Capítulo 105 -Final
Larissa
Dois anos depois...
Acordei cedo, na verdade nem havia conseguido dormir direito a alguns meses estava com muita dificuldade. Olhei Isabella esparramada na cama, usava um pijama de bolinha. Sorri e fui para o banheiro, liguei a banheira e tirei minha camisola, passei a mão no meu barrigão, tentando em vão olhar meus pés. Suspirei e entrei na banheira com dificuldade.
Lembrei o dia que Alice pediu um irmão, estava quase acabando a obra do shopping, Isabella não queria engravidar, no fim acabamos decidindo que seria ótimo se tivéssemos outro filho. Claro que sobrou para mim. Já se passará dois anos que nos casamos. Eu estava entrando para os nove meses de gestação. Quem adorou mesmo foi Helena, que agora depois que Iara se mudou com o marido, tinha Alice e Gabriel, o filho de Milena e Isac.
- Que coisa mais linda. – sorri abrindo os olhos ao escutar a voz rouca de Bella.
- Assim como redonda? Nem consigo ver meus pés. – reclamei.
- Você está linda com esse barrigão, e eu te amo ainda mais. – beijou meu lábios. – Deveria ter me acordado, teria preparado seu banho.
- Amor se tem uma coisa que eu aprendi nesse tempo que estamos juntas é que não devo te acordar por qualquer bobagem. – fiz graça e ela mostrou a língua.
- Onde está Alice?
- Deve estar dormindo ainda, é igualzinha a você, espero que esse ou essa tenha um pouquinho de mim. – reclamei.
- Exagerada.
Fui até o quarto de Alice, ela ainda dormia. Observei o quanto ela havia crescido nos últimos anos. Vestia um pijama igual ao de Bella.
-Bom dia minha princesa. – me sentei ao seu lado na cama.
- Humm, já é dia? Não dormi nem dez horas.- resmungou.
- Filha, você só precisa de oito horas de sono por dia.
- Vamos negociar isso depois, eu preciso bem mais que isso. – falou passando os dedos nos olhos. – Bom dia mamma, bom dia irmãos. – beijou minha barriga, ela sempre fazia isso.
- Filha você não existe. – apertei suas bochechas.
- Para, eu já sou mocinha. – reclamava.
- Vamos?- Isabella falou da porta. – Filha você ainda está assim?
- Nem vou te falar que ela disse que precisa negociar as horas de sono, quer no mínimo vinte horas. – comentei rindo.
- Vamos para o banho. – pegou Ali no colo. – E você espera a gente lá em baixo no sofá.
Íamos almoçar na casa dos meus sogros. Milena e Isac iriam também, com o Gabriel. Estava pertinho de fazer três aninhos, era um menino lindo. A cara da mãe, e possivelmente seria tão atrapalhado quanto ela.
- Mamma você parece maior que ontem. – comentou sentando ao meu lado no sofá.
- Obrigada filha, isso é o resultado de de atender suas vontades.
- Me deixa sentir? – pediu colocando as mãozinhas em minha barriga.
- Nossa está mexendo muito. Eu sei, fiquem calmos que daqui a alguns dias vocês saem daí. – falava e realmente funcionava pois parava de mexer.
- Estamos atrasadas. – gritou Bella da porta.
Ela dirigiu com calma, depois que eu fiquei grávida ela fazia questão de me deixar em todos os lugares. Era muito cuidadosa comigo, na verdade a esposa ideal.
- Nossa como você está linda. – Helena falou me abraçando.
- Estou imensa isso sim. Como vai Helena?
- Nem adianta mãe, ela não está se achando bonita. – Bella deu de ombros.
- Estou bem, vamos entrar. Alice minha neta favorita. - falou segurando-a no colo.
- Claro que sou a preferida vó Helena eu sou sua única neta. – riu apertando o rosto de helena.
Isac e Milena já estavam na sala, Antônio brincava com Gabriel no colo. Mal tive tempo de cumprimentar todos, minha amiga já soltou suas pérolas.
- Amiga você está...
- Por favor não diz que estou linda. – reclamei.
- Certo, você está parecendo o Senhor Barriga. – gargalhamos.
- Obrigada pela sinceridade. – agradeci.
- Como estão as coisas?
- Ficarão perfeitas assim que eu conseguir enxergar meus pés. – brinquei.
- Falta pouco tempo, não se preocupe. Será um alivio quando eles saírem daí.
- Não vejo a hora. Me diz como foi sua reunião na escolinha?
