~ POV ALICIA ~

 

Depois de horas dentro daquele quarto decidir colocar uma roupa “vestida para matar”, agora pra matar quem eu não sei, porque confesso que não estou nada preparada para o que venha acontecer essa noite, tudo bem que já beijei e não me arrependo, mas parece que a consciência esta começando a pesar, eu sei que resolvi da uma chance e que iria me entregar para o que viesse acontecer, mas confesso que estou insegura, não sei quem é a Camila de verdade, e o pouco que conheço de suas historias eu seria apenas mais uma, mais ta não quero pensar nisso agora.

Quando comecei a descer as escadas percebo os olhares da Camila sob mim, tudo que eu disse acima deleta agora porque meu coração esta quase pulando pra fora do meu peito e nesse exato momento estou retribuindo seus olhares, sinto informa que acabo de molhar a minha calcinha com esse olhar penetrante dela sobre mim, e confesso, que mulher elegante, vestida nessa calça pantacourt vinho e uma blusa de seda que esta realçando seus belos pares de seios e suas curvas bem detalhadas, e esse coque frouxo, já estou me imaginando puxando eles com as minhas mãos, entre outras coisas...

 

- Vai ficar ai me olhando com essa cara de boba, ou podemos ir? – Sorri e logo pensei, nestante a boba era eu descendo essas escadas...

 

- Realmente, você me deixou com cara de boba. Você esta deslumbrante. – Ela se virou pra mim com aquele ar autoritário e sério que eu sou completamente apaixonada.

 

- Mas nessa cara de boba poderia ter um sorrisinho? – Fiz biquinho e uma voz de dengo.

 

- Se você fizer novamente esse biquinho, não me responsabilizo por mim e nosso encontro termina aqui nesse apartamento mesmo. – Acho que mexi na onça com vara curta.

 

- Opa, então podemos seguir? Estou curiosa pra saber aonde vai me levar. – Preferir sair antes que a nossa noite de fato terminasse naquele apartamento sem encontro e sem saída.

 

Logo entramos no carro e seguimos para o local, o som ambiente era tão agradável, e realmente eu estava mudando essa mulher porque antes ate dentro desse carro era pura solidão, dei um sorriso interno e logo chamou a atenção dela que começou a puxar assunto comigo, mais uma vez ponto para mim, a Camila de fato esta se abrindo comigo, talvez ela me enxergue diferente das outras que ela costuma se relacionar, mas calma ai, eu estou falando o que fiquei sabendo, mas não dei a chance dela contar pra mim, e sim, essa noite eu quero conhecer melhor a sua historia e tira essa visão que tenho dela pela boca de outras pessoas.

Ao chegar no local eu confesso que fiquei assustada, comecei a ver um monte de barco, pensei “pronto que essa menina vai me levar pra passear de barco mas esqueci de contar a ela que eu tenho fobia de mar”, mesmo assim ela foi uma fofa comigo, saiu do carro e logo abriu a porta e estendeu a sua mão para mim, eu me apoiei e segurei, porém não larguei, fiz algo que nem eu acreditei, entrelacei os nossos dedos e entramos no local como um casal, e eu não senti vergonha dos olhares que recebemos sobre nós, apenas me senti feliz por esta ao seu lado.

Quando chegamos ao local eu simplesmente congelei, a Camila logo percebeu e virada pra mim perguntou.

 

- Tudo bem pra você?

 

- Tud...Tudo... Perfeito. – Meus olhos encheram-se de lagrimas.

 

Estávamos na Bahia Marina, em um restaurante que fica praticamente em cima do mar, e a vista poderia ser contemplada perfeitamente, pude perceber que ela reservou o local apenas para nos duas, a mesa era pura elegância, com uns tons de vermelho e branco, havia duas taças de vinho cheia e rosas na mesa, eu simplesmente amei, além da vista que ela escolheu, com a brisa do mar, assim como costumávamos ficar no prédio tomando café. Calma ai, vocês devem esta se perguntando por que no começo eu falei que amava mar e depois disse que tinha fobia, mas a minha fobia é de esta dentro do mar ou em movimento no mar, mas longe dele o admirando eu amo, e a Camila não deixou passar despercebido isso.

Logo ela me puxou, arrastando a cadeira pra mim e sentando na minha frente, havia uma musica suave de fundo, aquele ar totalmente romântico, as luzes eram fracas, e o sorriso que a Camila me dava era perfeito, eu estava apaixonada. Tantos anos de namoro e noivado o Luan nunca fez nada parecido pra mim.

 

- Você gostou?

 

- Eu amei, estou sem palavras, realmente você é uma caixinha de surpresas. – Eu sorria boba para ela.

