Lutas da vida por Esantos
Capítulo 32
-- Tenente o major Alencar quer uma reunião com a senhora, parece que estão com a relação dos chefes do trafico da localidade que vocês estão trabalhando.
-- Tudo bem vamos resolver logo essa pendência, vamos fazer uma visitinha surpresa lá, chame o subtenente, vou acabar de checar esses materiais e saímos.
--Sim senhora – Elida saiu da sala para fazer o que foi pedido, em menos uma hora os caros pretos estavam entrando nas estreitas ruas
-- Então já temos a informação que os cabeças já foram identificados?
-- Sim tenente, porém ainda não temos provas suficiente. –Quatro motos pararam motos na frente da mercearia que antes era do pai de JM, tinha uma mesa com alguns homens bebendo. – Senhores por favor todos na parede- Andreia pediu com gentileza e os homens o fizeram, dois soldados fizeram o “baculejo” que é a busca pessoal, os documentos foram fotografados por um dos homens e eles foram liberado, quando Andreia ia saindo viu JM aproximando-se dirigindo um carro, admirou-se por ser um corolla aparentemente zero.
--Algum problema no meu estabelecimento policiais? – Ele perguntou para um dos soldados.
--Apenas revista de rotina – O homem disse já na moto.
--Então tudo em ordem? – Andreia odiava o tom debochado dele, lembrou do dia que o bateu, arrependeu-se de não ter cortado a língua dele.
-- Tudo em ordem – Andreia falou tirando o capacete.
--Olha só quem é – Deu um sorriso irônico. – Não sabia que a soldadinha Andreia estava de volta.
--É tenente Luiza e sim estou de volta, passar bem JM – Colocou o capacete e saiu acelerando a moto, desceram o morro e algumas ruas Andreia viu Junior entrando no salão de beleza. -- Só um minuto homens, comprem uma agua que já volto. – Andreia caminhou até a entrada do salão viu que estava vazio, decidiu brincar com o amigo, colocou o capacete com a viseira abaixada apertou na campainha que tinha ali.
--Ai meu Deus – Ele pareceu se assustar. – Diga policial? – Ele abriu a porta rápido.
--É aqui que mora o viado mais gostoso das redondezas? – Ela tirou o capacete e Junior sorriu.
--É aqui sim, o mais gostoso de todos – Ele disse abrindo a grade de entrada do salão – Ai que emoção a mulher maravilha no meu salão – Andreia entrou e o puxou para um abraço.
--Nossa você fica sex nessa roupa Com todos esses troços – Ele disse após separar do abraço.
-- Como você está meu amigo?
--Agora melhor, estava com tantas saudades, vem senta aqui.
--Não posso estou em uma ronda só ti vi entrado e vim dá um beijo.
--Então volta outra hora, eu estou morando com a Juli, vai lá temos que bater um longo papo.
--Vou voltar sim, esse aqui é meu número e esse meu número particular – Escreveu um numero atrás de um cartão de visitas.
--Nossa tenente Luiza, que coisa mais poderosa – Andreia sorriu – Olha só toda essas coisas, gente e essa arma, já tinha dito que adorava uma farda, depois me apresenta uns amiguinhos seus?
-- Não abaixou esse fogo não? Não casou?
--Não tem quem abaixe o meu fogo queridinha e muito menos alguém para me prender. – O rádio que estava preso na cintura de Andreia chamou
--Tenho que ir, me manda um oi no meu pessoal para eu salvar seu número. – O abraçou
--Vai lá e aparece, vamos marcar alguma saidinha.
--Só se for para relembrar os velhos tempos – Junior sorriu
--Adoro mais que chocolate – Andreia sorriu saindo, ela e sua equipe foram para uma ocorrência ali perto, já no bem tarde da noite Andreia voltou para casa e encontrou uma Andressa com uma cara não muito boa.
--Onde você estava Luiza?
--Trabalhando – Ela passou direto indo para o quarto.
--Até uma hora dessas?
