-ah Diana- olho novamente para Suzana- o namorado da Jessica está junto a ele te esperando.

-é  parece tenho muito a conversar e colocar tudo em prato limpo- Respiro e entro.

Akira estava sentado em uma das cadeiras a frente de minha mesa, e vira – se quando escuta a porta abrir , seu semblante não era nada amigável.  O tal Marcos,  estava de pé a seu lado, quando me ver sorri com deboche.

-Bom dia Akira!

-não vejo nada de bom Diana,  quero saber porque fez isso comigo , sempre respeitei sua posição em relação às pessoas que se envolve,  mas você não tinha o direito de seduzir minha filha...

-Akira não seduzi ninguém,  eu amo a Jessica!

- eu não admito isso!- grita me assustando,  ele estava furioso- minha filha não é isso...- não consegue completar sua frase.

-isso o que Akira? Nos amamos Duas mulheres que se amam.

-confiei em você,  você tem mesmo o sangue daquela marginal, sua irmã - uma raiva forte fez meu corpo estremecer, não permitiria que falasse assim de minha irmã, sem ao menos conhece – lá.

- minha irmã e muito mais digna do que essas pessoas que vivem feito um cachorro, que balança o rabo  pra tudo que fala- olho pra Marcos.

- não fale assim comigo, você não me conhece, não foi eu que menti pra Jessica.

- conheço muito bem pessoas da sua laia. Akira respeito sua opinião em relação a mim, mas não permitirei que ofenda minha irmã- falei seria olhando em seus olhos.

- quero que se afaste de minha filha, se for preciso a mando de volta para o Japão, ou a obrigo se casar com Marcos.

Aquilo foi à gota d’ água, jamais permitiria que Jessica se afastasse de mim.

-isso quem decide e a Jessica,  em que século você pensa que está,  pra querer obriga - lá a casar com esse puxa saco! Se ela não quiser mais me ver, posso até respeitar sua decisão,  mas antes ela vai ter que me escutar.

-não permitirei que se aproxime dela.

Minha raiva maior, era ver a feição de sarcasmo de Marcos, que parecia ter conseguido seu objetivo.

-isso quem decide e ela!

Akira  estava vermelho de raiva , não ia deixar minha felicidade passar sem que eu tenha pelo menos tentado lutar.

Sem falar mais nada, levanta-se e sai de minha sala. ia ser difícil falar com Jessica, tendo em vista que seu pai dificultaria minha aproximação.

Eu estava cansada e com sono  pela noite mal dormida. Desde cedo tentava ligar no celular dela e essa não atendia.

Estava pensando em um modo de chegar até ela, estava de olhos fechados, pois minha cabeça latej*v*, que não percebo Suzana  a minha frente, ela me olhava analisando meu estado.

-aconteceu alguma coisa Diana. Quer conversar?

Ela parecia preocupada de verdade,  a algum tempo não tínhamos nada , e de alguma maneira isso nos afastou. Mas naquele momento ela parecia realmente querer saber o que se passava comigo.

-me desculpe, mas tem alguma coisa a ver com a Jessica,  senhor Akira  saiu de sua sala praguejando céus e terra , falando que jamais permitiria que sua menina se tornasse uma  pessoa igual a você.

Sabia que ela estava sendo delicada, com certeza seus insultos foram bem mais baixos.

-me desculpe me meter, apesar de não termos mais nada, gosto muito de você  e se quiser conversar, saiba que pode contar comigo.

-Obrigada Suzana, você deve se ter dado conta do que está acontecendo!

-há algum tempo percebi isso- ela sorri- você realmente está apaixonada por ela, não é?

Não tinha mais porque esconder, meus sentimentos.

-estou sim Suzana, a amo muito.

-então porque não enfrentam o senhor Akira,  ela parece te amar também- como falar que a decepcionei, que escondi do meu amor , uma parte de minha vida.

-ela não quer mais saber de mim- ela me olha duvidando - escondi algumas coisas dela que a fizeram duvidar,  se decepcionar comigo.

-você a traiu?

-não,  jamais...

-então não vejo porque não te dar outra chance de se explicar, só não admitiria traição.

-vou tentar falar com ela, se acaso aparecer por aqui hoje... O que duvido você me fala.

-se precisar de ajuda, pode contar comigo.

-Obrigada!

 Quando Suzana sai, mas uma vez tento ligar pra Jessica e seu telefone estava desligado. Ia lhe dar um tempo, ela deveria está ainda com raiva pela descoberta de Vanessa,  e ainda por cima de saber que namorava a irmã da mulher que foi a responsável por sua fuga para o Japão. Akira  não comentou nada daquele fato , com certeza Jessica não havia comentado nada com os pais , ou pelo menos com Akira.