 

- Fico feliz que tenha gostado, isso é tudo muito novo pra mim.

 

- Então quero lhe dizer que você esta de parabéns, eu realmente adorei.

 

Brindamos com nossa taça de vinho e começamos a beber.

 

- Mais então, estou ansiosa para saber as suas intenções comigo.

 

- Camila, eu quero te conhecer melhor.

 

- Suas intenções é me conhecer melhor, linda? – Ela tinha um olhar sexy, como se fosse me devorar e eu estava amando isso.

 

- Sim, te virar do avesso e saber coisas que até você não sabe sobre você. – Rimos.

 

- Gostei da parte do me virar ao avesso, acho que eu adoraria. – Ela se inclinou para frente pegando em minha mão.

 

- Você é sempre assim cafajeste? – Entrelacei nossos dedos novamente e comecei a fazer um carinho.

 

- Depende, posso ser o que você quiser.

 

- Não, não quero você cafajeste, eu quero a Camila doce, a Camila que tem um sorriso lindo, aquela Camila que trata o irmão como filho, a Camila preocupada, a Camila companheira. Essa Camila que eu quero.

 

- Cafajeste nem um pouquinho?

 

- Não não.

 

- Você quem manda então.

 

- Me fala sobre você.

 

- O que quer saber de mim? Eu sou isso aqui que esta vendo, com essa vida que você acompanha, não há nada de diferente em mim. – Ela parou de me olhar e começou a fitar o mar.

 

- Não, você é muito mais que isso. – Me aproximei e puxei o seu queixo fazendo-a virar pra mim. – Há muito mais que quero saber de você.

 

- Porque você mexe tanto comigo assim?

 

Afastei-me um pouco dela, encostando na cadeira, e dessa vez era eu quem fitava o mar, fiquei pensativa em suas palavras, ela também mexia demais comigo, e eu não sabia porque, então também não tinha essa resposta para da a ela.

 

- Você também mexe demais comigo. – Falei quase sussurrando virando novamente pra ela.

 

- Você me faz ser uma pessoa melhor, você trouxe alegria pra minha vida desde que chegou.

 

- Eu fico feliz em saber disso Camila, e muito surpresa também, se você me permitir eu quero trazer muito mais que isso. Desde a primeira vez que ti vi naquele bar, senti algo diferente por você. – Ela fez uma cara de assustada.

 

- Você também me viu naquele bar? – Ela sorria divertida.

 

- Sim, claro! E tomei um mega susto quando cheguei à segunda-feira e encontrei você. – Sorri. – Achei que nunca mais na vida iria te encontrar.

 

- Engraçado, eu também pensei a mesma coisa. – Sorrimos juntas.

 

Nosso papo foi se embalando a noite... A Camila bebeu apenas duas taças de vinho porque estava dirigindo, mais eu bebi que perdi as contas, já estava muito alegre, a Camila me barrou disse que me queria totalmente consciente para o nosso fim de noite, já imaginam ai porque né. A nossa sintonia era muito grande, não conseguir arrancar nada da Camila, apenas amenidades, ela não quis falar sobre a sua família, ao contrario de mim que disparei naquela mesa contando desde quando estava na barriga da minha mãe ate os dias de hoje, ela se divertia com as minhas perolas da vida e minhas atrapalhações. Nosso jantar estava espetacular, a Camila acertou em cheio em cada detalhes, meu olhar por ela já era apaixonado, eu não queria mais viver sem essa mulher, SIM ESSA MULHER, ela era totalmente o oposto daquilo que eu imaginava, e era super atenciosa, carinhosa e era atenta a cada detalhe.

E assim foi a nossa noite, entre muitas risadas e romantismo. Seguimos para o carro novamente de mãos dadas, com sorrisos estampados, eu já estava meio tonta, mas estava consciente assim como Camila pediu que eu ficasse, e entramos no carro.

 

- Nossa noite foi maravilhosa, novamente sem palavras para descrever.

 

- Sim, agradeço pela companhia, você foi maravilhosa. – Segurou em minhas mãos, e eu estava sentada virada pra ela.

 

- Sim, foi ótimo. – Minha voz saiu praticamente em um sussurro.

 

Camila se aproximou de mim, meu coração já estava acelerado, minha respiração descompassada, por instinto fechei os olhos e senti suas mãos fazendo carinho em meu rosto, meu corpo já estava explodindo querendo senti-la, beijá-la, abraçá-la, mas ela apenas permaneceu ali fazendo carinho, depois de alguns minutos sinto se aproximar e encostar nossos rostos, ela fazia movimentos com a pontinha do nariz pelo meu rosto, e nessas caricias nossas bocas se encontravam, porém não beijamos, logo ela depositou um beijo no canto dos meus lábios, e retornou para o seu lugar, e assumiu o volante em direção a sua casa.