-- Sim até uma hora dessa.- Passou direto para o banheiro, estava muito cansada para dá atenção a namorada, ao sair do banheiro viu Andressa com seu celular na mão – O que você pensa que está fazendo? – Perguntou calma
-- Estava chegando mensagem, mas parece que você mudou a senha – Ela disse colocando o celular sobre a cama.
--E qual momento eu te autorizei a mexer no meu celular?
--Eu sou sua namorada, isso já é autorização suficiente. – Ela falou um pouco mais alto
--Ai meu saco, Andressa faz uma coisa, fica caladinha que eu vou dormir, tive um dia muito cheio para aturar os teus pitis. – Ela deitou-se pegando o celular, a mulher nada falou apenas ficou observando o sorriso brotar nos lábios dela ao abrir as mensagens.
-- A conversa está bem animada, não é? – Andressa disse dando as costas para ela já deitada na cama
--Vai dormir, vai – Ela voltou a falar com Junior, depois de um longo tempo de conversa Andreia foi dormir
-- Então ela foi no seu salão?
--Não Juli ela estava trabalhando por aqui e deu um olá, olha isso – Mostrou o cartão a ela que sorriu.
--Tenente Luiza– Juliana leu com um pequeno sorriso.
-- O que é aquela mulher fardada? Se eu gostasse da fruta ficaria apaixonada na hora – Juliana gargalhou.
--Linda não é? Também achei, aliás ela é linda de todo jeito.
--Eu a chamei para vim aqui conversar um pouco, ela disse que ia vim.
--Espero estar em casa nesse dia- Virou o cartão olhando um número. – E esse numero aqui?
--É do zap dela, conversamos muito ontem a noite.
-- Ela está bem?
--Bem? Como assim?
--Feliz, ela está feliz?
--Não perguntei, mas creio que sim.
--Imagino que sim, tem até um filho, deve ter uma bela família.
--Não perguntei sobre esse filho
--Ele se parece muito com ela, eu já o vi conversando com a Clarisse na frente da escola, tem o mesmo sorriso galante e é alto igual a ela.
--É um lindo garoto.
--Deve mesmo, ela disse para marcamos uma saída, o que você acha de ir conosco?
-- Não sei, no que você está pesando?
-- Em uma baladinha em um sábado desses, o que acha?
--Pode ser, marca e me avisa.
-- Ai que tudo vocês se reencontrando depois desse tempo todo – Ele disse sorrindo.
-- Agora me deixa ir para a faculdade que tenho prova, dá o remédio de Clarisse, não esqueci tá bem?- Junior afirmou com a cabeça e Juliana pegou sua bolsa e saiu
--Lu eu só queria ter um tempinho com você, mas você parece que não ligar nem um pouco para mim, eu pedi uma licença para vim ficar com você, mas parece que não está nem ai para mim.
--Andressa eu estou trabalhando muito, não preciso chegar em casa cansada e aturar seu falatório no meu pé de ouvido. – Elas estavam no quarto, Andreia se preparava para dormir.
--Falatório? Somos um casal, temos que discutir nossa relação.
--O problema é esse? Sermos um casal? – Respirou fundo --Pronto a partir de hoje não somos mais um casal – Ela levantou com o seu lençol e travesseiro nas mãos. – Satisfeita? – Saiu do quarto, bateu no quarto que a prima dividia com a amiga, Lídia dormia na sua cama e Elida em um colchão.
-- Nossa o que houve? Foi expulsa do quarte tenente? – Lídia perguntou sorrindo
-- Não aguentou o fogo da Andressa e correu foi? – Elida também sorria
--As duas caladas, só não aguentei ela no meu pé de ouvido.
--Diz que você acabou com ela?
--Por que Lídia?
--Só responde, acabou ou não?
--Acabei sim, amanhã converso melhor com ela, mas não dá pra continuar.
--HAA! Eu avisei, quero meu dinheiro, amanhã mesmo transfira para minha conta – Elida fechou a cara.
--Dinheiro? Mas que dinheiro?