Ela foi me contar sobre a escolha da creche que iria colocar Biel, afinal os dois precisavam trabalhar. Isac montou um escritório com Bianca, montaram sociedade e estavam se saindo muito bem. Milena continuava sendo meu braço direito, na verdade os dois braços, pois desde que eu engravidei ela e Benjamim estão tomando conta de tudo sozinhos.
- Amiga você não sabe, Samantha pediu Bianca em casamento.
- Sério?
- O que é sério? – Isabella perguntou se sentando ao meu lado.
- Samantha e Bianca vão casar.
- Nossa, quem diria. – ficou surpresa.
- Acho que depois do tempo que passaram separadas perceberam que não conseguem ficar uma sem a outra. – comentei.
Brinquei com Gabriel, depois do almoço eu resolvi me deitar um pouco, estava cansada. Quando acordei já era quase noite.
- Nossa eu dormi demais.
- Você precisa descansar, olha o tamanho dessa barriga. – Helena comentou.
- Helena dormia demais sempre que estava grávida, e na de Isabella foi a que ela mais se cansou.
- Agora está explicado o porquê de tanto sono que você tem amor. - brinquei.
- Ah,ah. Muito engraçada você. – comentou debochando. – Acho que está na nossa hora.
- Mais já filha? – Antônio perguntou com Ali no colo.
- Sim papai, está tarde. Tenho uns documentos para analisar ainda.
- Larissa ainda não dei como você permite que ela traga trabalho para casa. – Helena comentou. – Eu nunca permiti que Tony trouxesse.
- Mas isso nunca me impediu de trazer. – brincou o homem.
- Vovô você escondia as coisas da vovó? – Ali perguntou com cara de espanto.
- Não querida, claro que não. – foi impossível não rir.
- Ah, entendi por que a mamma sempre fala que é feio mentir.
- Isso mesmo meu amor. Helena é melhor ela trazer para casa do que me deixar sozinha e ir trabalhar na empresa. – brinquei.
- Quero ver quando nascerem.
- Daremos um jeito. – sorriu acariciando minha mão. - Mas agora precisamos ir porque tem uma pessoinha que não fez o dever de casa, amanhã tem aula.
Nos despedimos e fomos para o carro, coloquei Alice na cadeirinha, ocupei a cadeira do passageiro. Tive que afastar a cadeira para que conseguisse ficar confortável.
- Eu estou cansada, minhas costas estão me matando.
- Quando chegarmos em casa você vai tomar um banho e eu vou ajudar Alice no dever, depois te faço uma massagem.
- Obrigada meu amor.
Isabella batucava a direção do carro, cantarolando uma música de Ana Carolina, fazia caras e bocas. Encontramos nossas filhas de quatro patas correndo pela área. Alice correu para brincar com as duas, deitou no chão e as cachorras se deitaram em cima dela.
- Vamos Ali, fazer seu dever. – Bella chamou.
- Mais dois minutinhos.
- Não filha, já está tarde. Vamos logo depois cama.
- Ah mammy. – resmungou.
- Obedece a mammy filha. – pedi calma.
- Tudo bem. – deu de ombros.
Subiu as escadas devagar. Seguida pelas cachorras, Bella se aproximou de mim, passando as mãos em minha barriga. Segurou meu rosto, olhando em meus olhos.
- Te amo, sobe e toma um banho. Daqui a pouco vou.
- Também te amo muita. Eu vou sim. – beijei seus lábios e sai.
Isabella
Observei Larissa sumir no topo da escadaria. Fui para a cozinha e encontrei Maria.
- Boa noite Maria.
- Boa noite Isa.
- Deveria já estar deitada não acha?
- Estou indo. Deseja alguma coisa?
- Não, vou só preparar um leite quente para Ali, depois vou subir.
- Sendo assim, até amanhã.
- Até.
Maria era o oposto de Susanne, muito profissional, tentava ao máximo não criar laços com ninguém. As vezes sentia falta de Suse, ela e Siqueira foram morar no interior, depois que ele se aposentou. Cansaram da vida corrida na cidade, o que era mais que justo, para os dois.
Preparei o leite quente de Alice, apaguei a luz e sai da cozinha.
- Trouxe seu leite quente. – ela estava se vestindo.
- Obrigada mammy. – pegou a caneca. Nos sentamos em sua escrivaninha para fazer a lição.
- Acabou? – questionou minutos depois, já bocejando.
- Sim, vamos deitar. – ela foi para a cama, eu a cobri. Antes que eu pudesse sair ela me perguntou.
