Capítulo 73
-- Dona Ester, como está a nossa menina? – perguntou após vê-los chegar.
-- Agora ficará bem, ficou internada na UTI. – pegou a mão da senhora mais velha. – Depois lhe explico melhor.
-- Gê, cadê Enzo? - Camila perguntou preocupada com o menino.
-- Dormiu agora a pouco, passou a tarde toda choramingando. – olhou para Ester e Daniel – Será que sentiu o que aconteceu com nossa menina?
-- Deve ser cólica ou alguma virose. – Ester respondeu.
-- Ester, eu vou subir... – a olhou receosa e concluiu. – Tem algum problema se ficar no quarto de Melissa?
-- Claro que não. – pegou as mãos da veterinária. – Eu queria lhe pedir para ficar aqui até Cristina voltar.
-- Ester...
-- Camila, não pense em recusar. – Daniel interrompeu.
-- Vamos ter que nos fechar mais e ficarmos mais atentos.
-- Papai quer dizer que deveremos reforçar a segurança. – Daniel explicou sentando-se. - Quem atentou contra a vida de Cristina, tentará novamente.
-- Eu fico. – sorriu. – Mas agora preciso subir, quero vê-lo, passei dois dias fora. – piscou e saiu.
-- Cristina fará a maior burrada da vida se voltar para aquela garota. – Daniel concluiu com pesar.
-- Meu filho, não nos cabe essa decisão.
-- Seu pai tem razão, é uma decisão que só cabe a Cristina. – Ester concluiu com desânimo.
-- Bem, eu vou dormir. – José seguiu até a escada. – O dia hoje foi muito pesado.
-- Boa noite! – disseram ao mesmo tempo.
-- Vamos Daniel, estou cansada, também.
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-- Bom dia!
-- Olá meu filho. E Ester?
-- Ela foi até o quarto falar com Camila, Enzo chorou a noite quase toda.
-- Eu ouvi, mas pensei que estava sentindo falta de Cristina. Não consegui dormi.
-- O dia foi cansativo pai. – sentou-se. – O senhor vai ao hospital conosco?
-- Claro, ela é minha neta preferida. – disse brincando.
-- Só tem ela e se depender do meu irmão, vai continuar assim.
-- Daniel, não implique com seu irmão e sua orientação.
-- Essa história de irmão... – coçou a cabeça. – Vou tentar me acostumar com o fato de não ser mais filho único.
-- Serei grato. – sorriu.
-- Papai, estou preocupado com Cristina e aquela irritante.
-- Filho, ouça Ester ou acabará brigando com Cristina.
-- Posso ter esperança, ao menos? – José sorriu e antes que falasse foram interrompidos por Gertrudes.
-- Senhor Daniel, tem uma mulher aí fora querendo falar com a família.
-- Quem é?
-- Disse que era delegada, mas achei parecida com alguém que conheço. – os dois homens se olharam e Daniel respondeu.
-- Deixe-a entrar, mas diga aos seguranças para ficarem em alerta. – a velha senhora concordou.
-- Bom dia! – falou ao entrar e olhando ao redor os seguranças. – Desculpe por interrompê-los durante o café da manhã. – Daniel a reconheceu e se levantou para recebê-la.
-- Vanessa? É você a delegada?
-- Olá Daniel... – falou sorrindo e lhe deu um abraço. – Senhor José. – foi até a mesa e apertou a mão do homem mais velho.
-- Sente-se Vanessa. – apontou a cadeira. – Que história é essa de delegada?
-- Concurso público, não tem nada de história. – respondeu sorrindo. – Ficou comigo o caso da Cristina e eu vim para conversarmos.
-- Acredito que os detalhes de como aconteceu Enrico explicará melhor, ele estava lá.
-- Quem chamou a ambulância foi uma agente da Interpol? Fiquei imaginando o que realmente estava acontecendo. – Daniel olhou para o pai.
-- Haidê é uma grande amiga de Cristina, cursaram juntas a faculdade.
-- Precisarei conversar com todos. – Ester desceu acompanhada de Camila que segurava Enzo nos braços.
-- Camila? – as mulheres pararam e Camila a olhou melhor.
-- Vanessa, que surpresa! – declarou sorrindo e foi em direção a morena. Vanessa a abraçou, deixando Enzo entre as duas, ele não gostou muito e choramingou.
-- Ei rapaz, eu conheço a sua... – olhou para Camila sem entender muito bem.
-- Filho. – Ester completou antes que ela respondesse. Vanessa olhou surpresa para veterinária.
-- Vanessa, já conhecia Camila? – Daniel perguntou, também surpreso. – Este é meu neto, Enzo. – as duas se fitavam com surpresa.
-- Sim, nos conhecemos desde criança. – respondeu a Daniel e voltou a olhar para veterinária. – Quando Maurício disse que você era namorada de Cristina eu demorei a acreditar, mas agora vejo que estão casadas.
-- Na verdade... – Ester percebeu uma ponta de decepção no jeito da delegada e interrompeu as duas.
-- Não quer sentar Vanessa? Podemos conversar enquanto comemos. – olhou a veterinária. – Minha filha, sua noite foi difícil, venha comer.
-- O que aconteceu Camila? – José perguntou preocupado.
