Capítulo 22
Assim que entramos no barzinho, avistamos os meninos em uma mesa. Lígia atraiu a atenção dos marmanjos ao passar pelas mesas, algumas mulheres também a olhavam, não sei se com desejo, inveja ou surpresa por tamanha beleza.
Cumprimentamos os meninos e nos sentamos. De início ficou um clima meio estranho, mas depois Kimi, Caio e Brenda foram se soltando.
— Nossa, eu nunca imaginaria que estaria em um barzinho com uma professora. – Kimi falou.
— Só espero que nada do que for dito aqui seja descontado nas notas hein? – Caio comentou sorrindo.
— E não será. – Lígia respondeu. — Aqui eu não sou a professora de vocês e sim uma amiga.
— Opa, menos mal. – Caio já sorria aliviado.
Fizemos um brinde à saída de Brenda da clínica e depois começamos a conversar, a risada corria solta na nossa mesa. Cada um contava alguma história engraçada que teve ao longo da vida.
Tudo estava indo muito bem no barzinho até a chegada dele... Júlio. Ele parou do lado da nossa mesa e encarou Lígia durante um tempo, depois me encarou com olhos injetados de ódio.
— Olha que coincidência nos encontrarmos aqui. – Júlio disse de forma irônica.
— Como sabia que eu estava aqui? – Lígia perguntou assustada.
— Eu segui vocês. – Júlio respondeu com um sorriso maníaco.
Brenda, Caio e Kimi olhavam de Júlio para Lígia e depois novamente para ele. Kimi acabou contando à Brenda sobre essa situação turbulenta entre Júlio, Lígia e eu.
— Júlio, vai embora, não queremos confusão. – Lígia falou tensa.
— Confusão? – Júlio falou alto, chamando a atenção das pessoas ao redor. — Por que eu arrumaria uma confusão? Só porque a minha mulher está trans*ndo com essa garotinha? – Júlio apontou para mim. Lígia já estava incomodada e morrendo de vergonha com os olhares das pessoas.
— Júlio, para! – Lígia falou completamente brava agora.
— Parar? Eu só comecei Lígia, agora aguenta. – Ele sorriu. — Senhoras e senhores, eu me chamo Júlio. – Júlio agora gritava para todos do bar escutarem. — Essa bela mulher aqui, minha esposa, está tendo um casinho com essa menina. – Júlio apontou novamente para mim.
— Vamos embora Alex. – Lígia falou baixo para que eu escutasse.
— Desculpa galera. – Me desculpei com os meninos, Lígia se levantou e eu fiz o mesmo.
Júlio entrou na nossa frente, impedindo de passarmos. Segurou Lígia pelo braço com força.
— Você não vai a lugar nenhum. Vai escutar o que eu vou dizer.
— Me solta Júlio, está me machucando. – Lígia sussurrou brava.
Assim que vi Júlio segurar Lígia, minha raiva veio com tudo. Puxei Lígia para trás e acertei Júlio com um gancho de direita. Júlio caiu em uma das mesas, derrubando tudo o que estava nela.
— Nunca mais encoste um dedo nela, entendeu? – Falei.
Ele se levantou, levou a mão na sua boca que sangrava e depois partiu para cima de mim.
— Sua vagabunda. Você me paga, Alex.
Júlio tentou me dar um soco que eu desviei, a adrenalina corria solta por meu corpo. Aproveitei a surpresa dele por não ter me acertado e desferi um chute em suas partes baixas, fazendo-o se envergar de dor, dei-lhe outro chute na cara, fazendo-o ir ao chão. Algumas pessoas já apareciam, tentando acabar com a confusão. Lígia me puxou com força.
— Já chega Alex, vamos embora. – Lígia foi até o dono do bar para conversar, ele insistia que iria chamar a polícia.
— Desculpa mesmo por isso galera. – Me desculpei mais uma vez com os meninos.
— Tá brincando né? – Caio falou. — Já vi o que você podia fazer, mas isso? Foi incrível. – Ele sorriu.
— Que bom que gostou porque a Lígia pelo visto não, ela está uma fera e eu vou escutar bastante quando chegarmos em casa.
Júlio ainda estava no chão, meio atordoado pelo chute que lhe dei.
— Bom, acho que vamos encerrar por aqui também né? – Kimi falou olhando para Caio e Brenda.
— Por mim tudo bem. – Brenda falou.
Enquanto Caio fechava a conta e Lígia ainda conversava com o dono do bar, Kimi, Brenda e eu fomos para o lado de fora.
— Alex, agora falando sério, esse cara é perigoso. – Kimi falou.
— É, e ele não pensou duas vezes antes de partir pra cima de você. – Brenda completou. — Tem que tomar cuidado, ele poderia ter te machucado feio ou até te matado.
— Eu sei. – Suspirei. — Não sei mais o que faço, o Júlio não aceita o divórcio e está dificultando tudo. Eu sabia que ele estava aprontando alguma.
Lígia chegou soltando fumaça pelas ventas. Estava uma fera e se despediu dos meninos rapidamente. Segui Lígia em silêncio até o carro.
O caminho de volta foi rápido e silencioso. Chegamos ao prédio e Lígia estacionou, depois encostou a cabeça no volante e suspirou. Passei a mão em seus cabelos.
— Vai ficar tudo bem, amor. – Falei. — Fica calma.
— Você e essa mania de ser a minha heroína. – Lígia falou ainda com a cabeça no volante.
— Eu não aguentei quando vi que ele estava te machucando.
— Alex, ele podia ter te machucado... ou pior. – Lígia me olhou.
