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Codinome Beija-Flor por Mary C

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Palavras: 1390
Acessos: 1434   |  Postado em: 02/05/2018

Capítulo 29– Só Você

 

-- Não dá mesmo, Rafa.. Prometi pro Mateus que iria levá-lo na festinha de aniversário.

 

-- Deixa que a babá leva, Mel. Não tem necessidade de você ir junto..

 

-- Rafa..

 

-- Eu tô com saudade. – Ela interrompeu-me. E, com a voz doce, completou: – Dois dias sem te ver, Mel, parecem uma eternidade.

 

Sorri. Rafaela sabia exatamente como me convencer.

 

-- Olha, não vou te dar certeza, mas se der, depois do aniversário eu te busco e a gente sai, pode ser?

 

-- Já que não é certeza, eu vou sair com alguns amigos.. – Permaneci em silêncio. Intimamente, não gostando nada daquela ideia. – Você se importa?

 

-- Não, Não. Vai se divertir, Rafa. – Respondi contradizendo o que realmente sentia. – Só me diz em que bar você vai estar..



Rafaela disse o nome e passou o endereço do bar. Encerrei a ligação, contendo a vontade de pedir para que ela não fosse..

 

Dois dias antes, quando confessei, para mim e para Rafaela, que estava apaixonada, não imaginaria que o ciúme acompanharia o sentimento. Muito menos, que ele viria em proporções assustadoras.

 

Levei Mateus para o aniversário de um coleguinha. A festinha estava animada.

 

De longe, eu o observava. Ele se divertia bastante, correndo e brincando sem parar..

 

Sem querer, deixei que a distração tomasse conta de mim.

 

O corpo estava ali, mas a mente estava em Rafaela. No que ela estaria fazendo, com quem..

 

Agindo por impulso, liguei para a minha mãe e deixei um horário combinado para que ela buscasse Mateus e a babá, levando-os para sua casa.

 

Orientei Maria e me despedi de Mateus, ele estava mesmo feliz em estar ali. Deu-me um beijo rápido e voltou a brincar com os amiguinhos.

 

Segui rapidamente até o bar em que Rafaela estaria.

 

Não liguei, queria fazer uma surpresa..

 

Mas, quem ficou surpresa fui eu..

 

A fachada do bar era toda aberta e da rua, bem em frente ao bar, onde parei o carro, eu tinha a visão perfeita de dentro do lugar.

 

Rapidamente avistei a mesa onde Rafaela estava. Não foi difícil, era a mais cheia e movimentada.

 

Firmei os olhos e franzi o cenho quando vi a mesma garota loira – e abusada – sentada no colo de Rafaela.

 

 Parecia uma repetição, uma seqüência igual das cenas do final de semana passado.

 

Ela passava a mão nos cabelos e sussurrava alguma coisa, que parecia engraçada, já que Rafaela ria, parecendo se divertir..

 

Fiquei longos e torturantes minutos observando a cena. Só parei quando alguns carros buzinaram atrás de mim, fazendo-me tirar o carro dali e, consequentemente, perder Rafaela de vista.

 

Enquanto manobrava e estacionava o carro em uma vaga próxima dali, ouvi meu celular tocar..

 

Rafaela.

 

Atendi, sem esconder a raiva em minha voz.

 

-- Que foi, Rafaela?

 

-- Mel, era você parada em frente ao bar?

 

-- Sim, era.. – Respondi vagamente.

 

-- Cadê você, já foi? Por que não me avisou nada? Eu..

 

-- Você estava bastante ocupada pra me ver, né?! – A interrompi, com raiva. Ciúme.

 

-- Mel, onde você está? – Fiquei em silêncio.. – Por favor, me fala..

 

-- Na esquina, Rafaela.. Na esquina..

 

-- Não sai daí, eu já tô chegando..



Não demorou e Rafaela chegou, batendo no vidro.. Destravei a porta.

Ela entrou.

 

Fechou a porta e, sem que eu esperasse, colou seus lábios nos meus. Efusivamente..

 

Empurrei pelos ombros, afastando-a de mim..

 

-- Me solta, Rafaela..

 

Ela me olhou sem entender. Perguntando confusa:

 

-- Que foi, Mel? O que aconteceu?

 

-- Nada. – Respondi sem a olhar. – Volta pro bar, pros seus amigos.. Vai se divertir.

 

-- Não, Mel.. Não quero. Quero ficar com você. A noite inteira..

 

Abaixei minha cabeça, apoiando no volante, apertando as mãos com força.. Tentando e não querendo demonstrar todo aquele ciúme que queimava dentro de mim.

 

Rafaela passou as mãos levemente. Fazendo carinho. Acariciando meus cabelos..

 

Levantei a cabeça e a olhei com fúria, sentindo raiva..

