Capítulo 63
-- Wow!
-- Aii. -- Nádia gritou deveras assustada. -- Porr* Felipe, que susto. -- Disse ao ver o irmão. Este ria divertido. -- Caramba. -- Levou a mão ao coração... Antes do irmão chegar ela estava concentrada em um microscópio e uma prancheta. -- Que bom que conseguiu vir...
-- É... Mas e então, me chamou pra quê? -- Ele questionou curioso a observando trabalhar.
-- Temos um comprador. -- Fitou o irmão, retirando a máscara do rosto. -- E preciso que você faça uma demonstração dos cavalos.
-- Haha, deixa comigo maninha. -- Ele advertiu eufórico com a ideia.
-- Vai com calma, Lipe. É uma compra importante, então vê se não faz besteira e siga as instruções. -- Nádia avisou séria.
-- Eu sei, tá bom. -- Ele disse um tanto sentido, mas compreendia a irmã. -- Vou me comportar. -- Sorriu de lado.
-- Acho bom. -- Ela falou pegando a prancheta e guardando.
-- Então... -- Ele disse cauteloso observando-a andar pelo laboratório organizando algumas coisas. -- Como estão as coisas por aqui? Papai tem pegado muito no seu pé?
-- Até que não... -- Ela confessou buscando o irmão. -- Depois que a Eloá decidiu de vez a vida dela e você também saiu de casa ele tem estado aéreo a maioria do tempo. -- Observou pensativa. -- Engraçado. -- Riu sem crê. -- Agora que falou, lembrei, ele aprovou que eu aumentasse o laboratório, não questionou tanto sobre quase nada. -- Argumentou.
-- Mamãe me disse que ele anda pensativo mesmo. -- O rapaz também observou. -- Mas pensando bem, ele nem tem do que reclamar, você mandou bem aqui. -- Sorriu feliz pela irmã.
-- Obrigada. -- A mulher sorriu contente.
-- Vem cá. -- Felipe abriu os braços e a mulher sorriu o abraçando, apesar de mais novo era bem mais alto e de corpo forte e atlético. -- Tenho uma coisa pra te contar. -- Ele afirmou.
-- O quê? -- Nádia se afastou o olhando.
-- É, bem...
-- Lipe? -- A mulher sabia que não era coisa boa. -- No que se meteu dessa vez? -- Questionou verdadeiramente preocupada com o irmão.
-- Ei, calma aí, não fiz nada, tá bom. -- Ele se defendeu prontamente.
-- Então o que é? Não enrola. -- Nádia pediu.
-- Eu fui demitido. -- Confessou.
-- Ahh, droga, Lipe! -- Praguejou levando uma das mãos ao rosto e a outra a cintura. -- A mamãe já sabe disso?
-- Não... Não tive coragem de contar, ela estava tão feliz. -- Ele explicou sincero.
-- É, eu sei. -- Nádia entendeu. -- Como isso aconteceu? Por quê? -- O fitou interessada.
-- Alguns dias atrasado, besteira maninha. -- Disse dando de ombros.
-- Como besteira, Felipe? -- Ela indagou irritando-se. -- Eu praticamente implorei por esse emprego pra você e em menos de 2 meses você estraga tudo!? -- Completou alterada.
-- Aquilo não era pra mim. -- Ele rebateu agoniado. -- Bater ponto todo dia, cedo, ler uma papelada todo dia e ainda ter que usar gravata o dia todo, esse troço aperta e coça.
-- Chega! -- Nádia praticamente gritou. -- Você tinha um ótimo trabalho, Felipe, sem nem ter estudado pra isso. -- Advertiu realmente chateada com a atitude do irmão. -- Você quem escolheu sair de casa, sabia a vida que tinha e sabia o que iria perder, mas resolveu sair...
-- Mas...
-- Não terminei. -- Nádia o interrompeu. -- Sei que foi por um motivo nobre de sua parte, mas, desde já, sabia das consequências e depois de ter se estabilizado você vai e estraga tudo? Como sempre fez com suas atitude mimadas e infantis, droga Felipe! -- Ela gritou assustando o irmão casula. -- Assim você só prova que o papai está certo sobre você, que não dá conta de cuidar de si mesmo quem dirá dos negócios da família? -- Questionou o fitando firme o que fez ele baixar a cabeça desanimado.
Nádia fechou os olhos na tentativa de acalmar os batimentos, e a irritação que tinha do irmão, sabia que Felipe ainda precisava aprender muito com os erros dele. E apesar de estar tentando, ainda estava sendo duro demais para ele lidar com a nova realidade que havia escolhido para si.
-- Ok! -- Ela respirou fundo tomando uma decisão que, a seu ver, teria outras duras consequências, mas dessa vez para ela.
-- Ok, de quê? -- Ele indagou curioso. -- De está tudo bem? -- Sorriu animado.
-- Ok, de não tem outro jeito agora é superar isso. -- Ela disse séria e saiu o deixando ali parado por alguns segundos.
-- Espera. -- Ele correu a seguindo. -- O que isso quer dizer exatamente? -- Indagou pondo-se na frente da irmã assim que alcançaram um campo gramado.
-- Quer dizer que você vai trabalhar aqui comigo. -- Disse dando dois tapas no peito do irmão e seguiu sua caminhada.
-- É o quê? -- Indagou chocado com a notícia. Correu novamente se pondo no caminho da irmã. -- Eu não posso trabalhar aqui. Vou fazer o quê? Sem contar que o papai não vai gostar nadinha.
-- Claro que pode e vai. -- Nádia afirmou decidida. -- E quanto ao papai falarei com ele, não se preocupe. -- Avisou voltando a andar e tomando o caminho da enorme casa logo ali perto. Deixando Felipe ainda atordoado com a aquela ideia.
-- Nádia você só pode está de brincadeira. -- Ele a acompanhou. -- Não posso ficar aqui, não curto muito o campo por tanto tempo você sabe. -- Ele advertiu tentando a fazer mudar de ideia.
-- Já está decidido, Lipe. -- Afirmou.
-- Ah qual é maninha? Você pode falar com seu amigo e me admitir de novo no emprego.
-- Não, Felipe! -- Ela o olhou. -- Teve sua chance e desperdiçou. Suas opções são ficar e me ajudar aqui ou voltar para casa do papai, escolhe
-- Droga. -- Ele bravejou sem saída. -- Você era mais legal antes. -- Lembrou.
Nádia estancou sua caminhada e virou para olha-lo, e calmante retornou para próximo dele.
-- Talvez meu erro tenha sido esse. -- Observou pensativa. -- Ter sido muito legal, sempre te salvando das roubadas que se metia, quando não era do papai era da Eloá, mas já chega, Felipe. -- Advertiu mais séria do que fora anteriormente. -- Tem suas opções, escolha uma até o meio dia. -- Avisou e saiu.
-- Nádia? -- Ele chamou pela irmã, sabia que havia a decepcionado e magoado. -- Ei me desculpa. -- A seguiu arrependido. -- Eu sou um idiota.
-- Sim você é. -- Ela concordou sem ao menos olhá-lo era evidente sua mágoa.
-- Não tem uma terceira opção? -- Ele estava esperançoso que sim.
-- Sua vida boa acabou, se não quiser voltar com o rabo entre as pernas pra casa, você vai ter que crescer Felipe e começar a lutar por seu espaço como todo mundo faz. -- Advertiu parando e o olhando sincera. -- Troque de roupa e vá aquecer os cavalos que estão no Piquete, em uma hora o comprador chega. -- Avisou e virou ultrapassando o grande rol de entrada.
