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Codinome Beija-Flor por Mary C

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Palavras: 1148
Acessos: 1570   |  Postado em: 12/04/2018

Capítulo 15- Soneto do teu corpo..

-- Vem, Mel..  – Ouvi Rafaela chamando-me de dentro d’água..


Após descermos do alto da pedra, ela quis mergulhar nas águas geladas do mar..

 
-- Não, Rafa.. – Balancei a cabeça negando, me sentindo bem por estar ali, na areia.. Imaginei a temperatura da água e completei: – Saí daí. Vai acabar pegando um resfriado.

-- Se você não vier, eu vou até aí te buscar..

-- Você não é louca de fazer isso. – Mal terminei de falar e ela saiu da água correndo, nua, vindo em minha direção.



Enquanto analisava e admirava seu corpo, nem me dei conta da pouca distância que nos separava.
Ela estendeu a mão e fez com que eu me levantasse. Éramos da mesma altura e rapidamente meus olhos perderam-se nos seus.
Percebi que eles estavam mais escuros. Da mesma cor do mar..
Tinham um brilho diferente. De predador..


Sem que eu esperasse, Rafaela abraçou-me. Forte. Apertado.
Senti seu corpo molhado, com cheiro de mar.

Apertei forte em sua cintura. Trazendo-a para junto de mim.
Percorri as costas. Arranhei levemente. Descendo e subindo..
Sentia seu corpo trêmulo. Arrepiado..


-- Tá com frio? – Sussurrei em seu ouvido.

Ela afastou-se apenas o suficiente para olhar em meus olhos e disse:


-- Não é frio.. É tesão! – Puxou a minha mão que estava em suas costas e numa exploração deliciosa, a colocou em seu colo, trazendo-a para o seio, fazendo com que eu apertasse e depois desceu..
Arranhei a barriga e pretendia voltar novamente para as costas, quando ela, direcionando minha mão até seu sex* e, com a voz sensual, disse: – Sente, Mel.. Toda molhada pra você.

Não contive um gemido. Ela estava deliciosamente molhada. Pulsante..
Acariciei levemente e a vi fechando os olhos. Pressionando minha mão. Respirando ofegante.
Olhava sua boca e ela parecia pedir para ser beijada. Não resisti. Beijei..

Beijava sua boca, enquanto tocava seu clit*ris inchado. Ela apertava meu corpo.. Mordiscava minha orelha e pedia por mais..
Forcei meus dedos em sua cavidade e a penetrei lentamente. Sentindo meus dedos serem envolvidos pelo calor que emanava dela.
Comecei a movimentá-los e sentia Rafaela cada vez mais entregue. Deliciosamente entregue..

-- Mais for.. te, Mel..

Ela pedia com a voz vacilante, embargada pelo desejo.

Aumentei a força e o ritmo das estocadas. Beijava seu pescoço, a boca, o rosto..
Nem parecia a primeira vez. Deixava-me guiar pelo instinto e pelos gemidos de Rafaela.
Eu descobria o quanto era fantástico e surpreendente sentir prazer ao dar prazer a outro alguém.

Continuei com os movimentos até senti-la cravando as unhas em meu ombro.
Suspendeu a respiração. Senti seu corpo ficar tenso. Acelerei os movimentos..
Ela gem*u alto. Gostoso. Fazendo com que meu nome derretesse em sua boca.
Senti seu líquido quente em meus dedos. O corpo relaxado.. Mole.

Retirei os dedos de dentro dela. Ela pegou minha mão e trouxe até sua boca.
Ch*pou os dedos, sentindo seu próprio gosto.. Fazendo-me gem*r e suspirar.
Olhava extasiada para aquela menina. Mulher.. Rafaela era uma mulher. Envolvente. Quente.

Ela beijou-me. Louca e incansavelmente. Até nos separarmos, buscando ar..


-- Vem comigo, Mel..

Ela disse e puxou minha mão, levando-me até um caminho rodeado por tochas. Aos poucos fui enxergando o que parecia ser uma casa, mas com estilo de cabana..
Chegamos e Rafaela apenas empurrou a porta, dando-me passagem. Sequer deu tempo de observar os detalhes do ambiente. Rafaela já enlaçava meu corpo. Ansiosa.. Exigente.

