~ POV CAMILA ~ 

 

A Alicia estava sendo uma fofa comigo, eu de fato tinha permitido que ela cuidasse de mim naquele momento, até porque eu não teria nem força para dizer que não, realmente eu precisava ser cuidada, precisava de um colo, e principalmente o colo dela, pois é aquele que me trás paz.

Até tentei convencê-la de ir pra casa, mas ela era muito teimosa e preferiu passar a noite comigo no hospital, e se eu fiquei feliz? Claro, só a mandei ir pra casa pra fazer um charmezinho, porque meu coração queria mesmo era ela aqui comigo.

Achei tão lindo ela me chamando para sentar ao seu lado, realmente essa mulher era diferente, depois de tudo que aconteceu, no fundo ela não tinha desistido da gente, mas logo de primeira recuei, fiquei com medo de meus sentimentos me traírem, mas deixei o coração falar mais alto e fui ate seu encontro, fiquei deitada em seu ombro e um filme passou pela minha cabeça, e novamente era o meu passado me atormentando, e não me importei se eu estava chorando em seu ombro, só queria colocar pra fora tudo que eu estava sentindo nesse momento. Desde quando fui abusada achei que nunca iria gostar de alguém, sempre tive comigo que ninguém prestaria ao ponto de ter o meu amor, e em falar em amor eu não sei nem o que é isso. Sei que há coisas na nossa vida que precisa ser superado, só que entrou ano e saiu ano e eu não superei talvez eu nunca supere e acabe perdendo novamente pessoas que gostam de mim, só que dessa vez eu quero fazer diferente, posso sentir que a Alicia é a pessoa que eu sempre esperei a pessoa que iria me abrir por completa, descobrir até os meus sentimentos mais profundos e colorir a minha vida escura e sem graça, e em seus ombros definitivamente eu decido isso, decido não deixá-la ir embora novamente.

 

Depositei um beijo em suas mãos, e a fitei.

 

- Você é especial Alicia, porque você desistiu de nos?

 

- Eu não desisti de nos, você desistiu de nos.

 

- Me da uma chance para te mostrar que quero ser melhor com você? – Sim, esse é o meu primeiro passo da mudança.

 

- Camila, você tem certeza disso?

 

- Sim Alicia, desde quando eu te vi pela primeira vez eu te quis, eu sou uma pessoa fechada, amargurada pelo meu passado, pela minha vida, e você conseguiu entrar na minha vida de uma forma tão simples que eu não pude evitá-la.

 

- Porque você nunca me fala de seu passado? – Hesitei um pouco com a sua pergunta, mas logo lhe respondi.

 

- Ainda não é à hora, meu passado é complicado, eu só te peço mais uma vez, me espera?

 

- O que você quis me dizer com esse “me espera?”

 

- Eu confesso que eu estou confusa perante isso que esta acontecendo entre nos, eu nunca passei por isso e nunca tive alguém que me chamou a atenção como você fez, e eu queria me encontrar, entender o que eu estava sentindo.

 

- E agora você me pediu uma chance, significa que você já entendeu sobre o que estava sentindo? – Essa pergunta eu não tinha resposta.

 

Única vontade que tive nesse momento foi de beijá-la, eu não tinha a resposta agora, mas queria mostrá-la através do meu beijo que eu teria um dia essa resposta e a resposta seria sim, e diria sim todos os dias para ela.

Cada beijo que dávamos era mágico, era como se meu corpo estivesse flutuando, seus lábios macios, sua língua me envolvendo conseguia transborda por mim amor, quer dizer, eu acho que é amor, um dia quando eu descobrir esse “tal” significado poderei associar todos esses momentos maravilhosos ao amor.

Fomos interrompidas pela enfermeira, senti que a Alicia ficou um pouco tímida, a puxei para perto de mim e ficamos fazendo carinho uma na outra, e logo senti o sono toma meu corpo e adormeci em seus braços. Depois de algumas horas o Guga acordou me chamando, levantei rápido temendo por ele está sentindo dor ou algo do tipo, e também para verificar se a cirurgia tinha ocorrido tudo bem.

