Capítulo 1
-Como está indo na faculdade filha ?
Olho pro meu pai sempre bem vestido alinhado e sério, atencioso e centrado em tudo que faz. Conheceu minha mãe na casa de um amigo de lá pra cá os dois nunca mais se separaram.
-Bem pai, semana que vem vai ter uma palestra sobre diversidade.
-Tenho muito orgulho de você filha.
Respondeu minha mãe pousando sua mão sobre a minha, quem olha até parece que somos uma família dessas de comercial de margarina, mas no fundo percebo o olhar a voz abafada e principalmente quando surge algum imprevisto que altere a família.
Depois do café cada um foi pros seus respectivos empregos, meu pai pro escritório de advocacia, minha mãe pra clinica aonde devolve um sorriso satisfeito a todos os seus clientes.
Estava distraída na sala preparando um presente pra Emanuelle de um ano de namoro, quando na televisão passou a receita de acarajé, fiquei super. empolgada anotei a receita e fui pra cozinha aonde encontrei Rosa.
-Hoje sou eu na cozinha.
Meu sorriso de satisfação se desfez quando ela tomou a panela da minha mão.
-Qual é Rosa, eles não precisam ficar sabendo.
-Não posso deixar, são ordens tenho que por comida na mesa, se os patrões descobrem estou na rua.
Me sentei perto da bancada desapontada com minha própria vida de cristal, suspirei olhando pra rua.
-Eles me proíbem de quase tudo, me sinto incapaz.
-Não precisa se depreciar, tem pessoas na sua condição que nem uma assistência hospitalar possuem.
Olhei pra Rosa ela era legal, mas tentava se manter no emprego com unhas e garras, entendia seu ponto de vista com essa crise ficar sem emprego agora seria o fim pra ela.
-Eu quero uma família, não assistência hospitalar.
-Tá bom, veja pelo lado bom um ano de namoro hein!
Sorri.
Emanuelle era a única que me entendia, contava meus medos e segredos pra ela nunca pensei que fosse durar tanto tempo, deixei a cozinha indo pro quarto troquei de blusa me olhei mais uma vez no espelho, desci pegando o presente e avisando a Rosa que já estava indo.
Ao descer no térreo nosso motorista estava à minha espera, me ajudou a entrar e assim partimos pro seu apartamento. Meu pai falava que o motorista era pra toda a família, mas era raro ver ele ou minha mãe precisar dos serviços do Rogerio. Ao chegar no prédio entrei com cuidado acenei pro porteiro e subi, cheguei no quinto andar com um sorriso nos lábios estava nervosa, toda vez fico assim antes de vê-la chega me falta ar as vezes.
Ao caminhar pelo corredor estranhei sua porta está encostada, abri a porta com cuidado e ouvi gemidos vindo da sala, ao me aproximar meu mundo literalmente parou diante daquela cena. Emanuelle se esfregando que nem uma puta em cima da Raissa nossa amiga, meu corpo paralisou minha garganta secou.
-Emanuelle.
Seu nome saiu rasgando de minha garganta, ao me ver não se mostrou espantada apenas levantou do colo da mulher e me encarou, limpando o batom vermelho de seus lábios.
-Nina o que faz aqui ?
Fitou-me na cara dura meu coração doía, meus olhos estavam lagrimejando, mas não daria esse gostinho a ela.
-Eu.. resolvi fazer... uma surpresa.... pra você, mas chego... aqui e te encontro.... com nossa melhor.... amiga!
Apontei pra ela que se levantou tentando apaziguar as coisas, como frases de isso não foi nada de mais, não rola amor entre a gente, ou que isso não precisa tanto vocês estão juntas a um tempão.
-Cala a boca... Raissa!
-Não grita com ela Nina! Quer saber já que está aqui não vou fazer questão de mentir ou inventar coisas, é verdade estou com a Raissa a muito tempo.
Não reconhecia mais a Emanuelle estalando os dedos em meu rosto, afirmando que tudo que vivemos não passou de uma oportunidade pra ajudar sua família a sair do buraco, já que o pai dela trabalha no mesmo edifício que o meu pai.
A cada frase sua sentia um vazio em meu coração, era como se todo o sangue fosse sugado minhas mãos tremias sentia o peso do meu corpo em cima daquelas muletas, se antes me odiava por ser assim agora mais ainda.