--Apostamos que você não passaria muito tempo com ela, e não é que ganhei – Lídia sorriu.
--Quando foi isso?
--Assim que chegou, merd* Andreia, podia esperar ao menos mais umas semanas, que eu ganhava. – Elida disse fazendo bico.
--Vocês são loucas, agora vamos dormir que estou morta de cansada.
--Dormi aqui no meu colchão, eu durmo agarradinha com a Lídia – Elida falou piscando para Lídia.
--Nada disso, eu durmo com ela – Andreia deitou na cama com Lídia
--Isso aí priminha, me defenda dessa predadora de héteros indefesas. – Elas sorriram conversaram mais um pouco e logo foram dormir, na manhã seguinte Andreia encontrou uma mulher chorando no quarto.
-- Lu vamos conversar, não é assim que se faz, somos tão boas juntas – Ela abraçou Andreia.
--Andressa, por isso mesmo que é melhor acabar, não quero que nos machuquemos – Andreia não se livrou do abraço dela.
--Mas somos tão boas juntas nos damos tão bem na cama – Disse beijando o pescoço da mulher.
--Nos damos bem sim, mas isso não é tudo, então é melhor encerramos isso – Deu um beijo na testa da mulher e se desvencilhou dela.
--Eu não vou embora, ficarei aqui para reconquistar você.
--Aqui você diz na casa da sua tia, não é? – Andreia perguntou indo para o banheiro.
--Pode ser, não vou voltar ainda, você está com a cabeça cheia eu entendo, vou deixar você pensar um pouco, mas estarei por aqui.
--Quando sair fecha a porta- Andreia fechou a porta do banheiro deixando a mulher em lagrimas no quarto.
-- A Andressa passou igual um foguete aqui – Elida disse assim que Andreia sentou na mesa.
--Deixa ela, depois se acostuma com a ideia.
-- Ela não pediu para voltar? – Elida perguntou
-- Pediu, mas não quis, outra hora conversamos sobre isso, vamos Vitinho?
--A senhora não vai trabalhar hoje?
--Não, estou de folga, vou te deixar na escola depois vou resolver umas coisas.
--Me leva de moto mãe?
--Você sabe que não gosto de você andando de moto.
--Mas é aqui pertinho, não custa nada.
--Tudo bem, pega o seu capacete e vamos – O menino saiu sorridente, não demorou muito para ele estar se despedindo da criança em frente à escola, colocou o capacete, porém não saiu com a moto, ficou olhando uma morena um pouco mais a frente, ela arrumava o cabelo da garota que sorria, Andreia não pode evitar um sorriso com aquela cena, viu Juliana se despedir com um beijo na bochecha da garota e entrar em um carro, não era novo, mas bem arrumado. – Quem diria, você dirigindo – Pensou Andreia vendo a mulher sair com o carro, saiu guiando a moto logo atrás do carro, quando Juliana ia entrar na avenida um carro encostou nela quebrando o retrovisor do carro, como estava com transito pesado os carros estavam quase parados, Juliana desceu do seu carro e foi tomar satisfação com o motorista que quebrará seu retrovisor.
--Ei você está cego? Não viu que quebrou? – Bateu no vidro do carro, um homem saiu do carro já gritando
-- Você está louca eu não quebrei nada. – Andreia que observava a tudo aproximou-se com a moto, parou em frente ao carro do homem e foi até lá retirando o capacete.
--Desculpa, mas eu vi que o senhor foi o culpado sim – Juliana que estava com uma cara fechada a desfez com um sorriso aberto para a mulher que estava a sua frente
--Outra louca eu não bati nessa lata velha.
--Senhor estamos sendo civilizadas, mas o senhor está fazendo questão que eu ligue para o órgão de trânsito para você reparar os danos com carro dela
--Que danos? Eu não fiz nada – Ele estava nervoso
--Bem, então essa marca de tinta branca aqui, que por coincidência é da mesma cor do carro dela, não é nada? Bem vou ter que ligar e o senhor ainda vai ser multado, pois é proibido fazer essa conversão que o senhor fez– Andreia apontou para a placa que mostrava a proibição.
