• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Fotografias em Preto e Branco
  • Capítulo 1

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • A Seguranca II
    A Seguranca II
    Por Lena
  • time after time
    time after time
    Por shslatingirl

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Fotografias em Preto e Branco por GLeonard

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 1587
Acessos: 3160   |  Postado em: 27/06/2018

Capítulo 1

                          Fotografias em Preto e Branco

 

G. Leonard

 

Mais uma vez olhou para o celular ao lado do notebook. Como se não soubesse a verdade, apanhou-o para verificar se as operadoras estavam sem atividade, impedindo que finalmente tocasse e pudesse ouvir a voz que tanto esperava.

Há horas, lutava com a página em branco no editor de textos, com o desejo de abandonar o orgulho que restara e ligar para Camille, mesmo para que mais uma vez não entrassem em consenso, a outra lhe fizesse as mesmas cobranças, desse as mesmas desculpas sem o mínimo fundamento.

Desde que haviam se separado, há seis meses, sentia a falta da mulher que, durante quase cinco anos, tinha feito parte de sua vida, mesmo sendo protagonista da maior parte de seus momentos de angústia no ano anterior.

Os primeiros dias após o rompimento haviam sido produtivos, se é que se possa assim dizer. Tinha colocado algumas coisas em ordem no apartamento, mudado alguns móveis de lugar, feito limpeza em gavetas, que guardavam parte das lembranças que queria varrer da memória. Feito pequenas coisas que há muito deixara para trás...

O cursor seguia piscando na tela, intimidando-a. O prazo para a entrega do romance expiraria em menos de três meses, e até gora não conseguira redigir sequer uma página. Sua editora já se mostrava preocupada, pois desde que publicara seu primeiro sucesso, há oito anos, conseguira produzir textos de igual aceitação de crítica e público e, dentro dos prazos estipulados, mesmo com as variações de humor, fruto do relacionamento tempestuoso com a companheira.

Como em um flash, relembrou diversas cenas, que bem poderiam, com alguns retoques, transformarem-se em trechos de um de seus livros. Nuances do início do relacionamento, olhares e frases, sensações e sabores. A poesia de alguns lugares por onde tinham passado durante as viagens... as noites em Paris, os vinhedos do norte da Itália, o velho pintor espanhol que retratara, com propriedade, a exuberância de sua ex-mulher. Os amigos do meio literário com quem tinham passado noites agradáveis à beira da lareira no sul do País. As cenas patéticas das discussões infindáveis que corroeram o relacionamento, e os inúmeros silêncios que preencheram todos os momentos que antes eram tão agradáveis para o casal.

Camille era uma mulher que jamais passaria despercebida. O senso de humor inteligente, os gestos delicados e sempre transbordando sensualidade. Os longos cabelos castanhos, os olhos esverdeados, a boca sensual, o corpo bem torneado, sempre impecavelmente vestida.

Lembrou-se da primeira vez que a vira, na galeria de arte, na noite do vernissage da sua exposição “Mulheres sob os véus”, uma coletânea de fotos p&b de mulheres paquistanesas.

Aceitara o convite de uma amiga para o evento, atraída pela foto instigante do convite. Não conhecia a fotógrafa nem seu trabalho, mas o resultado da arte gráfica fora tão impactante que se interessou em descobrir se as demais fotografias da exposição faziam jus aos elogios tecidos pela amiga, que insistira para que a acompanhasse.

– Vamos, Lu, prometo que não vai se arrepender... Por duas boas razões...

– Quais sejam?

– Ora, pelas fotografias fantásticas, e pela minha companhia, é claro. Risos.

– Ah, sim... imperdível mesmo...Tripudiou.

– Vamos, já passou da hora de você dar uma arejada. Fica enfurnada em frente a esse computador noite e dia, e a vida lá fora com tantas coisas interessantes a serem descobertas... Além do mais, a Ju e a Claire também estarão lá, e podemos dar uma esticada depois. Há quanto tempo não saímos juntas? Reclamou Tina da amiga, que há meses não participava dos encontros marcados da troupe.

– Vou com você, mas não contem comigo para “esticar” depois.

– Céus, você vai ficar velha antes do tempo mesmo. E pior, uma velha solitária, porque nem nós vamos aguentá-la nesse claustro que se meteu.

– Já concordei... estarei lá...prometo. Deu com os ombros em protesto silencioso, com tirada sarcástica.

– Ótimo, vou ligar para as meninas.. .Sabe que amo você, não é? Armou seu sorriso encantador, típico de quem sempre consegue o que quer.

– Sim, também amo você, mas gostaria que entendesse que, de quando em vez, preciso desses meus “tempos”, principalmente quando as ideias estão fluindo e estou no meio de um livro.

– Tá, não vamos mais falar sobre isso. Você me pega em casa ou terei que dirigir, ou pior ainda, pegar um taxi até a galeria?

– Passo no seu apartamento para buscá-la. Luana respondeu rindo. A outra sabia como desarmá-la.

– Espero você às oito e meia, então.

– Não é muito cedo? A exposição só abre às dezenove horas....

– Ah, meu Deus... Você entendeu... as vinte horas e trinta minutos. Pegou a bolsa, já se levantando do sofá, onde se jogara fingindo não ver a careta da amiga – Já vou, preciso passar na Gucci para comprar um modelito novo para sair amanhã à noite com a minha “velha” amiga. Deu ênfase no adjetivo para rebater a provocação.

