Olá, olha eu de volta. Demorei por pura falta de tempo, afinal vida de empresária, professora, dona de casa, escritora, ufa! cansei. kkkk. Espero que gostem, aguardo comentários, que são o combustível para que eu possa escrever mais rápido ( pequena chantagem).
33 – E a vida continua...bem difícil
Dois meses se passaram, de forma muito lenta, após minha entrada no hospital. Nada puderam provar nada contra o desgraçado do JC. Mesmo com o conselho de Marina através daquele sms frio que dilacerou meu coração, eu prosseguir e o denunciei na justiça, mas por falta de provas concretas, o processo não foi avante. Mais uma vitória desse crápula, mais uma facada no meu já sofrido coração. Dois meses sem a presença das minhas princesas, apesar da raiva que eu sentia em certos momentos, o amor estava presente, sempre. Raiva por Marina ter desistido tão facilmente de nós. Poderíamos lutar juntas contra esse desgraçado, não seria uma luta fácil, mas estaríamos juntas e com certeza nossas famílias nos ajudariam. Porque, Marina? Seu amor por mim era uma ilusão? Uma aventura? E todos os planos, todas as emoções, todos os orgasmos? Foram falsidades? Momentos?
Minha recuperação estava sendo lenta e dolorida, fazia fisioterapia respiratória 3 vezes por semana, uma sessão com psicoterapeuta uma vez por semana, remédios, noites de insônia, quando conseguia dormi, tinha um sono inquieto e cheio de pesadelos, relembrando o momento do atentado e o sms da Marina. Inferno!! Eu bem que não queria me apaixonar, tava tão boa na minha vida insossa. Mentira! A quem eu queria enganar? O meu romance com a Marina foi a melhor coisa que aconteceu em toda a minha vida. Foram muitas emoções, muito carinho, companheirismo, paixão, amor intenso e profundo, pelo menos da minha parte, já da parte dela... Ai que ódio!! Não queria pensar e cá estou pensando nela e em tudo vivido, de novo. Me sinto como se tivessem tirado minha felicidade, como se um dementador houvesse sugado toda a minha alegria, igual aos filmes do Harry Potter. Forças Sandra, você sempre foi forte.
Passado mais alguns dias, estava eu no mercadinho próximo a minha casa, como estava de licença, ainda, preenchia meu tempo, cozinhando pra mim e para os meus meninos. Era por eles que eu fazia o impossível para não desabar na minha autocompaixão, depressão, ou seja, lá o nome que se dar a esta intensa tristeza a qual me achava envolvida. A diarista havia sido contratada para trabalhar em tempo integral, devido ao meu estado físico e emocional, obviamente. Bom, voltando ao mercadinho, eu estava escolhendo alguns tomates, distraída nos meus pensamentos caóticos, quando sinto alguém chegar ao meu lado e ouço:
- Não se vire, continue escolhendo os tomates.
Fiquei paralisada, pensei: eu estou além de depressiva, tendo ilusões. O que mais me falta para ser internada numa clinica psiquiátrica? Dei um comando ao meu cérebro: não olhe, não olhe. Fechei os olhos com força e ouvi de novo.
- Amor, sou eu, Marina, continue focada nos tomates, podemos está sendo seguidas.
Que porr* é essa? É uma alucinação mesmo, porque a voz é da Marina. Virei meu pescoço pra olhar, segurando um tomate na mão direita e a sacola na esquerda. Vejo-a levar a mão aos óculos, abaixando um pouco e pude ver aqueles olhos negros penetrantes. Ela coloca os óculos rapidamente no lugar e pede pra mim, novamente, continuar a escolher os tomates. Ela usa óculos escuros grandes e boné na cor preta, enfiado bem profundamente em sua cabeça e o pescoço desnudo, está quase irreconhecível. Fico em choque. Gente, o que é isso, quase dois meses sem ter uma notícia dela e de repente no mercadinho da esquina eu a vejo. What a hell?