-- Enzo teve febre, sono inquieto... – explicou enquanto sentava. – Consegui falar com a pediatra dele agora a pouco, vou leva-lo na clínica.
-- Não vai no horário de visita da UTI? – Daniel perguntou preocupado.
-- Tem outro horário a tarde... – estava triste. - Agora pela manhã não tem como. – Vanessa percebia a cumplicidade que havia entre a família.
-- Camila, ele tomou o mingau? – Gertrudes perguntou interrompendo a conversa.
-- Ih Gê, esqueci a mamadeira lá em cima. – lamentou. – Ele tomou tudo. – sorriu. A velha senhora juntou as mãos e agradeceu.
-- Graças a Deus! Eu pego depois. Quer um pouco de água de coco?
-- Quero sim Gê, ele estava quente a noite, precisa reidratar. – olhou para Vanessa e sorriu.
-- Eu nunca lhe imaginei de outra forma. – confessou. Estava encantada com o jeito da veterinária.
-- Como assim? – Camila perguntou com curiosidade.
-- Cheia de bichos e cuidando dos filhos. – sorriu e tomou um pouco do café que Ester havia lhe oferecido. Daniel olhou para o pai e depois para esposa, José interrompeu a conversa desviando o assunto.
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-- Isa? Não dormiu? – Enrico perguntou após se encontrar com a loirinha na sala. Ela lhe olhou e fez uma expressão de desânimo.
-- Não consegui. – tomou um pouco do café. – Desculpe, invadi sua cozinha, fiz um café... – mostrou a caneca. - Preparei algumas panquecas e sanduíches para vocês comerem.
-- E você? – Enrico perguntou, no entanto, foi Francisco quem respondeu.
-- Ela quando está nervosa faz todo tipo de comida e não come. – Enrico balançou a cabeça e sentou.
-- Estou com fome, sou o contrário, como até pedra. – o jornalista completou.
-- Melissa é assim. – disse pensativa, levantou-se e olhou o celular. – Preciso ir no hotel.
-- Não vai visitar a morena? – Isadora parou olhando pela janela o dia que prometia um lindo sol.
-- Eu vou falar com Alicia. – respondeu decidida.
-- Eu lhe levo. – Enrico se levantou, mas ela o impediu.
-- Não. – colocou a mão sobre o ombro do moreno. - Rico, você já tem seus próprios problemas pelo dia. Agora tenta comer e relaxar. – Francisco já se levantava quando ela o impediu, também. – Fran, pedi um táxi. Fica com ele e tenta descansar e comer, passou a noite quase toda comigo. – saiu deixando os dois sozinhos.
-- Ela é igual a Cristina.
-- Então você sabe como sofro. – confessou sorrindo.
-- E como. – respondeu pensativo.
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-- Foi muito bom reencontra-la.
-- Pena ser nestas circunstâncias. – Camila lamentou.
-- E como estão?
-- Não entendi.
-- Como vocês estão? Casadas? Namoradas? Não entendi muito bem. – Daniel ouviu a pergunta e interrompeu.
-- Camila, o motorista está esperando.
-- Ah... – respondeu sem entender.
-- Posso leva-la se quiser.
-- Nós temos seguranças, quero todos juntos.
-- Comigo haverá segurança. – piscou para veterinária que sorriu.
-- Obrigada Vanessa, mas vou aceitar a oferta de Daniel. – a delegada levantou as mãos em rendição.
-- Qualquer coisa só me chamar. – olhou para Daniel. – Quero que me avisem quando Cristina acordar. – despediu-se e saiu.
-- Pensei que ela não iria mais. – confessou alto. Camila olhou com curiosidade.
-- Ela está investigando, precisa de todas as informações possíveis.
-- Espero que Ulisses os pegue antes. – José confessou sem chances para argumentos.
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-- Excelente! – disse após ver Isadora entrar no quarto. – Resolveu aparecer e me dizer onde estava. – levantou-se e se aproximou irritada. – Onde você estava?
-- Alicia, vamos conversar como pessoas civilizadas.
-- Civilizadas? Maravilha! – a segurou com força pelo pulso e torceu. – Não vou perguntar de novo.
-- Está me machucando. – falou segurando a dor.
-- Tramm! – fez um som chato - Resposta errada. – sorriu. – Onde você estava? – Isadora chutou o joelho de Alicia, fazendo-a perder o equilíbrio e depois soltou o braço, em seguida lhe deu um soco.
-- Nunca mais encoste esta mão em mim. – descontou sua raiva na empresária. Quando Alicia se levantou e veio em sua direção, deu outro golpe. – Eu não sei que tipo de droga usou, mas é bom evitar chegar perto ou quebro os seus ossos. – ameaçou irritada.
-- Por que está fazendo isso com a gente? – perguntou quase chorando com a dor. – Eu a amo... A gente pensou em casar.
-- Não existe a gente... – passou a mão pelo cabelo. – Nunca existiu. Era sempre você e suas vontades... Não aguento mais isso.
-- Meus pais viram o vídeo e estavam preocupados.
-- Com quem? Comigo que não era.
-- Isadora...
-- Cala a boca. – exigiu irritada. – Você é uma arrogante, mimada e egoísta. – pegou a mala e jogou as roupas dentro. – Esqueça que um dia me conheceu.