Felipe literalmente se jogou ao pé da escada, a irmã não mudaria de ideia, suspirou numa mistura de desespero e conformidade, no fundo, sabia que ela estava sendo bem generosa consigo. Ainda iria enfrentar o pai para mantê-lo ali, respirou de forma mais profunda levantando o olhar e observando a vasta área em tom verde tanto no chão quando até certo ponto do ar através das árvores, era tão diferente da cidade, mas talvez não fosse tão ruim, afinal, pensou tentando se conformar.
* * * *
-- Alô?
-- Mãe. -- A senhora reconheceu de pronto a voz de sua filha mais velha, sorriu.
-- Oi, querida. Como você está filha?
-- Eu estou bem mãe, e a senhora? -- A voz de Amanda soava risonha.
-- Ah que ótimo meu amor, eu estou bem. E como está Naty e a Samantha? -- Lúcia questionou animada, adorava conversa com a filha, ainda mais com ela estando um tanto longe dela. -- Ah estou com saudades, filha. -- Confessou distraída ao telefone, sem notar que Carlos também ali presente vez e outra a olhava.
-- Mãe está com um tempinho?
-- Claro que estou filha, que pergunta, pode falar. -- Lúcia notou uma seriedade na voz de sua primogênita.
Lúcia escutou tudo que a filha lhe falava ao telefone, ficando assim, a par das mais recentes novidades. Sua felicidade era evidente, à medida que, ouvia os relatos alegres de sua filha, principalmente, quando a ouviu relatar que já havia feito a primeira consulta em busca da gravidez. Lúcia não cabia em si de felicidade, não via a hora de ter outro neto a caminho. A senhora estava tão concentrada falando com a outra mulher, que não havia tempo nem atenção para notar, Carlos, ali próximo estava atento aquela conversa e não estava gostando nem um pouco.
-- Está bem Filha. -- Lúcia mantinha um sorriso radiante. -- Tá... tá bom. Se cuida, agora mais do que nunca. -- Advertiu. -- Te amo. Tchau, filha. -- Se despediu e desligou mantendo o aparelho na mão, enquanto pensava no futuro netinho ou netinha.
-- Eu não acredito que a Eloá vai se submeter à mais esse despautério. -- Carlos não escondeu sua irritação ao saber que sua filha mais velha iria ter uma criança através da ajuda da ciência. -- Já não bastava casar com aquela outra infeliz!? -- Indagou furioso.
Lúcia fitou o marido em silêncio, o avaliando enquanto tentava manter sua paciência inabalável mediante o comentário idiota dele. Carlos estava sentado no sofá a sua frente e tinha a cara enfiada em um jornal, Lúcia sabia que ele não lia coisa nenhuma, não depois de ouvir sua conversa com a filha. Conhecia o marido e sabia que ele estava tentando digerir a notícia, a seu modo, claro, procurando meios de ofender os outros e tirando assim o peso de sua própria consciência, tentando inutilmente se isentar de uma culpa que, afinal, não era dele nem de ninguém. Mas o preconceito o corroía de forma intensa, o que não o permitia pensar tal fato com clareza.
A senhora suspirou pesadamente, já não sabia mais o que fazer para o marido entender que era exatamente tudo ao contrário do que ele pensava. Fazê-lo entender que a filha estava feliz, mais feliz do que nunca e de forma genuína e sincera.
-- Carlos, eu sinceramente já não sei mais como argumentar sobre isso como você. -- Lúcia confessou o fitando com ressentimento. Carlos nem se deu ao trabalho de retribuir o olhar, mas Lúcia continuou. -- Quando vai entender que essa sua atitude e desprezo só afeta a você mesmo? -- Indagou incisiva e assim ganhou um olhar irritado e confuso do marido. -- Só pense em uma única coisa, só uma. -- Gesticulou mostrando o dedo indicador a ele. -- Quem nessa família, realmente está sendo infeliz nas escolhas que está fazendo? -- Lúcia pôs o aparelho no gancho e levantou, saindo.
Carlos não teve argumentos exatos para fazê-la ficar e explicar tal fato a ele, em sua cabeça aquela pergunta da esposa não se aplicava a ele, pelo menos era nisso que sua consciência trabalhava diariamente. No entanto, seu subconsciente lhe traía o fazendo refletir sobre aquele mesmo fato. Por que o tempo o transformou tanto? Havia realmente motivos para tal postura? Era fato que nunca vira sua família tão afastada dele, e não podia negar que sentia falta deles, não podia negar isso, não para si mesmo, até a esposa que sempre ficava a seu lado estava cada vez mais distante. E a culpa era de quem, afinal? Sua? Pensou, e, nesse momento o telefone tocou afastando todos aqueles pensamentos.
* * * *
Amanda desligou o celular ao mesmo tempo em que entrava no apartamento logo escutando vozes e risos vindo da cozinha, sorriu deixando sua bolsa no sofá e seguindo para o cômodo de onde vinha o som.
-- Ai deixa eu ir. -- Janaína proferiu entre risos.
-- Quer dizer que vou perder as piadas? -- Amanda surgiu questionando sorrindo.
-- Ah imagina, essas você já sabe. -- Janaína avisou.
-- Acho bom.
-- Tchau, pra vocês eu realmente preciso ir. -- Ela se despediu e foi embora.
-- Oi, meu amor. -- Amanda disse beijando Natelly. -- Cida.
-- Oi, querida. -- A mulher lhe sorriu. -- Como foi a consulta? -- Questionou interessada ao mesmo tempo que Natelly, riram.
-- Foi ótima, Cida. Mais emocionante do que eu esperava. -- Amanda confessou em um sorriso alegre. – Elisa, a obstetra é um amor de pessoa. Nos passou todos os exames que precisamos fazer, à tarde faremos alguns. -- Explicou.
-- Ótimo, querida! -- Cida proferiu animada. -- Fico feliz e desde já ansiosa para ter logo essa criança por aqui correndo.
-- Ai nem me fale, Cida, eu estou bem ansiosa também. -- Amanda sorriu em acordo.
-- Confesso que vai ser maneiro ter um irmãozinho. -- Natelly afirmou olhando a mãe que lhe sorriu e beijou o rosto.
-- Filha, preciso conversar com você. -- Amanda avisou tomando uma postura mais séria. -- Vamos subir?
Natelly involuntariamente buscou o olhar de Cida que, lhe sorriu em incentivo.
-- O que foi mãe? Pra quê esse suspense todo? -- A menina perguntou a seguindo até o quarto.
-- Precisamos conversar sobre o Nicolas. -- Amanda avisou a olhando séria.
-- Pela sua cara a coisa é feia. -- Ela observou estancando com medo do que iria ouvir da mãe.
-- É seria, sim, filha. -- Amanda parou a olhando. -- Mas não são coisas ruins. -- Sorriu tentando passar segurança a jovem. -- Vamos.
Natelly a obedeceu, logo ambas estavam sentadas sobre a cama e do lado delas o computador de Amanda.
-- Ainda não vi esse vídeo, e para conversarmos quero partir daqui, após ver junto com você. -- Amanda confessou. -- Podemos?
-- Sim e seja o que Deus quiser. -- A garota proferiu nervosa e ansiosa.
Amanda deu o play e na tela surgiu o cenário de um bar com poucas pessoas, logo viu o zoom ser acionado e focado em um grupo de pessoas sentados em uma mesa, reconheceu imediatamente aquelas pessoas, as mesmas que foram presas pela tentativa de sequestro de sua filha. Olhou a jovem ao seu lado, esta, estava concentrada na imagem.
-- São os mesmo que tentaram me sequestrar não é? -- Reconheceu.
-- Sim, meu amor. -- Amanda assentiu.
-- Eles estão planejando, mãe... -- Natelly ouviu claramente a conversa, assim como, Amanda.