- Calma, meu amor, tenho explicações. Mas temos que tomar muito cuidado, pois a minha vida, a sua vida e a de seus filhos, correm perigo... – de repente ela para de falar, olha por cima do meu ombro, pega a sacola com os tomates que estavam em sua mão e segue caminhando para a parte de trás, que é onde eu sei que se encontra a balança e o rapaz que pesa os legumes. A Sigo feito um autômato, sem compreender nada, minha cabeça dando voltas com o que ela havia acabado de me falar.
Há duas senhoras na fila da pesagem, na nossa frente, eu fico logo atrás dela com a minha sacola em mãos. Consigo sentir o cheiro dela, dos seus cabelos, do seu perfume, sou invadida por lembranças e a saudade que sinto, faz quase eu abraçá-la ali mesmo, mas me seguro quando os meus braços começam a executar o movimento. Meus filhos! Não! Nunca! O rapaz executa a pesagem da sacola dela, ela passa por e coloca um papel, rapidamente em minhas mãos e vai embora. Pego o papel e coloco no bolso da calça, peso meus tomates, vou pro caixa pagar e não a vejo mais. Sinto-me dentro de um dos filmes de Missão Impossível, será o papel que ela me deu irá se destruir em poucos segundos? Affffz, sou louca mesmo, pensar em filme moradessa, Sandra? Acorda oh, vida real aqui ó.
Entro no meu carro, travando as portas, olho pra todos os lados, na tentativa de ver algo estranho, ainda bem que meu carro possui insulfilm 100%, idéia da Marina, para termos mais privacidade. Não me seguro de curiosidade em saber o que se encontra no papel. Desdobro com as mãos tremendo:
“Me encontre hoje, às 19h na secretaria da igreja Sagrado Coração aqui do bairro. Bjs. M.”
Meu coração bate igual tambor de escola de samba, confiro as horas no relógio, são 16 h, faltam 3 horas. Vou morrer de ansiedade. Vou pra casa e ando de um lado pro outro do meu quarto, que bosta que essa hora não passa. Ouço batida na porta e a dona Neuza entra.
- Dona Sandra, são 17 e 30, já deixei o jantar de vocês pronto, os meninos estão no quarto fazendo a lição de casa. Posso ir? A senhora ta se sentindo bem? Tá tão vermelha. Já tomou seus remédios? Senhora sabe, se eu não cuidar bem da senhora, sua mãe vem aqui e tira meu couro, rs.
- Estou bem dona Neuza, não se preocupe. Pode ir, coloco o jantar dos meninos mais tarde, vou dar um pulo ali na igreja, depois. Eles ficam bem.
- Tá bom então. Até amanhã.
Chego à igreja, às 19 em ponto. Já havia algumas pessoas aguardando a hora da missa, que não demoraria a começar. Vou direto à secretaria, já havia estado ali em outros momentos. Abro a porta bem lentamente e a vejo. Ela está de costas pra porta, calça jeans frouxa, preta, camisa de punho larga preta e tênis escuro, também. Só a reconheço pelos cabelos longos soltos, negros e brilhosos, lindos, como sempre. Ela está compenetrada olhando pela janela, que é toda de vidro. Ela sente minha presença, vira-se e me olha, abrindo um sorriso maravilhoso, abrindo os braços, num convite para um abraço. Parece que fica tudo em câmara lenta, eu nem acredito que estou mesmo, diante DELA. Caminho em sua direção e quando chego bem próximo, dou-lhe uma tapa na face esquerda com toda a minha força.
Fim do capítulo
Pois bem, vamos ver como anda essas mulheres e seus dramas. Quero sugestões para a morte do famigerado JC. Bjs.
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NovaAqui
Em: 11/06/2018
Sandra está muito magoada. E com razão.
Vamos ver se Marina consegue se explicar. Até eu estou p#$@*$& contigo, imagina a Sandra?
Tem que pegar esse ex duzinferno. Ele precisa se ferrar sozinho. Ser atropelado, bater com o carro
Só torço para que elas fiquem juntas antes do último capítulo.
Abraços fraternos procês aí!
Resposta do autor:
Pretendo postar ainda essa semana. Acho q a Marina tem.muito a explicar. Grata por comentar. Bjs
Resposta do autor:
Pretendo postar ainda essa semana. Acho q a Marina tem.muito a explicar. Grata por comentar. Bjs
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