-- Você vai se arrepender. – ameaçou. A loirinha voltou e deu outro soco na mulher que era bem mais alta.
-- Não me ameace ou acabo com toda sua família. Esqueceu que conheço bem os tipos de negócios que seu pai e irmãos gerenciam? – saiu sem olhar para trás e pegou um táxi direto para o antigo apartamento que morou com Melissa e Júnior.
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Isadora e Júnior chegaram juntos ao hospital. Toda a família de Melissa estava presente, com exceção de Camila.
-- Bom dia! – olhou ao redor cumprimentando a todos. - Alguma notícia sobre Melissa? – estava preocupada.
-- Estamos aguardando o horário, o médico adiantou que retiraram a sedação. – Enrico respondeu um pouco mais animado.
-- Isso quer dizer? – estava apreensiva.
-- Ela agora está por conta própria. – esfregou uma mão na outra. A loira olhou ao redor e não se conteve, perguntou baixinho.
-- Camila?
-- Enzo não estava bem... – respondeu no mesmo tom. – Passou a noite com febre e Camila conseguiu um horário com a pediatra. – Isadora trocou um olhar com Francisco e saiu para um canto da sala.
-- O que foi?
-- Ela tem uma cumplicidade imensa com Melissa, ainda acha que estão juntas.
-- Isa, não entra nessa, aqui todo mundo é declaradamente Camila, não puxa polêmicas. - Francisco aconselhou. – Além do mais, querendo ou não, ela também é mãe. Esqueceu que elas estão juntas desde que o menino nasceu?
-- Eu sei... – cruzou os braços. – Não sei como segurar essa história.
-- Quer um conselho? Não segure nada, apenas aceite. Elas eram um casal e são mães. – balançou a cabeça. Isadora pensou, talvez isso fosse o melhor a fazer: aceitar a situação de Camila como mãe do menino.
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Camila chegou na casa dos sogros pouco antes deles, ela subiu com Enzo, o menino havia adormecido no caminho de volta para casa. Tomou um banho rápido e arrumou as roupas que estavam na mala no closet da morena, havia aceito o convite de Daniel e Ester, não queria ficar longe do menino, ainda mais com Melissa internada. Deitou-se um pouco e adormeceu, não ouviu quando Ester entrou no quarto e viu como estavam.
-- Camila não vai descer para almoçar? – José perguntou quando viu a nora.
-- Ela adormeceu, achei melhor deixa-la descansar. – olhou para Gertrudes. – Daqui a pouco você pode ir no quarto vê-los? Quero deixar Camila descansar mais um pouco.
-- Ela passou a noite quase toda em função do Enzo. – a velha senhora falou para todos na sala.
-- Pelos olhos inchados, foi bem mais que isso. – José completou.
-- Depois do que dona Ester falou, eu rezo para minha menina ficar com Camila. – juntou as mãos em prece. – Ela é decidida e uma boa mulher. Isadora também é, mas não tem a firmeza de Camila, tudo ela tem dúvidas. – José balançou a cabeça, e foi Daniel quem concluiu.
-- Como podemos fazer Cristina pensar assim? – olhou para Ester e ele mesmo respondeu. - Exorcismo? – José saiu e foi em direção a varanda, queria telefonar para Ulisses.
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-- Você é da família da senhora Melissa Cristina? – um dos médicos da UTI perguntou após retornar.
-- Ela é minha sobrinha. Algum problema? Ela piorou? – o jovem tranquilizou.
-- Calma... – sorriu amigavelmente. – Solicitamos um apartamento, acabou de receber alta. Está lá dentro cantando uma música, isso nos fez acelerar o processo.
-- Imagino que a música seja essa: “uma Melissa incomoda muita gente, duas Melissas incomodam muito mais...” – o médico deu uma gargalhada.
-- Ela é bem convincente.
-- E esse apartamento? Conseguiu? Ela vai sair agora?
-- Em no máximo meia hora, mas você quer falar com ela antes? Talvez consiga acalma-la, ou quando entrar, estará na octogésima segunda Melissa. – foi a vez de Enrico rir.
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-- Ei, o médico pediu para entrar e tentar lhe controlar.
-- Não estou incomodada, apenas retribuindo o bom pouso. – respondeu segurando o desânimo.
-- Vamos lá, levanta essa moral, escapou da morte.
-- Eu vi o sacana do Hades, e quando imaginei que pagaria a travessia ao tal Caronte, eis que volto ao mundo dos vivos.
-- Vou levar em consideração os efeitos das drogas usadas na sedação.
-- Estou horrível, não é?
-- Dá até para o gasto. – brincou. – Vou contar as novidades que rolaram enquanto você dormia. – contou tudo o que se passou, e sobre as buscas pelos dois homens da moto. O que mais a preocupou foi a sua ausência com o filho, nunca haviam ficado tanto tempo separados.
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-- Metade da polícia está atrás da gente, caçando e colocando nossas cabeças a prêmio.
-- Nós não temos medo. – Bruna respondeu sorrindo.
-- Um tiro na sua filha. – apontou para Timóteo que comia como se nada tivesse acontecido.
-- Não atingiu ela... – respondeu de boca cheia. – Na próxima vez pode ser que sim.
-- Vocês são loucos. – levantou-se e saiu.