-Acabou Nina, finalmente não preciso mais fingir que gosto de tu, ou ouvir suas queixas.
-Quei...xas
-É quei quei quei quei...xas, olha pra você uma completa retardada!
-Pega leve Emanuelle, olha Nina ela não quis dizer isso.
-Que pega leve o que Raissa, você não sabe o que tive que passar ao lado dela, me privando de várias coisas estando sempre por perto, a namorada perfeitinha de uma invalida.
Eu queria gritar com ela, mas minha deficiência não me permitia, em vez disso me retirei do apartamento sem olhar pra trás, ainda escutava seus gritos do corredor chamando a atenção de alguns vizinhos.
Não sei como consegui encontrar forças pra voltar pra casa, ao entrar encontrei meu pai e minha mãe almoçando, ao me ver me falaram pra lavar as mãos e depois me juntar a eles.
Subi as escadas entrando do quarto, parecia que minha cabeça ia explodir ainda ouvia suas frases em minha cabeça, como me deixei me levar sou uma idiota.
Meus olhos percorreram todo o quarto como ela mesmo disse eu era uma invalida, peguei a mochila colocando tudo que precisasse, eu não ia voltar atrás desci as escadas sendo seguida pelos olhos atentos de meus pais.
-A onde pensa que vai ?
Meu pai se levantou colocando o guardanapo na mesa, sendo seguido automaticamente pela minha mãe.
-Estou indo.... embora, preciso é.... necessito d..... minha ....independência,.... já!
-Que história é essa filha, venha sente-se comigo e com seu pai.
Colocou a mão em meu ombro tentando me confortar, mas aquele gesto desencadeou muitas sensações ocultas dentro de mim.
-Não! Não... quero me.... sentar e conversar, essa é minha.... vida! Entendam.... de uma.... vez minha vida!
Eles se espantaram com minha atitude em seguida meu pai começou a levantar a voz pra mim, coisa que nunca tinha feito.
-Nina Arantes! Você vai se sentar conversar educadamente conosco é tirar de uma vez por todas essa ideia da cabeça.
Dei um passo pra trás, não ia cair naquela lavagem cerebral novamente, não iriam me privar de ter uma vida normal.
-Não pai, sinto muito mais eu não posso, minha vida está uma loucura, minha ex namorada me traiu e me chamou de invalida, vocês têm noção do que isso me machuca.
-Filha eu sinto muito que a Emanuelle tenha feito isso, mas não pode mudar sua vida toda por causa disso, você possui limitações...
-Minhas.... limitações.... são vocês PORRA!!
-Eu vou ensinar a essa menina bons modos.
Meu pai ia partindo pra cima de mim, mas minha mãe o impediu segurando em seus ombros em seguida chamando os seguranças pra detê-lo.
-Você é uma filha ingrata! Olha tudo que fazemos por você, e é assim que nos trata.
Os seguranças chegaram o segurando com força, minha mãe me falou que posso ir pro seu apartamento é que tudo ficaria bem.
-Não faça isso Safira não der abrigo a ela! Se quer tanto ir embora que vá! Quero ver viver sem essa mordomia toda.
-Não Gonçalo ela é nossa filha!
-Não... preciso do... seu ...dinheiro, me deixa... mãe darei.... notícias.
Com muito custo deixei o apartamento, ainda com minha mãe chorando e tentando me impedir, ao chegar no portão olhei pra cima e a vi ainda com a mão na boca se derramando em lagrimas.
Abri o portão e sai os primeiros passos foram os mais difíceis da minha vida, a liberdade tinha o seu preço e também o abandono de um lar, estava frio e chuvoso. Eu poderia ir pra casa das minhas primas ou até mesmo pra esse apartamento, mas se fizesse isso estaria cavando minha própria cova.
Caminhei até um ponto de ônibus as pessoas me olhavam com pena, minutos depois avistei o carro da minha família ao longe.
-Merda.
Tratei de sair dali apertando o passo como se fosse possível correr, entrei em uma rua e me escondi num beco. O carro passou bem devagar, me encostei no muro pra que não me vissem, depois de alguns minutos deixei o beco, respirando mais aliviada.