Era evidente o teor da conversa e quem estava envolvido naquele ato, notou Amanda... Lauren, estava completamente certa quando lhe afirmou isso mais cedo. Já no final do vídeo mais uma prova, todos frisavam que aquele assunto não poderia sair daquele grupo, nem lugar, combinando assim, o que cada pessoa faria no dia, hora, e lugar. E tudo batia justamente quando, Amanda, por sorte do destino chegou e pode impedir que a filha fosse levada pela mulher presente naquele plano que, felizmente não deu certo.
-- Mãe, isso... -- Natelly proferiu ao final do vídeo, sorriu levantando e andando um pouco ao lado da cama, olhou Amanda. -- Quer dizer que o Nick é inocente? -- Sorriu.
-- Sim, filha. -- Amanda afirmou a encarando, sorriu notando a felicidade da jovem à sua frente, aquilo lhe deu mais alegria ainda, finalmente a filha lhe sorria com plenitude.
-- Obrigada Deus, obrigada, muito obrigada. -- Natelly disse em euforia enquanto seus olhos encheram de lágrimas. -- Obrigada mãe... -- Sorria e pulou nos braços dela as fazendo cair na cama, estava leve com aquela notícia.
Amanda sorriu a recebendo com alegria, sabendo assim que, valeu a pena ter ido atrás da verdade.
-- Não fiz nada, apenas fui atrás da verdade, filha. Eu precisava. -- Amanda a fez olhá-la, sorriu. -- Eu te amo tanto e jamais te quero em perigo novamente. Entenda Naty, sempre será a sua segurança e felicidade em primeiro lugar. -- Afirmou lhe fazendo um carinho no rosto, tinha a filha sobre o seu corpo.
-- Eu sei mãe e mesmo que eu seja cabeça dura, às vezes, sem querer aceita muitas coisas, eu sei que a senhora sempre estará do meu lado e certa do que faz. -- A jovem falou com sinceridade. -- Desculpa por ter sido chata esses dias, eu não tinha esse direito não com a senhora. -- Natelly pediu com arrependimento. -- Te amo dona Eloá. -- Sorriu e recebeu um largo sorriso da mãe seguido de vários beijos e abraços.
-- Eu também te amo, filha. -- Amanda disse a mantendo no abraço terno.
-- Então agora eu posso namorar sem que você sinta medo? -- Natelly retomou o assunto.
Amanda suspirou ainda no abraço.
-- Senta...
Natelly a obedeceu de pronto. E ambas voltaram a sentar na cama. -- Primeiro vamos esclarecer algumas coisas sobre o caso da inocência dele. Acho justo você saber tudo. -- Amanda iniciou de forma calma e viu Natelly concordar com a cabeça, então continuou. -- Além desse vídeo tem outros fatos que o inocentam, inclusive ele mesmo estava investigando esse caso.
-- Então era por isso que ele vivia me pedindo pra esperar. -- Ela sorriu ligando os fatos. -- Mãe ele estava querendo provar que não tinha nada a ver com isso, ele só precisa de um tempo. -- Constatou animada.
-- Provavelmente, sim, filha. -- Amanda teve que concordar.
-- E eu achando que ele estava me enrolando com algo diferente, sei lá, não sabia mais o que pensar. -- A jovem lembrou das discussões que teve com o namorado. -- Fui tão injusta...
-- Não filha, você não foi injusta, ele quem devia ter te contanto tudo desde o começo, pelo menos boa parte desse assunto, você tinha o direito de saber, afinal era sobre você, sobre o seu passado. -- Amanda argumentou. -- Ele deveria ter ao menos ter sido justo o suficiente para vir até mim, junto com você contado a verdade e juntos buscaríamos uma solução, e ele não fez isso, fato que só prejudicou a confiança de todos nós sobre o caráter dele. -- Completou.
-- É, tem razão, tudo isso nos abalou mesmo. -- Suspirou pensativa. -- Mas ele é inocente, mãe e isso me deixa feliz. -- Ela confessou realmente aliviada.
-- A mim também, meu amor. -- Amanda sorriu. -- Filha eu estou de verdade muito, muito aliviada pelo falo do Nicolas ser inocente em tudo isso. -- Continuou em tranquilidade. -- Mas não posso negar que esse namoro de vocês ainda me abala um pouco. -- Afirmou com franqueza.
-- A diferença de idade. -- Natelly proferiu a olhando em expectativa.
-- Também filha.
-- Mãe isso não deveria ser um problema, desde que, a gente se de bem juntos.
-- Não. -- Amanda proferiu. -- A diferença de idade é somente o fato logo de cara evidente, mas não me refeito apenas nesse aspecto físico entre vocês. -- Relatou. -- Falo de sonhos, de expectativas, de gostos, de realidades diferentes, de mundos divididos por um tempo de vida já vivido e outro que ainda está conhecendo o mundo, consegue me entender, meu amor? -- Questionou-a.
-- Acho que sim... -- Disse sem muita certeza.
-- Ele já é um homem, já terminou a faculdade, já teve mulheres, já viveu sua adolescência, formou sua vida de acordo com suas vontades e necessidades, ou seja, já ultrapassou limites que você se quer nem chegou a viver ainda. -- Amanda complementou com os argumentos que achava plausíveis.
-- Eu te entendo mãe e no fundo sei que é verdade, mas o que eu posso fazer? -- Ela indagou com uma dúvida e angústia que faziam seus olhos encherem de lágrimas.
-- Nada filha, nada além de viver esse amor com toda intensidade que você achar que deve. -- Foi a resposta verdadeira que Amanda encontrou para a filha.
Natelly a encarava com uma dúvida enorme. A instantes a mãe lhe argumentava praticamente que aquele relacionamento tinha tudo para dá errado e agora soltava aquelas palavras.
-- Então o que eu faço de verdade? -- Natelly perguntou enxugando as lágrimas antes delas caírem pelo rosto. Não queria mais chorar.
-- Filha eu posso está certa de tudo que eu disse agora a pouco, mas também posso está errada. O que eu quero dizer é que por mais que eu fale algo contra ou a favor dessa relação de vocês, ou sua com quem quer que seja, apenas você pode viver sua vida. Apenas você tem o direito de saber escolher o que é bom ou não pra você, só você pode ter a experiência de viver sua própria vida e nessa jornada descobrir o que é bom e o que não é. Você vai aprender com os erros e com os acertos, vai amar, vai sofrer, vai cair, vai levantar, e nem eu nem ninguém pode viver sua vida por você filha. -- Dizia mantendo os olhos fixos nos de sua filha. -- Você tem todo direito de escolher o seu caminho, pode não ser o certo em determinado momento, ninguém é perfeito, aprendemos com os erros pra na próxima vez seguir no certo, mas tenha em mente que somente você pode viver a sua vida, aprender suas próprias lições. -- Sorriu deixando sua mão ir até o rosto de Natelly em um carinho. -- Até mesmo eu não posso evitar que você passe por certas coisas naturais de todos nós seres humanos. Entretanto, saiba que, sempre, sempre meu amor, eu estarei aqui para o que você precisar, tenha certeza disso. -- Amanda afirmou e sorriu ao ver os olhos de sua filha brilhando de felicidade e emoção, a abraçou com todo amor, carinho e proteção.
-- Obrigada mãe, te amo. -- Natelly a abraçou forte entre sorriso e lágrimas. -- Você é a melhor sabia? -- Sorriu.
-- Sabia. -- Amanda disse a apertando no ato, então as separou a encarando novamente. -- Seja feliz filha e nunca, nunca se contente com menos do que você merece, seja com o Nicolas ou com quem quer que seja, promete?
-- Prometo! -- Natelly sorriu e a abraçou forte mais uma vez. -- Você é a melhor mãe do mundo. -- A jovem as fez caírem na cama e ambas rolaram nela entre risos de felicidade.
-- É mesmo? -- Amanda sorria.
-- É sim. -- A fitou rindo. -- Mãe... -- Disse sentando e fazendo a mãe a imitar. -- Quando vou poder voltar pra casa?