-- Esse bebezão vai nos dá trabalho. – Timóteo comunicou apreensivo.
-- Eu posso leva-lo até onde quiser.
-- Bruna, você não está apaixonada né? – ela deu uma gargalhada alta.
-- Minha única paixão, fora o dinheiro é a vontade que tenho de matar aquele menino e provocar a dor e loucura de Melissa Cristina.
-- Por isso eu gosto das suas ideias. – bateram as mãos em cumplicidade.
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Isadora chegou ao hospital e procurou pelo número do apartamento que Enrico havia lhe passado. Ela bateu de leve e entrou, viu Enrico sentado próximo a cama da morena.
-- Mel... – chamou baixinho, com os olhos cheios d´água.
-- Isa, por favor, vai com calma, ela ainda está se recuperando.
-- Como assim ir com calma? – aproximou-se apreensiva.
-- Aproxime-se mais e chame por ela. – a loirinha fez o que lhe foi pedido.
-- Mel... – Melissa abriu o olho e a encarou com uma expressão de surpresa.
-- Quem é você? – olhou para Enrico e depois para loirinha.
-- Mel, sou eu, Isa.
-- Enrico, quem é ela? – a loirinha estava quase chorando.
-- Cris, ela é Isadora... Não lembra? Vocês namoraram... – Isadora o corrigiu.
-- Mel, nós duas... Você me salvou deste tiro, eu lhe amo. – Melissa permanecia com a expressão de surpresa.
-- Enrico, eu não a conheço. – Isadora tentou pegar em sua mão, mas ela puxou. – Melhor você sair.
-- Cris, não se lembra mesmo de Isadora? – a loirinha estava chorando.
-- Não me lembro de nenhuma baixinha loira, só tive mulherão na minha vida. – declarou sorrindo e Isadora a olhou firme e depois estreitou os olhos perigosamente.
-- Melissa Cristina, eu não lhe arrebento agora porque você salvou minha vida... – bateu com a mão no pé da morena. - Mas logo que sair, prepare-se. – ameaçou com os olhos ainda cheios d´água.
-- Vem aqui baixinha, quero me certificar que conclui com êxito minha missão. – Isadora a abraçou e lhe encheu de beijos.
-- Eu lhe amo muito Mel, não iria me perdoar nunca se acontecesse algo com você por minha culpa.
-- Não foi sua culpa, não queira levar os créditos de tudo.
-- Esse troféu vai para minha querida irmã e seus comparsas. – Enrico interrompeu com ironia.
-- Não esqueça do meu querido papai. – foi a vez de Isadora ser irônica. Melissa limpou o rosto da loira e puxou a mão menor para beijá-la.
-- Todos nós temos um “ser amado” nos desejando “coisas boas” a cada minuto. – falou com desdém.
-- Cristina, eu vou esperar seus pais. – alertou para que ela se lembrasse de Camila. Isadora olhou de um para outro e interrompeu a conversa.
-- Eu conheci Camila. – Melissa a olhou de forma avaliadora.
-- Por favor, comporte-se.
-- Não me diga que terei de sair do quarto.
-- Isadora, acredito que elas precisam conversar.
-- Isa, não posso simplesmente ignorar o que tenho e sinto por Camila. – explicou com cautela, esperando o momento da explosão.
-- Está bem. – concordou e os dois se olharam surpresos.
-- O que? – Enrico não acreditou.
-- Aguarda lá fora. – piscou e sorriu.
-- Eu não entendo essa loira, isso deve ser grave. – resmungou antes de sair.
-- Eu acho que vou pedir para me sedarem de novo. – falou apreensiva.
-- Fica quieta. – reclamou. – Mesmo dodói e toda inchadinha é linda. – Melissa a olhou com a sobrancelha erguida e fez a expressão que ela tanto amava. – Adoro essa cara de mau humor.
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-- Melissa Cristina, sua sorte que já é adulta, ou lhe deixaria de castigo por um bom tempo. – Daniel avisou a filha depois de beijá-la.
-- Também senti sua falta, papai. – falou sorrindo.
-- Por favor, fiquem quietos, quero curtir meu bebê. – Ester os interrompeu beijando-a. – Minha filha, como foi isso?
-- Ela estava com o pé frio em questão. – Daniel falou irritado.
-- Papai... – olhou de um para outro. – Eu fiz o que deveria ser feito.
-- E Camila?
-- Daniel, por favor...
-- Por favor? Cristina, você vai jogar o certo pela a incerteza e imaturidade daquela menina.
-- Papai, até alguns meses atrás ela tinha nome.
-- Daniel, Cristina... – revirou os olhos. – Nossa família sempre foi unida, não precisamos disso.
-- Estou vendo que você melhorou... – estava impaciente. – Vou sair para Camila entrar.
-- Ela está aí fora? – perguntou interessada.
-- Chegou com seu avô. – olhou para o marido. – Querido, por favor, deixe-me conversar com nossa filha um pouco. – ele saiu deixando-as sozinhas.
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Isadora observava Camila que conversava com José e Enrico.
“Ela realmente é linda.” – pensou enquanto a observava – “Tem um corpo bonito como o da Mel, formam um lindo casal... Eu mesma teria caído por ela.” – sorriu com o pensamento, Camila a olhou e ficou sem saber o que falar, José percebeu e a tirou da saia justa.