- Mammy, é errado duas mulheres casarem?
- Claro que não filha, você acha que é errado o casamento das suas mamães?
- Não, é que a professora comentou algo, como se fosse pecado. Só porque eu e a Cecilia estávamos andando de mãos dadas na hora do recreio. Ela disse que é errado uma mulher amar outra. – precisava ir até essa escola.
- Não é errado, o que você tem que amar é quem a pessoa é para você, o que ela representa na sua vida, a importância que ela tem. Não importar o sex* ou a cor da pele. Todos somos iguais, entendeu?
- Entendi.
- Ótimo, sempre que alguém lhe disser que é errado você responda exatamente assim. Certo?
- Certo. – beijei seu rosto e me levantei. Antes que pudesse sair ela me fez mais uma pergunta. – Eu posso amar uma menina? - por mais que eu soubesse que ela está crescendo ainda não consigo imaginar que esse dia vai chegar.
- Pode sim filha, você pode amar as pessoas. Sem...
- Importar a cor ou o sex*, eu sei. – sorriu.
- Isso mesmo. Dorme bem meu anjo.
- Te amo mammy. – bocejou e adormeceu.
Fechei a porta e fui até meu quarto, Lari estava passando óleo no corpo, usava apenas uma calcinha. Levantou a cabeça ao me ouvir abrir a porta.
- Você demorou.
- Desculpa, você não vai acreditar no que Ali acabou de me contar.
- O que?
- Que uma professora na escola falou que é errado duas mulheres casarem.
- Como assim? Isso não está certo.
- Eu sei, expliquei a Ali que nós devemos amar pessoas e não o sex* ou a cor da pele. Mesmo assim amanhã irei até a escola, não vou permitir que uma professora da minha filha diga que o casamento das mães dela não é correto. Mais o melhor foi Alice me perguntar que se ela gostasse de garotas seria errado
- Ela está crescendo. – falou em tom preocupado.
- Eu sei, já estou com medo da adolescência desde hoje.
- Espero que ela não nos dê tanto trabalho.
- Eu também. – sorrimos em cumplicidade. – Deita aí que eu vou apenas tomar um banho e já volto.
Foi exatamente o que eu fiz, porém quando voltei ela já estava dormindo. Me encaixei ao seu lado e dormimos. O despertador tocou as seis da manhã. Eu levantei e fui até o quarto de Ali, ela já estava de pé.
- Caiu da cama? – brinquei.
- Bom dia mammy, não cai não, só estou com saudade da Ceci.
- Bom dia meu anjo, então toma seu banho que eu já venho te ajudar a se vestir.
Tomei meu banho, Larissa continuava dormindo, deixei um bilhete em meu travesseiro. Ajudei Alice com a roupa e fomos tomar café.
- Maria, preciso que você fique de olha na Lari, não quero que ela faça esforço. Daqui algumas horas eu volto.
- Pode deixar, vou preparar um café da manhã reforçado e levar lá no quarto.
- Obrigada. Vamos filha?
- Vamos.
Dirigi até a escola de Alice, descemos do carro e no estacionamento encontrei com Anna e sua mãe. Ali correu para abraçar a amiguinha.
- Como vai Isa?
- Bem Marina e você?
- Vou ficar melhor quando eu esculachar uma certa professora. – falou irritada.
- Então você também está sabendo?
- Sim Cecilia me contou, achei um absurdo.
- Nem me fale. Vamos meninas?
Elas permaneceram abraçadas, caminharam de mãos dadas até a entrada. A tal professora nem disfarçou a cara de desagrado ao ver as meninas juntas. Me abaixei ficando da altura de Ali.
- Lembre-se ame as pessoas, não a cor da pele ou sex*, nem mesmo os bens matérias.
- Eu sei. – me abraçou e foi sentar-se.
Nós fomos até a diretoria da escola, depois de contar todo o ocorrido o diretor Miguel, se prontificou a cuidar da situação, alegando que jamais permitiria isso em sua escola.
- Isa onde você está? – atendi sem saber que era.
- Saindo da escola da Ali, por que?
- A bolsa de Larrisa estourou. O motorista está levando-a ao hospital. – Maria falou afobada.
- Certo, eu chego daqui a pouco lá. – desliguei
- Você está bem? – A mãe de Cecilia me questionou.
- Sim, a Lari vai ter os bebês. – não contive minha emoção.
- Nossa que notícia ótima, quer que eu te leve para o hospital.