-- Eu não estou com paciência para duas loucas como vocês – Ele disse apontando o dedo – Vou embora que não vou me atrasar para o trabalho. – Nessa hora Juliana pegou a chave que estava na mão do homem.
--Você não vai nada, vai pagar o que quebrou sim – Andreia quase sorriu ao ver aquela marra toda, não tinha nem tamanho, mas era um poço de brabeza.
--Me devolva essa chave agora- Ele ia se aproximar para tomar a chave, mas recuou ao avistar duas motos da polícia aproximando-se.
--Algum problema ai? Vocês estão atrapalhando o trânsito – O Policial disse olhando de Juliana para o homem.
--Essa louca pegou a chave do meu carro e não quer devolver.
--Esse idiota quebrou meu retrovisor e não quer pagar. -Andreia que observava a tudo calada resolveu esperar mais um pouco para aproximar-se.
--Senhora não pode segurar a chave dele, se ele quebrou deveria chamar o órgão de trânsito competente – O policial disse para Juliana.
--Ela é uma louca eu não fiz nada – O homem falou gritando.
--Bem eu sou testemunha sargento, vi no exato momento que ele bateu – Andreia falou e todos a olharam.
--Tenente Luiza – Os policiais prestaram continência e ela apenas balançou a cabeça.
-- Não seria melhor o senhor entrar em um consenso? - Um dos policiais falou e o homem olhou com espanto para Andreia, que mantinha seu olhar para Juliana.
-- Isso paga um novo – Pegou duas cédulas de cinquenta reais.
--Isso não vai dá para comprar um retrovisor novo – Juliana falou. –Sei, pois comprei um semana passada.
--Vamos logo, vocês estão engarrafando o trânsito.
--Eu trabalho em uma casa de peças, no final da avenida, vamos lá que mando colocar um novo.
-- E se for mentira, como vou confiar?
--Eu vou com vocês – Andreia falou
-- É preciso que nós acompanhemos tenente?
--Não sargento, volte para a patrulha – Ele afirmou com cabeça subindo na moto. – Vamos? – Olhou para o homem que não falou nada, apenas pegou a chave que Juliana mostrava e entrou no carro.
--Você ia mesmo enfrentar esse cara? – Andreia perguntou sorrindo
--Ia sim onde já se viu, ele está todo errado. – Andreia sorriu colocando o capacete.
-- Estou bem atrás dele – Piscou e foi para moto, depois de quase uma hora o retrovisor de Juliana já estava posto.
-- Prontinho serviço feito – Andreia estava sem saber o que falar.
--Coitadinho do meu bebê – Juliana disse passando a mão no capô do carro
--Só você mesmo para chamar um carro de bebê.
-- Ele tem nome sabia? – Falou sorrindo para Andreia
--Nome? Qual é o nome do eu bebê?
-- Ceceú– Juliana disse sorrindo
--Vou me arrepender de perguntar, mas por que Ceceú?
-- De celta, e ele é branquinho como uma nuvem, dai Ceceú. -Andreia gargalhou.
-- Só você mesmo, então aceita um cafezinho? – Juliana olhou para o relógio e fez uma careta.
--Infelizmente tenho uma reunião daqui a pouco, podemos deixar para outra hora?
--Claro que sim – Andreia estava encabulada, há muito não se sentia assim, com um frio na barriga.
-- Pedi meu numero para o Ju, ele vai te dá, agora tenho mesmo que ir – Entrou no carro.
--Tudo bem, vou pedir – Sorriu vendo-a sair, ela subiu na moto e saiu guiando, ia para o banco resolver umas coisas.
-- Eli vamos sair?
-- Mas não está cansada acabou de chegar.
-- Hoje é sexta, vamos comemorar minha solteirice?
-- Credo não se cansam de farrear?
