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O dia amanheceu nublado combinando com o meu humor. Estava desde as 6 horas da manhã no hospital e precisaria correr se quisesse me liberar mais cedo. Amo o que eu faço, mas às vezes a carga emocional de ser médica especializada em oncologia pediátrica cobra seu preço. Dias como hoje em que eu tive que dar um prognóstico desfavorável para os pais de um menino de apenas 3 anos de idade fazem com que eu queira correr para casa e abraçar meu filho.

— Doutora seu último paciente ligou cancelando então a senhora está liberada.

— Ai Odete, vou correr pra casa então que hoje foi terrível!

Passo pela recepção e chamo o Carlão que logo me acompanha. Nesses anos Carlão virou meu anjo da guarda. Sento ao seu lado no carro e vou respondendo alguns e-mails enquanto ele liga o rádio.

— Que horas vai querer sair Clarinha?

— Assim que arrumar tudo Carlão. Você se importa?

— De maneira nenhuma.

            Ao chegar em casa vou para meu escritório e no caminho encontro Mazé.

            — Mazézinha, cadê o João?

— Seu ex-marido já passou pra pega-lo Clarinha.

— Ai, queria dar um beijo antes de ele ir!

— Amanhã nós todos vamos almoçar juntos então você mata bastante a saudade – Mazé fala rindo.

— Tá bom fazer o que né? - Vou até o quarto e olho para as fotos do João e me dá uma dor no coração. Como eu queria que ele ficasse sempre o meu menininho e não crescesse nunca. Acho que todas as mães são assim.

O caminho para Búzios foi tranquilo já que era dia de semana. Enquanto o Carlão dirigia eu lia alguns trabalhos científicos que eu precisava revisar para enviar para publicação. Eram nove horas da noite e ao chegar Berenice notou a minha decepção: a casa estava vazia.

— Feliz aniversário filha!

— Obrigada Bere.

— Quer um sanduíche?

— Você faz? Vou tomar uma ducha rápida e venho.

Quando volto Bere tinha feito um sanduíche de atum e deixado uma garrafa do meu vinho preferido. Comi na cozinha mesmo olhando para algumas fotos que eu tinha no celular. Uma lágrima teimava em cair do meu olho. Peguei o vinho, sem a taça mesmo, e fui sentar no mirante cerca de quinhentos metros da casa.

Sento em uma pedra e fico olhando o mar lá embaixo. A garrafa já está pela metade e eu acendo um beck. Penso em tudo o que aconteceu nesses quase dez anos. O distanciamento, meu casamento, o nascimento do João... Uma luz forte ofusca o meu olhar. Uma viatura policial parada com o holofote em cima de mim.

— Mãos na cabeça.

— Espera eu posso explicar.

— Explicar o caralh*, mãos na cabeça. – braços tatuados me viram de costas com a mão em cima da pedra. – Que bonito eihn minha senhora! Uma hora dessas, se drogando e se entorpecendo num lugar aonde vem crianças brincar.

— Policial eu....

— Cala boca que eu não mandei falar, e não é policial é Delegada!

— Mas.... mas...

— Sem mas, vou ter que revistar a meliante a fim de constatar se não tem nenhum armamento escondido – dedos fortes, mas suaves, começam a me acariciar na panturrilha e vão subindo pelo meio da minha coxa. Sinto uma pulsação na minha bocet*.

— Isso é... é inadmissível... meu pai... meu pai é juiz... meu ex-marido é procurador – falo com a respiração entrecortada.

— EU TO CAGANDO QUEM É TEU PAI E QUEM É O CUSÃO DO TEU EX-MARIDO, FICA BEM PARADINHA CARALHO – ela levanta o meu vestido e sinto suas mãos abrirem bem a minha bunda. Minha calcinha branca já estava completamente transparente devido à minha excitação. Sinto um tapa forte na minha bunda e eu grito. – Parece que alguém aqui está carente.

Dedos deslizam contra o meu clit*ris ainda sobre a calcinha e eu só penso em como aquilo é gostoso e errado ao mesmo tempo. Eu estava ali, completamente arregaçada, em cima de uma pedra, em um local público nas mãos de uma desconhecida. Isso só fazia eu me excitar mais.

Minha calcinha é rasgada e jogada longe. Uma língua ávida bate no meu clit*ris. Começo a rebol*r naquela boca. A desconhecida mamava minha bocet* e meus gemidos ecoavam pelo céu aberto. Três dedos foram introduzidos subitamente enquanto a língua escorregava para frente e para trás no meu nervo enrijecido. Eu podia sentir meu corpo cada vez mais tenso. Ela não me dava descanso e eu já estava vendo estrelas. Isso era tão sacana, tão errado, tão sujo... mas tão bom. Foi então que eu g*zei, como se meu corpo virasse uma “amoeba” e derretesse junto aquela pedra que até agora era o meu apoio.