 

- Mama... 

 

- Oi meu amor, a mama está aqui. 

 

- A tia, ela veio? – Nossa, a primeira coisa que ele pensou foi nela, só que agora eu tinha a resposta que ele queria.

 

- Sim meu amor, a tia veio. – Segurei as mãos da Alicia e sorrir.

 

- Titia... – Os olhinhos dele brilharam quando encontrou com os olhos da Alicia, mas também quem não ficaria assim perto dessa beldade?

 

- A Tia veio e vai ficar aqui com você, príncipe lindo. – Me emocionei com a cena deles dois, a Alicia já deixava lagrimas escorrem pelo seu rosto, e o Guga tinha um sorriso enorme estampado em seus lábios.

 

Foi tão gratificante para mim vê o amor e o carinho que a Alicia tratava o Guga, coisa que nem os próprios pais faziam com ele, realmente o Guga precisa se socializar com mais pessoas, conhecer, descobrir novos sentimentos, dessa vez a danada da psicóloga estava certa, eu quem tava sendo burra esse tempo todo afastando o meu irmão do mundo.

Logo o médico chegou para avaliá-lo e verificar se houve tudo bem com a cirurgia, para nossa felicidade sim, estava tudo em perfeitas ordens, inclusive ele receberia alta no final da tarde, ficando afastado da escolinha apenas por uma semana, como a médica disse, a cirurgia foi simples não iria alterar nada da rotina dele por muito tempo, e eu agradeci por isso.

O Guga adormeceu depois da avaliação médica, pois os efeitos dos remédios ainda eram fortes, e eu a Alicia sentamos novamente no sofá, sentia meu corpo exausto pela noite de cochilos e a posição que não era nada agradável, mas o que era um coração pulando de felicidade para um corpo dolorido? Nada né pessoal, passaria noites e noites assim ao lado dela, se possível fosse... Inclusive, resolvi colocar pra fora a pergunta que estava me martirizando desde quando a vi com a Gabriela, e fui clara e direta perguntando se elas tiveram alguma coisa, a Alicia prontamente negou e perguntou por que, me referi ao dia anterior por elas estarem juntas, e a Alicia tratou de me explicar o que ocorreu referente à nova aproximação dela, resolvi mudar de assunto e perguntei sobre a investigação se já havia descoberto algo, e para a minha surpresa ela me disse que pegou algumas fotos onde o porteiro não reconheceu a pessoa e para mais ainda a surpresa ela me disse que era a Gabriela.

  

- O QUEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE? – Dei um grito, pois não estava acreditando no que a Alicia estava me falando.

 

E para o meu desespero mais ainda, ela me disse que na hora que perguntou tinha recebido a minha mensagem, um odiozinho de leve subiu pelas minhas espinhas ate o ultimo fio de cabelo e perguntei onde elas estavam juntas, e a Alicia disparou, percebi que ficou nervosa com a minha pergunta e tratou de passar um caminhão de vez nas palavras, me dizendo que foi pra lá alugar um apartamento ao lado da Gabriela por conta do ocorrido e bla bla bla, e nem acreditei no que eu estava escutando e logo a repreendi, e ela ainda ousou dizer que aceitou porque não sabia qual era a resposta da Gabriela perante a filmagem, se realmente ela não teria algum conhecido lá, e me apossei do meu verdadeiro EU, mandão mesmo, e disse que ela não iria morar lá junto daquela traste da Gabriela, ela ainda tentou rebater comigo que tinha fechado negocio com rapaz, eu nem estava mais dando ouvidos pois já não tinha a mínima paciência para essa conversinha dela e falei que ela iria ficar na minha casa, mas uma vez a teimosa se recusou e eu estava nem ai, falei que ela iria ficar lá e acabou, e beijei logo, porque mulher quando fala e reclama demais só para depois de ser beijada, kkkk!

 

- Você não sei não viu. – Sorriu para mim.