Estava sem rumo porem feliz andava por ruas de paparalepípidos, e outras só de asfalto, ao parar pra descansar um pouco avistei dois homens vindo em minha direção.
-Tá perdida moça ?
-Não....Estou.
Eles me olhavam de cima a baixo um era careca e alto, o outo musculoso e com um sorriso diabólico no rosto.
-Ela tem problema.
Eles me cercavam e me impediam de passar.
-Me....deixem....Passar.
-Fica quietinha que não vamos te machucar, pega a mochila!
-Não....a mochila não.
Tentei evitar que pegassem minha mochila, mas foi em vão, eles a puxaram a força e ainda por cima me derrubaram, senti quando o asfalto arranhou meu rosto.
-Daqui a pouco eu volto com as carnes tia!
Apesar com o tempo chuvoso não deixávamos de aproveitar um belo churrasco, ao deixar a casa me esbarrei com Anita que chegava de mais um trabalho noturno.
-Ou olha por onde anda!
-I qual é modele-te, nem vi tu aí, foi mal, tu parece uma...
-Uma o quê hein! Continua.
Junior podia ser o mala da casa, mas de uma coisa ele é um bom, observador. Segui seus olhos e olhamos pra descida da ladeira.
-Será que mataram ?
-Não sei... caraca se mexeu, vem vamos lá.
Ele foi o primeiro a descer correndo e eu logo atrás, ao nos aproximarmos era uma mulher.
-Ei moça.
Senti alguém me tocando e fiquei com medo, olhei era um homem e uma mulher.
-Por... favor... não... me... machuquem.
-Não vamos te machucar, moramos naquela casa lá no alto, vem te ajudo.
Me levantaram um de cada lado por fim me devolvendo as muletas.
-Obrigada.
-Ela só pode ter sido assaltada, tocou em meu rosto e gemi de dor.
-Tu machucou a perna ?
-Não... eu nasci assim.
-Há foi mal.
Ele passou a mão na nuca enquanto a mulher o reprendia o chamando de tapado, eles eram engraçados aos poucos subimos a ladeira até chegar na casa.
Ao entrar a frente havia uma piscina e várias plantas, tudo muito arrumadinho e decorado havia vida naquela casa.
Caminhando mais a frente escutamos vozes e passos, a mulher chamou por todos me sentia envergonhada não queria dar trabalho pra ninguém.
-O que foi Anita que gritaria é essa.
A mulher morena jambo aparentava ter uns 40 anos me olhou assustada, não a julgo estava um nojo molhada machucada e sem casa.
-Santo Deus o que aconteceu com você ?
Ela se aproximou e puxou uma cadeira pra me sentar, enquanto ela me analisava os outros foram chegando e fazendo um círculo ao meu redor.
-Encontramos ela lá em baixo, provavelmente foi assaltada.
-Essa área anda muito perigosa, por isso não gosto que saiam sozinhos.
Ela cuidava de todos como uma mãe, e isso me confortou bastante.
-Qual o seu nome querida ?
-Nina.
-Seja bem vinda Nina, eu sou Marcele a dona desta casa.
Ela sorriu pra mim disse que ia cuidar dos meus ferimentos, e que se quisesse poderia ficar. Evitei contar pra ela sobre a minha fuga de casa , mas isso não foi preciso por enquanto, enquanto Marcele cuidava dos meus ferimentos todos se apresentavam, começando pelos que me salvaram.
-Eu sou o júnior, mais conhecido como o observador.
-UHHHH Observador nada fofoqueiro mesmo, meu nome e Anita.
-Eu sou Mauricio, se precisar de aulas de surfe tamo junto, o cara para de beber ainda não ta nem anoitecendo.
Com um copo de caipirinha se apresentou
-Eu sou o Vitão sou DJ, gracinha.
-I fala sério a garota mal chegou já está paquerando, olha releva ele é assim com todas, me chamo Silvana qualquer prato que queria eu faço.
-Mauricio... Junior... Vitão... Anita... Silvana.... Marcele.
Todos sorriram pra mim e me desejaram boas vintas, voltando pros seus afazerem.
-Olha Nina, não precisa me dizer nada agora, aqui acolhemos pessoas que necessitam de amor carinho e atenção, não sei quem você é ou de onde veio, mais já me simpatizei muito com você.
-Eu...também.
