Estava um pouco chateada, pois Jessica ainda não conversará com seu ex , e esse fazia questão de demonstrar que ainda tinham um relacionamento pra toda a empresa. Naquele dia pela manhã,  sai chateada de seu apartamento.

Queria conversar com Vanessa,  liguei pra saber se estava em sua casa,  sai do apartamento de Jessica e fui direto pra sua casa. Como não ia demorar, parei meu carro enfrente a seu prédio.

Estava entrando na portaria quando sinto alguém puxar meu braço.

-como imaginei você se deu bem na vida Bela!

O homem que me olhava tinha os dentes amarelo,  mas se vestia bem alinhado, sorria de um modo debochado .

Continuo a olhar, de onde será que Vanessa conhecia esse homem?  Perguntava-me.

-eu sabia que de nos três,  você era a que tinha mais chance de se dar bem - olha para meu carro, um conversível vermelho- sabia que nunca esqueci o que fez comigo?  você me roubou meu melhor homem, pena que ele morreu te defendendo- só assim consigo entender suas frases, com certeza aquele era Lauro  , o homem a quem Vanessa havia me prevenido.

-o que você quer, Dudu já se foi há muitos anos e era um homem bom - não conheci o rapaz , mas Vanessa assim que esse morreu , passou meses falando a respeito de seu “ irmão “ como ela o intitulava.

- sim ele se foi , mas jamais esqueci o que me fez,  jurei a mim mesmo que ia pagar por tê-lo levado de mim.

- está acontecendo alguma coisa aqui - o porteiro e um segurança do prédio apareceram, com certeza estavam observando aquele homem.

- está tudo bem, esse homem já está de saída!- Lauro  olhava o segurança que tinha o dobro de seu tamanho , sem mas nada falar segue o caminho da avenida , ainda para é me olha sorrindo , um sorriso maldoso.

-está tudo bem dona Diana? - o porteiro parecia preocupado.

- está sim, mas se ver esse homem rondando por aqui, quero que me avise imediatamente ou a minha irmã.

O senhor sacode a cabeça concordando. Precisava tomar cuidado, Lauro parecia bem perigoso, tinha medo que fizesse algo contra Vanessa.

Quando chego ao apartamento de Vanessa,  a encontro em seu quarto com Valéria e Carol na cozinha preparando café da manhã,  desde o dia em que foi no escritório , não tinha mais visto a pequena.

-olha tia Vanessa a moça que parece com você e trabalha com a mamãe!

-ela é minha irmã Valéria,  já conversamos sobre isso!

-verdade, a senhora falou que ninguém pode saber!

A menina parecia refletir sobre aquilo, mas não falou, mas nada, voltou a dar atenção para o que estava fazendo.

-preciso falar com você,  e importante !

-Aconteceu alguma coisa, você parece seria!

Ela levanta-se deixando a criança na cama e me segue até a sala.

-o que aconteceu?

-Lauro me parou agora a pouco na rua achando ser você!

Vejo ficar pálida parecia realmente assustada com o fato.

-ele te fez alguma coisa?

-não,  o porteiro percebeu que ele poderia fazer algo e foi até onde estávamos. Tenho medo que te faça mal, ele me ameaçou.

-quem te ameaçou? – Carol entra na sala onde conversávamos.

-o Lauro,  ele parou Diana pensando ser eu.

-temos que denunciar esse homem,  tenho medo que faça alguma coisa contra você.

Ela abraça Vanessa, que a aconchega em seus braços.

-ele não vai fazer nada amor, ele não vai querer se prejudicar e nem ter a polícia na sua cola.

Vanessa falava me olhando, pude sentir seu medo. Suas palavras eram pra acalmar sua amada que parecia realmente estar com medo.

...

P/VANESSA

Meu coração dispara ao ouvir Diana falando, desconfiava que Lauro  ou seus homens estivesse me seguindo e consequentemente devem ter seguido minha irmã pensando ser eu.

Teria que fazer alguma coisa, não ia deixar meu passado prejudicar as pessoas que amava e isso incluía Carol.

-amor, não acha melhor ir à polícia, esse homem parece ser bastante perigoso- me pergunta outra vez Carol, estávamos indo deixar Valéria na escola. Ela já tinha voltado para o escritório,  sentia muita sua falta, havia me acostumado a vê-la todos os dias na hora do almoço.

-acho melhor não, como te falei Lauro  só está ameaçando,  não vai fazer nada que o prejudique.

-fiquei com medo,  pra ele se chegar a Diana pensando ser você,  deve está querendo aprontar alguma, não confio em alguém que se dizia seu amigo e não se importar de colocar esse amigo atrás das grades, como ia acontecer se você não tirasse Dudu dessa vida!

-Vou tomar cuidado amor, se perceber que ele é ameaça tomo minhas decisões.