-- Isadora, precisamos colocar segurança para você.
-- Não precisa...
-- Eu já estou de olho nisso, papai.
-- E Enzo? Ele melhorou? – Isadora interrompeu a conversa e perguntou olhando direto para Camila.
-- Sim. – respondeu com um sorriso. – São os dentes, estão nascendo e ele fica irritadinho. – Isadora avaliou e viu que ela respondeu com espontaneidade, realmente se preocupava com a criança.
-- Ótimo! Cristina estava perguntando por ele. – Enrico interrompeu, temia as respostas da loirinha. - Poderia trazê-lo para visita-la.
-- Desculpa Enrico, hospital é cheio de doenças, ele ainda é muito novo...
-- Verdade meu filho, hospital não é lugar para criança, ainda mais novinha. – Isadora ouviu a tudo, ela nunca havia pensado por este lado, e foi obrigada a concordar.
-- Realmente, ela pensa como mãe. – pensou alto e apenas José ouviu.
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-- Meu amor, sempre fomos amigas... – segurou a mão da filha, acariciando-a. – Conversamos sobre tudo...
-- Eu sei mamãe, imagino o que vai me dizer agora.
-- O que vou lhe falar é sobre dignidade e respeito. Não quero e nem vou me meter na sua vida, mas peço que pense um pouco. Foi você quem insistiu em uma relação com Camila, então respeite o que tiveram. Ela também está sofrendo, não só com este incidente, mas tem as evidências de que você e Isadora estavam juntas.
-- Mamãe, não vou mentir: estava com Isadora e quando vi que ela corria perigo, não pensei duas vezes. – apertou a mão da mãe. – Só que imaginar minha vida sem Camila, não é fácil. Alguém pode amar duas pessoas ao mesmo tempo? – Ester passou a mão pelo rosto inchado da filha e forçou um sorriso.
-- Eu não sei. – respirou fundo. – Passei minha vida amando um só homem.
-- Isadora é a pessoa que amei sem explicação. Impulsiva, às vezes imatura, mas ao mesmo tempo meiga e linda. – olhava fixamente para mãe. – Camila é independente, inteligente, decidida e companheira, além de linda. Ela me deu um baita trabalho no começo e conquistou meu amor.
-- Não sabe o que fazer?
-- Sei... Eu sei o que fazer, mas não tenho coragem de ficar sem ela.
-- Se sabe o que quer, vá em frente. – voltou a esfregar a mão da filha. – Seja sincera, não a machuque. – beijou a filha e saiu.
Ester foi até a sala de espera, olhou para Camila e pediu que entrasse, Melissa estava esperando. As duas mulheres se olharam, como se prevendo o que vinha pela frente, e, em seguida, as duas olharam para Ester que deu passagem para Camila.
-- Posso entrar? – a médica perguntou colocando a cabeça para dentro do quarto, Melissa sorriu.
-- Claro. – esticou a mão que foi recebida. – Fiquei preocupada com vocês, mamãe disse que ele não passou bem a noite. – falou após beijar a mão da médica.
-- Consegui leva-lo na pediatra... – sorriu. – Ela concluiu que são os dentinhos nascendo. – Melissa sorriu com dificuldade. Camila passou a mão com delicadeza pelo seu rosto. – Eles cortaram seu cabelo?
-- Disseram que foi preciso, rasparam um pouco para cirurgia.
-- Nasce logo. – passou o dedo pela sobrancelha da morena. – Está cheia de hematomas... – contornou o rosto angular.
-- Estou horrível com este inchaço, um olho tapado e o outro vermelho, até parece que virei vampira. – sorriu. Camila permaneceu contornando o rosto angular, queria decorar cada traço dele, sabia que não havia mais volta.
-- Logo esse inchaço passa e você volta a boa forma. – Melissa beijou a mão da médica. - Deixou todos preocupados com essa loucura. – olhou dentro do olho azul. – Precisa pensar que tem um filho.
-- Eu sei... – acariciou a mão que segurava. - Camila, conversei com mamãe antes... – pensou como iria falar. – Se me acontecer alguma coisa...
-- Mel... – a interrompeu.
-- Não. – apertou a mão da médica. – Eu quero que você cuide de Enzo.
-- Não vai acontecer nada com você, está bem?
-- Cam, eu não vou deixar isso barato, sabe disso né?
-- Por que?
-- Porque amanhã pode ser com você, Enzo ou meus pais.
-- E você não estará por perto para receber a bala. – concluiu com ironia.
-- Camila...
-- Agora eu que vou lhe falar não. – soltou a mão de Melissa e se afastou um pouco. – Melissa, eu sei o que aconteceu... – passou a mão no rosto. – Vocês voltaram. – permanecia firme, Melissa não sabia o que falar. – Ester pediu para ficar com Enzo até você voltar, seu avô resolveu triplicar a segurança entre nós dois.
-- Imaginei. – a olhou firme. – Camila, eu lhe amo...
-- Não o suficiente para ficarmos juntas. Imaginava que seria assim, mas lá no fundo sonhava com a ideia de lhe fazer esquecê-la.
-- Eu tentei.
-- Quando aconteceu? Desde o sítio?