 

- Para de besteira, fica lá, não vai incomodar, e também tem um pequeno garotinho que vai amar.

 

- Poxa Camila, é porque eu nem sei o que a gente tem ainda, sabe? Estamos nos conhecendo agora, tudo é muito novo pra mim, e de fato eu não quero invadir a sua privacidade, e também quero ter meu canto com as minhas coisas, do meu jeito. Eu fico muito grata por esta me oferecendo ficar em sua casa, mas eu não vou me sentir bem estando lá o tempo todo, mesmo querendo, me entende?

 

- Tudo bem, faz assim, fica com a gente essa semana e semana que vem te ajudo a achar um lugar pra você, mas que seja bem longe da Gabriela, ta bom?

 

- Ta bom meu bem. – Me deu vários selinhos.

 

Nenhuma das duas foi trabalhar nessa sexta-feira, a Alicia fez umas ligações cancelando a mudança, depois entrou em contato com o dono do apartamento que iria alugar explicando que não iria mais poder ficar com apartamento e logo após agradecendo, e percebi que ela ficou meio perdida como se quisesse ligar para outra pessoa, porém nem perguntei, pois já era de imaginar que seria a Gabriela, e com certeza ela não merecia qualquer tipo de satisfação, na minha opinião é claro, hahaha...

Tomamos café juntas, conversamos sobre varias coisas, pedi desculpas a ela pela noite e pela minha confusão, ela tentou novamente me pergunta sobre meu passado e porque deu ter agido daquela forma, pedi desculpas novamente e falei que eu ainda não estava pronta para entrar nesse detalhe, ela apenas acenou com a cabeça e pegou em minhas mãos falando que esperaria o meu tempo e eu a agradeci por isso, logo retornamos ao quarto o Guga estava acordado, fez mais alguns exames e logo após ficamos conversando com ele, a Alicia tratou de conseguir uns papeis e canetas, e ai vocês já sabem né, esses dois para lado de desenho esquece o mundo, nesse caso eu quem fui esquecida, pois ela passou a manhã toda ao lado dele fazendo diversos desenhos, e eu aproveitei e deitei no sofá para apenas descansar, mas acabei dormindo, depois ela me chamou para almoçarmos e comemos rapidamente no restaurante do hospital mesmo, pois a médica iria voltar por esse horário para a ultima avaliação e com resultado dos exames para assinar à alta, e como de esperado a medica já estava no quarto com o Gustavo, nos explicou tudo e falou que a melhora dele foi sobrenatural, que inclusive ela iria da alta para ele naquele momento, comemoramos, eu mais ainda porque precisava de uma cama digna para dormir.

Nos organizamos, recebemos os papeis da alta, e seguimos rumo pra minha casa, a Camila foi no banco do fundo com o Gustavo, a sintonia deles eram incrível, ele conseguia se comunicar tão bem com ela, e ela o entendia tão bem, as vezes ensinava algumas palavras e ele correspondia da mesma forma que ela passava, achei magnífico, o meu bebe estava ficando um rapazinho inteligente e determinado, e com a chegada da Alicia então.

Quando cheguei na porta do apartamento senti um clima estranho entre a Juci e a Cida, apenas cumprimentei elas e segui para deixar o Gustavo no quarto, a Juci veio atrás perguntando sobre a cirurgia e o que deveria ser feito, expliquei tudo a ela, mas ainda sim com os pensamentos no que a médica tinha me dito, eu sabia que ela cuidava muito bem dele, mas a parti de agora irei ficar mais de olho em relação a saúde do meu irmão, inclusive eu nem comentei isso com a Alicia, acho que é muito pessoal ainda para está envolvendo ela nisso.

Acomodei o Gustavo em seu quarto, colocando em cima da cômoda dele todos os remédios e os horários de forma explicita para que não viesse ocorrer nenhum erro, e aproveitei e coloquei todos os horários em meu despertador para que sempre eu estive a pá dos remédios.

 

- Mila... – Assim que a Juci saiu, ela me chamou e ainda me apelidou, fofa né?

