Acordei sentindo a cama balançar ao abrir os olhos era Samanta pulando e rindo.

 

-Acorda tia vamos passear.

 

Ao me ver acordada deu seu ultimo pulo se sentando na cama, a abracei e dei um beijinho de bom dia.

 

Aline apareceu na porta com uma expressão nada amigável a filha desceu e saiu correndo.

 

-Não brigue com ela.

 

Ela balançou a cabeça não compreendendo a atitude da filha e veio se sentar ao meu lado.

 

-Dormiu bem ?

 

-Muito bem é você ?

 

-Sim.

 

Aline estava um pouco envergonhada apesar da minha presença em sua casa lhe agradar, precisava pelo menos falar algo sobre minha estadia.

 

-Podemos conversar mais tarde ?

 

Ela assenti e diz que hoje será um dia bem divertido se levanta e vai ao encontro da filha que a grita da cozinha.

 

Minhas manhãs estavam sendo incríveis, mas uma hora teria que voltar pra casa pra minha empresa.

Suspirei ao me lembrar de Gabriela isufluindo tudo que a trouxa aqui lhe deu.

 

-Rica você estar rica.

 

Falava comigo mesma durante o banho ao sair notei que havia peças simples em minha cama, acompanhado de gorro luvas um  jeans escuro e uma blusa de manga de crochê.

 

Não seria algo que usa-se pra  passear, mas isso seria obra da Aline.

 

Me vesti e prendi o cabelo num rabo de cavalo e me retirei do quarto indo em direção a cozinha, a onde encontrei as duas preparando o café.

 

-Olha quem diria desta vez não irar rasgar.

 

-Espero.

 

Samanta veio se sentar em meu colo enquanto assistia o desenho em seu tablete.

 

 

-Samanta! Deixa a rafa tomar café em paz filha.

 

 

Seu rostinho se intristeceu e estava descendo quando a impedi a trazendo de volta, olhando pra Aline de braços cruzados.

 

-Deixe-a aqui.

 

Samanta sorriu e voltou sua atenção pro aparelho enquanto sua mãe se sentava pra tomar café.

-Não quero que ela se apegue a você.

 

 

-Olha Aline sei que comecei mal a nossa amizade, mas lhe garanto que nunca vou me manter afastada de vocês.

 

 

-Mais você tem sua família e bom moramos longe.

 

 

-Deixa que isso eu resolvo ta bom.

 

 

-Ok.

 

 

Depois do café fomos pro tal passeio Samanta segurava minha mão de um lado e a mão da mãe do outro, quem olhasse iria pensar que somos um casal.

 

Fomos primeiro no parquinho, Samanta correu pra ir se balançar sobre o olhar atento da mãe.

 

 

-Nunca quis se relacionar com ninguém ?

 

 

-Vontade não me falta, mas não tenho tempo e quando resta gosto de ficar com a minha filha.

 

 

Samanta ria e se balançava sentindo o vento frio batendo sobre o rosto, ouvi o celular tocar e me recusei a atender.

 

 

-Deveria atender o celular, sua família deve estar preocupada.

 

 

-Não, não estar.

 

 

-É tão ruim assim ?

 

 

-Estava até tudo indo bem, mas cai direitinho no jogo da minha ex esposa.

 

 

-Uau já ex esposa ? Não vai dar a chance dela se explicar ?

 

 

-Não há o que explicar ela mesmo me confessou.

 

 

Samanta veio correndo ao nosso encontro e seguimos nossa caminhada pelo bairro.

 

 

 

 

 

-O quê ela estar em Boston ?

 

 

-Sim Gabriela foi o que soube no aeroporto, mas ela não possui nada lá.

 

 

Gomes me falava sobre o paradeiro da minha esposa enquanto desligava o celular pela décima vez ligando pros hotéis de Boston.

 

 

-Nada, neste ela não estar.

 

 

-Bom pelo menos ela não estar desaparecida como antes respondeu minha amiga.

 

 

-É isso e verdade, por favor Gabriela se acalme.

 

 

Gomes tentava me acalma pondo a mão no meu ombro se soubesse a onde ela estava imediatamente iria pra lá sem pensar.

 

 

Sofia apareceu no escritório central da casa e deu um beijo em Gloria elas tinham começado um relacionamento, ao me ver sorriu e veio me abraçar.

 

 

Não nos falamos muito na noite em que cheguei, estava tomando chá na cozinha quando ela chegou tarde, ao me ver pude notar um brilho em seus olhos e um hálito suave de álcool.

Preferi não contar nada sobre a descoberta, pois envolveria Jorge e não queria ela perto dele.

 

 

-Soube das vendas do livro.

 

 

Disse se sentando ao lado de Gloria enquanto todos nos fazíamos cara de passagem em sua frente.

 

 

-Sim foi uma grande surpresa.

 

 

-Cadê minha mãe ?

 

 

-Ela ficou em Nova York pra resolver umas pendências.

 

 

-Bom, vamos pro escritório ?

 

 

-Claro amor, vamos.

 

 

Fiquei feliz pelas duas estarem juntas enquanto eu ficava naquele dilema, fui pra faculdade não iria me aposentar por causa de um livro.

