Capítulo 25 Zoológico
- Bella vocês estão aonde? - Olhei em volta na praça procurando por eles.
- No coxinha comendo, Lilith já foi embora? – Caminhei na direção da lanchonete que ela havia mencionado próximo à avenida.
- Sim, estou indo até você – Encerrei a ligação antes de ouvir a resposta dela.
Caminhei com passos rápidos para o estabelecimento e os vi sentados em uma mesa no canto tomando refrigerante. Fui a até eles forçando uma cara agradável diante dos acontecimentos de pouco tempo atrás.
- Está feito – Encarei os três sentados.
- Onde está Fernanda? – Lucas indagou procurando por ela com os olhos.
- Eu a deixei em casa, tivemos um pequeno desentendimento – Resumi a situação.
- O que aconteceu? – Ele questionou preocupado.
- Vou resumir – Tomei toda a coragem possível – Fernanda e eu tivemos algumas histórias passadas e ficam repetindo que somos alma gêmeas mas todos sabemos que não temos como Alameth já nos alertou e acredito nela, Lilith tentou jogar com essa história – Ele ouvia a tudo em silencio – Fernanda conseguiu algumas memorias e ficou confusa sobre o assunto mas fique tranquilo ela só precisa de tempo pra organizar as ideias – Sim eu fui bem dissimulada sobre assunto e se me arrependo sobre? Acho que todos nós um dia nos arrependemos de algo.
O garoto levantou e me puxou pelo braço com rapidez para longe dos outros até a calçada do estabelecimento.
- Rafa que história é essa? – Ele cruzou os braços me olhando com reprovação.
- É como eu disse, foi só uma confusão – Coloquei a mão sobre o ombro dele – Lucas eu tenho algumas lembranças e te garanto não é nada do que está pensando, tudo entre mim e ela sempre acabou muito mal e não vou repetir esses erros, você gosta dela; é meu amigo não quero jamais atrapalhar vocês dois, não tenho nenhum tipo de interesse – Tentei passar toda uma sinceridade naquelas palavras.
- E ela? – Ele questionou preocupado.
- Ela está confusa, mas garanto que ela gosta mesmo é de você e quem não gostaria de um bom partido como você? - Apelei para o pomposo ego masculino.
- Eu vou lá conversa com ela – Ele parecia pedir uma espécie de aprovação.
- Vai mesmo, isso deve ajuda-la – Encorajei dando uma permissão invisível.
Voltei para dentro diante dos olhares curiosos dos outros dois membros pra nosso conversa lá fora.
- Essa não vai colar para mim, O que aconteceu Rafaela? – Bella pegou o copo de plástico e despejou o refrigerante nele enquanto eu me sentava ao lado de Gabriel.
- Não pode me julgar, eu disse a verdade – Tentei me defender.
- Disse a verdade para mim e para os dois? – Ela continuou.
- Fernanda se lembra de tudo – Disse desanimada.
- Tudo o que? – Gabriel perdido na conversa se pronunciou.
- Que ela e eu somos Almas gêmeas e ainda por cima tem todas a memorias – Disse sem muita empolgação.
- Isso facilita muito mas porque disse aquilo para Lucas? – Bella ignorou a ignorância de Gabriel.
- Porque eu já me decidi, eles tem que viver seja lá o que for – Mantive minha decisão anterior – Bella não importa o que me diga confio nos meus instintos e eles dizem pra sair do caminho.
- Meus instintos dizem que você está mentindo pra você mesmo – Rebateu Bella.
- Tá, que seja – Olhei para Gabriel confuso – e você o que acha?
- Acho que essa decisão é um pouco egoísta Rafaela, estou de paraquedas nesse triangulo que Bella parece saber bem os detalhes mas eu não entendo porque está fazendo isso, tem algo que não está nos contando? – O garoto pareceu ver através de mim e isso me assustou muito.
- N..Não, eu disse tudo – Me recuperei – É o melhor para todos, estou em paz com minha decisão.
- Teimosa – Disse Bella baixinho suspirando descontente com a situação.
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Estava no meu quarto no escuro olhando a luz do celular que acendia e apagava com mensagem e ligações das quais eu não queria nem saber de quem eram naquele momento. Eu estava com uma frustração e raiva profunda de Rafaela, mas na verdade era uma tristeza profunda na alma.
Levantei da cadeira para descer e ir até a cozinha pegar uma garrafa de agua quando a campainha tocou freneticamente, soltei um suspiro de reprovação já imaginando quem poderia ser. Desci lentamente com som irritante e persistente a que só parou quando acendi a luz da sala e da garagem.