 

- Oi linda...

 

- Vou precisar encontrar com a Gabriela agora.

 

- Não já conversamos sobre isso? O que você ainda quer com ela?

 

- Ei, minhas coisas ficou na casa dela e pra completar ela esta com meu carro, preciso buscar.

 

- Eu vou com você.

 

- Ai como é mandona hein... Não precisa, eu volto logo.

 

- Eu vou com você, e esta decidido.

 

- Você sempre vai decidir por mim, é? – Fez cara de emburrada.

 

- Se tratando da Gabriela, sim. – Sorrir pra ela que me mostrou a língua.

 

Antes de sairmos, tomei um banho e seguimos para a empresa, como ainda era final da tarde a Gabriela estaria lá, e assim que chegamos, segui direto pra minha sala, aproveitar que ela vai buscar as coisas dela eu ficaria aqui ajeitando as minhas.

Vi que a cara da Gabriela não foi nada agradável, mas problema é dela, só não a demito porque é uma ótima funcionaria, porque se possível fosse nem pra cara dela eu olharia mais.

A Alicia veio em minha sala avisando que iria na casa dela pegar as coisas, mas que voltaria para devolver a chave do apartamento e me encontraria, apenas acenei e a fitei indo em direção a saída.

Comecei a pensar nas possibilidades de realmente ter sido a Gabriela a arrombar o aparamento da Alicia e me perguntando por que ela faria isso, mesmo que tivesse afim dela, ou algo do tipo o apartamento é algo que não entra em nada, e isso me deixou curiosa demais, se eu fosse seguir os meus instintos eu iria agora tirar pergunta a Gabriela, mas preferir evitar que ela soubesse que estamos juntas e eu que eu estou por dentro do ocorrido, mas eu iria convencer a Alicia resolver esse problema e colocar ela contra a parede para de fato saber o que ela fazia no apartamento dela e justamente no dia que foi arrombado, mas ainda sim não dispenso a possibilidade de ter sido o Luan, ou o Luan contratou a Gabriela para fazer isso, não sei ainda, mas eu irei descobrir ou não me chamo Camila Mazzaropi.

 

- Pensativa a senhorita...

 

- Pensando em você... – Sorrir para a Alicia.

 

- Bom saber, mas então, podemos ir?

 

- Sim, claro. Você já esta com seu carro e suas coisas?

 

- Aham, vamos.

 

Já passava das 17:50h, deixei a patrícia para fechar a empresa e segui rumo ao meu apartamento, cada uma estava em seu carro e logo chegamos.

Trocamos alguns beijos no elevador, e essa onda de pegação eu estava adorando, e fora que a Alicia era tão cuidadosa, carinhosa, a versão mais completa de mulher que já vi em toda minha vida, sei que serei muito bem cuidada por ela.

 

- Vai tomar um banho e descansar é o tempo que preparo algo para jantarmos.

 

- Você cozinhar? Sério? – Ela me olhava divertida.

 

- Sim, até porque a Cida folga todas as sextas-feiras a parti do final da tarde, e normalmente ela deixa a janta pronta, mas hoje eu pedi pra ela não deixar, pois eu iria fazer.

 

- Nossa você esta cansada, passou a noite praticamente em claro e naquela posição ruim no hospital, você precisa descansar.

 

- Mas eu quero fazer um jantar para a gente, posso?

 

- Só se você me deixar ajudá-la.

 

- Não, eu quero preparar sozinha, me deixa fazer isso vai... – Segurei pela cintura, e depositei alguns beijos em seu rosto.

 

- Ta bom então... – Fui retribuída com beijinhos pelo pescoço e rosto.

 

- Mas eu quero que você tome um banho e descanse, quando estiver pronto eu vou te chamar, ta?

 

- Ok, só vou vê o Guga e descansar. 

 

Assim que ela saiu, comecei a colocar as mãos na obra, a obra prima minha, modéstia parte eu era muito boa cozinheira, só me faltava tempo para colocar em pratica, e também não tinha motivos para fazer comidas especiais, mas hoje sim, tenho motivos até de sobra.

