Lutas da vida por Esantos
Capítulo 30
--Lídia onde está sua prima? – Andressa entrou na casa sem ao menos bater.
-- Boa noite para você também, ela saiu, não sei para onde.
--Ela está com a Elida não é?
--Não sei – Ela sabia, mas como a Andressa odiava quando as duas saiam preferiu mentir.
--Ela saiu com a tia sim, eu vi as duas saindo no carro da tia Eli.
--Eu sou uma trouxa mesmo, quando ela iria me falar que foi transferida?
--Não sei, nem sabia que ela não tinha contado.
--Vou para casa, elas não voltaram nem tão cedo, merd*
--Ela falou um palavrão, vai colocar o dinheiro na caixinha do palavrão – O menino disse ficando na frente dela.
--Ai me erra – A mulher saiu batendo a porta.
--O que ela tem mãe?
--Ela está nervosa meu filho, não liga para ela, agora acaba logo essa lição, pois a Andreia disse que amanhã vai conferir seus cadernos.
--Ela sempre reclama quando faz isso – O menino disse triste.
-- Agora acaba isso ai, para não deixar para amanhã. – O menino fez a lição e foi para o quarto.
-- Nossa estou quebrada.
--Também está fora de forma, não aguenta mais o pique? Pode falar que não chamo mais.- Andreia disse sorrindo
--Aguentar eu aguento, mas quando você disse que iria se mudar as garotas pareciam que enlouqueceram, nunca vi, queria o sex* de uma vida em apenas uma noite.
-- Foi bom mesmo, vou sentir faltas das meninas– Andreia falava olhando para a entrada da sua casa
-- Não quer ficar para dormir?
--Não, eu vou para casa, já vai dá cinco da manhã mesmo, vou dormir e amanhã descansar, afinal segunda vamos viajar.
--Ainda acho que deveríamos ir de moto, vai ser bem mais rápido.
--Andreia o tempo está chuvoso, se o problema é deixar o carro com a Lídia vamos no meu.
--Tudo bem, segunda às sete da manhã.
--Porque tão cedo Andreia? Nunca vi gostar tanto de madrugar.
--Não gosto de deixar as coisas para muito tarde – desceu do carro e despediu-se, Andreia tomou um banho e foi dormir, no meio da manhã acordou com uma batida forte na porta, ao levantar viu Andressa parada no pé da cama a encarando – Mas que porr* é essa? Isso é jeito de entrar?
-- Luiza quando você ia me falar que foi transferida?
-- Hoje – Ela disse voltando a deitar a cabeça no colchão
-- Luiza desde quando você sabe ?
-- Ai que droga – respirou fundo sentando na cama. – Desde segunda, mas estava resolvendo umas coisas e acabei esquecendo e outra, não nos encontramos essa semana.
-- Como não? Nos encontramos no quartel durante a semana, custava ter me falado?
-- Eu não misturo as coisas, agora posso dormir? – A garota começou a chorar
-- E agora? Como vamos ficar? São 135km de distância.
--E não vai alterar em nada, vem cá, não chora – Andreia a puxou para cama a abraçando. – Sempre que dá você vai para lá ou eu venho, não há motivos para desespero.
--Você promete que não vai de deixar? – Falou fungando no pescoço dela
--Não precisa prometer, agora deita aqui, vamos dormir um pouco o que acha de conchinha? Você adorar dormir de conchinha – A garota acalmou o choro e ficou ali por um tempo depois que Andreia dormiu ela saiu, viu as roupas dela penduradas, ao chegar sentiu o cheiro de perfume de mulher, respirou fundo para acalmar, não falaria nada, uma hora ela mudaria, ela saia com outras, mas era para ela que a Andreia sempre voltava.
-- Nossa a foto da casa era bem diferente, acho que o corretor se enganou – Elida olhava uma casa com Andreia.
--Por isso é bom vim visitar pessoalmente, eu gostei da segunda, mas está muito caro e também precisa de reforma.
--Mas isso a Lídia sabe fazer bem, ela deixou a sua casa do jeito que está hoje, nem parece aquele casebre que você tinha nem se compara a linda casa que vocês têm.
-- Ela leva jeito para coisa mesmo, vou falar novamente em faculdade com ela, vai que aqui ela se empolgue.