Abri o portão encontrando com Lucas ofegante e visivelmente preocupado, me questionei se algo teria acontecido ou se mesmo Rafaela pudesse ter o encontrado e contado algo.
- Por que não atendeu o celular?
- Talvez eu quisesse um tempo pra mim – Revirei os olhos.
- Rafaela me contou que está...- Eu o interrompi.
- Rafaela não tem que dizer nado sobre mim – Falei alto.
- Pelo jeito o desentendimento foi maior do que ela falou – Ele resmungou.
- Desentendimento? – Eu quis saber curiosa o que ela tinha inventado para o amigo.
- O desentendimento de vocês duas por causa de Lilith e esse negócio de Alma gêmeas – Olhei desconfiada para ele, algumas partes faziam sentindo só que até onde ela teria contado?
- Entra – Puxei ele pra dentro pra descobrir o que exatamente Rafaela estava tramando – O que exatamente ela disse?
- Que você se lembra de algumas coisas e está confusa... Ela não deu muito detalhes, na verdade ela foi bem objetiva, porque? Ela deixou de me contar algo?
- Algumas coisas? – Eu repeti avaliando até que ponto ela estava indo para manter o que disse – Não, ela disse tudo... Só estou um pouco brava pela teimosia dela – Disfarcei.
- Tem certeza? – O garoto estava inseguro e desconfiado.
- Lucas lhe asseguro que está tudo bem – Tomei a mão gelada dele e o puxei para dentro da casa – Vem vamos falar sobre outras coisas.
- Fer? – Ele parou e eu o encarei – Estamos bem? – Ele mediou as palavras inseguro – Digo como você se sente sobre tudo isso?
Tudo o que eu queria ouvir naquela noite era essas palavras só que elas vieram da pessoa errada, encarei o garoto pensando sobre a pergunta e qual era a resposta adequada ou mesmo a resposta certa. Não sabia bem como me sentir sobre tudo, havia coisas que eu queria, coisas que eu deveria mas analisando bem profundamente não fazia ideia de como eu estava me sentindo. Era sentir tudo e nada ao mesmo tempo.
- Me pergunta amanhã, agora eu sou incapaz de responde qualquer coisa – Ele carinhosamente me abraçou.
- Tudo bem, vamos apenas ser adolescentes bobos comendo brigadeiro na ausência dos pais - Eu sorri para ele e selei nossos lábios rápidos diante de um sorriso largo e gentil dele.
Enquanto Lucas estava lá falando sobre amenidades eu consegui acalmar minha confusão interna e esquecer de tudo por um longo tempo, era como se eu tivesse uma bagunça enorme no meu quarto e eu simplesmente colocasse tudo dentro do guarda-roupa e tivesse saído sem organizar exatamente como deveria a bagunça.
Me lembrei das palavras de Silas: Isso irá te confundir e um turbilhão de sentimentos te afogaram, por isso vai precisar de Lucas, por isso está com ele, seu coração já presente o que virá. Suspirei me aconchegando em seus longos braços buscando refúgio e conforto enquanto ele me acolhia carinhosamente sem questionar nada dando um beijo rápido em minha testa ficando em silencio fitando o nada perdido em seus pensamentos como eu.
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Gabriel havia ido para casa enquanto eu e Bella permanecemos mais um pouco na praça próximo ao playground conversando enquanto dava um horário bom para ir pra casa sem levantar suspeitas. Bella estava sentada no balanço me observando, era fato que eu estava mais calada e seria que o de costume.
- Rafaela o que você não está contando? – Bella quebrou o silencio de minutos.
- Por que você acha que estou escondendo algo? – Insatisfeita com a pergunta o tom foi meio grosseiro.
- Eu sou sua amiga e te conheço – Ela voltou a balançar lentamente.
- Eu não sei do que ela lembra, mas as memorias que Lira me deu não são exatamente felizes... sinto todas as sensações de cada memória e uma parte delas é de perda...
- Mas isso não quer dizer nada, só porque não lembra de coisas boas não quer dizer que não viveu – Bella tentou conforta-me.
- Não é isso, me lembro de como era estar com ela de ser realmente feliz só que alguma coisa sempre acontece comigo e tenho que deixa-la sozinha, quando eu fui Valentina e morri deixando ela mais uma vez foi com Lucas que ela terminou os dias e terminou feliz, estou terminando antes que comece – Fitei as arvores ao longe.
- Rafaela como consegue ser tão cabeça dura, fixada em fragmentos selecionado pela pessoa que já te matou, não acha que ela escolheu justamente esses para te afastar de Fernanda?