- Não, eu vou sozinha, mas será que você poderia levar Alice para sua casa hoje?
- Claro sem problema.
- Obrigado. Eu preciso ir agora.
Dirigi até o hospital cheguei e Larissa já estava em um quarto. Ela me sorriu de canto, estava claramente com dor. A médica já estava com ela, teríamos que esperar as contrações aumentarem. Tentei em vão ajuda-la
- Amor respira.
- Isabellaa, eu estou respirandooooo!!!!!- gritou não sei se comigo ou pela dor. Passaram minutos e nada, até que a médica nos informou.
- Vou ter que fazer uma cesariana, ela ainda não dilatou suficiente.
- Vai ficar tudo bem? – questionei aflita.
- Vai sim, pode confiar. – Doutora Marcela respondeu calma. – Você pode assistir se quiser.
- Quero sim.
- Vou prepara-la, se quiser avisar alguém fique à vontade.
- Obrigada. – me aproximei de Larissa. Segurei sua mão e ela apertou com força. – Vai ficar tudo bem, daqui a pouco você vai conseguir ver seus pés. – brinquei.
- Não vejo a hora de segura-los. – falou com lágrimas nos olhos.
- Eu também meu amor. Te amo. – beijei seus lábios de leve e ela foi levada. – Disquei o número da minha mãe. No segundo toque ela atendeu. – Mãe estou no hospital a bolsa da Lari estourou.
- Não acredito. Qual o hospital, estamos indo para ir agora. – Passei as informações e fui para o centro cirúrgico.
Só quem passa pela sensação para saber o que isso representa, os primeiros meses de enjoo, os desejos no meio da noite. As horas de sono que não são mais as mesmas. A sensibilidade que Larissa ficou, e agora tudo isso ia ser passado, era uma nova fase, para nós três. Chorei ao ouvir o primeiro choro, a emoção era sem tamanho, Lari não estava diferente. Chorava segurando minha mão.
- Olha só mamães é um menino. – A médica falou. Em seguida completou. - Na verdade, dois. – Não pude deixar de sorrir. Sabíamos que eram gêmeos, entretanto não sabíamos os sex*s.
Marcela me deu um deles para segurar, era tão pequeno, tinha meus olhos. Levei-o perto de Larissa, que beijou sua cabeça emocionada. Depois foram se pesar, eu tive que sair da sala, e acompanha-los a ala pediátrica.
- Eu volto logo. – beijei a testa de Lari e saí.
Quando Lari chegou no quarto meus pais já estavam, lá, cada um paparicando um neto.
- Olha que lindos. – mamãe estava encantada.
- Só poderiam serem lindos meu amor, olha as mães como são. – papai sorriu para nós.
- Já sabemos os nomes?
- Ainda não escolhemos. I
- Eu sei, tem algo em mente?
- Artur e Bernardo. – falei acariciando o narizinho vermelho de Artur que estava em meu colo.
- Oi filhos, vocês serão muito amados, tem uma irmãzinha linda. E duas mamães que vão cuidar muito bem de vocês.
- Sem esquecer os avós corujas. – brincou meu pai
- Traduzindo vocês serão minoria. – comentei e rimos juntos.
Depois que meus pais foram embora eu e Larissa ficamos sozinhas.
- Onde você deixou Alice?
- Pedi a Mariana que a levasse para lá.
- Tudo bem, vai deixar que durma?
- O que você acha?
- O que eu queria não posso, todos nós em nossa casa.
- Boa noite, ouvimos dizer quem tem membros novos na família. – Milena e Isac chegaram juntos com Maísa e Benjamim.
- Tem sim tios e são dois meninos lindos.
As apresentações foram feitas, e claro que todos se apaixonaram por eles dois. Era quase dez da noite, quando Larissa dormiu, pedi a Mariana que caso ela pudesse deixasse Ali dormir lá. Ao menos essa noite. Na manhã seguinte Dona Helena apareceu cedo, para que eu pudesse ir buscar Alice.
- Obrigada por ter vindo tão cedo mamãe.
- Para de bobagem Isabella.
- Eles estão dormindo, Larissa também. Eu não demoro.
Dirigi até a casa de Mariana, encontrei Ali já pronta me esperando.
- Está ansiosa para conhecer os irmãos. – comentou rindo.
- Eu imagino, obrigada por tomar conta dela.
- Disponha.
- Vamos meu amor?
- Sim, quero conhecer meus irmãos. – sorriu. – Tchau Ceci, tchau tia. Obrigada.