-- Bem senhoras vocês não gostariam de conhecer um apartamento? – O corretor imobiliário perguntou. – Ele é excelente, chegou ontem lá na imobiliária, totalmente financiável ele é muito bem localizado e enorme e o dono está louco para vender, então está abaixo do mercado.
--Não queria um apartamento, mas vamos lá conhecer, vamos Eli? – Elas foram seguindo o carro do corretor.
--Andreia não seria melhor apenas alugar? E se você for transferida novamente?
-- Eu não vou pagar aluguel, tenho certeza que não vou ser transferida nem tão cedo, no máximo umas operações no interior.
-- Se a tenente está falando – Elida disse voltando a sua atenção para a estrada. – Nossa adoro essa orla, faz um tempo que não venho a praia – Andreia ficou olhando o carro do corretor parar, logo após Elida encostar o carro atrás.
--Bem senhoras o prédio esse, excelente localização quase em frente ao mar, tem uma bela vista, venham – Andreia parou olhando ao redor, realmente muito bonito, ao chegar no apartamento elas olhavam tudo.
-- Deve ser os olhos da cara – Elida disse mais baixo para Andreia que parou quando passou em frente a varanda do apartamento ela caminhou bem devagar olhou para baixo, estavam no nono andar, ela olhou para o mar, lembrou-se automaticamente de Juliana, ela sempre sonhou em morar em um lugar como aquele com aquela varanda.
-- Então senhoras gostaram?
--Eu achei ele lindo, espaçoso bem dividido, três quartos como a sua casa. – Viu que a amiga não estava prestando atenção no que ela disse – Andreia? Está escutando? – Tocou de leve em seu ombro
--Oi sim, qual o valor?
--Ele está bem a abaixo do mercado, por causa dessa crise o dono está precisando do dinheiro rapido- O homem escreveu o valor no papel e o valor das parcelas.
--UAL! – Elida disse ao ver.
-- Eu dobro a entrada e financio o resto, vou fechar nele – Andreia disse sem nem titubear, apertou a mão do homem e acertou para levar as documentações no outro dia.
-- Andreia serio que você vai comprar ele? Não é muito caro?
--Elida eu economizei mais de 30 por cento do meu salário durante todos esses anos para alguma coisa, e agora chegou a hora de investir esse dinheiro e imóvel sempre é um bom negocio
-- Se você diz, bem agora vamos procurar um hotel, ou você vai logo para o quartel?
--Não hoje não vou para o quartel, vamos dá um mergulho na praia e tomar aquela velha cervejinha, está dentro?
-- Não sei o porquê você me pergunta essas coisas, logico que estou mais que dentro – Sorriu.
--Vamos em um hotel, depois voltamos – Elas passaram o dia na praia divertindo-se a noite foram para uma boate e divertiram-se bastante. Passaram mais dois dias ali resolvendo todas as papeladas e voltaram para casa com a chave do apartamento na mão.
--Nem acredito que vou morar na orla – Lídia falava feliz – Foi bem rápido não é?
-- O financiamento foi feito pela própria imobiliária, não demorou tanto, agora vamos empacotar as coisas que na sexta já quero está lá para resolvermos tudo.
--Lídia meu amor, você vai dividir o quarto comigo por um tempo, mas não fique acanhada, pode me agarrar no meio da noite – Elida falou sorrindo sempre brincava com a outra.
--Não se preocupe queridinha isso nunca vai acontecer – Como planejado por Andreia na Sexta já estavam na capital com a mudança.
-- Andressa fica arrumando as coisas com as meninas que eu vou visitar as escolas para o Vitinho
-- Mãe vê se escolhe uma boa, que tenha gente legal.
--Pode deixar, mesmo assim o senhor vai estudar para fazer a prova do colégio militar, quero você estudando lá ano que vem. – Visitou algumas escolas e logo escolheu uma próxima de casa, onde não precisariam enfrentar trânsito, voltou para casa e ajudou na arrumação, no domingo de manhã a casa já estava com um aspecto melhor.
-- Amanhã vou no centro comprar umas coisas que estão faltando, me dá teu cartão?
--Se ferrou – Elida diz sorrindo
--Lídia eu até dou, mas lembre-se que agora estamos em contenção de gastos, a parcela do apartamento não é baixa.