--Eu mesma só paro se você me dizer um sim – Elida disse pegando a mão de Lídia que a puxou antes que ela a beijasse.
--Nunca nessa vida, não nasci para levar chifres, vão lá e aproveitem, Andreia pode deixar que amanhã eu levo o Vitor no judô.
-- Está bem, vou me arrumar – Elas saíram para uma boate e não demorou para as duas estarem cada uma com uma mulher.
-- Bom dia – Andreia disse chegando em casa e entrando em casa.
--Boa tarde né mãe -O menino corrigiu
-- Boa tarde meu lindo – Beijou o topo da cabeça do garoto.
--Mãe a senhora me leva na casa da minha amiga? Ela disse que a senhora sabe onde é.
--Sua amiga? - Andreia na associou.
-- A Clarisse mãe, esqueceu foi?
--Não esqueci, mas o que você que vai fazer na casa dela?
-- É o aniversário dela, ela disse que não ia ter festa, mas ia ter um bolo.
--Você leva Andreia?- Lídia perguntou.
--Levo, mas porque não vem comigo?
-- Estou com preguiça, mas pensando melhor eu vou.
-- Vai se arrumar, vou almoçar e já saímos - O menino saiu feliz para seu quarto.
-- Lídia nunca mais falamos sobre aquele assunto – Andreia disse enquanto fazia seu prato.
--Não tem mais o que falar, não vou falar quem é e pronto.
--Tudo bem, se não quer falar eu não vou insistir.
--Não insista o Vitor tem duas mães, mas não tem um pai.
--Ter ele tem.
--Não tem, quando eu fui dizer aquele calhorda ele disse que eu tirasse, pois ele não ia assumir e ainda me proibiu de falar para alguém.
--Você o amava?
--Não, claro que não foi apenas uma noite, nos encontramos numa festa e ficamos, e já estava bem bêbada por sinal.
--Está certo, já entendi – Andreia não tocou mais naquele assunto, queria sim saber quem era o pai do menino, mas a prima não queria de forma alguma contar.
-- Ela mora aqui? – O menino perguntou assim que Andreia parou o carro na frente da casa que antes era pequena com um muro baixo, hoje dava lugar a um duplex com altos muros e um portão totalmente fechado
--Nossa isso aqui está muito diferente. – Lídia disse descendo do carro.
-- Está mesmo, muito diferente – Andreia disse observando cada detalhe daquela casa.
-- Vai mãe toca aperta a campainha – O menino estava com pressa.
-- Calma filho, já chegamos, não precisa mais tanta pressa – Andreia disse vendo Lídia apertar o botão, escutaram um “já vai” um pouco mais afastado, com toda certeza era a voz de Junior.
--AHH! – Escutaram um grito para logo em seguida o portão ser aberto. – Eu não acredito que vocês estão aqui – Ele disse pulando no pescoço de Andreia que começou a sorrir.
--O que ele tem? – O menino perguntou
-- Ele está feliz, somos velhos amigos – Lídia respondeu – Quero ver se eu não ganho um abraço também.
--Claro que vai ganhar, nossa que surpresa boa ver vocês aqui, vamos entrem
--O Vitor disse que fomos convidados para uma festa – Ela disse olhando para o menino que afirmou com o gesto de cabeça, não tive tempo de responder pois uma menina apareceu quase que correndo.
--Foi eu que chamei padrinho esse é meu amigo Vitor – A menina disse sorrindo.
--E ai cara? Tudo bem? – Estendeu a mão para o menino que aceitou o aperto balançando a cabeça – Bem, venham vamos entrar, não é bem uma festa apenas algumas criança aqui da rua – Todos entraram e logo Vitor foi puxado para dentro da casa por Clarisse.
-- Espero que não aprontem – Lídia disse apontando as crianças.
--Nossa aqui está tão mudado – Andreia olhava a sala em nada parecia aquela pequena casa que morará.
--Nós fizemos uma bela reforma aqui, vem deixa eu mostrar lá em cima – Eles subiram a escada. – Esse é meu quarto e esse o da Juli – Ele apontou para as portas.