 

Ao chegar todos me trataram diferente agora tenho um sobrenome de peso status,  isso em nenhum momento me fez parecer esnobe com as outras pessoas.

 

Assisti a primeira aula enquanto pensava em minha esposa e nossos momentos bons, ela nunca atendia a minha ligação isso me frustrava a cada dia mais.

 

 

Ver a Gabriela de volta me trouxe paz, mas algo estava errado nunca minha mãe a deixaria voltar sozinha, minha namorada trabalhava ao meu lado, mas havia algumas coisas que eu mesmo tinha que solucionar.

 

Chegando à empresa nos separamos dei uma sala só pra ela enquanto fui pra minha começar o meu dia, estava animada com a nova linha que lançaria semana que vem, assinava carteiras de trabalho quase todos os dias, pois o aumento da minha ultima linha foi um sucesso e ainda estava rendendo lucros.

 

 

-Olha estar ficando bonito.

 

Eu Samanta e Aline olhamos pro nosso boneco de neve e ele estava um pouco desengonçado.

 

 

Samanta estava euforia ele era mais alto que ela, quanto mais moldávamos ele mais bonito ficava.

 

 

Depois de pronto senti algo me atingindo no ombro como estava de costas ao me virar me acertaram no rosto.

 

 

-GUERRA DE GELO!!

-Isso não vai ficar assim.

 

Enchi minha mão de gelo e taquei contra minha adversária Samanta entrou na brincadeira nos atingindo quando podia.

 

 

Comecei a correr tentando me desviar das bolas da Aline, ela é boa nisso enquanto Samanta ria revelando seu esconderijo.

 

 

-Peguei você.

 

 

a agarrei por tras a colocando em meu ombro ela fez sinal de paz Aline se aproximou falando que éramos frouxas.

 

 

-É muito difícil correr no gelo.

 

 

-Eu sei o seu pré infarto estar nos alertando.

 

 

-Mc mc mc lanche.

 

 

Tivemos que rir caminhamos até o mc Samanta escolheu seu lanche enquanto eu queria mesmo um café e a Aline pediu um também.

 

-Nossa que manhã agitada.

 

-É verdade, Samanta cansou a gente.

 

 

Enquanto ela se divertia na área infantil conversávamos sobre nossos empregos, tudo sendo descontraído.

 

 

 

Deixei a faculdade e fui pra empresa ao chegar avistei o numero de empregados que haviam sido contratados, passei pelo escritório a onde fui bem atendida alguns funcionários já me conheciam outros não.

 

Sem precisar ser chamada entrei na sala a onde Sofia estar, ao me ver se espantou com minha presença ali.

 

 

-Nossa que surpresa minha mãe mandou você vim ?

 

 

-Sim

 

 

Droga odiava mentir pra ela, mas era mesmo necessário.

 

 

 

-Há muitas coisas que não entendo.

 

-Não se preocupe irei te ajudar.

 

 

Seu telefone tocou ela pediu pra deixa-lo entrar, perguntou se queira algo recusei.

 

 

Ao me sentar a pessoa entrou ficando de costas pra mim, Sofia falou que gostou do trabalho dele e que já havia assinado sua carteira.

 

 

-Obrigado.

 

 

Ouvi aquela voz e me levantei imediatamente ao me virar não acreditei.

 

 

-Jorge!

 

 

-Conhece ele ?

 

 

-Sim, ele é um velho amigo meu.

 

 

-Maravilha.

 

Tocou no ombro do desgraçado enquanto o mesmo sorria sinicamente.

 

 

-Como vai Gabriela ?

 

 

-Bem.

 

 

-Que bom.

 

 

-Olha agora tenho uma reunião, gabi ele pode te ensinar as coisas que você não estar familiarizada.

 

 

-Claro.

 

 

Como estava me segurando por dentro filho da mãe se infiltrou aqui pra me atingir.

 

 

Deixamos sua sala o miserável andava pela impressa sem nenhuma culpa se quer, o imprensei contra a parede num canto o olhando seria.

 

 

- Seu desgraçado isso tudo é culpa sua.

 

Sussurrei pra ninguém nos ouvir.

 

 

-Culpa minha será ? Te dei varias chances é não me deu ouvidos.

 

 

-Vá embora daqui.

 

 

Ele riu debochando da minha cara.

 

 

-Acha mesmo que deixarei minha empresa ?

 

 

-Essa empresa nunca foi sua.

 

 

Ele apertou meu braço me fazendo o encarar.

 

 

-Escuta bem Gabriela vim tomar o que me pertence, mas caso fique no meu caminho acabo com sua Sofia.

 

 

-Quando a Rafaela voltar irar te expulsar a pontapés.

 

 

-Será será mesmo, do jeito que estou virando o empregado de confiança da filinha dela duvido muito que isso ira acontecer.

 

 

E me soltou saindo de onde nós dois estávamos passou mil coisas pela minha cabeça, mas uma delas ficou martelando por algum tempo.

 

 

-Vou acabar com você é agora.

 

 

 

Fim do capítulo