-- Não! – respondeu preocupada. – Camila, eu não estou certa sobre tudo isso. – a veterinária lhe encarou.
-- Não está certa... – sorriu com sarcasmo. – Vocês ficaram e não sabe se está certa?
-- Não faz assim. – pediu quase chorando.
-- Não vou falar de confiança... – limpou os olhos cheios d´água. – Uma questão de estar ou não por completo com a pessoa que ama. – Melissa estava chorando. – Talvez... Talvez se fosse Isadora você nunca a trairia, não é mesmo? – Melissa permaneceu em silêncio. – Comigo foi diferente, não existe o amor...
-- Eu lhe amo Camila, não duvide disso.
-- Não existe o amor na dose certa, ele transborda... Amor verdadeiro, aquele que lhe faz ser de uma única pessoa, preenche todos os seus espaços, quando é assim, não rola traição. O que posso fazer? – deu de ombros e forçou o sorriso. – Mandar flores no dia do casamento.
-- Não fala isso Cam...
-- Não vai casar? Por que? Prefere viver pela metade?
-- Eu não sei o que fazer da minha vida. – respondeu desanimada.
-- Então converse com Isadora, pense no que for melhor, mas por favor, não afaste Enzo de mim... – limpou as lágrimas. – Pode parecer ridículo, mas eu me apeguei a ele, como uma mãe de verdade. – Melissa puxou sua mão e segurou forte, fitando-a nos olhos.
-- Estava falando a verdade sobre confiar meu filho a você. Antes de tudo isso acontecer, no dia que viajou com vovô, pedi a Mariana para entrar com o pedido de inclusão do seu nome na certidão de nascimento dele. – beijou a mão da veterinária. – Enzo sempre será seu filho, eu confio e respeito o amor de vocês dois. – Camila não aguentou a emoção, estava chorando. – Ele lhe reconhece mais do que a mim. – estava sorrindo e chorando ao mesmo tempo.
-- Melissa, eu não quero que comece sua vida com Isadora assim, ela não vai aceitar.
-- Ela não tem o que aceitar... Camila, Isadora conheceu Enzo este mês. Não posso obriga-la a aceitar esta responsabilidade, mas queria muito que você mantivesse este vínculo com ele por toda a vida.
-- Eu quero... – estava insegura.
-- Então?
-- Isso significa permanecer na sua vida, também.
-- Significa que terei sempre uma pessoa que ama meu filho tanto quanto eu, para me ajudar a cria-lo. – Camila fez um sinal positivo com a cabeça e se abaixou para beijar o rosto da morena que desviou e lhe beijou na boca. – Nunca duvide do que tivemos. – ela ficou em silêncio e saiu. – Eu lhe amo.
-- Mas... – afastou-se. – Escolheu Isadora. – soltou a mão de Melissa e saiu, deixando-a sozinha.
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-- Estão demorando. – declarou baixinho, só Enrico ouviu.
-- Pelo amor de Deus Isadora, a situação não deve ser fácil para Cristina.
-- Acha que ela vai desistir? Camila é linda, independente, decidida e trabalham juntas. – Enrico a olhou de forma avaliadora.
-- Sério que está insegura? – perguntou com deboche.
-- Não enche Enrico! Está parecendo Francisco. – o tio de Melissa deu uma gargalhada.
-- Às vezes é bom vê-la como ser humano. – declarou sorrindo. – E Francisco? – ela deu de ombros.
-- Eu insisti que fosse aproveitar as férias. – Camila saiu do quarto e seus olhos se conectaram. Uma queria ler os pensamentos da outra.
-- Camila, vamos para casa? – Daniel perguntou um pouco impaciente, todos haviam percebido a expressão da médica e seus olhos.
-- Não vai mais entrar para falar com sua filha? – ele olhou para a esposa e depois para Isadora.
-- Ela não precisa de mim. – Ester olhou para Camila, pedindo apoio.
-- Então eu vou. – declarou forçando um sorriso, preferiu respeitar o momento de Daniel. – O senhor vai ficar? – perguntou a José.
-- Eu vou ter que resolver algumas coisas. – Camila olhou com dúvida para o velho homem que desviou o olhar, ela realmente o conhecia.
-- Está bem. – concordou pensativa. – Isadora, a Mel está lhe esperando. – a loirinha lhe olhou surpresa e sem palavras. As duas se mediram e Camila forçou o sorriso. – Não vai entrar?
-- Eu... Eu queria lhe agradecer por tudo. – a morena apenas concordou com a cabeça e aceitou o braço de José que estava ao seu lado apoiando.
-- Precisamos ir, quero descansar um pouco. – sorriu. – Não consegui dormir a noite preocupada com esta teimosa aí dentro. – Isadora se despediu deles e entrou.
-- Minha filha jogou a felicidade fora. – lamentou para Ester e Enrico.
-- Vamos torcer para que a decisão dela seja a certa. – Ester respondeu.
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-- Ela está internada. – Joaquim justificou.
-- Mais um ponto para nós.
-- Bruna, aquele hospital tem um verdadeiro exército, assim como naquela casa.
-- Eu derrubo aquele hospital em pouco tempo e termino o serviço que aqueles incompetentes não concluíram. – olhou para Bruna. – Deve puni-los.
-- Eles receberam o merecido pagamento. – Timóteo sorriu e se aproximou.