Fiquei abraçada a pedra até minha respiração normalizar. Ela arruma o meu vestido, toma um gole do vinho e dá um tapa no Beck me dando aquele sorriso sacana que eu tanto amo.

— Achei que você não vinha.

— Eu já faltei alguma vez nesses quase dez anos My Sunshine?

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POV Nanda

Cinco anos. Cinco anos de felicidade. Cinco anos tendo a mulher que eu amo nos meus braços! Tá certo que por um tempo nós nos afastamos, ou melhor, ela se afastou. Mas como nós não "terminamos" oficialmente eu nem conto. Faltam menos de dois anos para eu terminar a graduação e hoje eu vou pedir o amor da minha vida em casamento. Conversei muito com meus padrinhos e com Mainha. O estágio que eu faço no TRF não paga muito e não dá para custear casa, comida e transporte para nós duas. Eles estão tentando me convencer a continuar morando com eles porque a casa é gigante e vão se sentir muito sozinhos sem a Clarinha por lá.

Confesso que eu tô meio bolada com isso. Mas penso no melhor para a minha princesa. Clarinha é acostumada a tudo do bom e do melhor. Não que ela seja fresca, longe disso. Mas ela é toda mimosinha. E eu já moro lá mesmo. Padrinho falou que a gente poderia reformar toda a outra ala de empregados e fazer um apartamento para a gente, parecido com o que eu tenho com Mainha. Pensando bem isso seria uma boa porque nós duas teríamos privacidade e ela não ficaria longe da família.

Eu tô esperando a minha menina na frente da Faculdade de Medicina. Estacionei a Clarice e estou aqui procurando o meu raio de sol no meio desse mar de gente. Hoje é sexta e eu vou "sequestra-la". Já avisei em casa e o Carlão já tá "a postos". Já há alguns anos o padrinho esta recebendo ameaças, então todos sempre andam com segurança. Ele até tentou que eu e Mainha também, mas a gente recusou. Se fossem fazer alguma coisa iriam atrás da família e não de gente sem importância como nós.
Passo a mão pelos cabelos curtos repicados. Voltei a corta-los curtos a pedido da Clarinha que ama a minha nuca marcada. Atrás da minha orelha direita eu tatuei Ana Clara e um sol, fica visível só quando meu cabelo esta raspado ou se você sabe onde procurar. Nas minhas costas, até o meio, tem um filtro dos sonhos colorido para quando eu não posso dormir com a minha menina. Assim eu não tenho pesadelos, ou tento não tê-los.

Eu tenho visto tanta injustiça e tanta coisa ruim no meu estagio que conversei muito com o padrinho e falei que vou fazer carreira na policia federal. Quero trabalhar como delegada e quem sabe um dia ser diretora! Tem muito mais a ver com o meu perfil.  Padrinho falou que qualquer coisa que eu faça ele morre de orgulho e me apoia. Carlão que enlouqueceu com a noticia e nas horas vagas nós praticamos tiro.

— É uma Fat Boy?

— Oi, é sim. - respondo para a ruiva escultural vestida com uma microssaiva que estava me fitando.

— Posso ligar pra sentir o motor?

— Claro? — deixo a beldade colocar a Clarisse entre as pernas enquanto a liga.

POV Ana Clara

            Corro apressada tentando achar minha namorada que tinha me enviado uma mensagem. O professor de neuro ficou me alugando novamente. "AFF. Que nojo!". O pior que tenho que aturar ate o final do semestre. Toda aula é a mesma coisa: ele falando que minha mãe era a melhor aluna, pena que nunca deu uma chance pra ele, meu avô gostava dele, como eu sou parecida com a mamãe... “URGH! Que cara seboso!”. Já estava irritada quando vejo algo que leva o resto da minha paciência. A Carla, uma ruiva que sempre me enche o saco, sentada na Clarice e a tosca da minha namorada dando trela! Cheguei a tempo de ver a Carla anotando o seu número no celular da Nanda. Cheguei e puxei a minha namorada para um beijo quente e molhado.
            — Nossa, que saúde eihn amiga! Deu um calor aqui! Parabéns! - Carla fala nos olhando dos pés a cabeça – Nanda já sabe! Tchau Aninha - me beija quase nos lábios e aperta a minha bunda - DELÍCIA!

Ela saiu e eu fiquei sem entender nada. Nanda morria rindo.
            — O que foi isso?

— Amor, essa louca chega puxando papo sobre moto, mas o que ela queria era falar de você. Como eu tinha sorte, como você é gostosa e tal e que se a gente quisesse uma festinha era só chamar. Então ela arrancou o telefone da minha mão e você chegou me beijando. Que menina louca da porr*!

— Caramba! Nunca imaginei, sempre achei que ela me enchia o saco por me detestar! - peguei na sua cintura.