Ia tentar ligar mais uma vez,ainda tinha que conversar com Vanessa sobre aquilo tudo e saber se ela é Carol estavam bem , depois de tudo que se passou.

...

P/ VANESSA

O susto de ver Jessica em minha casa, não foi maior do que o fato de ter me reconhecido. Fiquei o tempo todo calado, meu coração estava oprimido por ver Diana ali, sem chão, depois que Jessica se foi encerrando qualquer possibilidade de reconciliação.

Diana não me culpou, mas percebi que havia se magoado por não ter confiado nela, Carol, apesar da surpresa, não me recriminou.

Passei metade da noite acordada, pensando em tudo que tinha acontecido. Pela manhã levantei cedo, pois não queria que Carol acordasse com minha inquietação. Fiquei algum tempo na sala, olhando pro nada.

-não fique assim meu amor, as coisas  vão de se ajeitar- estava tão distraída,  que não vi Carol se aproximar e senta-se por trás de mim , no sofá da sala.

-não sei amor, Jessica saiu muito magoada daqui ontem. Diana está sofrendo muito com esse afastamento.

-deixa essa mágoa passar que Jessica vai pensar melhor e conversar com sua irmã,  ela vai entender seus motivos!

-espero que tenha razão,  nunca vi Diana se entregando para alguém,  desde o início vi seu encantamento por Jessica,  por mais que ela afirmasse que não.

-Jessica também a ama,  elas têm uma conecçao tão bonita que não tem como se afastarem.

-vou te mostrar uma coisa  que guardei comigo por anos- vou ao quarto,  abro a gaveta do criado mudo e retiro de lá o colar que nunca consegui me desfazer, parecia que estava esperando para entrega-lo a sua dona-nunca consegui me desfazer desse colar , estava no pescoço da Jessica quando a assaltei, na época ela falou que tinha sido a avó dela que havia dado pra ela e que já tinha morrido.

-Porque não conseguiu vende-lo- ela parecia curiosa.

- não sei te explicar, tentei várias vezes , mas na hora H  , não conseguia. Parecia que algo me impedia.

-o que pretende fazer?

-vou entrega-lo pra sua verdadeira dona, na verdade vou entrega-lo a Diana, ela vai saber o que fazer.

Agradeci por Carol está ali, comigo, não estava em condições de ficar sozinha naquela noite. Dormi mal e acordei exausta pra ir trabalhar e em nenhum momento consegui deixar de pensar em minha irmã, queria conversar com ela, meu coração estava apertado como se fosse perdê-la de alguma forma.

Na loja o celular esteve o tempo todo ao meu lado, parecia que a qualquer momento Diana ia ligar. Por volta das 11: 00 vejo meu celular tocar , atendi imediatamente quando vi ser Diana , pra minha sorte a loja estava com pouco movimento e meu ajudante atendia os cliente que ali estavam.

-Oi Diana, estava preocupada- não lhe dou tempo dela falar- como você está? Conseguiu falar com a Jessica?

- não,  ela não me atende. Akira que me procurou juntamente com aquele puxa saco do Marcos,   pra exigir que a deixe em paz

-pelo visto ela contou sobre vocês, sinto muito por tudo Diana- realmente sentia de alguma forma me sentia culpada.

-você não teve culpa dela ter descoberto tudo , era pra eu ter falado tudo desde o início- se cala por alguns segundos ,antes de prossegui- só não concordo de você não ter me falado sobre o que aconteceu no passado, pensei que confiasse  mim !

-eu confio Diana! Mas quando a reconheci, percebi o quanto, mesmo sem falar, já estava envolvida.

-ela não falou sobre esse ocorrido com os pais,  pois Akira  teria mais motivos pra me querer afastada! Vou dar um jeito de falar com ela.

- tem uma coisa que guardei por anos e acho que ela vai gostar de ter de volta, vá a noite a casa pra conversarmos, dorme comigo,  faz tempo que não fazemos isso.

-e a Carol?- ela parecia indecisa.

- falo com ela, com certeza irá entender que precisamos de um tempo pra conversamos.

-ok,  vou sair daqui da empresa e irei direto pra sua casa.

Despedimo-nos com a promessa de nos encontrarmos a noite. Logo em seguida ligo para Carol, pois havíamos marcado de nos encontrarmos, ia dormir na sua casa, estava com saudade de Valéria.

-Oi amor, aconteceu alguma coisa. Ainda não consegui falar com a Diana? Esse lugar esta muito tenso hoje, senhor Akira veio aqui e parecia bastante irritado.

-a Diana me ligou, Jessica falou para pai sobre elas e ele como era de se esperar, não aceitou.

-e como elas estão?