-- Quanto eles receberam?
-- Um calibre trinta e oito cada. – revelou as gargalhadas.
-- Bruna... – estava sorrindo. – Se continuar assim ficaremos sem homens. – Joaquim olhou de um para outro, estava realmente com medo dos seus parceiros, pensava em uma forma de pular fora quando foram interrompidos por um dos seguranças.
-- Dona Bruna, seu pai está gelado e todo suado. – ela estava sentada, bebendo um suco e ao receber a notícia não manifestou qualquer emoção.
-- Deve ser uma hipoglicemia. – Timóteo adiantou.
-- Ele não está comendo direito. – foi a vez de Joaquim declarar com preocupação.
-- Dê um refrigerante com mais algum doce para ele.
-- Bruna, ele precisa de um médico, isso não será suficiente.
-- Joaquim, eu dei tudo a ele que foi ingrato. Não arriscarei minha cabeça pela saúde de ninguém. – olhou para o segurança. – Dê refrigerante e algo mais para que suba essa glicemia. Se for preciso, faça-o engolir açúcar.
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-- Oi. – Isadora entrou no quarto e viu uma das técnicas de enfermagem ajudando Melissa a sentar. – Vai trocar o curativo?
-- Ela vai me ajudar no banho. – fez uma careta. – A situação aqui tá complicada. – declarou sorrindo. Isadora olhou para jovem mulher.
-- Não precisa de ajuda, minha filha. – colocou-se entre as duas. – Deixe que a levo até o banho.
-- Não pode molhar os curativos e...
-- Pode deixar, eu tomarei cuidado. – não deixou a jovem concluir a explicação. Melissa segurava a vontade de rir.
-- Quando acabar, a senhora precisa me chamar, não pode ficar com o mesmo curativo, ou poderá infeccionar. – explicou para Melissa.
-- Pode deixar, eu tenho interesse de sair logo daqui. – a moça saiu, deixando-as sozinhas. – Isa, você tem que segurar esse ciúme, ela só queria me ajudar. Estou horrível com estes curativos, braço imobilizado, olha esse rosto...
-- Não acredito nisso. – retirou a camisa da morena. – Não sei se sabe, mas é a mulher mais linda que conheci, uma deusa. – beijou os lábios da morena. – E esse inchaço passa, não é permanente.
-- Sei.
-- Consegue ficar em pé?
-- Claro. – sorriu. – Não fui baleada nas pernas.
-- Ficou muito tempo deitada, tem que cuidar para não ficar tonta.
-- Só fico tonta quando uma loirinha espevitada entra em rota de fuga ou autossuficiência. – foi irônica.
-- Conversaremos depois de sair daqui. – Melissa beijou a ponta do nariz da loira.
************************************************
Vanessa chegou ao hospital e se encontrou com Enrico que estava sentado, entretido com a leitura de um livro.
-- Boa noite! – ele levantou a cabeça e viu a delegada.
-- Vanessa Caládio? – ela sorriu.
-- Pensei que não iria me reconhecer.
-- Meu pai falou que esteve na casa de Daniel hoje. – sorriu. – E você não mudou muito, só ficou mais bonita.
-- Como sempre um galanteador. – abraçaram-se. – Fiquei sabendo da sua descoberta paterna. – disse brincando.
-- Quem iria sonhar com isso?
-- Difícil, ainda mais ele que sempre foi homofóbico.
-- Aquela história do telhado de vidro. – fez careta. – Veio visitar Cristina?
-- Sim e não. – ajeitou a bolsa. – Eu quero conversar sobre o tiro será que ela tem condições de me responder algumas perguntas?
-- Isadora está ajudando-a no banho. Senta um pouco. – apontou a cadeira.
-- Camila não está com ela?
-- Esqueci que você a conhece. – coçou o rosto. – Bem, como elas não fizeram segredo para ninguém, posso falar: as duas terminaram.
-- Sério? – perguntou com um sorriso largo.
-- Alguém não sabe disfarçar a alegria com a notícia.
-- Camila sempre foi certinha, cheia de respeito e essas bobagens. Ela estudou com meu irmão, e sabe aquela bobagem de “irmã de amiga meu é homem”? – Enrico sorriu com a frase.
-- Conheço bem essa frase.
-- Pois é... Eu sempre gostei dela, mas nunca me deu mole. – ela coçou a cabeça e sorriu. – Quem sabe agora tenho chances?
-- Quando falei com Mauricio, ele disse que você estava com alguém.
-- Tentei, viajei para passarmos um Natal dos sonhos em Paris, mas...
-- Cidade certa com a pessoa errada. – Enrico concluiu sorrindo.
-- Exato! – sorriu. – Quem sabe agora com Camila sozinha... – piscou para o moreno.
-- Boa sorte então. – respondeu sorrindo.
*************************************************
-- Dona Bruna, seu pai piorou.
-- Bruna, precisa leva-lo ao hospital.
-- Ele é velho, vai se arriscar por um cara que não tem mais investimento? E digo mais, se tiver de lhe entregar, fará isso sem pensar duas vezes. – Bruna ouviu o que Timóteo lhe falou e pensou por alguns segundos.
-- Tem insulina aí? – perguntou a Timóteo.
-- Tenho. – respondeu sorrindo. – Eu sou dependente dela.