Eu estava muito feliz, a minha noite estava completa com ela ao meu lado, não parava de sorrir, logo coloquei minhas mãos em sua perna e comecei a fazer leves carinhos, logo fui retribuída com as suas por cima da minha fazendo movimentos, e nesse clima romântico chegamos em casa.

 

- Não pude beber lá, então me acompanha em uma taça de vinho aqui? – Camila tratou de pegar uma garrafa de vinho e olhando pra mim balanço ela.

 

- Espertinha, mais é claro. Você também não me deixou beber mais lá. – Fiz biquinho.

 

- Ei, já disse pra não fazer esse biquinho perto de mim, porque não me responsabilizarei. – Dei risadas, e ela me puxou pelos braços.

 

Subimos para o terraço, nem sabia que existia esse ultimo cômodo da casa, lá tinha uma piscina média e uma mesa de sinuca, era totalmente aberto, a vista para o mar completamente perfeita, e tinha uma mesinha com algumas cadeiras, e logo sentamos.

 

- Você tem o paraíso dentro de casa, acho que não me cansaria de passar a noite aqui olhando esse belo mar.

 

- Verdade, mais acredite, nem usamos muito aqui. – Ela servia os vinhos.

 

- Ah, isso é um pecado, após a parti de agora quero a senhorita usando sempre, não desperdice essas dádivas da vida. – Peguei minha taça e comecei a beber.

 

- Posso usar sempre, se você estiver comigo. – Sua voz saiu sensual e excitante.

 

- Sempre que eu puder posso sim vim contigo. – Percebi a Camila pegando uma caixinha de som... O que será que essa garota esta aprontando agora, hein.

 

- Dança comigo? – O som no ambiente já se podia ouvir, e aquela atitude dela me fez derreter por completa, se é que vocês me entendem.

 

Não tive fôlego nem pra responder, apenas segurei em suas mãos e a acompanhei. A musica era perfeita,foi a musica que coloquei em seu carro quando estive pela primeira vez, a Camila então mais ainda, uma fofa. Começamos a dançar naquele embalo da musica com o céu estrelado e aquele cheirinho da brisa do mar em nossas narinas.

Suas mãos estavam entrelaçadas em minha cintura e meus braços apoiados em seu pescoço, e meu rosto acompanhando eles, como ela era um pouco maior que eu nossos corpos se encaixavam perfeitamente. Logo senti a Camila chegar mais perto do meu pescoço roçando o seu nariz, meu corpo todo começou a se arrepiar e involuntariamente eu soltei um pequeno gemido baixo, e em resposta a senti apertando mais meu corpo sobre o dela, logo comecei a fazer carinho na sua nuca e subi minhas mãos para o seu coque e fiz aquilo que eu estava louca pra fazer desde quando a vi naquele espelho, puxei ele o soltando, e logo sinto os seus cabelos caindo sobre a gente, ela se afastou olhando em meus olhos e eu coloquei eles atrás de sua orelha, e senti seus lábios nos meus, comecei a corresponder aquele beijo maravilhoso e calmo, não tínhamos pressa apenas queríamos nos sentir, e assim fizemos, exploramos cada canto da nossa boca, entrelaçamos nossas línguas e entramos em um ritmo maravilhoso, a sentia dando leves puxadas em meus lábios, e eu repetia da mesma forma arrancando longos suspiros dela em mim.

Começo a sentir ela me conduzindo para mesa de sinuca, me encostando e logo sinto suas mãos ganhando vida própria, ela acariciava cada canto do meu corpo, com as pontas do dedo suave e ao mesmo tempo firme, estava louca por sua pegada, já estava totalmente entregue aquela mulher, eu já não sabia mais nem qual era o meu nome, simplesmente sentia cada toque dela em meu corpo, logo ela desceu para o meu pescoço roçando o seu nariz e ao mesmo tempo dando leves beijos, e as suas mãos me apertando em cada canto do meu corpo, minhas mãos já estavam em sua nuca dando leves puxadas em seu cabelo, e a cada puxada a Camila ficava completamente louca, e subiu novamente para me beijar, porem esse beijo não foi nada calmo, foi um beijo urgente, um beijo louco por mais, e assim foi.

Quando dei por mim já estava sentada na mesa de sinuca apenas de calcinha e sutiã. Camila beijava cada canto do meu colo e as suas mãos apertavam vorazmente as minhas coxas, eu estava com as mãos inclinadas para trás pra me apoiar, quando a sinto tirando meu sutiã, seus olhos de puro desejo sob meu corpo estava me deixando mais louca ainda, podia sentir minha calcinha completamente encharcada, e fiquei mais ainda quando sinto Camila cair de boca em meus seios, ch*pando eles delicadamente dando pequenas mordidas no bico de meus seios, os meus gemidos começaram a ficar mais intensos, sim eu não media tom de voz para essas coisas, se ela quisesse tapasse a minha boca, queria nem saber.