Ela se levantou e me fitou com um sorriso nos lábios.
-Então, vai ficar ?
-Fico!
Ela abriu os braços e me levantei com cuidado a abraçando.
-Bem-vinda a família Nina.
Nas primeiras horas que estava na casa nova me sentia sem jeito, mas em nenhum momento observada ou analisada.
Marcele me amostrou cada cantinho da casa estilo rustica, cheia de quadros e artes pra todos lados. Caminhamos pelos corredores aonde contém várias frases de auto ajuda.
-Aqueles dias de baixo astral.
-Há..sim...passo muito... por eles.
-Se quiser conversar estamos aqui, agora vem vamos até o seu quarto.
Ao entramos havia duas camas de solteiro uma televisão na parede e um banheiro.
-Aqui dormimos sempre com algum acompanhante, pra que o convívio não seja tão solitário.
-Entendo.
-Nosso querido Gabriel nos deixou semana passada, por enquanto estará dormindo sozinha, mais sempre que se sentir sozinha pode vim falar comigo.
-Não... quero dar....trabalho.
-Nunca dará trabalho pra gente.
Como tudo que tinha fora roubado menos minha identidade e meu cpf o restante Marcele tratou de repor, roupas sapatos produtos de higiene entre outras coisas.
Mais tarde desci encontrando os outros se servindo, Anita veio até mim me ajudando embora estivesse bem gostaria de deixar tudo bem claro.
-Eu quero... falar... umas coisas.
Todos me deram a devida atenção necessária.
-Tenho... paralisia....cerebral...mas não...sou...uma....invalida.
-Nunca te veremos assim Nina, mas não somos perfeitos.
Disse Mauricio todos começaram a comer enquanto me servia pela primeira vez.
-Oh Nina que tu faz da vida ?
-Facul..dade de Psico...logia.
-Olha uma pessoa sensata nessa casa finalmente.
Anita levantou as mãos pros céus sendo seguida logo atrás de gargalhadas.
-E você... Junior ?
-Há trabalho numa empresa de quadrinhos.
-Esse daí vive no mundo da lua.
Anita implicava de mais com o rapaz no fundo deveriam se amar, mais tarde ela revelou que e garota de programa sem nenhum pudor na mesa.
Indaguei que posso ser útil em várias coisas, Silvana me disse que gostaria de uma ajudante na cozinha, isso sim seria uma tarefa bem radical na minha vida.
-Mais antes disso tudo vai pra praia comigo.
Fiquei pensando se já era difícil me manter em pé numa muleta, imagina numa prancha de surfe. A comida estava deliciosa mulher melhor que a da minha casa, parece que rico passa fome.
Mais tarde fiquei na sala assistindo um programa de surfe com o Mauricio, e de vez enquanto olhava pro telefone no canto.
-Não acredito que deixou nossa filhar ir, olha só já escureceu.
-Pare de drama Safira, como ela disse iria dar notícias pra mamãe.
-Como pode ser assim, tentamos proteger demais.
-Só fizemos o melhor, agora vai dar razão e implorar pra voltar, esse mundo e cruel demais Safira ainda mais com pessoas como a Nina.
O meu celular tocou não conheci o numero,ao desviar o dedo escutei sua voz baixa me fazendo chorar ainda mais.
-Nina! Minha filha aonde você está? Que número é esse ? tentei te ligar várias vezes só cai na caixa postal.
-Estou...bem.
-Estamos preocupados, por favor volte pra casa.
Fechei os olhos antes de responder que estava tudo bem comigo, que tinha conseguido um novo lar é que depois passaria pra fazer uma visita.
Ela chorou horrores do outro lado, me doía ver a minha mãe assim, mas não podia voltar atrás. Desliguei o telefone e dei boa noite pro pessoal, meu corpo caiu cansado no colchão e logo pequei no sono, mas não demorou muito pra vim os pesadelos daquele dia, acordei várias vezes na madrugada assustada e suada, não chamei por ninguém apenas fiquei quieta até amanhecer.
Dormi pouco tomei um banho colocando uma roupa confortável, e descendo encontrando o pessoal tomando café do lado de fora festejando mais um dia, todos me abraçaram e nos sentamos pra tomar café.