- Bella eu não vou mais causar esse tipo de dor para nos duas, Lira tem a obrigação de me proteger não acredito que ela possa ser assim.
- Só poderá ter certeza quando lembrar de tudo.
- Não quero pensar em nada hoje o que está feito, está feito – Deitei na grama olhando o céu estrelado procurando espantar todas as dúvidas, todas as inseguranças e principalmente a lembrança de Fernanda.
Nos dias seguintes eu não fui para escola, disse para os outros que estava doente e logico era mentira. Meus pais não se incomodaram muito com minhas faltas pois eu sempre tinha boas notas apenas estranharam meu desentesasse repentino de ir à escola, pois desde pequena não gostava de perde um só dia de aula. Apenas dei a desculpa que não estava me sentindo disposta e não haveria nada importante naqueles dias, minha mãe quis me levar ao médico temendo que pudesse estar doente, mas a tranquilizei dizendo que se me sentisse pior iria avisa-la imediatamente. Passei os dois dias dividida entre a televisão e o computador, consumindo coisas aleatórias e conversando com lado normal da minha vida que me trazia alivio e conforto momentâneo. A verdade é que eu estava fugindo de tudo, queria simplesmente apagar tudo e começa do zero e isso estava sendo bem difícil mesmo afastada da escola.
Sexta-feira à noite eu estava no Twitter como de costume nos últimos dias e na conversa e brincadeira surgiu a ideia de ir no Zoológico da cidade; que não estava cobrando a entrada por falta de uma empresa responsável, o que nos deixou mais empolgados com a ideia. Decidimos que nos encontraríamos no terminal por volta das duas da tarde.
O sábado amanheceu ensolarado diferente dos dias anteriores onde o dia estava estranho meio que nublado e abafado sem uma gota de chuva. Naquele sábado o dia parecia mais convidativo e alegre. Me preparei para encontrar o pessoal e como havia negligenciado todas as responsabilidade com o Clã não excitei em fazer o mesmo naquele dia; apenas informando que poderia estar em um compromisso familiar ou indisposta para qualquer coisa.
Encontrei com Jennifer e Bianca no terminal próxima a banca de jornais animadas com passeio.
- Rafaela você anda muito sumida dos roles? – Jeh grudou no meu braço.
- Desculpe estava meio sem grana – Dei uma desculpa qualquer.
- Sei, aposto que arranjou uma distração – Bia deu uma piscada com um sorriso de canto maroto.
- Quem me dera – Sorri para ela me sentindo bem e ter um momento de alivio.
- Vamos para o outro terminal o pessoal já deve estar lá – Bia alertou caminhando para a plataforma do ônibus que fazia a trajetória de um terminal a outro.
- Quem tanto vai? – Perguntei andando abraçada a Jeh.
- O pessoa da Julia, a gente pelo que sei – Bia deu de ombros subindo no ônibus e sentando no fundo.
Era fim de semana e o ônibus estava praticamente vazio naquele horário diferente dos dias comuns durante a semana onde os horários de pico desafiavam as leis de Newton sobre dois corpos ocuparem o mesmo espaço.
- Julia disse que ia levar o Narguilé pra gente – Jeh falou empolgada.
- Dai sim eu dou valor pra esse role – Me empolguei junto.
Quando o ônibus entrou no outro terminal que era relativamente perto do outro fazendo a viagem durar no máximo dez minutos, meu desanimo deu sinal quando vi o Rapaz alto com uma boné azul e listras brancas com as letras LA (Los Angeles) Bordadas. Balancei a cabeça negativamente tendo em mente que Lucas não ia estar sozinho nesse lugar.
Abracei Jennifer com mais determinação para não transparecer meu incomodo com a situação seguinte e nos juntamos ao grupo. Lucas foi incapaz de esconder a preocupação e a surpresa em me ver. Cumprimentei a todos na roda: Geovanna amiga da escola técnica de Julia, Joice mais conhecida com Joy, Felipe o primo de Joy, Julia e por Fim Lucas.
- Você não deveria estar em um compromisso de família? – Ele indagou curioso e desconfiado.
- Consegui escapar – Voltei minha atenção para o pessoal – Eae vamos?
- Falta a Jim e a Fernanda – Julia informou – Elas foram ao Banheiro.
Forcei um sorriso enquanto concordava com a cabeça diante do olhar analítico de Lucas para mim, fiquei próxima de Bia e Jeh que estavam conversando bobagens com Felipe e Joy.
- Bora Pessoal – Julia chamou nossa atenção já caminhando na direção da plataforma do ônibus que nos levaria até o Zoológico – Elas já estão vindo.
