Capítulo 29– Só Você
-- Não dá mesmo, Rafa.. Prometi pro Mateus que iria levá-lo na festinha de aniversário.
-- Deixa que a babá leva, Mel. Não tem necessidade de você ir junto..
-- Rafa..
-- Eu tô com saudade. – Ela interrompeu-me. E, com a voz doce, completou: – Dois dias sem te ver, Mel, parecem uma eternidade.
Sorri. Rafaela sabia exatamente como me convencer.
-- Olha, não vou te dar certeza, mas se der, depois do aniversário eu te busco e a gente sai, pode ser?
-- Já que não é certeza, eu vou sair com alguns amigos.. – Permaneci em silêncio. Intimamente, não gostando nada daquela ideia. – Você se importa?
-- Não, Não. Vai se divertir, Rafa. – Respondi contradizendo o que realmente sentia. – Só me diz em que bar você vai estar..
Rafaela disse o nome e passou o endereço do bar. Encerrei a ligação, contendo a vontade de pedir para que ela não fosse..
Dois dias antes, quando confessei, para mim e para Rafaela, que estava apaixonada, não imaginaria que o ciúme acompanharia o sentimento. Muito menos, que ele viria em proporções assustadoras.
Levei Mateus para o aniversário de um coleguinha. A festinha estava animada.
De longe, eu o observava. Ele se divertia bastante, correndo e brincando sem parar..
Sem querer, deixei que a distração tomasse conta de mim.
O corpo estava ali, mas a mente estava em Rafaela. No que ela estaria fazendo, com quem..
Agindo por impulso, liguei para a minha mãe e deixei um horário combinado para que ela buscasse Mateus e a babá, levando-os para sua casa.
Orientei Maria e me despedi de Mateus, ele estava mesmo feliz em estar ali. Deu-me um beijo rápido e voltou a brincar com os amiguinhos.
Segui rapidamente até o bar em que Rafaela estaria.
Não liguei, queria fazer uma surpresa..
Mas, quem ficou surpresa fui eu..
A fachada do bar era toda aberta e da rua, bem em frente ao bar, onde parei o carro, eu tinha a visão perfeita de dentro do lugar.
Rapidamente avistei a mesa onde Rafaela estava. Não foi difícil, era a mais cheia e movimentada.
Firmei os olhos e franzi o cenho quando vi a mesma garota loira – e abusada – sentada no colo de Rafaela.
Parecia uma repetição, uma seqüência igual das cenas do final de semana passado.
Ela passava a mão nos cabelos e sussurrava alguma coisa, que parecia engraçada, já que Rafaela ria, parecendo se divertir..
Fiquei longos e torturantes minutos observando a cena. Só parei quando alguns carros buzinaram atrás de mim, fazendo-me tirar o carro dali e, consequentemente, perder Rafaela de vista.
Enquanto manobrava e estacionava o carro em uma vaga próxima dali, ouvi meu celular tocar..
Rafaela.
Atendi, sem esconder a raiva em minha voz.
-- Que foi, Rafaela?
-- Mel, era você parada em frente ao bar?
-- Sim, era.. – Respondi vagamente.
-- Cadê você, já foi? Por que não me avisou nada? Eu..
-- Você estava bastante ocupada pra me ver, né?! – A interrompi, com raiva. Ciúme.
-- Mel, onde você está? – Fiquei em silêncio.. – Por favor, me fala..
-- Na esquina, Rafaela.. Na esquina..
-- Não sai daí, eu já tô chegando..
Não demorou e Rafaela chegou, batendo no vidro.. Destravei a porta.
Ela entrou.
Fechou a porta e, sem que eu esperasse, colou seus lábios nos meus. Efusivamente..
Empurrei pelos ombros, afastando-a de mim..
-- Me solta, Rafaela..
Ela me olhou sem entender. Perguntando confusa:
-- Que foi, Mel? O que aconteceu?
-- Nada. – Respondi sem a olhar. – Volta pro bar, pros seus amigos.. Vai se divertir.
-- Não, Mel.. Não quero. Quero ficar com você. A noite inteira..
Abaixei minha cabeça, apoiando no volante, apertando as mãos com força.. Tentando e não querendo demonstrar todo aquele ciúme que queimava dentro de mim.
Rafaela passou as mãos levemente. Fazendo carinho. Acariciando meus cabelos..
Levantei a cabeça e a olhei com fúria, sentindo raiva..
-- Quer ficar a noite inteira comigo ou com a sua namoradinha loira? Porque no seu colo ela já estava, só faltou tirar a roupa.