-- Humm. -- Amanda suspirou, sabia que aquilo era o que a filha mais ansiava.
-- Olha não é só pelo Nick, eu preciso retomar minha vida, voltar pra escola, não posso faltar tanto ou vou reprovar justo no finalzinho!? -- Natelly argumentou com razão.
-- Você está certa, filha. -- Amanda concordou imediatamente. -- Mas antes de ir, eu preciso conversar com seu pai, já que eu não vou poder está presente fisicamente para este reencontro seu com o Nicolas, quero ele sem falta nisso. E tenho certeza que ele também faz questão disso.
-- É, isso é verdade. -- A menina concordou.
-- Segundo, eu também quero ter uma boa conversa com o Nicolas. Depois de tudo acertado, você poderá voltar pra casa. -- Avisou.
-- Tudo bem. -- Sorriu completamente em acordo.
-- Já estou com saudade. -- Amanda relatou fazendo um carinho na perna dela. -- Queria você sempre aqui, comigo.
-- Eu sei mãe... Eu também sinto sua falta, mas, por enquanto, parte da minha vida ainda está lá.
-- Eu sei meu amor. Eu sei. -- Amanda disse, lógico que sabia que a vida da filha estava em outra cidade e respeitava aquilo.
-- Eu não sei como vai ser a minha vida de hoje em diante, mas sei que aonde quer que eu vá ou esteja, eu sempre, sempre mesmo quero ter um tempo nosso, como esse aqui e agora.
-- Terá filha. -- Amanda sorriu e a beijou na testa. -- Sempre. -- Afirmou encarando os olhos próximo aos seus.
-- Eu sei. -- Sorriu. -- Ah nem te contei. -- Natelly lembrou deixando Amanda curiosa. -- A Susan, ligou, à tarde ela vem aqui pra gente ver alguns detalhes do quarto, ela quer começar logo e eu também, claro. -- Falou mais empolgada do que nunca sobre o assunto.
-- Que ótimo, meu bem.
-- Eu já disse tudo que quero pra ela, vamos definir as cores, porque quero duas cores, sabe? -- Narrou em sorriso animada. -- Ela falou que tem algumas coisas em mente, disse que é surpresa, mas garantiu que vou gostar.
-- Tenho certeza que sim.
-- Já sei. -- A jovem disse quase gritando. -- Posso ir só no domingo, amanhã já é sexta, um dia a mais de falta na escola não vai fazer diferença, né? -- Sorriu. -- Assim eu fico mais com a senhora e vejo um pouco de como vai ficar o quarto. -- Avisou.
-- Eu concordo totalmente com isso. -- Amanda queria todo o tempo que pudesse com sua garotinha.
A conversa ganhou novos rumos e quando notaram, foram despertadas pela chegada de Agatha e logo em seguida pela presença de Samantha. O almoço foi servido no mesmo horário, tendo a presença de todas à mesa, e sempre acompanhadas de uma conversa animada, e dessa vez, foi sobre o pedido do irmãozinho de Agatha e Natelly. A garotinha mais jovem não cabia em si de felicidade e todas as outras mulheres ali presentes as entendiam muito bem, afinal, era o desejo de todas. À tarde, como planejado, Samantha e Amanda, retornaram ao hospital para fazer todos os exames que fosse possível, estavam na ansiosidade para aquela nova emoção em suas vidas. Acabaram adiantando quase todos os exames pedidos por Elisa, agendando para o dia seguinte os restantes, fato que as deixaram felizes.
* * * *
-- Como está indo nos estudos? -- A psicóloga indagou. -- Curiosamente não tocou nesse assunto. -- Lembrou.
-- Ah, estou indo bem. Como posso e o trabalho permite. -- Marcela falou com ar cansado, contudo, contente. -- Marina disse que quer ver notas. -- Riu lembrando do fato. -- Só ela mesmo. -- Balançou a cabeça em negação, sorriu alegre.
-- Vejo que ela te faz sorrir bastante. -- Declarou.
-- É... Ela quer vir me ver... -- Marcela confessou com certo receio.
-- Ótimo. -- A outra mulher advertiu. -- Sinal de que ela quer elevar a relação de vocês a um outro nível. -- Sorriu a olhando contente. -- Não acha? -- Questionou-a.
-- Sim, mas... -- Marcela se encostou no sofá e suspirou. -- E se ela não gostar de mim? -- Observou encarando a médica em questionamentos e dúvida.
-- Marcela, ela já gosta de você, ela gosta do que você é. -- Falou calma. -- Além do mais, ela já te viu uma vez, correto? -- Sorriu.
-- Já, mas foram o quê? Por no máximo quinze segundos!? -- Lembrou.
-- Tempo suficiente para ela se sentir atraída. -- Sorriu de lado. -- Marcela você é uma mulher linda, não digo só fisicamente e sim todo o conjunto. -- Gesticulou desenhando no ar ao redor de Marcela que, riu. -- Ela vai amar, se é que já não ama. -- Sorriu sincera, sua postura era bem agradável ao ver de Marcela.
-- Agora você viajou nos pensamentos. -- Marcela falou descrente.
-- Humm. -- Proferiu a olhando bem analítica.
-- Para! Esse olhar é esquisito. -- Marcela observou sincera.
-- Cadê a sua autoconfiança? -- Questionou retirando os óculos sem desviar o olhar de Marcela.
-- Acho que tá aqui. -- Marcela falou rindo.
-- Se você fala sobre o trabalho e faculdade, sim, ela está com você. -- Avisou a observando. -- Agora quanto a autoconfiança em relação aos sentimentos, personalidade e imagem própria, não, ela não está. -- Advertiu de forma séria.
-- Não sei o que acontece comigo. -- Marcela disse abaixando a cabeça e fitando as mãos que brincavam entre si. -- Fico com receio das pessoas me verem como antes, caso eu faça algo, me vista ou até fale como antes... -- Encarou a psicóloga. -- Fico com medo da antiga Marcela voltar de novo. -- Confessou.
-- Minha querida, você não pode apagar o seu passado, mas pode tirar aprendizado dele, e é o que vem fazendo. -- Sorriu lembrando-a. -- Claro que o modo que se veste, diz um pouco sobre você, é uma porta visual que pode agradar ou não as outras pessoas, mas não determina tudo que você é. -- Explicou. -- O modo que trata as pessoas o modo de agir em diversas situações, o modo de falar, seu sorriso, dentre outras características são uma segunda porta de entrada e nessa só entra quem se permite te conhecer melhor e principalmente quem você deixa entrar em sua vida. Se você sabe o que quer e o que não quer, acredite você sabe o seu limite. -- Completou.
-- É, pode ser. -- Marcela falou desanimada.
-- Do que sente falta?
-- Da autoconfiança. -- Suspirou rendida. -- Tenho receio de exceder o limite que você falou e acabar afastando as pessoas de mim novamente. -- Olhava a mulher a sua frente. -- Receio dessa autoconfiança se tornar egoísmo, prepotência... Irresponsabilidade e me estragar de novo.
-- Estragar!? -- A psicóloga proferiu incrédula. -- Querida confie em si mesmo, tenho certeza que saberá dosar tudo que precisa, lógico que vez ou outra nós nos excedemos, ninguém é perfeito, todos nós temos nossos momentos ruins, reconheça que errou e tire aprendizado, se caso for peça desculpas, é assim os passos básicos para se viver bem... Só olhar pra si mesmo, veja o quanto progrediu em pouquíssimo tempo. Não me diga que não é capaz, porque eu sei que é, eu noto e você também vê, só deixar esse medo de lado e se permitir um pouco mais, ouse ir além... -- Narrou com inteira sinceridade.
-- Você quer dizer então que, devo aceitar a vinda de Marina? -- Marcela questionou confusa e em receios.