-- Eu sei, vai ser besteira, mas se não quiser deixa que eu compro. – Falou fazendo bico.
--Nada disso já combinamos que o dinheiro da sua rescisão e fgts será para pagar a faculdade de arquitetura, você me prometeu.
--Tá certo eu prometi, não se preocupa – Na segunda de manhã Andreia deixou o filho na escola e seguiu para o quartel.
-- Amanhã nós vamos vim de moto, olha esse trânsito – Ela disse com uma cara feia.
-- Isso aqui fica cada dia pior, transito horrível, estou morta de sono. – Resmungou
-- Também, ontem à noite acordei para ir ao banheiro a Andressa estava gem*ndo horrores, já era mais de três da madrugada.
--Ela estava em um fogo ontem, disse que era para inaugurar o quarto – Sorriu de maneira cafajeste.
-- Pena que a Lídia não me dá uma chance – Fez careta
--Ela não seria louca e ainda tem um agravante.
-- Agravante? Qual?
-- Eu te mataria – Sorriu para a amiga – Chegamos – Pegou ser quepe o colocando na cabeça, o soldado de guarda prestou continência a levando para a sala do comando daquele batalhão.
-- Soldado acomode a sargento Elida, depois mande o subtenente reunir a tropa, em vinte minutos estarei no pátio.
--Sim senhora – Ele saiu rápido.
Ela respirou fundo olhando para aquele lugar, iria ser um desafio gigantesco, mas iria vence-lo, mesmo sendo considerada com pouca idade pelos demais oficiais, ela sabia que tinha competência para aquilo, ajeitou as duas estrelas prateadas em seu ombro alinhou o quepe na cabeça, odiava aquela saia justa preferia a farda preta do grupo tático, mas tinha que usar essa as vezes, caminhou com a cabeça erguida transparecendo sua força e sua determinação, no pátio do quartel viu os policiais em forma, quando ela entrou alinharam-se em posição de sentido, iria ser um desafio, seria a primeira mulher a assumir tão posto e não iria decepcionar.
-- Descansar – Ela disse se colocando a frente deles,– Bem senhores, hoje inicio no comando desse batalhão não pensem que comigo terão uma maleabilidade que é atribuída ao sex* feminino, não sou frágil, muito menos aturo erros, nesse batalhão só quero os mais fortes, quem não se enquadrar peço que peça para voltar ao patrulhamento, repetindo não aceito erro, façam sempre o seu melhor mesmo que ainda não seja o suficiente,entendido?
--Sim senhora! – Foi escutado os policiais pronunciando.
--Ótimo, vão para rua e façam seus trabalhos, semana que vem teremos uma restruturação das metas, vocês serão informados, dispensados – Andreia deu as costas e saiu para a sua sala.—Elida chama o tenente Ramos aqui, vamos ter uma longa reunião – Assim os dias passaram, ela passou aquela semana arrumando a casa, para poder saber o que tinha em mãos.
--Você vai se resolver com sua mãe, eu não quero nem saber. – Andreia entrou em casa e escutou a conversa de Lídia com o filho
--Mãe ela vai me colocar de castigo – Ele disse com a voz chorosa.
--Não quero saber, quem mandou fazer besteira.
--Que besteira estamos falando? – Andreia disse entrando na sala assustando o menino que fez cara de choro.
--Olha aqui – Lídia entregou a agenda escolar do menino, leu depois releu em voz alta – Vitor ficou de castigo, pois falou de maneira preconceituosa com a amiguinha – Ela olhou para o menino que estava de cabeça baixa. – Explicações?
-- Na hora do intervalo a Clarisse estava sentada no banco e caiu uma folha no cabelo dela o Mauricio disse que ela não penteava o cabelo e eu rir dela – Ele disse ainda de cabeça baixa.
--Como é o cabelo da Clarisse Vitor?
-- Ele é grandão assim – Fez com a mão. – Igual daquela amiga da mamãe Lídia – Ele falava de cabeça baixa.
--Então você achou graça do que seu amigo fez? – Ele não falou nada – Não escutei a resposta
– Não achei – Ele falou baixo, mas audível
—Então por que sorriu?
-- Os meninos estavam rindo.
--Então você vai fazer o que seus amiguinhos fazer? Se eles se jogar de frente ao carro, você vai fazer o mesmo? – Ele balançou a cabeça em negação.