– Ah sei... Com certeza não tem nada para usar. Seguiu brincando, sabendo da compulsão de Tina por sapatos.

– A propósito, vê se usa algo assim... menos sóbrio... Só para não parecer minha mãe, é claro...

– Do tipo?

– Algo que mostre as curvas, por exemplo, se é que ainda existe alguma sob esses trapos pretos.

– Ah, sim... eu devia estar vestindo um Versace para ficar em casa escrevendo...

– Agora falando sério, Lu... Dá pra usar algo mais in amanhã, desse jeito vai ficar difícil desencalhar você...

– E quem disse que quero desencalhar... Estou muito bem assim, meu trabalho preenche todo o meu tempo... Além do mais, ainda estou me curando da última tentativa de me arranjarem alguém. Lembrou o encontro em que as amigas a empurraram, com uma jornalista muito talentosa, mas proporcionalmente neurótica.

– Bom, não vou ficar aqui sendo insultada. Deu de ombros, já abrindo a porta. Antes de sair para o corredor virou-se. – Nós devíamos ter trans*do antes de ficarmos amigas... Sempre achei você gostosa, e acho que talvez pudesse ter gostado. Brincou, e saiu fechando a porta, antes que Luana terminasse de dizer, também caindo na risada:

– Se tivesse trans*do, com certeza você gostaria, mas não vou pra cama com loiras...

Luana Hays caminhou em direção à sacada da enorme sala, disposta a observar rapidamente o mundo lá embaixo, que insistia em seguir seu curso, alheio a tantas pessoas, que naquele mesmo momento olhavam a rua e o movimento, de seus apartamentos, remoendo  seus dramas particulares.

No trajeto, permitiu-se observar a silhueta refletida no espelho do hall de entrada. Os cabelos quase negros, cortados de forma despretensiosamente curtos, o porte ainda atlético, apesar dos 30 anos e do tempo sem exercícios regulares. A pele branca sem marcas. Os olhos castanhos. A boca bem definida.

 Num impulso, ajustou a camiseta preta no corpo, marcando os seios firmes e a cintura bem desenhada. O tempo estava sendo bondoso, pensou satisfeita, mesmo não sendo uma pessoa vaidosa, antes de desviar-se novamente para a sacada.

Depois de admirar o pôr do sol, no Itaim Bibi, de seu apartamento no décimo quarto andar, resolveu fazer mais algumas anotações para seu romance. Depois de algum tempo, lembrou da fotografia no folder da exposição. Não foi difícil descobrir outras da mesma fotógrafa. Digitou no site de buscas o sobrenome no critério “imagens”, e encontrou diversas fotografias de temática diferenciada, mas também incrivelmente belas. Um dos sites mostrava algumas imagens da própria fotógrafa, uma senhora dos seus sessenta e poucos anos, que conservava ainda traços de beleza da juventude.

Algum tempo depois, o celular tocou fazendo com que interrompesse a pesquisa.

– Amore, liguei só pra dizer que achei um Prada lindo pra você usar amanhã à noite. Era Tina novamente, atormentando-a com detalhes.

– Tenho uma coleção de sapatos, com certeza algum deverá ficar bem com a camiseta preta e a calça jeans que estarei usando... Seguiu no tom de provocação, que sabia que a amiga adorava.

– Bom, já comprei pra você... mas acho que vou entrar na Net Shoes e comprar um tênis, vai combinar mais com o seu “estilo tô me f. para o que pensam de mim”...

– Você não tem em que gastar, é ? Por que não compra alguns livros ou procura alguns Dvd’s cult?

– Se comprar essas coisas você vai ficar sem opções de presente pra me dar, já que só vai ao shopping para comprar livros, CDs, Dvds e fazer mercado.

– Será que vou ter que arrastá-la mesmo pra cama para que pare de me amolar?

– Tolinha...você não saberia o que fazer comigo numa cama... Mas prometo que penso no seu caso amanhã se estiver bem sexy quando vier me buscar...

As duas gargalharam e se despediram. Eram amigas há mais tempo que gostariam de lembrar, por isso a intimidade e maneira de trocarem alfinetadas era permitida. Tina fora a primeira das amigas a quem Luana confessara sua opção sexual. Mesmo hétero convicta, a amiga sempre a apoiara, e não foram poucas as vezes em que trocaram confidências a respeito de seus casos amorosos.

Ju e Claire também sabiam da homossexualidade de Luana e, algumas vezes, quando estava sem namorada, as amigas escaneavam os lugares que frequentavam, fazendo comentários sobre algumas mulheres aparentemente disponíveis, como possibilidades. Mas como o gaydar das amigas não era nada aguçado, invariavelmente apontavam para mulheres que em nada a atraíam, ou que nada tinham a ver com o seu mundo, como fora o caso da jornalista que lhe apresentaram.

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Próximo capítulo

Comentários para 1 - Capítulo 1:
jo40
jo40

Em: 27/06/2018

Uma das melhores que li até hoje.

Muito feliz por ter voltado.

 


Resposta do autor:

Oi, Jo, obrigada pelo apoio. Nova fase...risos. Vida começando a ter perspectiva de novo. Aí tudo fica mais fácil. Vamos mantendo contato. Bjs

G.Leonard

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web