--Vocês moram aqui sozinhos? – Andreia perguntou encarando uma foto dele e Juliana na parede.
--E quem você esperava encontrar aqui? – Junior perguntou cruzando os braços, porém não deu tempo de Andreia responder, pois escutaram alguém chamando da sala.
-- Ju me ajuda aqui, algum imbecil parou o carro de frente a garagem – Todos sorriram.
-- Estou indo – Ele desceu na frente segurando o riso
--Ai se eu pego vou falar poucas pra o idiota, parece que é analfabeto que não sabe ler o nome garagem – Ela disse vendo o amigo descer, foi para cozinha colocar as sacolas.
--Nossa está estressada é? – Junior notou que ela não percebeu que tinham visitas.
--Como não ficar, mas o que é dele está guardado.
-- Dele quem criatura?
-- Do dono do carro né Junior – Ela colocava as coisas na geladeira.
--Nossa agora fiquei com medo – Andreia disse sorrindo e vendo Juliana derrubar o refrigerante que iria colocar na geladeira.
--De, De, Deia? Mas o que você? Quer dizer oi – Ela disse sem jeito levando Lídia e Junior a gargalhar.
-- Que eu lembre eu não coloquei o carro na frente da garagem – Andreia não parava de encarar a mulher que estava com um pequeno short jeans e uma blusa de alça.
-- É não está, mas não consigo manobrar com ele onde está.
--Ela tem medo de bater – Junior disse ajudando a abrir os embrulhos que ela trouxe.
--Junior calado – Ela apontou para o amigo que sorriu
--Calado por que? Só por que você é uma motorista digamos que... previdente como você mesmo fala?
-- Deixa isso para lá vamos lá para sala, nossa Lídia – Juliana abraçou a mulher – Você está linda, como você está?
--Eu estou ótima e pelo visto você também, linda como sempre.
--Olha quem veio para minha festinha – A menina entrava com menino na cozinha.
--Oi, como você está?
--Eu estou bem e a senhora?
--Eu estou ótima, fico feliz que tenha vindo.
--A mãe Ia que nos trouxe, ela disse que vocês já foram todos amiguinhos
--Isso mesmo, todos amiguinhos- Juliana disse olhando para Andreia que observava a tudo.
--Vem, vamos lá no meu quarto – Eles saíram correndo.
--Acho que vai sair um romance dai – Lídia disse sorrindo.
--Se ele puxar a mãe não é mesmo? – Junior disse batendo nos ombros de Andreia.
-- Se ele puxar a mim com toda certeza vai estar nesse momento querendo ver o que tem dentro da calcinha dela - Lídia disse sorrindo.
-- A você? Como assim? – Juliana perguntou olhando para Andreia – Ele não é seu filho?
-- Não biológico, apenas adotivo. – Andreia respondeu.
--Eu acho que vou lá ver eles – Junior disse saindo e puxando Lídia que entendeu logo que era para deixar elas a sós.
--O Junior continua tão discreto – Andreia falou ao ver a intenção de deixá-las a sós.
--Mais do que nunca- Juliana deu um meio sorriso. – Então ele não é seu filho? Eu pensei que era seu, ele se parece tanto com você.
--Acho que a genética favoreceu ele – Andreia deu um leve sorriso
-- Então você e aquela modelo lá do mercado não são casadas?
--Casada? Eu ? – Andreia sorriu – Não mesmo – Juliana abriu um meio sorriso
–E você? É casada com o pai da menina?
--A Clarisse? – Andreia afirmou com a cabeça. – Não, ela é filha da Claudia, sou apenas madrinha dela – Agora foi Andreia que deu um sorriso.
--Bem então você é?... – Elas se encaravam intensamente
-- Solteira, totalmente solteira – Andreia deu um passo para frente, estavam encantadas, uma no olhar da outra, Juliana deu mais um passo, porem se afastaram ao escutarem a campainha tocar. – Er... eu vou lá atender – Juliana saiu da cozinha e Andreia teve que respirar fundo ao segui-la, ao chegar na sala viu JM entrando.
