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O amor em todas as suas formas por Ablueautumn

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Palavras: 1336
Acessos: 2248   |  Postado em: 02/05/2018

A Entrevista

Quando se está a frente de uma empresa, ela se torna parte de você. A tarefa mais difícil é se desligar. São dezenas de emails, ligações, recados, contratos, assinaturas, uma loucura diária.


Comecei na empresa sendo estagiária do meu pai, a dez anos atrás, hoje ele não trabalha mais e confia tudo a mim. Seu império está em minhas mãos e tenho orgulho de tudo que consegui, porque não foi nada fácil, nada de mão beijada, se estou aqui é por mérito meu.

Quando se está a frente de uma empresa, ela se torna parte de você. A tarefa mais difícil é se desligar. São dezenas de emails, ligações, recados, contratos, assinaturas, uma loucura diária.

Comecei na empresa sendo estagiária do meu pai, a dez anos atrás, hoje ele não trabalha mais e confia tudo a mim. Seu império está em minhas mãos e tenho orgulho de tudo que consegui, porque não foi nada fácil, nada de mão beijada, se estou aqui é por mérito meu.

 

Hoje tenho 25 anos, tem dois anos que sai de um casamento conturbado, uma merd* que fiz quando era mais nova, tudo era lindo e me deixei levar por muita coisa. Porém na última briga que tivemos eu me cansei de fato. 

 

Casei com Ingrid aos 19 anos, era tudo lindo, tudo novo. No primeiro ano ela fez eu me sentir bem e numa das noites que saímos ela simplesmente me pediu em casamento, que mulher não quer né? Pelo menos uma vez na vida já desejou casar. Contudo nem tudo são flores, quando se namora e está cada um em sua casa é simples, quando se dorme e acorda com o mesma pessoa a história é outra. Tivemos incontáveis brigas, ela era a pessoa mais desorganizada do mundo, eu pirei. Desde o término, não mantive relacionamentos, tive casos de uma ou duas noites no máximo. 

 

Sou conhecida, por conta do meu pai, por conta da minha aparência, por conta da minha maneira de negociar. Mas não foi sempre assim, parte do meu passado está bem enterrado e apenas as pessoas da minha família sabem. 

 

Muitas pessoas dariam muito para estar comigo, sempre tive noção disso, mas ninguém me toca, ninguém desperta mais que um desejo de algumas horas. 

 

E mais, um detalhe importante demais, ou simples demais na visão do meu pai. Sou transexual. Me aceitar veio de um longo processo, desde pequena eu já não me dava muito bem com todos aqueles gostos de garotos e o corpo em si, fui criada por meu pai apenas e ele sempre esteve comigo. Cuidou de tudo, cuidou de mim, ajudou-me a me transformar nessa mulher que sou hoje. Não posso fazer a operação, o médico me explicou que seria arriscado no meu caso, uma uma pequena deformação interna que tenho de genética. Ainda assim, não me sinto menos mulher por isso. 

 

Não sou a melhor pessoa do mundo, longe disso, sou grossa, fria e até arrogante, admito. Isso piorou com o fim do meu casamento. E é esse meu jeito que vem me dando dores de cabeças, preciso de uma secretária, estagiária, na verdade, porém, nos últimos três meses contratei sete e não duram nem uma semana ou dão em cima de mim, descaradamente. Estou a ponto de enfartar, preciso de uma pessoa que cuide dos meus agendamentos, que me ajude quando estou em dilemas torturantes, pra me lembrar de coisas pequenas que sempre deixo passar.

 

Aurora me arrumou mais uma candidata, o currículo é o mais simples que me entregaram aqui. Teve um único emprego, como recepcionista em uma empresa pequena, cursa o ensino médio e faz curso de Gestão e Negócios. Minha empresa é composta por várias estagiárias, porém, essa vaga é para trabalhar lado a lado comigo, a pessoa tem que ser proativa, responsável e principalmente organizada. Rezo para a garota preencher todos esses requisitos. 

 

Peço que a mandem entrar.

 

E me surpreendo. A garota é alta, com os cabelos loiros, olhos claros e a expressão fechada. Algo que sempre me irrita é as candidatas entrarem sorrindo, porque trabalhando ali elas precisam ser mais firmes que simpáticas.

 

— Prazer, Srta Poks. - Fala me dando a mão. Começou bem em muitos aspectos, bem arrumada, maquiagem leve, não me chamou de Sra. e não entrou mostrando os dentes. 