Comecei a preparar um risoto de alcachofra com brie, é uma das minhas maiores habilidades na cozinha, preparei a mesa de jantar com algumas velas que sempre estiveram ali, mas nunca foram acesas, e hoje seria, peguei na adega um dos melhores vinho da minha coleção e coloquei para gelar, e subi para tomar um banho e me arruma para essa noite que para mim estava sendo mais que especial.

Tomei um banho e coloquei um vestido longo de seda que era soltinho, era bem simples apenas para o jantar, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, me perfumei e coloquei uma sandália rasteira simples e fui até o quarto da Alicia para acordá-la.

 

- Ei, acorde, vamos jantar. – Depositava beijos em seu rosto, deu ate pena de acorda aquele anjo ali.

 

- Hum... – Ela murmurou e se virou pra mim, ainda sem abrir os olhos.

 

- Eu sei que esta cansada, mas venha, vamos comer e voltamos para descansar.

 

- Como você esta linda, e cheirosa. – Ela tinha um sorriso enorme em seus lábios e não hesitei em beijá-la.

 

- Vou ao quarto do Guga para vê-lo enquanto você se ajeita e desce ta bom?

 

- Certo, te encontro lá em baixo, não irei demorar.

 

Segui para o quarto do Gustavo e repassei a cena anterior na minha mente e percebi que a Alicia estava nua, apenas com a coberta, nossa essa mulher quer me deixar louca só pode.

O Guga estava assistindo desenho, e a Juci estava sentada na poltrona ao lado dele lendo algum livro que nem reparei qual era, perguntei se ela tinha dado as medicações dos horários da noite e se ele já tinha jantado, ela afirmou que sim, e sentei ao lado dele.

 

- Você se sente bem meu amor?

 

- Sim mama, aqui tem dodói? – Ele apontou para o nariz que ainda tinha um pequeno curativo pela pequena invasão da cirurgia.

 

- Tem, mas você não pode mexer viu? Se não o dodói vai doer e vamos ter que voltar pro médico.

 

- Não vou mexer.

 

Logo ele desviou seu olhar para a televisão, era muito difícil conseguir prender a atenção dele por muito tempo, só a poderosa Alicia que conseguia, mas também aquele charme todo prende qualquer atenção. Despedi-me dele, dando boa noite e segui para a sala de jantar para aguarda a Alicia, que para a minha surpresa ou não ela já estava lá, em pé ao lado da mesa e seu sorriso era emocionado, me aproximei e ela me abraçou e me beijou.

 

- Quando penso que você não me surpreende mais eu me engano.

 

- Linda, vem, vamos jantar.

 

 Um clima romântico se instalou naquele jantar, servi nosso vinho e nos deliciamos com a janta e a companhia, e Alicia falava algumas palavras carinhosas, agradeceu pelo jantar disse que estava ótimo, e logo ela me puxou para a varanda da sala, ficamos nos curtindo ainda bebendo vinho e conversando sobre algumas coisas, senti que as horas já tinham passado demais da conta quando estava vendo praticamente tudo girar, olhei para o lado e tinha visto que secamos duas garrafas de vinho, eu já não estava normal.

 

- Acho que estou bem alegre. – Alicia gargalhava empendurada em meu pescoço.

 

- Acho que eu também estou bem alegre. – Gargalhei junto com ela.

 

- Chega de bebidas por hoje, sinto que vou desfalecer a qualquer momento.

 

- É, temos que descansar.

 

- Vamos?

 

Segurei em sua mão e subimos para o quarto na intenção de dormir, e quando chegou na porta do quarto dela, ela depositou um selinho em mim.

 

- Boa noite.

 

- Dorme comigo? – Ah porr* nenhuma, que se dane as regras.

 

- Sério? – Ela sussurrou em minha boca.

 

- Sério.