-- O que já conversamos sobre respeitar todo mundo independente dele ser igual ou diferente de todos?
-- A senhora disse que não podemos julgar ninguém – Ele disse sem levantar a cabeça.
--Isso mesmo e sorrir do cabelo da amiguinha é uma forma de julgar, então amanhã você vai pedir desculpas na frente de todos e Lídia o dinheiro do lanche dele ele vai comprar um chocolate para dar de presente a Clarisse, resolvidos? – Ele não respondeu – Eu perguntei se estamos resolvidos?
--Estamos sim
--Ótimo, agora vai lá para o quarto e pense bem sobre o que você fez, e mais sem celular ou computador – O menino saiu com a cabeça baixa vendo Andreia desligar o aparelho de internet da casa.
-- Nossa quando crescer vou ser assim – Elida disse sentando.
--Vai para porr*, eu tento apenas educa-lo, daqui a pouco vou lá brincar com ele.
-- A Andressa já mandou umas dez mensagens querendo saber se você já chegou.- Lídia falou antes da prima ir para seu quarto
--Diga a ela que não estou com saco para ela – Falou entrando para o quarto
--Ei a aposta está de pé, um mês – Lídia disse sorrindo.
--Já disse que ela segura ao menos dois, a Andressa é muito gostosa e segundo a diz Andreia o sex* é maravilhoso.
--E por falar isso, já até chamei um para cara que faz vedação acústica ele vem trocar a porta e as janelas do quarto da Andreia ainda essa semana, a mulher grita demais.
--Mas não dá para escutar, apenas se passar por frente.
-- Essa é a questão para ir ao banheiro tem que se passar pela frente. – Elida sorriu.
-- Vitinho? – Entrou no quarto do menino, ela já tinha tomado um banho e estava com um short de elástico e uma camiseta folgada.
--Oi mãe Ia – O menino lia um livro.
--O que está lendo ai? – Andreia deitou-se ao lado dele na cama.
--O pequeno príncipe.
--É uma boa história, eu estava pensando, sábado irmos em uma academia, eu treinava lá quando vim morar aqui, não sei se ainda existe, mas amanhã vou dá uma pesquisada, mas se ela não estiver mais aberta vamos a outra, existe muitas boas aqui.
--Oba, eu quero – Falou animado.
--Então combinado, ler essa parte para mim, eu adoro.
--Qual esse parágrafo aqui?
--Isso mesmo, vamos ler juntos o que acha? – Ele afirmou com a cabeça
-- “– Não – disse o príncipe. – Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
– É algo quase sempre esquecido – disse a raposa. Significa “crias laços”...
– Criar laços?
– Exatamente – disse a raposa. – Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
– Começo a compreender – disse o pequeno príncipe. – Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...”
--Bonito não é?
-- Mãe só é meu amigo quem eu tenho necessidade de tá junto?
-- Sim se é seu amigo, você vai querer está próximo a pessoa, sempre
--Entendi – Ele voltou a atenção para o livro, mas não leu nada. – Mãe eu fiz errado com Clarisse, amanhã vou pedi desculpa a ela.
--Faça isso mesmo e não esqueça de comprar um chocolate para ela.
-- Vou comprar então, vamos jogar aquele jogo da pergunta?
--Vamos sim o que acha de chamarmos a Lídia e a Elida para jogar também.
-- Vai ser irado – Eles foram para a sala e as mulheres aceitaram jogar.
Fim do capítulo
Ola minhas flores
Agora a Andreia na capital, colocando ordem naS casas (no quartel e em casa com o Vitor tbm), vamos ver o que o futuro reserva....
BJS
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Mille
Em: 26/06/2018
Olá Lili
Doida para ver a Juliana, acho que a Clarisse deve ser filha dela.
Andreia está muito safada e a Andressa não enxerga as coisas tem mais galho que Alce.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Humm todos pensavam kkkk bem, corre lá que já postei.
BJS mile
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Bee20
Em: 26/06/2018
Amando essa nova fase
Resposta do autor:
Ela está mais madura que a anterior, se bem é normal elas eram jovens na primeira fase, essa elas estão adultas, não sei se mais madura em relação a saber lidar com os sentimentos,mas isso no decorrer saberemos.
BJS flor
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