Tudo começou quando fomos a uma balada, sertaneja dessa vez. Não era do meu gosto, mas Silvana curtia. Era uma balada LGBTQ mesmo, ficávamos mais à vontade assim. Estávamos na pista dançando coladinhas a música da Maiara e Maraisa, Medo Bobo, com a voz de Silvana cantando baixinho no meu ouvido. E no refrão ela me olhava com tanto amor que meu coração chegava doer.

Depois desse momento super romântico, fomos para a nossa mesa e ficamos namorando e bebendo. Hoje estávamos de uber, por isso estava abusando. Quando de repente quem aparece na nossa frente.

Regina.

Ela parou e ficou nos encarando por um tempo, sei que de todas as mulheres que fiquei, Silvana a destetava mais. Pois a mulher resolve testar a paciência da minha namorada, que nos últimos tempos estava no limite. Vem toda sedutora me cumprimentar e quase beija na minha boca se não viro o rosto. Percebi que Regina estava bêbada, ela senta ao meu lado ignorando totalmente Silvana e diz alto suficiente para qualquer um ouvir:

- estou morrendo de saudades Flor.

E tenta pegar minha mão, prevendo a terceira guerra mundial, me afasto dela e começo a abrir a boca para manda-la embora, mas antes disso vejo Silvana pegar o copo de cerveja que segurava e jogar com uma satisfação perversa em Regina. Que primeiro se assusta e depois olha com fúria minha namorada. Então a merd* acontece:

- que porr* pensa que está fazendo!

Nem deu tempo de segurar Silvana, ela simplesmente saltou em cima de Regina, e quando vi as duas rolavam pelo chão.

Resultado, fomos expulsa do lugar, minha mulher saiu com um arranhão no rosto e estava puta como nunca antes, comigo.

Quando chegamos em casa ela ainda não falava, e mesmo sabendo que Silvana era muito ciumenta, fiquei assustada com a reação dela. Algo que agora pensando retroativamente, vinha acontecendo muito.

As mudanças de humor dela, uma hora estava me amando, em outra queria me ver do outro lado do mundo. Isso sem eu ter feito nada.

Mal sabia naquela hora que aquilo era causado por algo que mudaria minha vida para sempre, mas vocês devem estar desconfiando né, se não estão, se preparem!

Mas naquele instante estava apenas assustada, a segurei pelo pulso e a fiz me olhar assim que pisamos na sala:

- o que foi aquilo , Sil?

- me solta Flower, porque para voar em você não falta muito.

A soltei, ela tinha estreitado os olhos daquele jeito assustador, mas falei corajosamente:

- vida, o que está acontecendo? Sei que tem algo estranho, você não é de ficar se engalfinhando com ninguém.

Ela veio até mim com fúria que acabei me afastando, mas ela me encurralou na porta e falou travando os dentes de raiva:

- você aconteceu! porque tinha que ficar dando trela para aquela puta...ta com saudade dela, arrependida de ter terminado. Pois por mim pode voltar, não estou nem ai.

Fiquei embasbacada com aquilo, Silvana estava fora de si. Fiz algo que poderia resultar em tapa, a segurei apertado e falei com um pouco de raiva também:

- deixa de falar besteira Sil, claro que não quero nada com a Regina, já te falei, que estava com ela para te esquecer. E não deu certo. Deixa de loucura amor.

- loucura... você vai ver quem é louca.

Mais uma vez a bipolar da minha mulher mudou, me agarrou e me beijou com fúria e tesão. E eu... esqueci tudo.

A virei e a joguei na porta, meti a mão agarrando aqueles peitos, tirando um gemido dela. Estava com uma regata, e Silvana se aproveitou parar arranhar minhas costas de um jeito, que acho que deveria estar escorrendo sangue. Mas na nevoa do tesão só gemi e mordi seu lábios em retaliação. Estávamos brigando e fazendo amor ao mesmo tempo. Então tirei seus seios para fora do vestido e os ataquei com fúria, a ch*pei forte e Silvana largou minhas pobres costas e agarrou meus cabelos os puxando para mais próximo do seu colo. Escorreguei minha mão para o dentro do vestido e afastei sua calcinha, e comecei a massagear seu clit*ris. Ela jogou a cabeça para trás e soltou um longo gemido.

- mete logo Flower!

E com isso, abarcou minha cintura com as pernas, tive que aguentar o peso dela com uma mão firme na sua bunda e a outra meti dentro dela, Silvana gritava enlouquecida e rebol*va em meus dedos. Puxou meus cabelos e me fez olhar para ela, entre uma respiração e gemido, falou:

- você é minha entendeu, só minha.

E me beijou ch*pando minha língua, mordendo meu lábio inferior o esticando tanto que pensei que ela arrancaria um pedaço. Fui mais fundo, ela deu um longo gemido mais ainda falou:

- sou sua Flower, só você tem esse poder sobre meu corpo, só você me faz goz*r gostoso.

Dito isso, gozou tanto que senti escorrendo até meu pulso, depois se agarrou no meu pescoço, e a abracei sustentando seu peso e quando conseguiu falar, me pediu carinhosa:

- diz que me ama? Diz que é minha amor.

Nos levei para o sofá, e a sentei no meu colo, depois segurei seu rosto e disse com verdade do meu coração:

- te amo Silvana, você e a mulher da minha vida. Sou sua, minha gatinha selvagem.

Ela me beijou docemente e depois encostou no meu esterno e disse um tanto assustada:

- Flower, me desculpa, não sei o que aconteceu comigo.

- tudo bem amor, mas tem que se controlar mais. Ultimamente ando notando essas mudanças em você, até mesmo a Lala está estranhado.

- sim, acho que vou ao médico, sinto meus hormônios enlouquecidos - me olhou e deu uma risadinha - acho que estou entrando na menopausa.

- que isso linda, você é nova demais para isso. Mas mesmo se for, vai ser uma coroa gostosa para caralh*.

Me deu um tapinha no ombro e xingou:

- idiota!

- que você ama.

- demais, não sei o que faria sem você, Flower.

E dessa vez vi medo real no seus olhos, que começaram a lacrimejar, a abracei forte e disse acalmando-a:

- nada vai me fazer te deixar vida.

- me promete.

- prometo.

Queria ter podido cumprir aquela promessa, mas infelizmente não era menopausa.

Fim do capítulo