Subimos no ônibus após uns dois minutos na pequena fila aguardando o ônibus e logico todo mundo foi pra fundo, sentando eu na Janela esquerda, Jeh ao meu lado, Joy, Bia e Felipe na janela direita completando os bancos do fim do ônibus, Julia sentou com Jim frente de Felipe e no banco da frente o Casal Fernanda e Lucas. Foi quando coloquei meus olhos em seus cabelos castanho claro meio dourado que me incomodei, era estranho estar eufórica por ela estar ali e apavorada ao mesmo tempo.
- Você estava sabendo que a coisa ficou séria? – Jeh pergunto baixo se referindo ao casal.
- Mais ou menos, estudamos na mesma escola mas eu não fui desde de quarta – Disse baixo para ela.
- Parece que minha Best perdeu esse bonde – Jeh riu da situação e tentei compartilha do humor sem muito sucesso.
O caminho foi um pouco longo e como de costume começamos a fazer bagunça exceto pelo casal que se manteve alheio conversando sobre coisas própria hora ou outra envolvendo apenas Jim e Julia.
Entramos no Zoológico e logicamente como um bando de retardado ficamos olhando os animais e comparando uns com os outros, não estava muito cheio, porém havia crianças e famílias fazendo piquenique no gramado próximo do rio onde tinha uma ilhota para os alguns macacos.
- Gente vamos subir até lá na parte dos camelos pra acender o Narguilé – Sugeriu Felipe.
- Parece arriscado – Alertou Lucas.
- Ninguém vai lá – informou.
- Tem certeza? – Foi Joy quem pergunto pra o primo.
- Tenho, essa semana a gente fez isso aqui – Ele olhou pra Julia cúmplices – Foi terça né?
- Foi – Ela sorriu tímida.
- Tudo bem então – Joy tomou a frente seguindo na direção do pequeno caminho que subia por trás do rio onde se estreitava pelas arvores próximo de um muro também alto com arame farpado.
Subimos o pequeno caminho de terra um pouco cansativo olhando veados, dromedários e um casal de lhamas até o par de camelos, no fim do pequeno caminho havia um portão de ferro e sentamos próximo a ele em círculo. Colocamos o narguilé de base azul escuro no meio onde Julia segura uma das mangueira e Felipe a outra arrumando as coisas, Lucas sentou bem do meu lado e amaldiçoei o dia em que o apresente para o pessoal e o trouxe para esse lado da minha vida.
Fernanda lançou alguns olhares curiosos para minha proximidade com Jennifer mas não disse nenhuma palavra para mim. O que me incomodou e ao mesmo tempo trouxe alivio.
Ficamos um bom tempo ali conversando coisas banais, fumando o narguilé e tomando uma vinho que Joy e Felipe havia trazido da mochila.
- Estou com fome – Ouvi Lucas reclamar para Fernanda.
- Tem uma lanchonete lá perto dos hipopótamos – Jim lembrou – Podemos compra algo.
- Verdade, Você vem? – Ele perguntou.
- Não vou levantar agora.
- Eu vou com você preciso ir no banheiro – Jim levantou.
- O que você vai querer? – Ele perguntou carinhoso me embrulhou o estomago.
- Traz um doritos e bala – Ela entregou algumas notas amaçadas para ele.
- Tem certeza que não quer ir? – ele insistiu.
- Tenho.
Jim e ele saíram a passos rápido descendo pelo caminho rumo aos objetivo que na minha curiosidade tinha ouvido. Ela continuou ali conversando com Geovanna e Julia.
Passou um tempo e o vinho começou a fazer efeito, levantei para ir ao banheiro quando ouvi uma voz me chamando.
- Rafa ta indo ao banheiro? – Geovanna perguntou.
- Estou – Disse receosa.
- Vai com ela Fer – Eu só quis sair correndo.
Fernanda olhou pra mim analisando a situação apenas levantou limpando a poeira da calça enquanto eu aguardei ela passar e segui em silencio praguejando minha falta de sorte naquele dia. Uma brisa soprava pela copa das arvores, o único som era os nossos passos sobre o cimento e o desconforto era bem nítido.
Ficamos em silencio todo percurso até o banheiro próximo que estava fechado, puxei o celular olhando as horas e dando conta que estava ficando tarde e logo o zoológico iria fechar.
- Vamos naquele próximo do serpentário – Ela concordou sem dizer uma só palavra e continuamos o caminho em silencio.