Aos beijos, tentávamos chegar a algum lugar. Ela me guiava com dificuldade. Nos dividindo entre beijos e paredes. Móveis e gemidos. Apertos e esbarrões.

Após errar e confundir duas portas, chegamos à que Rafaela pretendia. O quarto..
Ela soltou-me apenas para acender as velas, iluminando o cômodo.
Observei o ambiente ao meu redor e a olhei surpresa. Deixando escapar o pensamento..


-- Você planejou tudo..


-- Queria te seduzir desde o começo! – Ela respondeu sensual, aproximando-se de mim.

Ainda sem acreditar, olhei novamente o ambiente..
Pétalas de rosas cobriam a cama. Um champagne repousava em um balde de gelo que estava no criado.
Sedução. Tudo ali dentro remetia à sedução..


-- Maluca..  – Respondi divertida.


-- Maluca que tá morrendo de frio. – Olhei para seu corpo nu e mordi o lábio, inconscientemente. Ela aproximou-se e completou, sorrindo.. – Sua roupa também ta toda molhada, Mel..


-- Culpa sua, né?!

-- Minha é? – Levantou e atirou meu vestido em um canto qualquer do quarto. Olhou meus seios eriçados e sorriu, dizendo com a voz sensual: – Quer dizer que te deixei toda molhada?

Enlaçou-me pela cintura e colou nossos corpos novamente. Desceu a mão até minha calcinha e a tirou. Apertando e apalpando por onde passava. Meu corpo todo correspondeu. Se eu já não estivesse molhada antes, com certeza ficaria agora.
Ela encarava-me com a expressão da luxúria estampada na face. Trocamos beijos e carícias inflamadas..
O corpo dela ainda tremia. Não sei mais se era de frio..

-- Vem tomar banho comigo, Mel.. – Ela sussurrou com os lábios próximos ao meu.

 Concordei e a segui em direção ao banheiro. Ela preparou a banheira e entre beijos, carícias e muita luxúria, permanecemos ali por, mais ou menos, duas horas..

Saímos depois que Rafaela reclamou de fome. Vestimos o roupão que estava ali e fomos até a cozinha..
A mesa estava posta. Tudo elegantemente preparado..
 

-- Uau! – deixei escapar mais uma vez. Rafaela sorriu e perguntou, marota..

-- Gostou, doutora? – Balancei a cabeça afirmando e ela completou, divertida: – É pra deixar claro que não sou nenhuma menininha boba. Também sei surpreender..


Concordei em pensamento. Desde o primeiro momento, Rafaela vinha me surpreendendo.

Fato que continuou acontecendo quando ela, gentilmente, serviu-me vinho e o jantar, embriagando-me com olhares e provocações sutis.
Conversamos e comemos. Com olhares e talheres..

Rafaela praticamente não comeu a sobremesa. Seu olhar deixava claro que ela queria a mesma sobremesa que eu.

Deixamos a cozinha e voltamos para o quarto..

Ela deitou-me na cama e antes de juntar-se a mim, disse marota:

-- Agora eu vou te mostrar com quantos favos se faz um mel.

Eu gargalhei.

Mas logo senti a risada morrendo e o frio na barriga se espalhando por todo o corpo..

Rafaela me devorava com o olhar..

E, minutos depois, me devorava por inteiro. Com todas as partes do corpo.
Cada cantinho sendo explorado. Devorado..
Já tinha perdido a conta dos favos, mas tinha a noite inteira pra oferecer meu mel..
 

 

 '' Juro beijar teu corpo sem descanso como quem sai sem rumo para viagem.
Vou te cruzar sem mapa nem bagagem, quero inventar a estrada enquanto avanço.
Como em teus bosques. Bebo nos teus rios. Entre teus montes, vales escondidos. Faço fogueiras, choro, canto e danço.

Línguas de lua varrem tua nuca. Línguas de sol percorrem tuas ruas.
Juro beijar teu corpo sem descanso.. ''

 

Soneto do teu corpo – Leoni.

Fim do capítulo


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