"SÃO OS OLHOS QUE DENUNCIAM O QUE SE PASSA PELO CORAÇÃO..."

      Marina chega ao apartamento e percebendo-o silencioso, resolve verificar se está tudo bem com Carlota. Estava se encaminhando para o quarto, quando ouve chamando-a em tom de desespero... Imediatamente corre até ela. O quarto estava apenas iluminado por um pequeno abajur perto da cabeceira da cama. A jovem se mexia freneticamente de um lado para o outro, tendo lençol enroscado nas pernas e nos braços. Mari rapidamente se aproxima da cama, sentando-se no espaço que havia ao lado do corpo da jovem, que sentido sua presença, vira o rosto em sua direção. Ela permanecia com os olhos fechados denunciando que ainda estava presa ao sono e ao pesadelo. Uma das mãos da morena busca a mão de Callie enquanto a outra desliza sobre o rosto dela.  

 - Callie... Calma, estou aqui, você está sonhando... Calma, não é real... Acorde, é apenas um sonho ruim!

- Melody... onde está Melody? - ela sussurra angustiada

- Está aqui... - Marina coloca a mão de Callie sobre o próprio ventre...A pequena, sob o calor da mão da mãe, se mexe mostrando sua presença. A morena insiste: Abra os olhos, foi apenas um sonho ruim - A jovem, começa a despertar e entender que não está num hospital. Abre os olhos como ela havia pedido e se senta na cama, passando as mãos pelo rosto e pelo cabelo bagunçado pela agitação do pesadelo. Finalmente, olha para a morena ao seu lado... 

     A troca de olhares é intensa e para fugir dela, Marina a puxa delicadamente para o aconchego dos seus braços. "Saíra da frigideira para cair diretamente no fogo. Fora um grande erro abraçá-la" - recriminou-se mentalmente a morena.

- Você está bem? - A voz rouca soou estranha até mesmo para a própria Marina. Sentiu Callie se apertar mais contra ela, apenas balançando a cabeça para confirmar. O rosto dela estava pressionado contra o pescoço de Mari e ambas pudiam sentir o batimento acelerado do coração da outra... A sensação era muito boa. 

- Callie... Você está bem mesmo? - Marina estranha a falta de resposta e a afasta um pouco para olhar o rosto dela. A ruiva continua sem responder, mas seu olhar se intensifica e a morena sente que precisa sair dali e rápido.... Desvia do olhar da jovem mais uma vez e tenta se erguer - Surpreendentemente, Callie a retem não permitindo seu afastamento - Você precisa de alg .. - Uma das mãos da jovem toca o rosto de Mari, fazendo-a se calar. Sente os dedos dela deslizarem sobre sua face da mesma forma que acontecera na recepção do consultório. Novamente o olhar de ambas se encontram.

- Sim... Ainda preciso de algo... Preciso que me beije - sussurrou a ruiva. Marina sentiu como se o tempo tivesse parado juntamente com sua respiração - Ela imediatamente relembrou a noite do baile. Enquanto isso, a outra mão de Callie sobe deslizando sobre o braço dela indo se acomodar atrás do pescoço puxando-a de encontro a ela... - Um beijo não prova nada... - a distância entre elas vai encurtando - ...Mas muda muitas coisas.... Não é? - Nos olhos azuis de Callie havia determinação e mediante a pergunta, Marina ergueu uma das sobrancelhas e responde num sussurro...

- As regras não mudaram... Se você quer um beijo meu... Terá de vir pegar.

       Marina recebeu a boca dela sem restrições, deixando-se explorar e permitindo que ela conduzisse o beijo, que se intensificou na medida em que Carlota soltava as amarras do preconceito que prendiam seus desejos. Quando necessitaram respirar, as bocas se separaram e o coração das duas pareciam bater em conjunto... Permaneceram com os rostos unidos apenas pela testa.

- Você... tem... um... sabor... delicioso....  - Callie riu ao ouvir o elogio entrecortado pela respiração acelerada da parceira, que continuou - ...eu... quero... mais... - Marina avançou delicadamente e uniu novamente os lábios. Agora o beijo era convidativo, sedutor, lento, intenso... Em meio a ele, a ruiva colocou a mão pequena sobre coxa morena e foi deslizando-a por baixo da saia que ela usava... Deslizou até chegar ao centro de sua feminilidade. Marina sem interromper o beijo, entreabriu as pernas, dando-lhe livre acesso. Ambas gem*ram quando Callie tocou os dedos sobre a calcinha totalmente úmida... - O beijo cessou.

- Quero sentir mais... - a frase sussurrada contra a boca de Marina não escapou aos seus ouvidos, que riu. Callie surpresa consigo mesma, não acreditava no que acabara de dizer! - - Sinta... - Mari lhe desafiava a prosseguir, a fazer o que havia dito agora pouco... Os dedos da ruiva ainda tocavam-na lentamente sobre o tecido da calcinha. Sem desviar dos olhos dela, avançou os dedos sob a fina peça umedecida. 

     Callie nunca havia tocado em uma mulher intimamente, mas o calor, a maciez e a umidade de Marina estava lhe dando um prazer ímpar de sentir.... Começou a explorá-la, observando que ela estremecia tentando permanecer quieta. Era, como ela dissera anteriormente, "delicioso". De repente, sentiu o clit*ris saliente pela excitação... Concentrou-se em afagá-lo durante algum tempo até senti-la apertar seu pulso. Callie prontamente Imobilizou-se e tentou retirar a mão. Mas ela não permitiu... apenas sorriu maliciosamente e sem romper o contato íntimo, conduziu-lhe a mão mais abaixo enquanto beijavam-se. Quando os olhares de ambas se reencontraram novamente, Mari separou-lhe um dos dedos e o introduziu todo e completamente em si, para em seguida, retirá-lo. Callie se deliciou com o contato e tornou a repetir o gesto sempre observando o rosto da parceira, maravilhando-se pelo prazer que estava dando a ela... Por puro instinto, apoiou a palma da mão sobre o Clitóris excitado dela - o que provocou um gemido imediato na morena - e começou a pressioná-lo, massageando-o ao mesmo tempo que introduzia o dedo em movimentos mais profundos e rápidos até sentir que Marina goz*va....

- Você está bem Callie? - A ruiva sorriu. Notou a preocupação de Marina mediante o que acabara de acontecer.

- Estamos bem. - Para reforçar sua resposta, se afastou mais, oferecendo um espaço maior ao lado dela na cama. Marina prontamente deitou-se, acomodando-a junto dela. Não demorou muito para que a jovem adormecesse.

       Quando percebeu que Callie dormira, Marina passou a observá-la no sono, revendo mentalmente tudo que acabara de acontecer. Naquele momento acreditava que só haveria certezas dali para frente e que ambas deixariam as dúvidas para trás. A ruiva mudou de posição, sem acordar. Mari saiu cuidadosamente da cama e dirigiu-se ao próprio quarto para tomar um banho. Depois retornou e deitou-se ao lado dela novamente. Callie se aconchegou a ela, e o contato fez com que Marina dormisse como a muito tempo não dormia. 

CONTINUA ...

Fim do capítulo