-- Oras, oras se não é a soldadinho – Ele disse ficando de pé.
--Boa tarde para você também JM – Ela o encarou.
--Você é rápida, mal chegou já está rodeando, parece um urubu encima da carniça – Ele calou-se ao Juliana entrar com Clarisse.— Oi soube que era seu aniversário e resolvi trazer um presente para você – Mostrou o embrulho para a garota que o pegou animada.
--Como se diz Clarisse? – Juliana falou
--Obrigada, posso abrir madrinha?
--Claro que pode, vai lá para o quarto pedir para o Ju te arrumar. – A menina saiu.
--Não precisava se incomodar JM
--Que isso Juli, se é filha da nossa amiga temos que nos preocupar sim.- Ele disse voltando a sentar no sofá.—Então não vai ter nenhuma festinha para ela?
--Não, quer dizer só um bolinho para cantar parabéns com os moleques aqui da rua mesmo.
--Estão precisando que eu traga alguma coisa?
--Não JM já temos tudo alias, eu vou lá na cozinha arrumar as coisas – Saiu da sala deixando Andreia e aquele homem que ostentava um sorriso debochado para Andreia.
--Então voltou a morar por aqui? Cuidado aqui é cidade grande, os bandidos daqui são bem mais... – Levantou do sofá. –Violentos. – Andreia ia responder, mas Vitor apareceu na sala.
--Mãe esquecemos de pegar o presente.
--Nossa um filho? Quem diria – Ele abaixou-se para ficar na altura do menino que automaticamente se escondeu atrás de Andreia. – Ei cara tudo bem? Sou amigo da sua mãe – Estendeu a mão, mas o menino não retribuiu.—Acho que ele tem a quem puxar não é mesmo?
--Ele apenas é inteligente, não preciso ensina-lo quem preste ou não – Pegou na mão do menino. – Vamos pegar o presente – saíram da casa, já ao lado do carro Andreia abaixou-se para falar algo para o garoto. – Vitinho esse homem não é amigo da mãe está bem? Nem meu nem da Lídia – Entendeu?
--Está bem mãe, posso entrar para entregar o presente?
--Vamos entrar – Eles novamente entraram e Andreia fez questão de seguir direto para a cozinha, ao chegar percebeu que Junior e Juliana conversavam, ela decidiu escutar um pouco da conversa.
--Eu não sei o que ele está fazendo aqui Ju, não falei nada, mas fica tranquilo, vou conversar novamente com ele, aposto que seja aquilo mesmo que ele me falou.
--Não é Juli, todo mundo sabe lá em cima que ele é quem manda.
-- O JM é muito idiota para fazer essas coisas eu já te falei isso.
-- Tudo bem Juli, se você diz, só não confio nele aqui dentro de casa.
--Relaxa, se essa historia fosse verdade ele nunca nos faria mal, esqueceu que ele cresceu aqui conosco?
-- Como eu disse, não vou mais nem comentar nada
-- Bem precisam de ajuda em alguma coisa – Andreia que ouviu bem a conversa falou entrando.
--Nada disso, você é visita, nada de trabalhar – Juliana disse tirando uma das bandejas com docinhos da mão de Andreia.
-- Agora pronto, nem vem com essa, me diz onde é para colocar isso? – Andreia disse levantando a bandeja para Juliana não alcançar.
--Deia me dá isso aqui – Ela ainda deu um saltinho para pegar, mas não conseguiu.
--Lá para fora Andreia, tem uma mesinha com o bolo e algumas bexigas, pode colocar ao lado do bolo -Junior disse sorrindo com aquela cena.
--Nossa o quintal está muito lindo – Andreia disse ao voltar para a cozinha. – Adorei o jardim Junior, ficou perfeito.
--Ei e porque só o Junior ganha os parabéns, eu também ajudei.