-- Eu me referia de modo geral, mas se você acha que isso é se permitir mais e te fará bem, o que tem de errado!? -- Disse e sorriu demonstrando leve alegria. -- Me diga, você quer que ela venha?
-- Sim, quero muito. -- Sorriu genuinamente feliz. -- Mas...
-- Mas, nada, Marcela! -- A outra mulher advertiu em um tom mais incisivo, deixando Marcela surpresa. -- Cadê seu celular? -- Questionou agora suavemente.
-- Na bolsa, por quê? -- Marcela estranhou.
-- Pegue-o. -- Pediu. -- Parece que vou ter que dá mais uma ajuda pra você sair do seu quadrado confortável. -- Ela sorriu.
-- Hã!? -- Marcela disse sem entender enquanto procurava pelo aparelho o pegando. -- Olha não conhecia esse seu lado mandão.
-- Querida você não me conhecia. -- Advertiu segurando o riso. -- Agora ligue para Marina e convide-a para vir. -- Avisou ao vê-la já com o celular em mãos.
-- Mas nem louca! -- Marcela advertiu jogando o celular a seu lado no sofá. -- Toda vez que você me faz fazer essas coisas eu sofro. -- Lembrou do dia em que procurou Samantha para uma conversa, das poucas palavras que trocou com Agatha, assumir a empresa, dentre outras coisas que, tivera que fazer por sugestão da médica.
-- O sofrimento nesses casos foi para o seu bem, fez parte do processo da sua recuperação, além do mais, eu apenas ajudei você em algo que quer quisesse ou não, você seria obrigada a fazer mais cedo ou mais tarde. -- Disse a fazendo lembrar dos fatos. -- O que vai fazer agora é em sua recuperação, você precisa sair dessa zona de conforto que estabeleceu para seus sentimentos, recupere sua confiança, sua alegria, felicidade, te afirmo que não será sofrimento dessa vez, não pelo que vai fazer agora. -- Finalizou firme na decisão.
Marcela encarou o chão em silêncio, não sabia o que fazer, o que falar, seus sentimentos e pensamentos eram muitos e quase todos confusos diante daquela dúvida e receio em enfrentar uma coisa nova. Embora quisesse muito ligar para Marina, seu medo a fazia paralisar em dúvida.
-- Marcela? -- A mulher obteve a atenção dela. -- O seu sofrimento valeu a pena quando pode beijar Agatha sem repulsa? -- A médica sabia da felicidade que a outra sentira ao lhe narrar este fato em uma de suas sessões.
Instantaneamente Marcela abriu um sorriso ao lembrar do episódio.
-- Sim. -- Sorria. -- Só agora noto o quão doce ela é. -- Desfez o sorriso com leve tristeza.
-- Agora ligue. -- Insistiu. -- Hum!? -- Sorriu indicando o celular.
Marcela olhou o aparelho e o pegou ainda em dúvida, procurou o número de Marina com o mesmo sentimento e após o achar, não teve coragem de ligar, fitou a médica em questionamentos, esta, sorriu em apoio. Em um instante de coragem e vontade Marcela pôs para chamar...
-- Ai meu Deus, tá chamando! -- Marcela falou, no fundo esperava que a ligação não se completasse.
-- Essa é a ideia inicial, querida. -- Ela riu.
-- Ahh, sua besta. -- Marcela falou fitando a médica que, apenas ria em reação.
-- Oh! Você raramente me liga e quando finalmente faz isso é pra me chamar de besta? Devo ficar lisonjeada ou triste? -- Marcela ouviu a voz de Marina soar clara pelo aparelho.
-- Marina!? -- Ela finalmente se dera conta que a mulher tinha atendido. Fez um gesto com a mão para a mulher à sua frente que ria divertida.
-- Estava esperando quem?
-- Não! -- Marcela falou nervosa.
-- Não o quê? -- A voz de Marina agora era confusa e risonha.
-- Ai, mais que droga. -- Marcela falou levantando do sofá e andando de um lado para o outro nervosa.
-- Isso está ficando interessante. -- Marina falou, notava o nervosismo da loira, mas prendia o riso sem saber o motivo dela.
-- Espera. -- Marcela pediu, em seguida respirou fundo na tentativa de se acalmar e organizar os pensamentos.
-- Espero. -- Marina falou em acordo deixando seu sorriso ser passado na voz e Marcela percebeu aquilo.
-- Eu não te chamei de besta e o droga era... Ah não era pra você. -- Sorriu. -- Tudo bem? – Indagou sorrindo.
-- Melhor agora. -- Marina avisou. -- E você? Ei, não era para estar na psicóloga? -- Marina questionou.
-- Ótima. -- Marcela observou. – Estou aqui. -- Riu.
-- Que bom meu anjo. -- Falou sincera. -- Mas me conta, a que devo a honra dessa ligação? Muita saudade? -- Marina sorriu.
Marcela ouviu e olhou a médica que, a observava atenta com um sorriso leve nos lábios, ao ver a dúvida na expressão de Marcela a incentivou.
-- Eu quero que você venha! -- Marcela confessou sem rodeios, porque se demorasse, desistiria da ideia.
-- Se...Sério!?? -- Marina foi quem ficou surpresa e nervosa com o que ouvira.
-- Se-sério! -- Marcela falou rindo a repetindo.
-- Ah dá um desconto, estou nervosa ora. -- Marina confessou sorrindo. -- Me pegou desprevenida. -- Falou sincera, mas com felicidade. -- Quer mesmo? -- Questionou ainda sem crê.
-- É sim. Quero muito. -- Persistiu agora em confiança. -- Não quer mais? -- Marcela indagou ficando nervosa novamente.
-- O quê? -- Marina quase gritou. -- Lógico que quero! -- Sorriu ao telefone. -- Quero muito, só não vou agora mesmo porque amanhã de manhã ainda trabalho. Mas depois posso adiar tudo, menos te ver. -- Advertiu com voz serena na última frase.
-- Não vai te atrapalhar no trabalho?
-- Não linda, não mesmo!
-- Então pode vir mesmo? -- Marcela sorriu feliz.
-- Posso sim.
-- Ah que bom. -- Marcela falou comemorando em um gesto com a mão. -- Olha era isso por enquanto, preciso desligar. -- Marcela avisou calma.
-- Me fez a mulher mais feliz do mundo agora. -- Marina falou para um sorriso feliz de Marcela. -- Tá, desligue, senão eu vou ficar aqui falando sobre como estou feliz. -- Marina avisou.
-- Também estou feliz. -- Marcela confessou. -- Em casa te ligo, beijo.
-- Liga? -- Marina indagou alegre.
-- Marina. -- Marcela falou rindo.
-- Ok, eu entendi. Tchau meu amor. -- Marina falou e logo desligou deixando um sorriso nos lábios de Marcela.
-- Às vezes o medo nos faz perder o que poderia ser um dos melhores momentos de nossa vida. -- A psicóloga proferiu tirando sua paciente do transe.
-- Obrigada! -- Marcela falou a olhando grata. -- Por tudo mesmo.
-- É um prazer querida. -- A outra mulher sorriu a olhando com carinho. -- Feliz?
-- Muito. -- Marcela afirmou em um sorriso.
-- Perfeito, encerramos por hoje. -- A psicóloga disse feliz por mais aquele progresso da jovem.
-- Obrigada. -- Marcela sorriu animada. -- Posso ir mesmo?
-- Claro, querida.
-- Valeu. -- Disse pegando sua bolsa e saiu apressada, estava feliz e precisava compartilhar aquilo com alguém, sorriu ao avistar quem queria, avançou de imediato o espaço entre elas e após fazê-la levantar-se apressada, Marcela abraçou com todo carinho que sentia, que aprendeu a sentir por aquela senhora. Apertou-a enterrando seu rosto no pescoço dela, os olhos fechados deixando se levar pelo calor do carinho que existia entre elas, era uma sensação tão gostosa que Marcela cogitou a pensar que jamais queria sair dali, a pensar que precisaria daquilo todos os dias, era muito bom, era seguro...