Falava aquilo pra acalmar Carol, mas no fundo sabia que Lauro poderia sim, armar alguma coisa que me prejudicasse.

Durante todo caminho até o trabalho Carol insistiu naquele assunto, eu deveria obedece-la e procurar ajuda, mas tinha medo de provoca-lo ainda, mas. Já próximo ao trabalho,  como sempre fazia, a deixava próximo pra não correr o risco de ser vista por ninguém conhecido de Diana, o carro de Carol não era pediculado,  o que facilitava me verem.

-amor promete que vai pensar melhor,  antes que esse homem faça qualquer coisa a você ou a Diana.

-prometo sim, não quero que nada aconteça.

Ela se aproxima pra  me beijar , um beijo que não passou de um toque nos lábios. Quando nos separamos e ela já saia do veículo, fica paralisada.

-merd*  sujou - ela fala ainda olhando para fora do veículo. Percebo que estava fixa olhando um homem com seu carro, parado próximo a nos.

-o que aconteceu- pergunto ao ver que ela não se mexia e o veículo ao lado estava em movimento.

-Era o Marcos, ex-namorado da Jessica!

Assustei-me com o que falou, sabia que Diana ia ter trabalho, ainda, mas porque havia comentado da desconfiança do rapaz em relação a ela e Jessica!

-se ele comentar com Jessica que nos viu,  ela jamais me perdoará,  ainda mais que eu sei sobre o relacionamento das duas- desde o dia da boate , Carol falou que as poucas vezes que falou com Sua chefe , quando estava substituindo André,  ela não fez questão de esconder seu relacionamento com sua sócia - vou conversar com Diana assim que tiver uma oportunidade de estarmos a sós.

-não se preocupe, eu ligo pra ela a alertando.

Despedimo-nos e como falei liguei pra minha irmã, que ficou com medo de sua namorada terminasse com ela.

-Vanessa o que vou falar pra ela, Jessica não vai acreditar em nada que eu falar.

-Diana não está na hora de falar com ela a nosso respeito?

-eu vou falar , só preciso ter uma oportunidade. Talvez ela não me perdoe de ter escondido isso dela.

-ela não vai te perdoar se descobrir por outra pessoa, talvez fique magoada quando você falar, mas se explicar que seu pai te fez prometer não falar a meu respeito ela possa entender.

-Vanessa, eu que estou envolvida não me perdoo,  deveria ter jogado tudo pro alto e assumido que tenho uma irmã gêmea,  mesmo que isso fosse afetar as pessoas do círculo social dele.

-eu dei motivos pro seu pai não confiar em mim.

-mas era eu que tinha que decidir isso, você é minha irmã e jamais te condenei pelo seu passado, pelo contrário você só fez o que achou certo.

-vá a casa a noite, podemos arrumar uma desculpa para o que o ex de Jessica viu.

Despeço-me torcendo pra que o tal Marcos não falasse nada do que viu.

...

Desde o dia em que mudei para meu apartamento, Diana praticamente mudou comigo,  ia em seu apartamento somente pra pegar roupas limpas e muitas de suas roupas estavam guardadas em meu guarda roupa. Meu pai ainda não havia ido ali,  ainda parecia chateado por ter rompido com Marcos, esse fazia de tudo pra me deixar em situação constrangedora na empresa, principalmente quando Diana estava próxima,  parecia adivinhar que tínhamos algo.

Como estava morando no mesmo condomínio que Diana, não era novidade chegar à empresa acompanhada dela. Quem não gostava era Suzana  podia ver em sua feição sempre que o elevador se abria e saia dele juntamente com sua chefa.

Só tinha uma coisa que ainda me incomodava, de vez enquanto Diana saia cedo de casa, com a desculpa de resolver alguma coisa para seu pai , quando não era depois do expediente , apesar de ter certeza de seu amor,  sabia estar me escondendo algo. Daqui a duas semana aconteceria à festa de Natal e queria poder apresenta-la como namorada, mas tínhamos que conversar primeiro.

Em um desses dias em que ela saiu, mas cedo, por puro instinto resolvi segui-la, sai, mas cedo afirmando que ia para a empresa, pois tinha alguns documentos para analisar. Na noite anterior me falou que sairia mais cedo, pois teria que passar na loja da amiga de sua mãe.

Vi quando ela parou seu carro em frente a um edifício,  um homem que nunca o vi a parou, conversaram, ela parecia surpresa em vê-lo, a principio parecia não conhece-lo. Um senhor saiu do prédio com outro homem e interrompeu a conversa, ela entra no lugar ficando ali por quase uma hora.

Aquilo me encheu de dúvidas,  o que ela estava me escondendo? Quem morava ali? Eram duas perguntas que não saia de minha cabeça.

