mesa de madeira entalhada -- Olhem só o que eu achei.
-- O que é isso? -- Marcela pegou o objeto e examinou com cuidado.
-- Um lampião, espertinha -- Sidney revirou os olhos -- Quanta inteligência!
-- Aí gente. Vamos deixar de papo e se mexer -- Carol pegou as suas bolsas e ajeitou-as nos ombros -- Vamos ver onde ficam os quartos.
Sibele estava séria e pensativa. Esperou Carol e Sidney saírem da sala para falar:
-- Alguma coisa está errada, Marcela. Natasha não trataria a irmã dessa forma.
-- Com assim? Você acha que ela está desconfiada de algo?
-- Não sei. São apenas conjecturas.
-- Pois eu penso que ela está apenas testando a Andreia. Um tipo de prova para ver se ela é realmente capaz -- Marcela estendeu a mão para a médica -- Vamos nos ater aos fatos, sem neuras. Está bem?
Sibele segurou a mão de Marcela e se levantou. Ainda não estava convencida, mas concordou.
-- Está bem. Vamos esperar e ver no que vai dar.
Carol entrou no quarto e parou, desanimada. Pelo jeito Natasha estava tentando castiga-la. A decoração era horrível, as cortinas desbotadas, os lençóis amarelados. Havia uma escrivaninha velha posicionada perto da janela e um armário com a porta quase caindo.
-- Ah, Natasha. Se você pensa que vou começar a chorar e implorar que venha me bucar, está muito enganada.
Sem palavras, Sidney parou na porta do quarto da amiga com uma toalha na mão. Pelo jeito, ele também não havia gostado de seu quarto.
-- Que horror. O que eu fiz para merecer isso? -- Sidney apoiou as costas na porta e fechou os olhos -- Ao menos o banheiro é decente. Tem uma banheira enorme e um gerador de água quente.
-- Menos mal. Ninguém merece banho com água fria -- Carol deixou a bolsa sobre a cama e foi até a janela -- A vista é maravilhosa.
-- Hum -- Sidney jogou a toalha sobre os ombros -- Vou tomar banho. Estou com nojo de mim mesmo.
Carol sorriu. Coitado do amigo, acabou entrando de gaiato em toda aquela confusão.
Sidney acendeu várias velas, deixando o banheiro todo iluminado. Pingou algumas gotas do óleo aromático na água quente da banheira, respirou fundo e sentiu o agradável cheiro de flores.
Encheu uma taça de vinho branco e colocou em uma mesa perto da banheira. Foi até a janela e afastou as cortinas. Da banheira podia ver a mata, os pássaros, o sol caindo por entre as arvores.
Perfeito, pensou, entrando na banheira. Colocou uma almofada para apoiar o pescoço e fechou os olhos permitindo que todo o corpo relaxasse.
-- Não basta ser elegante, tem que tomar banho apreciando a natureza -- Sidney olhou para fora, franziu o cenho, apertou os olhos -- Meu Deus, o que o cansaço causa em um ser humano. Podia jurar que acabei de ver uma girafa passando pela minha janela. Ufa! -- Sidney fechou os olhos novamente, mas em seguida voltou a abrir. Piscou diversas vezes, para ter certeza de que não estava vendo coisas. Só que não...
-- Ahhhhh... -- o rapaz gritou em pânico.
Marcela e Sibele pularam do sofá.
-- O que está acontecendo?
-- O que foi isso? -- Carol correu assustada para a sala.
Sidney apareceu pelado. Fazia gestos nervosos com as mãos, sequer conseguia falar, naquele momento.
-- O que houve Sidney? Fique calmo, respire, respire -- Carol tentava em vão acalma-lo.
-- Uma gi, uma girafa na janela do banheiro. Um bicho enorme, de uns dez metros, mascando chicletes.
-- Tomou chá de cogumelos mágicos? -- Sibele se levantou -- Cada coisa!
-- Maluco! -- Marcela jogou uma toalha para ele -- Girafa! Era só o que me faltava. Vou tomar banho. -- Você acredita em mim, Andreia? Diz que sim, por favor!
-- Caramba, Sid. Quer que eu acredite que você viu uma Girafa? Tá brincando, né!
-- Mas Andreia...
-- Eu vi você levando uma garrafa de vinho para o banheiro. Encheu a cara e agora fica vendo girafa. Que feio! -- Carol girou nos calcanhares e saiu rapidamente da sala.
Mariana acordou cedo no dia seguinte. Trocou de roupa, apanhou a bolsa que estava sobre a mesa e saiu em direção ao ambulatória.
Olhou ao redor. Mesmo cedo as ruas estavam cheias de turistas conversando animadamente. Mulheres com saídas de banho, homens com bermudas coloridas, crianças brincando na areia.
Movimentando-se com cuidado para não chamar a atenção, Mariana ficou esperando o rapaz abrir o ambulatório e a zeladora entrar.
-- É agora ou nunca -- ela invadiu o ambulatório e foi direto para a farmácia. Abriu a bolsa e guardou nela: Cefalexina, ibuprofeno, soro, gases e mais alguns materiais -- Pronto, é tudo o que precisamos.
Mariana estava pronta para sair quando ouviu uma voz de mulher.
-- Cheguei mais cedo a pedido da doutora Talita. Ela quer que eu imprima um exame e leve para ela. Quando o café estiver pronto, me chama.
Mariana se escondeu rapidamente.
A moça entrou na sala, ligou o computador. Imprimiu os exames e começou a analisa-los.
-- Hum, vejamos. Carolina Falcão... -- a técnica de enfermagem arregalou os olhos -- Caramba, a doutora Talita estava certa.
-- O café está pronto, Vera -- avisou a zeladora -- Eu trouxe bolo de fubá.
-- Maravilha! -- a técnica deixou os papeis em cima da mesa e foi para a cozinha tomar café.
Mariana aproveitou para sair do esconderijo. Porém, não deixou o ambulatório sem antes dar uma olhadinha nos exames da irmã de Natasha.
-- Qualquer coisa que diz respeito à família Falcão, me interessa muito. Vejamos... BHCG. Positivo? Uuuaauuu...
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Anny Grazielly
Em: 11/09/2020
Ferrouuuuuu geral agora... cesar vai fazer de tudo agora que descobriu a gravidez
Mille
Em: 12/07/2018
Olá Vandinha
Ri muito neste capítulo
Ah que coisa logo a Mariana descobrir que a Carol está grávida e deve contar para o César que ele será papai e os olhos dois ficará cheio de $$$$$$$$.
Talita e a Carolina no maior amasso olha aí que o negócio está caminhando mesmo a passo lentos.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Olá Mille.
Mariana e César não estão para brincadeira. Eles causarão muitos problemas para as nossas protagonistas. Então, "Siga La Pelota".
Beijos.
[Faça o login para poder comentar]
NovaAqui
Em: 12/07/2018
Acho que essa Mariana vai adulterar o resultado kkkkk esses bandidos conseguem tudo
Natasha apaixonada e não querendo admitir
Se ela souber da gravidez, vai buscar Andreia de volta?
Abraços fraternos procês aí!
Resposta do autor:
Olá NovaAqui.
Infelizmente o filho é realmente de César e ele tem direito sobre a criança. Resta-nos esperar e torcer para que a Natasha não abandone Andreia nas mãos desse bandido.
Beijos.
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]