- não estão,  Jessica não atende suas ligações. E por isso que estou ligando, quero conversar com a Diana e pedi que fosse a casa a noite, pedi que dormisse lá,  sei que esta precisando do meu apoio! Como tínhamos marcado de nos encontrarmos....

-tudo bem meu anjo, sei que estão precisando conversar, amanhã nos vemos, vou morrer de saudade, mas sei que é por uma boa causa!

- te amo tanto Carol, e por isso que sei o que minha irmã está passando, se acontecesse isso conosco ia ficar sem chão.

-também te amo nos falamos amanhã.

Meu coração estava apertado só de pensar que não ia vê-la naquela noite.

...

Não conseguia ainda acreditar em tudo o que aconteceu, na manhã seguinte dos fatos, fiquei por horas na cama sem vontade alguma de enfrentar o que ainda estava por vim. Diana me ligou várias vezes , ficava olhando pro visor do celular , até que esse, apagasse, desliguei o aparelho pra não correr o risco de atende-la. Teríamos que conversar em um momento, mas por enquanto estava muito magoada ainda.

Desci pra tentar comer algo , quando tive a certeza que meu pai não estava em sua casa, não queria começar uma discussão logo cedo , por mas que tudo aquilo estivesse acontecido não ia deixa-lo guiar minha vida. Principalmente me ligar a alguém que não amava.

-como você está minha filha- minha mãe pergunta assim que me ver descendo as escadas.

-tô melhor! -na verdade queria sumir, ou dormir até que tudo aquele sentimento passasse.

-você não acha melhor conversar com a Diana, eu sei que ela mentiu pra você,  mas é óbvio que ela te ama- o que me machucava, além do fato dela ter mentido , era saber que sua irmã foi o motivo de meus pesadelos por anos , mas aquilo não podia, ainda , contar pra minha mãe. Sinceramente não sabia o que fazer, precisava de um tempo pra digerir tudo aquilo.

-não estou com cabeça pra conversar com ela mãe,  e não sei se um dia vou está!

-você sabe que estarei o seu lado pro que você decidir. Venha comer alguma coisa, que desde ontem não come nada- não estava com fome, mas não queria deixar minha mãe preocupada.

Aproveitei que não fui para empresa e fui a meu apartamento com minha mãe,  precisava buscar algumas roupas, ia passar uns dias na casa de meus pais . Mal entrei no apartamento meu coração doeu, tudo ali lembrava Diana, seu cheiro estava impregnado em todos  os cômodos.

No quarto chorei feito uma criança,  ao lembrar de nossas noites de amor,  minha mãe somente me acalentava respeitando minha dor.

Em casa procurava não ter muito contato com meu pai , que vivia convidando Marcos para jantares em família,  aquilo me irritava pois ele não respeitava minha dor , quatros dias depois de descobrir tudo e que não ia na empresa , já havia emagrecido, Desço pra tenta jantar. Estava descendo as escadas quando vejo Marcos chegar, minha vontade era de voltar para o quarto, ainda mas ao me ver sorrir vindo em minha direção.

-Boa noite Jessica,  você está linda!

- Obrigada Marcos -  aquela gentileza toda me irritava pois sabia de suas intenções.

-até que enfim desceu pra se juntar aos seus, minha filha.

-deixa a menina Akira! - minha mãe reage.

Durante o jantar, em momento algum abri a boca, não estava afim de conversar. Meu pai falava entusiasmado das qualidades de Marcos, em como ele era respeitador, trabalhador. Eu sabia que tudo aquilo não passava de uma estratégia pra me impressionar.

-Jessica,  queria te convidar pra sair amanhã,  podemos ir jantar.

-vai minha filha, pra vocês conversarem,  quem sabe não se acertam.

Respirei fundo antes de responder.

-Obrigada Marcos , mas não estou disposta.

-Minha filha o Marcos e um homem responsável,  saia com ele , quem sabe não veja que aquela...- parou de falar mediante meu olhar-mulher foi só um deslize que cometeu , uma curiosidade, como falam por aí.

Aquilo me tirou do sério.

-aquela mulher, não é uma curiosidade, e a mulher que eu amo. E se o senhor não parar de insistir nesse relacionamento que pra mim não faz mais sentido, irei embora da sua casa. Desculpe Marcos mais se não estou com Diana e porque ainda não consegui perdoa-la, mas ainda a amo muito.

Deixei a mesa de jantar sem ao menos despedir, voltei para o quarto pra chorar minha saudade.

Já passavam das 11 horas quando escuto baterem na porta do meu quarto , me assustei, pois minha mãe batia e me chamava, parecia preocupada.

-Jessica,  Diana está aí em frente de casa e parece bebida, falou que só vai embora depois que falar com você.

Fim do capítulo