-- Me desculpa, me desculpa por tudo mesmo. -- Marcela pediu ainda em meio ao contato delas.
-- Minha querida, já ultrapassamos essa fase. -- A senhora falou em advertência amorosa enquanto acariciava os fios loiros. -- Chega de pedir desculpas, não precisa, não pra mim, não mais por isso. -- Sorriu a fazendo olhá-la.
Marcela pode encarar o rosto e o olhar sincero de Regina. O quão irônico o destino poderia ser? Pensava, e embora nunca entendesse, seria eternamente grata.
-- O que pensa essa cabecinha? -- Regina indagou notando o olhar perdido da jovem que, aprendeu a compreender, respeitar e a ter um carinho enorme.
-- Eu deveria ter me permitido a conhecer você, sua família... -- Suspirou com enorme pesar. -- Eu fui tão egoísta que acabei perdendo uma felicidade gigantesca. Samantha tem uma sorte por ter você, por ter tudo que tem, e não digo do dinheiro eu digo da família, do amor do carinho dos amigos... que por burrice minha eu deixei escapar, de fazer parte de um lar, e dessa felicidade. -- Marcela terminou com os olhos marejados de arrependimento.
-- Seu arrependimento vai passar apenas quando você se perdoar e seguir em frente refazendo a sua vida, minha querida. -- Regina falou deixando seus dedos limparem às lágrimas de Marcela. -- Já conversamos sobre isso, nem eu nem Samantha, nem Agatha e nem ninguém, não temos nada contra você, tudo foi perdoado, você fez esse processo acontecer, quando teve a coragem de pedir perdão. -- Afirmou fazendo agora um carinho no rosto dela. -- Agora está na hora de dá o perdão a si mesmo, faça isso e será inteiramente feliz e aliviada. Esqueça, supere o que poderia ter tido o que perdeu e agarre o que você pode ter daqui para frente, tudo depende de você. -- Completou.
-- É tão difícil. -- Marcela confessou deixando às lágrimas caírem em silêncio. -- Eu mal dava atenção à você e sua família e quando fazia isso era pra agradar Samantha de alguma forma. -- Lembrou em arrependimento. -- E agora eu estou aqui... sendo tratada com o maior carinho e respeito do mundo pela única pessoa que teve a coragem e delicadeza de me oferecer ajuda. -- Marcela a olhava com infinita gratidão e emoção. -- Obrigada, obrigada, nunca vou cansar de dizer isso. -- Marcela afirmou.
Regina sorriu também extremamente feliz. -- Venha aqui. -- Falou a trazendo para mais um abraço terno e acolhedor. -- Me agradeça sendo feliz. -- Frisou e sorriu ao sentir ser mais apertada ainda pela jovem.
* * * *
-- Uau! -- Caroline proferiu ao ver Marina descer do táxi e andar até ela, tendo o corpo lindamente esculpido com um vestido vermelho curto. -- Cancela o jantar e bora pro motel. -- Sugeriu e a outra gargalhou. -- Sério que tá gostosa assim pra mim? -- Questionou em um sorriso realmente admirada.
-- Logicamente! -- Marina sorriu em uma leve reverência à frente de Caroline, esta, riu.
-- Sendo assim, deixe-me fazer as honras... -- A loira estendeu a mão para a amiga e ela riu a aceitando, e de mãos dadas elas entraram no restaurante rindo. -- Confesso que estou curiosa pra saber o motivo de toda essa felicidade e comemoração. -- Declarou.
-- Logo saberá. -- Marina afirmou. -- Me dá um minutinho. – Ela emendou ao escutar o seu celular tocar. -- Vai indo pra mesa, reservei. -- Avisou e se afastou atendendo o celular de forma carinhosa.
Caroline sorriu imaginando quem era.
-- Boa noite, seja bem vinda. -- A recepcionista sorriu vendo a loira. -- Tem reserva?
-- Sim, Marina Albuquerque. -- Caroline avisou e em instantes a mulher checou o nome informado.
-- Perfeitamente. -- Ela sorriu. -- Me acompanhe.
Caroline a seguiu e em instantes cruzaram o ambiente completamente cheio, mas calmo e aconchegante.
-- Volto em instantes. -- A moça avisou Caroline que, sorriu em acordo e a observou sair andando por entre as mesas, nada de Marina, notou, resolvendo sentar.
-- Desculpa, mas essa mesa é minha. -- Caroline ouviu a voz atrás de si antes mesmo de se acomodar direito à mesa.
-- Não, não. -- Caroline disse voltando a se levantar. -- Deve ser engano, eu reservei. -- Afirmou virando-se. -- Você? -- Notou.
-- Oh não! -- A outra mulher proferiu, assim que viu o rosto de Caroline.
A loira encarava a mulher à sua frente ainda de forma incrédula, e, sem que pudesse controlar seus instintos ela foi descendo o olhar numa inspeção avaliativa do corpo da outra, ela usava uma jaqueta de couro preta e por baixo uma camisa marrom com a imagem dos The Beatles, embaixo o jeans preto era justo e rasgado nos joelhos, nos pés tinha uma bota de cano curto e salto fino e todo aquele conjunto dava ao seu corpo um estilo sensual e despojado, subiu o olhar ao se dar conta da situação e internamente sorriu ao notar que a outra também a observava.
-- Certo, é... -- Caroline tomou a iniciativa ao sentir os olhos da outra encarar os seus, trocou o peso do corpo para o outro pé enquanto pensava. -- Você deve ter se enganado, essa mesa é minha a moça viu a reserva e me trouxe para cá. -- Explicou de forma calma, enquanto gesticulava demonstrando o seu trajeto até ali.
A outra mulher sorriu baixando levemente a cabeça também transferindo o peso do corpo para o outro pé, levou a mão até a cabeça e após coçar ali, falou encarando Caroline. -- Acontece que, o outro rapaz também checou a minha reserva e me trouxe até aqui. -- Explicou apontando a mesa ao lado delas. -- Portanto, a mesa é minha. -- Sorriu.
Apesar dela ficar mais linda sorrindo, Caroline não pode deixar de notar que, aquele sorriso era de deboche, fato que irritou a policial.
-- Eu cheguei primeiro. -- Disse lembrando do fato. -- Então a mesa é minha. -- Caroline afirmou sorrindo.
-- Ah, não chegou não. -- A outra mulher rebateu determinada. -- Há cinco minutos eu estava sentada nesta mesa... -- Apontou com o dedo indicador o objeto citado.
-- Ah é? Então por que não te vi nela quando cheguei? -- Caroline cruzou os braços em inquisição.
Elas ainda não tinham notado, mas já eram alvo dos demais presentes no restaurante.
-- Porque fui ao... -- Ela iniciou a resposta. -- Ah não é da tua conta. -- Não devia satisfação aquela que lhe irritava de forma estranha, pensou.
-- Tem toda razão. -- A policial sorriu levantando a mão em ação de acordo. -- Mas já que, foi passear, perdeu o lugar. -- Disse já virando de costa e se inclinando para sentar-se à mesa novamente.
-- Peraí! -- Caroline sentiu seu braço direito ser preso e puxado pela mão da outra que a fez olhá-la. -- Essa mesa é minha! -- Afirmou agora com irritação.
-- Sua o caramba! -- Caroline puxou o braço da mesma forma.
-- Senhoritas, por favor. -- Apareceu a recepcionista tentando acalmar os ânimos das mulheres. -- O que houve?