No hospital logo que chegou foi acordar Lari com beijinhos, recebeu um abraço apertado e um beijo.
- Vai lá conhece-los. – Lari encorajou-a. Caminhou devagar e ficou admirando os dois no berço.
- Eles são pequenos, pequenos e fofinhos. – falou animada.
- Esse de azul é o Artur, e esse outro é o Bernardo. Fala oi para eles.
- Oi bebês, vocês estão ferrados com essas duas. – sorriu.
- Alice, onde ouviu essa palavra? – questionei.
- Onde mais seria mama? A tia Mile. – deu de ombros.
Foi impossível não gargalhar da honestidade dela. Milena tentava ao máximo se policiar, porém volta e meia deixava uma ou outra palavra escapar. Devido aos sons das nossas risadas os nenês acordaram.
- Nossa como pode umas coisinhas tão pequenas serem tão barulhentas. – Alice reclamou.
- Eles querem colo filha, igualzinho a você quando fica triste ou com medo de alguma coisa. – Larissa explicou.
- Ah, entendi.
Já se passava das seis da noite, os meninos dormiam tranquilos. eu estava com o laptop no colo trabalhando. Alice estava na casa dos meus pais. Prendi minha atenção naquela mulher linda, reparou que eu estava observando.
- Você precisa de algo?
- Não amor, tudo que eu preciso já tenho. – sorriu para mim. – Eu te amo Isabella.
- Te amo Lari.
O tão sonhado dia de ir para casa chegou. Larissa caminhava com certa dificuldade ainda. Deitei os meninos no quarto azul, já que minha mãe havia feito questão de deixa-lo completamente azul.
- Desculpem por isso. – Falei como se eles fossem me entender.
Saí do quarto e fui deixar Ali pronta para dormir, depois que lhe ajudei no banho ela não conseguia parar estava animada fazendo mil e um planos para os irmãos.
- Eu sei que você está bem empolgada, mas, precisamos dormir. – Segurei seu corpo para que ela parasse de pular na cama.
- Tudo bem, eu desisto. – Deu de ombros.
- Boa noite linda. – lhe beijei e sai do quarto. – Ela está muito agitada. – comentei tirando minha roupa.
- Eu imagino, também fiquei assim quando minha mãe teve o Henrique. – falou saudosa.
- Vou me molhar, e venho te fazer uma massagem nos pés.
- Vou ficar aqui esperando. – sorriu para mim.
Na manhã seguinte recebemos a visita de Adisa e Andressa, juntamente com a pequena Aline.
- Olha esses meninos vão fazer sucesso. – Adisa comentou.
- Nem brinca com isso, espero que demore muitos anos. – Falei angustiada.
- Se depender de Isabella eles irão ser padres e Ali freira. – brincou Lari segurando minha mão.
- Eu imagino. – Andressa estava quieta. – Lari será que podemos conversar? A sós.
- Acho melhor levar esses dois para o berço. – Falei esperando que Adisa me ajudasse.
Larissa
Estranhei o fato de Andressa pedir para falarmos sozinhas, afinal não tínhamos segredos com nossas esposas.
- Então, o que deseja falar comigo?
- Só queria te dizer que Adisa e eu decidimos ir para Nigéria. Sei que parece meio em cima, mas a mãe dela não está bem, jamais deixaria que ela fosse sozinha até lá, então resolvemos mudar para lá. – tinha lágrimas nos olhos.
- Nossa eu...eu não esperava por isso. E o restaurante?
- Vou deixar uma amiga tomando conta.
- Entendo, quando vocês partirão?
- Amanhã à noite. Sinto muito por não ter te contado antes, mas a verdade é que não tive escolha, ou eu vou ou me separo de Adisa. E isso não está em discussão.
- Claro eu entendo, acho que isso é um adeus. – segurei sua mão.
- Na verdade um até logo. – me abraçou. Choramos juntas.
Depois dessa conversa as duas foram embora, na promessa de ligar sempre que possível. Fiquei mesmo arrasada, Andressa era minha única família, ao menos de sangue. Não sabia o que o futuro me reservava, porém tinha certeza de que um dia ela iria voltar.
- Sinto muito amor. – Bella me consolou.
- Não tem o que sentir amor, ela está fazendo o que é melhor para a família. Eu faria o mesmo se fosse por vocês.
Me agarrei a ela e adormeci, acordei quando ouvi os gêmeos chorando. Fui até o quarto amamenta-lo, Bernardo era o chorão da vez.