 

— Prazer Srta. Law. - Corro os olhos por seu currículo, pensando por onde começar. - Você sabe que com esse currículo a chances de estar aqui eram quase nulas, né? - Arqueio a sobrancelha esperando sua expressão mudar, contudo, permanece estática.

 

— Eu sei. Quando me ligaram perguntei duas vezes para ter certeza de que estava ouvindo certo. - Diz firme, seu olhar não desgruda do meu por nada. - Mas sabe o que sempre penso? As empresas querem profissionais com experiência, mas ninguém quer abrir espaço para que pessoas como eu e mais jovens por ai adquiram essa experiência tão requisitada, é complicado. O máximo que podemos fazer é arriscar. Ora ou outra uma porta se abre. Isso é tão veredito que aqui estou eu. - Termina com um sorriso fraco, ela não falha em nenhum momento enquanto fala, isso parece tão espontâneo que chego a desconfiar.

 

— Você acha que pode aguentar isso, Srta. Law? Sabe da minha reputação? - Pergunto, não tem porquê adiar isso, em algum momento ela saberá. 

 

— É para ser sincera? - Pergunta e confirmo. - Conheço boa parte das garotas que passaram por aqui Srta. Poks, já ouvi coisas de "ela é o cão" até "ela é a encarnação do diabo", mas, já tive que segurar tantas barras na vida, que trabalhar com a encarnação do diabo, não seria difícil. Não sei o que você procura, que não encontrou em meia dúzia de garotas inteligentes, bonitas e capazes. - Mantém as palavras firmes, penso no que aconteceu na vida dessa garota para ela ser assim, firme e inabalável até então. Gosto dela.

 

— Sabe o que meia dúzia de garotas não tem? A capacidade de manter o olhar preso ao meu, a fala firme, a expressão seca, a entonação na voz, frases com conteúdo, sinceridade escancarada, ausência de medo no olhar. Elas sentam onde você está e parece que estão vendo um fantasma! Eu pareço um fantasma, Srta. Law? - Pergunto dando a volta na mesa e parando ao seu lado. Ela se levanta, ficando mais alta que eu.

 

— Não, a Sra. não parece nada com um fantasma. - Diz me encarando novamente, abaixa o olhar pela primeira vez e ri. Logo se recompõe. 

 

— Você, tem todas características que citei acima. Preciso de alguém para me ajudar, para seu meu braço e perna direita, porque eu surto, esqueço as coisas, me atrapalho as vezes com as datas, preciso de alguém que não me deixe bagunçar tudo, entende?

 

— Entendo. - Responde.

 

— Você consegue ficar mais de uma semana? Não sair daqui me chamando de "encarnação do diabo"?

 

— Não vou desistir, caso consiga. Não importa quão difícil seja de lidar Srta. Poks, eu vou ficar. E a encarnação do diabo não deve ser tão bonita, desculpa o comentário. - Sorri novamente com o último comentário, que foi quase um elogio, porém, não insinuativo como costumam fazer.

 

— Amanhã às 7:00 começamos o expediente. Não tem horário fixo de almoço, pode almoçar aqui se quiser, a empresa tem restaurante, eles entregam aqui dentro. Diferente né? Prezo pelo meus funcionários. Todos os benefícios possíveis, um salário acima da média. Daqui uns dias vou oferecer cama para ver se não desistem. - Concluo e ela ri me olhando. 

 

— Amanhã estarei aqui. - Fala se despedindo. - E, Srta. Poks, vai me ver por muito tempo. - Sai pedindo licença.

 

— Tomara Elena, tomara. - Sussurro seu nome e me soa tão bem. Sento em minha cadeira realmente feliz, ela foi até lá primeira que me impressionou.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Me digam o que acham, sou nova por aqui rs 


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Comentários para 1 - A Entrevista :
zilla
zilla

Em: 16/01/2019

Olá Senhorita sumida!!! Tudo bem 

Volta logo pfv, ñ me deixa sem essa história pfv salindeza !

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zilla
zilla

Em: 02/05/2018

Gostei por causa que fala sobre pessoas trans e isso é raro de encontrar nas histórias de hj!

Mas repetiu as palavras, que foi algum erro pra isso acontecer!  Vc precisa apenas revisar e postar novamente! 

Mas fora isso adorei... vou até favoritar aqui rs


Resposta do autor:

Obrigada por comentar e pela dica também!

A história é longa, trata da personagem uma vez trans onde as pessoas não sabem disso. A revelação disso. O envolvimento com outra pessoa. Família. Passado. Fico feliz que acompanhe o caminho das duas. 

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