-- Ela está na minha mesa. -- Ambas as mulheres disseram apontando o dedo uma para a outra. -- A mesa é minha. -- Novamente falaram juntas agora encarando a jovem recepcionista.
-- Então. -- Caroline proferiu. -- Você mesmo me trouxe pra cá diga isso a ela. -- Apontou a mulher a seu lado em seguida pôs as mãos na cintura.
-- Foi...
-- Acontece que um outro funcionário também me trouxe pra cá. -- A outra rebateu de pronto sem deixar a recepcionista falar.
-- Senhoras...
-- Mentira. Você nem estava aqui. -- Caroline avisou a encarando furiosa.
-- Eu fui ao banheiro um instantinho e quando volto essa daí estava no meu lugar. -- Declarou. -- Ali o cara. -- Disse acenando para o homem que já se dirigia até elas, assim como, Marina.
-- O que foi? -- Marina questionou a sua amiga.
O ambiente que antes estava calmo agora se transformara em um show à parte e elas a atração.
-- Essa daí quer roubar nossa mesa. -- Carol acenou com a cabeça mostrando para Marina a mulher a seu lado.
-- Ei? -- Gritou. -- Roubar o caramba, eu reservei, áa bom? Tu que está querendo fazer isso. -- Apontou o indicador a desafiando com o olhar.
-- Senhoritas, estão assustando os demais. -- O homem avisou.
-- Cá, a gente fica com outra. -- Marina tentou ajudar.
-- Não. Eu quero essa, está reservada pra gente. -- A loira avisou cruzando braços e deixando seu corpo encostar na mesa em protesto.
-- Pois eu também estou no meu direito. -- A mulher de estilo roqueiro fez exatamente o mesmo se posicionando ao lado da loira, apenas uns 30 centímetros as separavam.
-- Tudo bem, primeiro peço que se acalmem e me digam o que está acontecendo. -- A funcionária disse tentando resolver o problema.
-- Eu estava nessa mesa... -- A mulher ainda sem nome disse tendo um pouco mais de calma.
-- Não estava não. -- Caroline provocou deixando o olhar fitar o teto.
-- Quer parar!? -- Marina a repreendeu, sua amiga sabia ser irritante quanto queria.
-- Como eu estava dizendo. -- A outra continuou dando ênfase na palavra dizendo. -- Você me trouxe para essa mesa, não foi? -- Questionou ao homem.
-- Correto. -- O mesmo afirmou. -- Ela fez reserva. -- Avisou a colega de trabalho e depois olhou Marina e Caroline em aviso. -- Esta mesa é da senhorita.
Caroline olhou a mulher ao seu lado e, esta, lhe sorriu vitoriosa.
-- Quem é Marina Albuquerque? -- A recepcionista indagou olhando sua prancheta em mãos.
-- Eu. -- Marina se manifestou. -- Também fiz uma reserva. -- Sorriu em aviso.
-- É estou vendo aqui. -- A funcionária confessou sabendo que tinham um enorme problema ali. -- Mesa 9 reservada, ou seja, a mesma para ambas. -- Avisou.
Foi a vez de Caroline olhar a outra e sorrir provocante, afinal ela também estava certa.
-- Tudo bem, nos arranje outra. -- Marina pediu.
-- Não será possível, é que... Só temos essa mesa disponível. -- Avisaram sentidos.
-- Desculpem, foi um erro grave de nossa parte. -- A funcionária mulher avisou pensando em uma solução rápida e satisfatória para todos. -- Nos permitam oferecer a seguinte solução. -- Começou ganhando a atenção das três mulheres. -- O jantar é todo por conta da casa se aceitarem dividir está mesa, o que acham? -- Questionou.
-- Por mim, tudo bem. -- Marina sorriu achando uma ideia plausível.
-- Me dá um minutinho? -- Caroline pediu. -- Vem aqui. -- Puxou a amiga para um canto.
-- Tá doida? -- Marina indagou devido a indelicadeza dela.
-- Eu que pergunto. -- Caroline avisou. O tom dela era um exaltado contido. -- É ela Mari. -- Confessou irritada. -- Não vamos sentar na mesma mesa que ela, vamos embora. -- Falou a puxando novamente.
-- É ela quem criatura? -- A promotora de recusou a sair.
-- A gostosa da loja de conveniência. -- Caroline disse sem medir as palavras e se arrependeu ao ver Marina abrir um sorriso surpreso e sinuoso, enquanto olhava a mulher em questão, logo ali próximo a elas.
-- Uuhhh... -- Marina proferiu deveras animada.
-- Não! -- Caroline negou veemente, notando a intensão de Marina.
-- Qual é, Cá? -- Marina a olhou em inquisição. -- Essa é sua segunda oportunidade de conhecer alguém legal. -- Observou e olhou para a mulher ali perto, sorriu ao notar que ela as observava, mas desviou o olhar rapidamente.
-- Legal? Essa daí? -- Caroline questionou irritada com a insistência de Marina. -- Tá doida? -- Completou voltando a indignação contida na voz.
-- Tá dizendo isso da boca pra fora, você mesmo disse que ela era gostosa. -- Lembrou e sorriu.
-- Não...
-- Ah, disse sim. -- Marina afirmou
-- Sim... Mas isso foi antes de saber que ela era ignorante, prepotente, irritante e...
-- Linda, gostosa, sexy...
-- Isso é você que tá dizendo. -- Caroline avisou.
-- Só estou dizendo o que você esconde de si mesmo.
Caroline fez caras e bocas em irritação, não admitiria para a amiga que a outra lhe atraia, sim, de uma forma estranha que não entendia e isso só a irritava ainda mais.
-- Desculpa. -- A funcionária as interrompeu. -- Decidiram?
-- A gente vai ficar. -- Marina sorriu pegando na mão de Caroline e a segurando firme.
-- Não, a gente vai embora. -- Caroline forçou um sorriso e puxou sua mão desprendendo da mão da amiga.
A funcionária as olhava agora em confusão.
-- Vamos ficar. -- Marina disse novamente.
-- Nós, vamos embora. -- Caroline afirmou decidida, agora ela foi quem agarrou a mão de Marina e a puxou nada delicado.
-- Então a mesa é minha? -- Caroline ouviu atrás de si, assim que, virou a costa, para sair. Sabia de quem se tratava, nunca mais esqueceria aquela voz altiva e debochada e ao mesmo tempo suave, estava em uma confusão interna de sentimentos que a atrapalhava raciocinar com razão e isto, a afetou novamente quando estancou repentinamente e virou-se buscando o olhar daquela que a tirava completamente do eixo. -- A mesa é nossa! -- Advertiu em uma seriedade quase furiosa, internamente só pensava ao certo o fato de que, não sairia perdendo naquele embate, para deixar a outra sair com aquele ar prepotente? Não mesmo, pensou. -- Nós vamos ficar! -- Disse em definitivo, em seguida passou encarando a mulher e seguindo para a mesa levanto consigo uma Marina eufórica de contentamento.
Fim do capítulo
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Andreia
Em: 17/11/2020
Nádia que ajudou a passar mão na cabeça do irmão agora vai ter que ser dura p consertar ele e colocar no caminho certo.
Agora ele aprende da valor nas coisas
Mais Nádia vai ter problema com Carlos que só olha p ele.
Mais eu acho q Lipe vai gostar da vida campo
Eu acho que final de do Carlos vai ser sozinho, eu acho q não vai casamento não vai aceitar o neto e o mais triste tá perdendo todo mundo e não aceita mudar.
Até quando Lúcia vai aguentar ficar ao lado dele com preconceito dele.
Sabe hj em dia e antigamente são poucas mães que olha verdadeiramente p dentro de seus filhos e vê eles como Amanda monstro um ser humano que ter sua própria opinião e que escolhe o caminho a seguir e os mães esquece que o amor tem q ser incondicional p com filho que ver felicidades dele e acima de tudo muito diálogo entre si. Um exemplo e modelo que muitas mães neste mundo a fora tinha que aprender ser com Amanda e Samantha.