— Quem mandou você ser tão gostosinha assim? – cheirei seu pescoço colocando os braços ao seu redor. - Vim te sequestrar.

— É?

— Uhumm. Não precisa se preocupar porque eu fiz uma bolsa para você.

— Pegou calcinha dessa vez né? Dá última fiquei uma semana sem!

— Na última vez, se eu lembro bem, você não precisou de calcinha. Na verdade – me deu um selinho – não precisou nem de roupa!

— Boba! – dei um tapinha carinhoso rindo para ela.

Nanda me ajuda a colocar o capacete e fomos para o nosso destino. Fui reconhecendo o caminho! AMO!!! Estávamos indo para Petrópolis!  Nanda abriu um portão e estacionou em frente a uma cabana toda de madeira! Logo que entramos me encantei com o lugar. Era uma cabana com uma cozinha e sala no andar inferior e na parte de cima quarto e banheiro. Uma delícia! A lareira estava repleta de toras de madeira que já trepidavam dando

     — Que lindooo Nanda! – Ao lado do sofá, na frente da lareira acesa, havia um balde de gelo com meu espumante preferido, bombons e um vaso com rosas vermelhas.

— Agora, ducha rápida e vem pra cá porque eu pedi pra deixar separado um fondue de queijo e um de chocolate pra gente. Vamos?

— Se você for comigo não vai ser rápido. – sorri com um meio sorriso.

— Safada! – ela me deu um tapa na bunda enquanto eu corri para o banho. Olhei as coisas que a Nanda trouxe e vi uma camisola de seda branca que combina com uma lingerie de renda. “Uhmmm, essa Nanda!”. Peguei minha nécessaire com meus produtos de higiene e fui para o chuveiro. Enquanto eu estava lavando os cabelos sinto o seu olhar me queimando.

— Vai ficar só olhando ou vai entrar?

Nanda tira as roupas rapidamente e me abraça. Ficamos aproveitando a água quente que caia nas nossas costas, até que ela segura meu rosto entre as mãos e lentamente aproxima seus lábios aos meus. O beijo inicia devagar e com muito carinho. Minha namorada dava pequenos beijinhos em todo meu rosto, olhos, nariz, testa e novamente boca. O beijo vai ficando intenso a cada instante, a cada suspiro, a cada ch*pada de língua, a cada mordida.... a sua coxa esta no meio das minhas pernas. Ela agarra minha bunda e ajuda a fricção do meu clit*ris na sua perna.

— Nanda...

— Eu sei amor, goz* vai. – eu estava muito excitada que logo cheguei ao orgasmo.

Após muitos beijinhos e carinhos da minha namorada. Nos arrumamos e descemos para jantar. Nanda tinha pedido fondue de queijo e um de chocolate. AMO! Quando eu abro o meu guardanapo dentro tinha uma caixinha de joia com duas alianças dentro. Olho para ela que me fita em expectativa.

— Nanda... o que?

— Amor, você pode achar que seja cedo. Mas eu tenho você gravada na minha pele e no meu coração. Se você quiser esperar, eu espero... mas amor, casa comigo?

— Nanda, não tem nada mais que eu queira nesse momento! Simmm! – me agarro a ela e a beijo repetidamente. Caímos estateladas ao chão, eu por cima dela.

— Só não me mata antes amor. Vai ficar viúva antes de casar! – ela ri da minha cara.

— Até parece!

— Olha o tamanho dessa bunda e desses peitos! Morro sufocada! Vão me encontrar uma semana depois – continua rindo e eu faço que estou indignada.

— Ah você não gosta?

— “ADOGO”. Morreria feliz minha linda!

— Fernanda você não presta! – ela coloca a aliança na minha mão direita e eu repito seu movimento. Ficamos olhando e eu posto uma foto da nossa mão no instagram e face.

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Olhos furiosos visualizam uma postagem do facebook na tela do computador. O copo de bebida que estava ao lado é jogado contra a parede e feito em pedaços.

— Mas o que é isso? – uma voz feminina é ouvida.

— Cala a boca e limpa essa merd*!

— Eu já pedi pra não me tratar assim! – um tapa é ouvido na escuridão do ambiente e um choro sentindo inicia.

O homem transtornado pega o celular e liga para um nome da sua lista de contatos.

 – Boa noite, desculpe incomodar (.....), sim sei que está tarde (.....), tenho novidades urgentes (....). Estão noivas. (................................). Preciso de dinheiro. (...................................). Considere feito. – o homem sorri satisfeito e agarra a mulher que estava em um canto chorando pelos cabelos.

– Aiii para! Você tá me machucando!

– Machucando o caralh*, sei muito bem o que vadias como vocês querem. – a atira contra a mesa, rasga sua calcinha e começa a penetra-la com ódio. A mulher loira olha para o nada tentando não chorar porque sabe que qualquer ruído faz ele ficar mais violento.

Fim do capítulo