Chegando ao banheiro nos dirigimos as cabines lado a lado ainda no silencio mortal, era com se qualquer palavra fosse uma violação sagrada, aquele silencio era a extensão da minha saída da casa dela até então. Sentia que deveria falar alguma coisa, me desculpas, perguntar como ela estava, qualquer coisa. Sai da cabine e lavei minhas mãos olhando no espelho a cabine dela fechada em completo silencio.
- Fernanda você está bem? – Perguntei preocupada.
Mas ela não respondeu foi quando caminhei e bati na porta e nenhum som se fez presente, empurrei a porta e ninguém estava lá, olhei os outros e nada. Não podia acreditar que ela me deixara ali sozinha. Soltei um longo suspiro e passei a mão e pelos cabelos nervosa, irritada com atitude da garota.
Sai do banheiro olhando em volta para ver se a encontrava mais não vi ninguém, olhei para o céu o tempo começou a fechar com nuvens pesadas e escuras. Do outro lado estava o aviário e então pude ver alguém parecido com ela de costas, caminhei rapidamente na direção da pessoa e constatei que se tratava da própria.
- Qual o seu problema? – Cruzei os braços.
- Meu problema? – Ela ironizou.
- É SEU problema – enfatizei.
- Não tenho problema nenhum – Ela olhava para um arara azul.
- Por saiu sem avisar nada?
- Achei que não se importaria – Ela olhou pra mim serenamente irônica se é que isso existe.
- Achei que já estava tudo resolvido e bem.
- Você não estava doente? – Ela perguntou.
- Estava – Menti.
- Porque não respondeu minhas mensagens? – Ela parecia bem magoada.
- Para ser sincera eu respondi uma ou outra mensagem – Dei de ombros.
- Respondeu as do Gabriel e Bella, se está tudo Bem por que está evitando de me encontrar – Ela cruzou os braços irritada.
- Não estou evitando nada.
- Ótimo, vem comigo – Ela chamou indo na direção oposta à do pessoal.
- Mas e o pessoal? – Perguntei insegura.
- Coisa rápida – Ela caminhou e fui atrás em silencio.
Caminhamos até a parte onde ficava corujas, gaviões e aves rapinas.
- Gosto de águias – Puxei um assunto aleatória.
- Não me surpreende – Ela sorriu.
- Porque? – Andei um pouco mais rápido pra ficar ao lado dela.
- O seu animal é uma águia – Ela disse simples, agora os papeis haviam se invertido era ela quem sabia tudo e eu não sabia nada.
- O que mais você sabe sobre mim? – Perguntei curiosa.
- Agora eu sei tudo que preciso saber – Ela riu subindo os degraus de madeira para acima de um pequeno olho d’agua com flamingos, patos e cegonhas.
O lugar era bem silencioso se não contar o barulho das aves com asas batendo e o canto de outros pássaros pelas arvores até ela parar no meio da pequena ponte de madeira e olhar os flamingos na beirada do olho d’agua.
- Foi difícil conversa comigo e agir normalmente agora? – Ela me fitou.
- Não – coloquei as mãos no bolso da calça.
- Então pare de agir como idiota que você vai ver que está tudo bem – ela pegou minha mão com delicadeza – Você disse que tinha certeza quando foi embora naquele dia, mas agora quem tem certeza sou eu – Ela soltou minha mão passou por mim que permaneci estática com as palavras dela – Vamos voltar antes que o Lucas dê uma cria com nosso sumiço – Ela sorriu e continuou andando refazendo o caminho para voltar.
Continua........
Fim do capítulo
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Julia_Mira12
Em: 08/05/2018
ola autora ^^ tudo bem ?
eu estava procurando algum diferente pra ler e cá eu encontro sua história na qual já me apaixonei muito ^^
e espero mesmo que você poste outro capítulo logo logo pos já estou viciada kkk
vc esta de parabéns escreve muito bem , a história então muito boa mesmo ^^
esperando ansiosamente ^^
Resposta do autor:
Olá Julia, pode me chamar de Miss Nothing.
Estou bem e você?
Resolvi escrever essa historia exatamente por estava um pouco cansada das historias do dia-a-dia e romances aqui que são ótimos mas falam basicamente do mesmo.
Eu gosto de fantasia, principalmente da mitoligia sobre anjos, deuses e demonios.
Por isso decidir escrever sobre, pensei que poderia existir alguém como eu que gostaria de ler algo diferente.
Só vou pedir para ter paciencia, porque essa historia é como se estivesse acontecendo e tenho que esperar pra saber o que acontece, sei de alguns fatos mas como chegar lá eu ainda não sei. Não sei se vai me compreender.
Agradeço o elogia e isso me da mais animo pra continuar escrevendo.
Bjs
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