 

A beijei delicadamente enquanto a guiava para o meu quarto, O MEU QUARTO QUE NUNCA VIU MULHER, mas ta valendo, nosso beijo estava a cada momento mais quente, mais gostoso, mais urgente, e a guiei para a cama deitando por cima dela.

Nossos corpos se fundiam, nossos beijos se intensificavam, minhas mãos já tinham ganhado vida própria e as mãos dela... ops, estava ganhando vida própria também, mas eu ainda não estava preparada para isso, e delicadamente segurei suas mãos, entrelaçando nossos dedos, percebi que a Alicia diminuiu a velocidade do beijo e interrompeu.

 

- Eu só quero te tocar.

 

- Desculpa...

 

- Me permite te tocar, te fazer carinho, te sentir Camila... – Ela fazia isso enquanto suas mãos acariciavam o meu rosto.

 

- Acho que não estou preparada ainda.

 

- Eu só quero te sentir e lhe fazer carinho, apenas isso.

 

- Tudo bem.

 

Voltamos a nos beijar, eu ainda permanecia em cima dela, e pela autorização as suas mãos foram descendo pelas minhas costas, de primeira senti um pequeno incômodo, mas ela tratou de me deixar a vontade fazendo pequenas caricias em minhas costas.

Nossos beijos foram se intensificando, comecei a descer beijando seu pescoço, depositando pequenas mordidas, e a cada ação minha ela deixava escapar um gemido dengoso, suas mãos agora estavam na minha nuca, acompanhando cada movimento que eu fazia em seu corpo. Não contei a vocês, mas a safada estava sem sutiã, só me resta agora saber se estava sem calcinha também, e quando tirei a sua blusa um turbilhão de sentimento percorreu pelo meu corpo, me enchendo mais ainda de tesão por ela, não pensei duas vezes e abocanhei seus seios, passando a língua de leve ao redor do seu biquinho e em seguida dando leves ch*padas, e com a outra mão eu acariciava o seu outro seio, comecei a intercalar dando as devidas atenções para os dois, a expressão no rosto dela era de puro prazer, e não resisti e subir beijando ela vorazmente, suas mãos começaram a arranhar as minhas costas de uma forma intensa, deixei escapar um pequeno gemido, isso era muito gostoso, e em um devido momento ela tirou meu vestido, eu estava tão embriagada por ela que nem me recordo da hora que fiquei apenas de calcinha e sutiã, seus olhares pelo meu corpo me acendia mais ainda.

Deitei novamente por cima dela, e nossos corpos começaram a se fundir, a dançar de uma forma sincronizada, eu estava sentindo a sua lubrificação em minhas coxas e com certeza eu não estava diferente lá em baixo, e continuamos nessa dança deliciosa que nossos corpos faziam, até que sinto meu ventre se contraindo, meus nervosos todos tremerem e comecei a perde os sentindo, sim eu estava preste a goz*r apenas assim, e por um pequeno susto levantei de vez de cima dela.

 

- Não para, continua... aiii...  – A Alicia reclamou.

 

- Eu vou goz*r muito rápido assim, me deixa cuidar de você primeiro. – Fiz cara de safada e comecei a beijar novamente seus seios.

 

Enquanto eu estava me deliciando em seus seios, comecei a sentir novamente aquela onda de prazer percorrer pelo meu corpo, e sim, essa seria a minha futura mulher, nenhuma conseguiu me fazer sentir o que estou sentindo nesse momento, sem precisa termina essa trans* eu me tocando sozinha no banheiro, como eu sempre fazia com todas.

Comecei a descer depositando leves beijos em sua barriga, os gemidos dela já estavam mais intensos, mas como eu não era gente eu iria provocá-la só um pouquinho, e comecei a beijar seu corpo inteirinho deixando pequenas mordidas e lambidas por ele, seu olhar era de puro prazer, era de agonia, ela estava louca para que eu chegasse ao seu ponto principal e lhe desse o alivio desejado, mas ela iria pedir primeiro.

 

- Me fala o que você quer...

 

- O que...? – Ela me olhou desesperada.

 

- Me diz, o que você quer agora.