Estávamos deitadas em minha cama depois de um dia de trabalho.

-amor você seria capaz de esconder alguma coisa de mim?- sinto seu corpo estremecer, e aquilo me deu a certeza que tinha algo errado.

-se fosse pra te manter segura, ou um assunto que não diz respeito só a mim,  talvez omitisse sim. Porque está perguntando isso?

-por nada, não quero jamais perder a confiança que tenho em você- outra vez seu corpo reage a minha palavra.

Estava deitada quase em cima dela, ela me puxa tomando minha boca com desespero.

-não quero jamais te perder, não sei o que vai ser de mim, se isso acontecer! Eu te amo muito.

-eu também te amo Diana, não vejo a hora de expor esse sentimento sem barreiras.

Estava em meu escritório, olhando para aquelas pastas em cima de minha mesa, não conseguia pensar em mais nada, precisava tirar aquela história a limpo antes de conversar com meu pai a respeito dela.

-Jessica vou precisar que autorize minha ida a loja em que André e gerente, preciso testar  os games que os meninos me mandaram antes de vim toda a encomenda.

-poderia pelo menos bater na porta, antes de entrar. Poderia estar ocupada.

-ocupada com quem, com Diana! – sempre era isso, ele sempre colocava o nome de Diana em nossas discussões.

-Marcos, se tem alguma coisa pra falar, fala logo!

- e que falam muito nos corredores dessa empresa... Sobre Diana!

As fofocas a respeito de nossas vidas já havia se alastrado pela empresa. Minha sorte e que, desde que Marcos voltará,  meu pai não apareceu mais ali  nem mesmo Hidelgardo. Diana já havia me falado que seu pai já a havia chamado pra perguntar se tinha algo, que queria conversar, esse sim com certeza já estava a par das fofocas.

-ninguém tem nada a ver com a vida dela, esse pessoal precisa de mais serviço pra deixar a vida dos patrões em paz.

-você a defende com um uma guerra, que dá pra desconfiar se os falatórios são fofoca mesmo. Mas acho que não,  mas sua assistente parece não resistir ao charme dela!- “do que ele estava falando?” Olhava para ele esperando que concluísse o que começou a falar – a vi aos beijos com sua sócia hoje pela manhã.

Uma dor enorme fez meu coração palpitar mais rápido,  não queria acreditar que sua amada a estava traindo de uma maneira tão sórdida,  principalmente sendo Carol , a quem já considerava uma amiga.

-do que está falando Marcos! Não tem mais nada a fazer é fica também inventando histórias!

- não é invenção,  abre seus olhos Jessica essa mulher não presta.

Saiu sem falar mais nada, apesar de confiar em Diana não entendia o porquê achava que tinha algo errado, que estava lhe escondendo algo . Apesar de estar com coração doendo ia primeiro tirar aquela história a limpo e com Diana.

Durante o dia tratei minha assistente como sempre a tratava, Diana havia saído, precisou ir conversar com nosso advogado e só voltaria no final da tarde, antes de findar o expediente ela me liga avisando que chegaria mais tarde em casa, desconfiei, pois aquilo que Marcos falou não saia de minha cabeça.

Sem saber o que fazer sigo para o prédio onde há vi no outro dia, fiquei ali por alguns minutos . Já estava indo embora, pois ali com certeza não apareceria.  Quando ligo o carro vejo o seu parar, como da outra vez, enfrente ao prédio.

Dei alguns minutos antes de seguir para a portaria.

-Boa noite, gostaria de falar com Diana, há vi entrando a pouco e tenho que deixar alguns documentos pra ela.

- dona Diana subiu a pouco, Vanessa  também já chegou- estranhei o nome, aquele nome era o mesmo da amiga da Carol. O que será que estava acontecendo?- vou ligar avisando.

-não precisa, ela está aguardando.  Ligou-me a pouco pra vim deixar os documentos. Só preciso saber o número do apartamento.

Pra minha sorte chega uma senhora e o porteiro lhe dá atenção.

-por favor, preciso falar com ela.

-tudo bem, e o 506 . Pode subir.

Já no elevador, meu coração aumentava o ritmo de seus batimentos. Não podia acreditar que Diana lhe mentia durante todo esse tempo. Já na porta do apartamento bato e nada de atenderem, bato outra vez, agora mais forte.

-Diana!- exclamei assim que abriu a porta, usava um short jeans e camiseta,  tinha algo diferente mas não consegui analisar pois o que vi me deixou lívida- Carol, então é verdade- minha assistente chegava na sala também vestida com short e blusa , meu coração parecia parar a cada respirada que dava- como puderam fazer isso comigo.

-Vanessa quem é? – vi a pessoa que entrava na sala, olhava de uma pra outra sem entender, minha vista escureceu e eu apaguei.

Fim do capítulo