Foi muito lindo o momento da Amanda com Naty o carinho o amor de mãe e filha.
Que ótimo agora vai Marcela e Marina vai ser feliz , só que Marina vai ter que ter muita paciência com Marcela porque ela está muito quebrada ainda.
Eu sabia que está Sra poderia ser mãe da Samantha. Agora como foi não faço nem ideia.
Vão achou uma a altura e como Marina não é gente vai aprontar neste jantar.
Eu acho que está mulher é á investigadora que ajudou a Eloá.bjssss.....
MartaGamaAurelia
Em: 11/07/2018
Eny, oi, pelo Amor de Deus, vejo que desde Abril você não posta mais nada! Eu como leitora fico preocupada principalmente com você, mas me diz haverá um fim para esta linda e maravilhosa estória?????
Bjs
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KATIA LIMA
Em: 11/05/2018
Enny Angelis, quero informar que simplesmente amei esta história e entro todos os dias para saber se já tem o próximo capitulo, estou aguardando ansiosamente pelo próximo, tenho consciência que deve esta cheia de coisas para fazer, mas não mata agente de ansiedade não.
Parabém pela linda historia
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silviane
Em: 02/05/2018
Gente, a autora está escrevendo com a maior da boa vontade, ao invés de ajudarem a incentivar, vocês estão fazendo é ela perde a vontade de escrever. Ela escreve, porque gosta e não ganha nada por isso. Quem não está gostando da estória é só não ler! Vocês não são obrigadas a nada.pronto falei
Sua estória ta maravilhosa continue assim obrigado ????????
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libriana
Em: 02/05/2018
Boa tarde a todas!
Estou lendo algumas sugestões para a personagem da Carol... vou ser super sincera... nao creio q cabe a nós pedir, com mais enfase, isto. A sugestao foi dada, vamos respeitar a autoria. Novela é diferente pq tem o lado comercial. A liberdade de criação é da autora. É uma historia bem escrita ( coisa rara no site. Tem mts autoras maravilhosas e com excelete português. A Enny é uma destas. Por etica nao citatei nome de outras mas com certeza todas nós sabemos).
Concordo q a historia se perdeu um pouco, ficou sem sentido em alguns momentos . Fala-se mt do cotidiano e tem mts personagens interessantes( Alex e Laila, a arquiteta com a esposa, Marcela e Marina, Corol e a destemperada, a familia da Eloa/Amanda....) pra contar sobre eles. Confesso q a historia estava mais q perfeita ate a chegada de Amanda e Sam de Santa Catarina. A partir daí ficou estranha. Perdeu um pouco o brilho. Continuarei lendo ate fim pq gosto do conto e da autora. Tem tantas personagens interessantes q dava pra fazer outra historia a parte.
Sou mt grata por compartilhar seu conto conosco Enny. Muito obrigada!
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Duda-Gusmao
Em: 01/05/2018
Amanda AA, te entendo perfeitamente! Eu também gosto da Carol, super mulherão, inteligente, sensata e segura de si. Acho que os leitores deviam ser ouvidos, caso eles tenham boas sugestões ao rumo de algum personagem... Muitas vezes os escritores de novelas mudam todo o plano de um personagem, em prol do público. Ninguem vive de agradar ninguém, mas nesse caso, muitos escritores se preocupam em agradar seu público de uma novela das 9, por exemplo. Mas aqui não é novela, não é livro nem nada do tipo. É apenas um conto que perdera o caminho da boa qualidade que tinha. Aliás, alguns contos aqui não têm nenhuma qualidade, vejo muita bobagem, isso sim! Uma autora nota 1000 era a Thaa, criadora da história "Perola Negra" e outras mais de Excelente Qualidade. Infelizmente ela deixou de escrever por motivos pessoais. Mas enfim, não tenho nenhuma intenção de desmerecer ou menosprezar nenhuma autora, é somente minha concepção como leitora do site. E vamos nessa, torcer para que a Carol se der bem na vida, ela merece!!! Kkk
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Amanda AA
Em: 30/04/2018
Duda-Gusmao concordo cm vc da primeira até a ultima linha. Tem razão, a autora escreve a historia como bem quiser mas é que dá um desespero de querer ser ouvida sabe, gosto bastante da pwrsonagem Caroline e queria o melhor para ela porém ninguém sabe melhor para ela do que quem a criou kkkkk vamos ver no que vai dar.
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Mille
Em: 30/04/2018
Olá enny
Emocionante a conversa da Amanda com a Nately.
Nádia dando um dura no irmão para ver se cresce.
Carlos sendo o mesmo de sempre, encucar com a filha só porque ter um filho/a com a esposa. Só espero que ele não trate o neto como uma aberração que logo ele verá todos dando as costas para ele.
Mais que coisa Caroline e a misteriosa no mesmo restaurante e mesa sei não a Marina terá um trabalho para impedir elas se atacarem.
Dona Regina é demais ajudando a Marina a seguir e melhorar.
Bjus e até o próximo capítulo
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Duda-Gusmao
Em: 30/04/2018
Amanda AA, concordo com você! Acho que a autora perdeu o foco ou a essência da história. Ultimamente os capítulos vêm com muita bobagem do dia dia dos personagens... E a Eloá não tem porquê continuar sendo chamada de "Amanda", meio nada a ver. E essa mulher desequilibrada na vida da Carol, putz, nada a ver mesmo! Mas enfim, ela escreve como bem quiser.!
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Amandha12
Em: 30/04/2018
Olá Enny! Então, a histótua está muito boa, mas não queria a Nately com o Nicolas, não gostei dele, msm sendo inocente. Sobre essa mulher misteriosa q pode ser o par da Carol, tenho quase certeza de se tratar da Victória, Amiga da Alex... Enfim, eu gostaria da Carol e Nádia juntas... queria uma mina pra Sheila tbm, mas se não me engano, ela é casada.. . Kkkkk
Enfim... bjos e volte logo
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Lary
Em: 30/04/2018
Então, acho que não é questão de loucura, ou grosserias e sim personalidade (adooooro). Super apoio, acho que a Carol e essa mulher misteriosa juntas vai ser no mínimo interessante, estou gostando bastante do desenrolar da história. Parabéns!!! Abraço... E por favor não demora ;)
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crisley
Em: 30/04/2018
Olá enny, que bom que voltou, super feliz aqui, acho super gostoso vc dar continuidade aos outros personagens, torcendo aqui pra Marcela e Marina se encontrarem logo, com relação a Carol que eu adoro, espero sinceramente que tenha MT confusão ainda com essa personagem misteriosa, não entendi os comentários acima, as meninas querendo juntar com a Nádia, nada a ver. Sendo que a Carol e ex da Eloá, nunca vi química entre as duas, ou talvez tenha entendido errado. Bom sei que vc vai encaminhar todas por um bom. Caminho, só queria te pedir pra não demorar tanto nas postagens, tendo em vista que as histórias aqui caíram um pouco, e as melhores demoram d+++++ pra atualizar. Então minha flor não judia de noiz não tá? Bjs linda
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Amanda AA
Em: 29/04/2018
Acho que vou desistir dessa historia. Querer enfiar guela a baixo esse atração fatal entre Caroline e essa louca grosseira é de encher o saco.
Não entendo o motivo de não poder ser a Nadia. Tem que trazer um personagem novo, ridiculo e grosseiro. Acho que não deve gostar da Caroline, só pode.
Nunca vi dar certo pessoas de temperamento forte juntas. Geralmente uma é mais tranquila que a outra. Nesse caso vai viver brigando. Não entendo o motivo de não poder juntar Caroline e Nádia... até a Eloá e Nately iriam curtir isso.
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