 

- Não... não..... faz isso, por favor. – Sua respiração estava entrecortada com as palavras.

 

- Eu quero fazer outras coisas, basta você me pedir. – Depositei um beijo em cima do seu sex* que estava tão lubrificado que me melou todinha no rosto.

 

- Me faz goz*r, por favor, não agüento mais.

 

Adorei a cena que vi, no seu olhar era desejo misturado com desespero, como eu também não estava agüentando resolvi atender o seu desejo, e comecei a depositar longos beijos naquele sex* perfeito, e logo após depositando minha língua em seu nervo durinho, intercalando entre ch*padas e lampidas longas, seu corpo todo se contorcia em minha boca, suas mãos estavam a cada momento castigando os seus seios, e aquela visão estava me deixando completamente louca, já estava perdendo os sentidos, e em poucos segundos ela anunciou.

 

- Ai... amor, ai... eu vou goz*r...

 

Acho que só eu nesse momento prestei atenção apenas na palavra amor? Não sei, só sei que ela se derramou todinha em minha boca, se contorcendo toda e gritando o meu nome, e não me fiz de difícil e me derramei todinha na minha calcinha, perdendo completamente os sentidos de vez.

 

Ficamos em silencio por alguns minutos, eu ainda permanecia no mesmo lugar tentando controlar a minha respiração, ate que ela vem ao meu encontro me puxando e me deitando ao seu lado. Essa mulher conseguiu me deixar molinha molinha, seus olhinhos sobre mim eram perfeito, e começou a me beijar.

 

Correspondi seus beijos já sabendo o que ela queria, eu disse que tentaria não disse? Após, se liguem ai no que esta por vim.

 

Suas mãos delicadamente tiraram meu sutiã, eu já não conseguia mais me concentrar no beijo, meu corpo todo começou a endurecer e eu respirava descontroladamente, mas era de medo, porém comecei a trabalhar a minha mente que era apenas a Alicia, a mulher doce, carismática, simpática e que gostava de mim e tinha acabado de me proporcionar o melhor prazer da minha vida, mas infelizmente o meu corpo me traiu.

Suas mãos delicadamente passavam pelos meus seios, mas eu não conseguia sentir prazer, ela percebeu a minha tensão e sussurrou no meu ouvido.

 

- Psiu, relaxa, não vou fazer nada que venha te machucar, só quero te proporcionar o mesmo prazer que você acabou de me dá.

 

Apenas fechei os olhos em resposta, e ela voltou a beijar meu pescoço, a acariciar meus braços, e retornou para os seios, seus toques eram delicados e cheios de amor, eu estava a todo o momento trabalhando a minha mente, até que ela começou a descer pela minha barriga, e quando deu uma pequena arranhada, eu surtei. “PUTA QUE PARIU”

 

- NÃOOOOOOOOOOO, nãooooooooo.  – Sai depressa da cama, e o olhar da Alicia era assustado.

 

- Ei calma, calma, o que houve? O que fiz de errado?

 

- Não Alicia, eu não consigo, nãooooooooo. – Comecei a chorar.

 

Ela saiu depressa da cama e foi ao meu encontro e me abraçou.

 

- Calma, não precisa fazer isso, se não te faz bem não precisa.

 

E beijou meu rosto, me abraçando fortemente enquanto eu ainda derramava lagrimas, mas agora não era por medo era por eu ter essa pessoa maravilhosa na minha frente e não conseguir me entregar.

Ela me guiou ate a cama, deitando ao meu lado e me abraçando, eu já tinha cessado mais os choros, e ela limpava as minhas lagrimas, seus olhos sob mim me fazia me sentir amada e protegida nesse momento. Ela nos cobriu e desligou as luzes do abajur deitando de frente para mim, me fazendo pequenos carinhos no rosto, fechei os olhos sentindo seu carinho enquanto meu coração estava apertado por esse momento, não queria fazê-la se sentir mal por causa disso, e se eu queria alguma coisa séria com ela eu precisaria me abrir e me permitir.

 

Fim do capítulo