Logo sinto suas mãos chegando a meu sex*, nossa, eu estava quase chegando a meu ápice apenas com essas preliminares, essa mulher era boa demais e sabia muito bem o que estava fazendo, sinto seus beijos e ch*pões de leve em meu pescoço enquanto suas mãos estão pressionando o meu pequeno nervo rígido por cima da calcinha, eu queria mais muito mais, comecei a fazer movimentos com meu corpo buscando mais atrito com o dela, ela entende o que eu queria e logo se abaixa tirando a minha calcinha delicadamente.

 

- Nossa, você é perfeita. – Sua voz sai rouca e puro desejo.

 

Eu apenas solto um pequeno gemido e logo a sinto beijando delicadamente minhas coxas, com as mãos me apertando ao mesmo tempo, começou a se aproximar do meu sex* encharcado e pulsante, e a tortura deu largada! Eu já estava completamente louca, ansiando por seu toque, mas ela resolveu me torturar, passando a língua pela minha virilha, dando leves mordidas no pé da minha barriga, com as mãos continuava a aperta a minha coxa, e meus gemidos cada vez mais altos.

 

- Assim não vale, isso é tor... Tortura. – Eu a olhava tentando falar.

 

- Tortura, é? – Ela dava um sorriso sexy e seu olhar era puro desejo.

 

Logo após para o meu alivio ela caiu de boca no lugar que estava gritando por ela há dias... Sua língua era deliciosa, ela explorava cada canto do meu sex*, me fazendo rebol*r incondicionalmente em sua boca, dando leves puxões em meu clit*ris, me levando a loucura total.

 

- Aiii, isso... Ai Camila, não para. – Eu gemia e rebol*va em sua boca.

 

E ela continuava com um sex* oral maravilhoso, nunca tinha sentido tanto prazer em minha vida, já sentia o meu corpo tremendo avisando que meu orgasmo estava perto, joguei meu corpo completamente para trás, pois já não tinha mais forças para me apoiar com os meus braços, e gemia completamente ensandecida, e ela continuava ch*pando vorazmente o meu clit*ris e com sua língua alternava com uma falsa penetração.

 

- Ai.. eu vou .... ai eu vou goz*r... – Sentia meu orgasmo se aproximando.

 

- Goz* pra mim, goz* vai.

 

Só foi ouvir aquela voz sexy tomada de desejo que explodi em um orgasmo maravilhoso na sua boca, meu corpo todo convulsionava, eu castigava meus seios com minhas próprias mãos, enquanto meu corpo ainda eliminava meu gozo, e sentia Camila sugando cada gota dele, e que visão sexy.

Logo ela subiu me fazendo carinho enquanto eu tentava me recompor e minha respiração voltar ao normal.

 

- Foi maravilhoso, você é maravilhosa. – Sorri pra ela e logo fui correspondida por um beijo calmo e delicado.

 

- Você que é maravilhosa, acho que nunca me cansaria disso. – Ela sussurrava em minha boca.

 

- Me ensina a te da prazer, quero que sinta tudo que senti essa noite com você.

 

A reação da Camila me assustou, logo ela se levantou de cima de mim e seu olhar ficou perdido, sem brilhos, me levantei e abracei-a.

 

- O que houve, tudo bem?

 

- Não.

 

- Me diz meu bem, o que falei de errado que te fez ficar assim? – Eu segurava seu rosto a a fazendo olhar pra mim.

 

- Não é você Alicia, desculpa, sou eu. – Sua voz saiu entrecortada como se estivesse engolindo choro.

 

- Desculpa, não achei que isso pudesse te incomodar, só queria te da o prazer que você me deu.

 

- Você me deu prazer, só em ter você é o meu maior prazer, vem cá. – Ela me puxou para uma cadeira que parecia de sol que era deitada.

 

Ela deitou e me puxou para deixar ao seu lado, mas antes ela me deu um roupão que ficava la em cima, e me cobriu, totalmente carinhosa, atenciosa, mais eu não entendia porque que ela não me permitiu tocá-la, mas eu preferir não insistir, pelo seu olhar havia algo que não trazia boas lembranças para ela.

 

- Você é especial. – Sentia seus carinhos em meus cabelos.

 

- Você também é especial.

 

E ficamos contemplando as estrelas e a brisa do mar entre caricias, beijos e dengos entre nós duas.

 

Fim do capítulo