Rafaela sorriu, me enfurecendo..
-- Mel.. – chamou-me com a voz doce.
-- Mel, nada, Rafaela.. – Ironizei o tom de voz que ela havia usado – Desce do carro e volta pra lá.
Ela abandonou o sorriso e gargalhou. Enfurecendo-me ainda mais.
-- Desce do carro, Rafaela.. Eu vou embora.
-- Não vou descer, Mel. – Ela respondeu convicta. Mantendo aquele sorrisinho lindo e odioso nos lábios.
Suspirei cansada. Olhando, através do vidro, os carros que passavam ao meu lado. Indo e vindo..
Rafaela aproximou-se e, tocando meu queixo, virou meu rosto em sua direção. Sorriu, enquanto acariciava meu rosto..
-- Eu te amo, Mel.. Quero só você.
-- Só eu? – Perguntei insegura. – Nada de loirinhas abusadas?
-- Só você. Ela respondeu sorrindo, roçando seus lábios nos meus. Antes de beijar-me com ânsia e vontade, ela ainda completou: – E nada de loirinhas abusadas.
Dei partida no carro e saímos dali com pressa. Os corpos ansiavam por carícias mais íntimas.
Rafaela provocou-me por todo o caminho. Beijando e sussurrando em meu ouvido. Passando a mão pela minha perna..
Fazendo com que o caminho tivesse o dobro de seu tamanho real.
Finalmente, chegamos..
Entramos no quarto já nos devorando.
Prensei Rafaela na parede e, sussurrando em seu ouvido, confessei:
-- Quero você no meu colo.
Ela sorriu maliciosamente, empurrando-me até a cama, fazendo-me sentar..
Tirou suas roupas e, apenas, a minha calça..
Sentou-se em meu colo, esfregando seu sex* quente e molhado em minhas coxas..
-- Tá sentindo, Mel.. Toda molhada pra você.
Gemi, sem conter a excitação que ela me causava.
Rafaela mordia os lábios sensualmente, passando a mão pela minha barriga, subindo pelos braços, descendo até minha mão.
A segurou e encaminhou até seu sex*, arqueando o tronco. Se oferecendo..
Colou sua boca quente em minha orelha e sussurrou:
-- Se você enfiar os dedos assim.. – Forçou meus dedos em sua cavidade, penetrando-a.– Eu vou ficar mais molhada ainda..
Movimentei meus dedos e Rafaela gem*u. Movimentando-se sobre eles. Fazendo com que meu corpo todo tremesse de tesão e prazer..
Era uma delícia vê-la tão entregue. Tão minha..
E ela foi minha por longos e deliciosos minutos quando, sem conseguir mais segurar, gozou. Deixando um gemido rouco escapar de seus lábios..
Gritando e chamando meu nome.
G*zei junto com ela, adorando a loucura de sentir – tanto ou mais – prazer, ao causar prazer..
Rafaela deixou seu corpo cansado e satisfeito pesar sobre o meu. Deitei e ela abraçou-me..
-- Adoro quando você me abraça assim, Rafa.. – Confessei, enquanto acariciava seus cabelos.. – Seu abraço é gostoso. É quente e apertadinho..
Ela sorriu, estreitando ainda mais o abraço. Levantou a cabeça e beijou-me, preguiçosamente..
-- O que você sente quando eu te abraço, Mel? – Perguntou enquanto beijava meu pescoço, descendo para o colo, passando a língua entre os seios.
-- Não sei. – Respondi sorrindo maliciosamente. – Sinto coisas..
Ela devolveu o sorriso. E, em um gesto extremamente sensual, passou a língua nos lábios e os mordeu, prometendo-me fazer sentir muitas coisas..
Prometeu e cumpriu..
Desde os lábios nos seios. Lambendo. Mordendo..
Até a boca em meu sex*. Ch*pando. Explorando..
Eu senti muitas coisas.
Deliciosas.
Indescritíveis..
Que me levaram a uma loucura deliciosa e urgente.
A loucura de dar e receber.
Prazer..
Amor..
Entre beijos e sussurros, a frase mais ouvida e desejada fora:
'' Só você. Com você.. Para e por você. ''
'' Seu jeito todo especial de ser
Eu fico louco com você.
...
Te abraço e sinto coisas
Que eu não sei dizer
Só sinto com você
Meu pensamento voa
De encontro ao teu
Será que é sonho meu? ''
Só Você – Fábio Júnior.
Fim do capítulo
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