- Filho, um dia você vai fazer todas as mulheres se apaixonarem por você. Ou homens, nunca se sabe. – ri de mim mesma.
- Espero que esse dia demore bastante. – Isa falou da porta do quarto.
- Alguns anos. – me virei e sorri para ela.
Me sentei na poltrona e ela se pôs ao meu lado, Bernardo se acalmou assim que o coloquei no peito. Não demorou e ele adormeceu. Na manhã seguinte acordamos com a visita de Benjamim e Maísa.
- Onde está a mamãe dos meninos mais lindos da cidade? – Maísa brincou.
- Só não esqueça que são duas.
- Claro, bom dia Lari. – Beijou meu rosto.
- Bom dia.
- Onde está Isa? – Benjamim questionou.
- Já vai descer, estava tentando acordar Alice, os gêmeos não deixam ninguém dormir.
- Posso imaginar. – comentaram se sentando.
Conversamos amenidades, Benjamim me deixou a par de tudo o que estava acontecendo na empresa, até que Isa apareceu com Ali no colo.
- Bom dia.
- Bom dia. – responderam juntos.
- Já contou a eles?
- Ainda não, achei melhor contarmos juntas.
- O que?
- Vocês aceitam serem os dindos dos meninos?
- Claro que sim. – responderam juntos. – Será um prazer.
Já era hora do almoço quando Isac e Milena se juntaram a nós, Alice brincava com Gabriel em seu quarto. Os meninos estavam dormindo tranquilamente, nem mesmo nossas risadas os acordava. Me sentia em paz, era como se não me faltasse nada mais.
A vida enfim era perfeita, eu tive a sorte de encontrar em Isabella a mulher que nem em meus melhores sonhos um dia desejei. Juntas temos uma família linda, nossos amigos esses eu nem tenho o que falar, são loucos, entretanto são únicos. Hoje tenho certeza que a melhor decisão que já tomei foi me mudar para essa cidade, foi aqui que eu tive UM NOVO COMEÇO, SERÁ ESSE TAMBÉM O NOSSO FINAL FELIZ?
Fim do capítulo
É triste porém é a realidade, kkk. Precisava terminar para começar a continuação.
Bjo.
Andry Teixeira
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Thaci
Em: 23/07/2018
Boa noite,autora!!!
Acabou????
Amei a estoria da Lari e Bella e compania.
Ri muito e também me emocionei com os fatos que ocorreram com cada personagens.
E aguardando ansiosamente pela continuação. Por favor,por favorzinho não demora.
Volta logo!!!!!!
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Thaci
Em: 12/03/2018
Boa tarde,escritora!
Que chato que acabou . Amei a estoria,chorei muito e ri miuto com essa turma. E Alice que menina linda. Você está de parabéns pela escrita. Por mim você poderia fazer várias continuações. E já estou ansiosamente aguardando a continuação com a Alice. Por favor não demora. Nota mil.
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lay colombo
Em: 28/02/2018
Ahhhhhhh não creio q acabou, já tô com sdds mas amei cada capítulo, cada momento, e muito obrigada por ter terminado a história mesmo depois de tanto tempo, valeu a pena esperar, vou sentir muita falta dessas gurias mas TD tem seu fim né, a não ser q vc queira seguir com o projeto da história da Alice, q aliás já super shippaveis no futuro com a Cecília pq por enquanto a é muito nova pra isso kkkkkk
Enfim agradeço mesmo por vc ter terminado a história e te parabenizo por ter sido uma história tão bem escrita e tão apaixonante, vc arrasou
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dannivaladares
Em: 28/02/2018
Sinceramente?!
Adorei!
Sua escrita é ótima, é sensível, é romântica, é quente, é humorada, é dramática, é peculiar.
Adorei! Parabéns! ???? ? ??“–
Att,
Daniela.
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Leidigoncalves
Em: 23/02/2018
Quando vai sair a continuação, não vejo a hora. Essa historia foi maravilhosa, amei acompanhar a historia de amor da Isa e da Lari, sem contar a apaixonante Alice.
Não demora a voltar com a continuação não, ta bom?
Beijos, até a próxima!
Resposta do autor:
Oie, a continução já está em andamento. Não vou demorar. Beijoss
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preguicella
Em: 23/02/2018
Adorei!
Eu li continuação?! Isso vai ser interessante!
Parabéns moça! E que venha a continuação! hahaha
Bjão
Resposta do autor:
Simmm, você leu certo. Obg Beijoss
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