--É ela ajudou a esquecer de colocar agua – Junior disse e Andreia sorriu, mas seu sorriso morreu ao ver JM entrando na cozinha.
--Juli infelizmente vou ter que voltar para a mercearia, aconteceu um probleminha lá e vou ter que resolver.
-- Vai lá JM depois mando um pedaço de bolo para você – JM a puxou para um abraço, sorrindo com deboche para Andreia.
-- Até outra hora – Ele saiu da cozinha e Junior logo se pronunciou.
--Já vai tarde, ainda bem que ele já foi.
--Ju, nunca vai se entender com ele mesmo, não é?
-- Nunca, nem estou afim – Ela disse saindo com a Andreia que estava levando mais outra bandeja.
--Junior eu escutei a conversa de vocês, do que vocês falavam exatamente?
-- O que você escutou? – Ele ficou logo nervoso.
--Sobre ele mandar lá em cima.
--Não falei isso, acho que você me entendeu errado – Já ia voltando rápido para a cozinha afim de fugir.
--Vamos falar disso outra hora, e você não vai me esconder nada-Andreia disse segurando o braço dele que apenas afirmou com a cabeça e entrou sendo seguida por Andreia. -- Onde está a Lídia?
-- Ela foi dá uma volta, disse que ia ver como estão as coisas – Junior que respondeu. – E eu vou chamar as crianças que já está quase na hora– Junior deixou novamente as mulheres a sós.
--Então voltando ao assunto que o JM atrapalhou – Juliana disse virando para Andreia que estava próximo a porta – Você e aquela loira lá do mercado não são um casal?
--Sim, quer dizer, era, aí me enrolei – Andreia sorriu – Deixa eu explicar, ela era minha namorada.
--Não é mais? – Juliana achou linda ela nervosa.
--Não, eu acabei com ela.
--Namoro longo? – Juliana caminhou para o quintal e fez questão de deixar o braço encostar na barriga de Andreia que sentiu o corpo arrepiar.
--Mãe a Clarisse gostou do meu presente, ela já está com ele – O menino entrou no quintal com Junior e a menina.
--Nossa que linda – Juliana aproximou-se viu a boneca de cabelos cacheados. – Parece comigo – Juliana disse com a boneca ao lado do rosto.
--Foi ele que escolheu- Andreia falou sorrindo, logo a campainha tocou e as crianças começaram a chegar, Andreia ficou por ali conversando com Lídia e outras mães, não passavam de dez crianças, mas foi uma bela farra.
-- Madrinha o Vitor me chamou para ir na casa dele a senhora deixa? – Andreia, Lídia e Vitor estavam na porta para se despedirem.
--Claro meu bem, depois marcamos direitinho, em um dia que eu estiver de folga te levo lá.
--Mas antes disso é meu niver na terça, vamos para um barzinho, quero as duas lá, nem pense em não ir escutou mulher maravilha?
--Vou ver minha escala
-- Você é a chefe, muda a escala e pronto – Lídia falou sorrindo
--Sim senhora – Andreia disse abrindo a porta do carro para o menino entrar.
--Volta sempre – Junior disse dando dois beijinhos em Andreia que apenas cumprimentou Juliana com um aceno de cabeça.
Fim do capítulo
Ola minhas flores!
ENTÃO MAIS UM CAPITULO, ESSE FOI BEM ESCLARECEDOR PARA AMBAS
E ESSE CLIMÃO ENTRE ELAS? VOCÊS SENTIRAM KKKK
Bem espero que estejam gostando desses capitulos mais longos, espero manter essa media nas postagens.
BJS
Comentar este capítulo:
Mille
Em: 30/06/2018
Olá Lili
Andressa já é carta fora do baralho agora Juli é tentar logo algemar a Deia e espero que desta vez você não a deixe partir. Mais ela ainda acredita no JM deveria era abrir os olhos.
Irei aplaudir quando a sargento Luiza colocar o JM atrás das grades e se duvidar ela sair te desmascarar.
Bjus e até o próximo capítulo
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