— Eu sei, mas ele não me machucou, então...
— Você acha que isso é brincadeira? – Lígia estava ficando brava novamente.
— Claro que não, Lígia. – Suspirei. — Eu não quero e não vou brigar com você. Pode jogar na minha cara que o que eu fiz foi imprudente, imaturo, irresponsável... qualquer coisa, tá? – Abri a porta do carro pronta para sair. — Mas jamais vou permitir que ele te machuque. – Saí do carro batendo a porta com força, deixando Lígia para trás.
— Alex, espera! – Lígia falou alto, saiu e trancou o carro, depois seguiu em minha direção. — Desculpa por ter ficado brava com você. É que você não entende... Só de pensar que o Júlio pode te machucar, já me deixa apavorada. Me desculpa mesmo, eu só não quero ver ele te machucar.
Abracei Lígia.
— Tudo bem. Ele não vai me machucar, você deveria confiar mais no meu gancho de direita. – Falei sorrindo e Lígia me deu um tapa.
— Vem, vamos subir amor. Preciso de um banho bem quentinho pra relaxar.
Depois que chegamos ao apartamento da Lígia, sentei na cama pensando nos acontecimentos da noite enquanto Lígia foi preparar seu banho. Lígia era chique, tinha uma banheira enorme e adorava passar um bom tempo ali relaxando.
Lembrei do que Júlio disse, que tinha nos seguido até lá. Isso me deixava com uma pulga atrás da orelha, desde quando ele estava nos seguindo? Será se era motivo para ficar ainda mais em alerta? A partir de agora deveríamos andar com olhos até nas costas.
— Amor? Amor? Alex? – Lígia falou mais alto parando na minha frente totalmente nua.
— Quê?
— Vem tomar banho comigo? – Lígia me puxou até o banheiro.
Retirei minha roupa e entrei na banheira, Lígia também entrou e encostou-se em mim, suspirando. Abracei-a por trás e encostei meu queixo em seu ombro. A água estava tão quentinha que não dava vontade de sair nunca mais de lá.
— O que você estava pensando lá na cama? – Lígia perguntou.
— Só estava pensando em como o Júlio é louco. Um cara que passa a seguir os outros é bastante estranho, não é?
— Realmente eu não tinha pensado nisso. Devemos tomar cuidado, amor.
— Eu ainda tenho o pressentimento de que ele vai aprontar mais alguma coisa. – Falei e Lígia me olhou.
— Esse pressentimento...
— Eu não sei explicar, é um sentimento estranho aqui dentro, sabe? – Apontei para o peito.
— Vamos tomar mais cuidado a partir de hoje, entendeu? – Concordei com a cabeça. — Agora... vamos esquecer tudo isso por um momento e aproveitar essa banheira maravilhosa. – Sorri e concordei outra vez.
Minhas mãos se apossaram dos seios dela e Lígia fechou os olhos, encostando a cabeça em meu ombro. Passei a brincar com os biquinhos já durinhos, alguns gemidos escaparam de seus lábios, me deixando em brasas. Lentamente fui descendo uma das minhas mãos para seu sex* e passei a massageá-lo. Lígia levou sua mão até a minha nuca, me arranhando de leve. Comecei a ch*par seu pescoço e sua nuca, dando leves mordidas.
Os gemidos da Lígia aumentavam de acordo com o movimento que eu fazia. Acelerei um pouco mais o movimento em seu clítoris e senti Lígia estremecer. Não deixei que ela goz*sse, diminui os movimentos que fazia deixando Lígia um pouco brava. Fiz esse processo algumas vezes até sentir que Lígia puxava meus cabelos com força, indicando estar ao mesmo tempo brava e frustrada por não deixá-la goz*r.
— Alex, eu vou te bater se não me deixar goz*r agora. – Sorri da sua forma autoritária.
Acelerei novamente o movimento da minha mão com a certeza de que Lígia teria o que tanto desejava. Minha outra mão apertava seu seio. Lígia foi arrebatada pelo orgasmo enquanto dizia meu nome repetidas vezes. Esperei ela se acalmar e dei um beijo em sua cabeça levantando em seguida.
— Aonde você vai? – Lígia perguntou.
— Vou sair da banheira, a água já está um pouco fria.
— Não vai mesmo.
Lígia me puxou com cuidado e me fez sentar na borda da banheira. Ela se ajoelhou na banheira e me encarou.
— Agora sou eu que mando.
Lígia me beijou enquanto suas mãos iam passeando em meu corpo, me causando arrepios. Seus lábios foram para o meu pescoço e depois ela foi beijando lentamente até parar em meus seios, causando uma trilha ardente em minha pele. Agarrei seus cabelos com força quando os primeiros gemidos deram o ar da graça.
Lígia não perdeu muito tempo em meus seios, sua pressa era chegar em um outro ponto. Ela queria me torturar assim como fiz com ela. Lígia passou a pontinha da língua em meu clit*ris, me fazendo arquear as costas para um contato maior. Depois de um bom tempo brincando comigo, me fazendo quase goz*r e depois parando, Lígia resolveu me deixar chegar ao ápice.
Lígia teve que me segurar para que eu não desabasse do lado de fora da banheira. Respirei fundo tentando me recompor. Saí da banheira e ajudei Lígia a sair, sequei seu corpo com cuidado e ela fez o mesmo comigo. Puxei-a para mim, grudando seus lábios nos meus, empurrando-a para fora do banheiro em direção a cama. A única certeza que eu tinha naquele momento é que nos amaríamos noite adentro.
Fim do capítulo
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