 

-- Quer ficar a noite inteira comigo ou com a sua namoradinha loira? Porque no seu colo ela já estava, só faltou tirar a roupa.

 

Rafaela sorriu, me enfurecendo..

 

-- Mel.. – chamou-me com a voz doce.

 

-- Mel, nada, Rafaela.. – Ironizei o tom de voz que ela havia usado – Desce do carro e volta pra lá.

 

Ela abandonou o sorriso e gargalhou. Enfurecendo-me ainda mais.

 

-- Desce do carro, Rafaela.. Eu vou embora.

 

-- Não vou descer, Mel. – Ela respondeu convicta. Mantendo aquele sorrisinho lindo e odioso nos lábios.

 

Suspirei cansada. Olhando, através do vidro, os carros que passavam ao meu lado. Indo e vindo..

 

Rafaela aproximou-se e, tocando meu queixo, virou meu rosto em sua direção. Sorriu, enquanto acariciava meu rosto..

 

-- Eu te amo, Mel.. Quero só você.

 

-- Só eu? – Perguntei insegura. – Nada de loirinhas abusadas?

 

-- Só você. Ela respondeu sorrindo, roçando seus lábios nos meus. Antes de beijar-me com ânsia e vontade, ela ainda completou: – E nada de loirinhas abusadas.

 


Dei partida no carro e saímos dali com pressa. Os corpos ansiavam por carícias mais íntimas.

 

Rafaela provocou-me por todo o caminho. Beijando e sussurrando em meu ouvido. Passando a mão pela minha perna..

Fazendo com que o caminho tivesse o dobro de seu tamanho real.

 

Finalmente, chegamos..

 

Entramos no quarto já nos devorando.

 

Prensei Rafaela na parede e, sussurrando em seu ouvido, confessei:

 

-- Quero você no meu colo.

 

Ela sorriu maliciosamente, empurrando-me até a cama, fazendo-me sentar..

 

Tirou suas roupas e, apenas, a minha calça..

 

Sentou-se em meu colo, esfregando seu sex* quente e molhado em minhas coxas..

 

-- Tá sentindo, Mel.. Toda molhada pra você.

 

Gemi, sem conter a excitação que ela me causava.

 

Rafaela mordia os lábios sensualmente, passando a mão pela minha barriga, subindo pelos braços, descendo até minha mão.

 

A segurou e encaminhou até seu sex*, arqueando o tronco. Se oferecendo..

 

Colou sua boca quente em minha orelha e sussurrou:

 

-- Se você enfiar os dedos assim.. – Forçou meus dedos em sua cavidade, penetrando-a.– Eu vou ficar mais molhada ainda..

 

Movimentei meus dedos e Rafaela gem*u. Movimentando-se sobre eles. Fazendo com que meu corpo todo tremesse de tesão e prazer..

Era uma delícia vê-la tão entregue. Tão minha..

 

E ela foi minha por longos e deliciosos minutos quando, sem conseguir mais segurar, gozou. Deixando um gemido rouco escapar de seus lábios..
Gritando e chamando meu nome.

G*zei junto com ela, adorando a loucura de sentir – tanto ou mais – prazer, ao causar prazer..

 

Rafaela deixou seu corpo cansado e satisfeito pesar sobre o meu. Deitei e ela abraçou-me..



-- Adoro quando você me abraça assim, Rafa.. – Confessei, enquanto acariciava seus cabelos.. – Seu abraço é gostoso. É quente e apertadinho..

 

Ela sorriu, estreitando ainda mais o abraço. Levantou a cabeça e beijou-me, preguiçosamente..

 

-- O que você sente quando eu te abraço, Mel? – Perguntou enquanto beijava meu pescoço, descendo para o colo, passando a língua entre os seios.

 

-- Não sei. – Respondi sorrindo maliciosamente. – Sinto coisas..

 

Ela devolveu o sorriso. E, em um gesto extremamente sensual, passou a língua nos lábios e os mordeu, prometendo-me fazer sentir muitas coisas..

 

Prometeu e cumpriu..


Desde os lábios nos seios. Lambendo. Mordendo..

 

Até a boca em meu sex*. Ch*pando. Explorando..

 

Eu senti muitas coisas.

 

Deliciosas.


Indescritíveis..

 

Que me levaram a uma loucura deliciosa e urgente.

 

A loucura de dar e receber.


Prazer..

 

Amor..

 

Entre beijos e sussurros, a frase mais ouvida e desejada fora:

 

'' Só você. Com você.. Para e por você. ''

 

 

'' Seu jeito todo especial de ser

Eu fico louco com você.
...

Te abraço e sinto coisas
Que eu não sei dizer
Só sinto com você

Meu pensamento voa
De encontro ao teu
Será que é sonho meu? ''

 

Só Você – Fábio Júnior.

Fim do capítulo


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