Diferente do dia anterior todos se dissiparam pros seus respectivos trabalhos, estava na cozinha ajudando Silvana a fazer coxinha.
-Você tem jeito com a massa.
Sorri deslizando a massa entre as mãos, difícil era o que ela fazia mexer na massa quente. Tínhamos uma encomenda pra semana que vem e que eu ficaria encarregada de enrolar umas bolinhas de queijo.
Me sentia útil e feliz, os que fritavam ela me dava como recompensa, disse que podíamos até ganhar uma grana com eles.
-Então Nina, tem um amor ?
Amor essa palavra me dói tanto, neguei falando que não sou muito amante de amor. Silvana pareceu entender e não comentou mais nada.
A tarde apenas Mauricio voltou com um peixe enorme, me chamou pra acompanha-lo até a praia.
-Pode ir Nina está liberada.
Partimos pra praia a onde ele me levou até a oficina que trabalha, havia muitas pranchas bonitas e outras em desenvolvimento.
Um amigo dele chegou e disse que havia uma carga de camarão, e que se estivesse interessado a hora era agora.
Fomos pra praia uma caixa enorme de camarão 600 reais assim na lata, Mauricio sussurrou no meu ouvido falando que iriamos lucra muito com a venda deles no luau que teríamos hoje.
Três horas depois estávamos de volta ao entrarmos todos estavam preocupados.
-Pensávamos que tinha se afogado Nina.
Anita era uma figura, Junior veio logo atrás pra ajudar a levar a caixa pra cozinha.
-Melhor tomar um banho querida, cheiro de camarão não combina com você.
Marcele estava certa subi indo pro quarto a porta estava encostada ao entrar escutei um grito, e logo a porta sendo fechada na minha cara atingindo meu nariz. Minhas costas bateram na pilastra ouvi passos apressados subindo a escada.
A porta fora aberta me revelando uma mulher de pele clara com dread no cabelo e com vergonha pelo o que tinha feito.
-Me desculpa pensei que fosse...
Calou-se ao notar que algo escorria do meu nariz, levei a mão me revelando sangue de cor viva.
-Puta merd* Bebel tu quebraste o nariz dela.
-Foi um acidente Junior!
-Acho que não quebrou não, Silvana tocava em meu rosto enquanto os olhos azuis da mulher ao lado não saiam de cima de mim.
Descemos e Silvana cuidou do meu nariz estancando o pouco sangue que saia.
Estava me recuperando do lado de fora quando ela se aproximou.
-Foi mal aí, me chamo Bebel sou prima do Junior.
Ela estendeu a mão e me deu um sorriso não tão sincero assim.
-Nina.
Levantei-me passando por ela que ficou chocada com minha falta de educação, geralmente não costumava me comportar assim, mas ela bateu aquela porta com uma força tremenda.
Ao entrar no quarto peguei umas peças de roupa e fui tomar banho, me olhando no espelho ele estava um pouco inchado, ao sair a encontrei sentada na minha cama com as pernas cruzadas e um olhar de angustia.
-Você é muito mal-educada sabia.
-Sabia que....está... na minha....cama.
Ao ouvir minha voz cheia de falhas me arrependi imediatamente, Emanuelle tinha razão.
-Só quero que as coisas comecem na santa paz, entre eu e tu, afinal seremos colegas de quarto.
-Por...mim.
Dei de ombros ela bufou e deixou o quarto batendo a porta, aproveitei pra dormir um pouco.
Acordei sentindo um cheiro estranho e bem familiar, ela estava acendendo incenso de canela pelo quarto.
-Pra...que...isso ?
-A bela adormecida acordou, isso e pra expulsar os maus fluidos e também tranquilizar o seu sono.
-O que... sabe... do meu...sono.
-Que tem pesadelos, mas isso vai dar trazer leveza ao ambiente.
-Isso me... deixa com... dor...de cabeça.
-Azar o seu!
Deixei o quarto e aquele cheiro com ela, encontrei com Júnior na cozinha e perguntei qual era o problema da prima dele.
Ele gargalhou disse que vários, que ela se meteu em várias coisas erradas e veio parar aqui, o certo era não mexer com ela.
Pior que e ela a mexer comigo.
Fim do capítulo
Olá meninas estória curtinha se for nesse período no máximo seis capítulos, sexta estarei de volta.
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