-- Se aplicar insulina no seu pai vai mata-lo. – Joaquim avisou, estava preocupado.
-- Digamos que é uma questão de ângulo. Se pensar bem, estou aliviando suas dores e seu sofrimento.
-- Não faça isso. – pediu baixinho.
-- Joaquim não se meta, este assunto é entre pai e filha. – o moreno balançou a cabeça e saiu em direção ao carrinho de bebidas e se serviu de uísque.
-- Farei a insulina nele e depois precisamos conversar.
-- Acredito que se pegarmos o garoto teremos todo o jogo em nossas mãos.
-- Vamos manter isso longe de Joaquim, não confio mais nele.
-- Peso morto? Jogamos no lixo ou na rua.
-- Ou tornamos morto. – declarou sorrindo.
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-- Depois de tantos anos, vê-las juntas de novo. – declarou após entrar no quarto e pega-las se beijando.
-- Não é uma boa cena? – Isadora perguntou sorrindo, havia reconhecido a delegada.
-- A melhor do mundo. – respondeu empolgada. Melissa estranhou a felicidade da delegada.
-- Ficou tão feliz assim por nós duas?
-- Também. Cris, eu preciso que me ajude a encontrar esta maldita moto. – Isadora foi a primeira a falar e explicar como tudo havia acontecido. Melissa fez alguns comentários ajudando-a a montar o quebra-cabeça de informações. – Acha que Camila também é alvo? – dirigiu a pergunta a Melissa.
-- Eles querem me afetar de qualquer maneira, sabem que Camila está ligada a mim. – avaliou a expressão de Vanessa.
-- Então...
-- Não precisa se preocupara com ela, meu avô colocou seguranças para acompanha-la.
-- Prefiro eu mesma me certificar sobre isso. – respondeu com firmeza. Melissa não gostou do que ouviu, no entanto, Isadora parecia empolgada. O telefone da delegada tocou e ela atendeu, foi monossilábica, logo depois desligou.
-- Algum problema? – Vanessa olhou pensativa para as duas. - Aconteceu alguma coisa? – ela não sabia o que falar.
-- Vamos Vanessa, fala logo. – Melissa estava preocupada com a expressão da delegada.
-- Ligaram agora, encontraram o corpo de Artur Borges. – as duas mulheres se olharam e Melissa tentou se levantar, Isadora a impediu.
-- Isa, Enrico precisa de ajuda.
-- Calma, ele ainda não sabe...
-- Está lá fora.
-- Vamos chama-lo antes que saiba por alguém. – Isadora adiantou.
-- A polícia associou a morte dele a sua tentativa de homicídio, logo seus amigos serão avisados e ele também.
-- Chame-o aqui.
Fim do capítulo
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Thaly
Em: 14/02/2018
Mari vc não está sozinha rsrsrsrs sou do clube a favor da Camila kkkk, infelizmente não deu né? Concordo com vc que tudo nessa vida evolui e que o passado nos ensina para não erramos outras vezes, mas a maioria das pessoas acham que o primeiro amor sempre será o mais forte e verdadeiro e as vezes não se dão a oportunidade do novo, bom espero que a Mel seja feliz com a sua escolha e autora parabens bjs.
Resposta do autor:
Oi meninas, estou com vocês, eu sou mais Camila. Isadora perdeu a oportunidade. Essa vida é curta e cheia de altos e baixos para perdermos as oportunidades. Team Cam. Beijos
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Mari os
Em: 13/02/2018
Amo essa história!
Provavelmente eu sou a unuún pessoa que acha que a Mel deveria ficar com a Camila. Nada contra a Isa, mas acho que como tudo na vida, as coisas andam, evoluiem e assim que parece a relação da Mel e da Camila....
Mas é isso aí, amo a história de qualquer jeito!!!
Resposta do autor:
A fila anda... Concordo! Camila é mais madura e ideal para Melissa. Bjs
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patty-321
Em: 13/02/2018
Que dupla diabólica: pai da isa e a Bruna, foi capaz de matar o próprio pai. Énrico vai pirar. Ele vai se culpar por não ter pensado q a maldita tava na casa do pai. Mel acordou fazendo graça com a Isa. Muito legal, saudades demais da interação dessas duas. É unica essa cumplicidade. Camila é maravilhosa e entendeu td sem muitas explicações. Gostei da delegada, me parece ser durona como a Mel. E a Isa deu uns catiripapos e um chrga pra lá na famigerada alicia. Ufa. Acordou geral nossa baixinha teimosa. Entendeu q a vida é myito curta pra ficar longe do potinho de mel. Bjs.
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Baiana
Em: 13/02/2018
Que capítulo porreta! Confesso que antes fui ler os comentários para ter uma noção do que me aguardava,uma falava de uma personagem nova,possível/futuro par de Camila,outra dizia que a Isa e a Mel não ficariam juntas,para o tico e o teco não pirarem,fui ler o final do capítulo kkkk
Tadinha da Mel,dividida entre dois amores,mas fez a escolha certa,ela só teria a felicidade pela ao lado da baixinha,e a Camila acertou,se ela estivesse com a Isa,ela jamais a trairia,a Isa é a tampa do pote de Mel,e nenhuma outra serve. Por falar na Isa,pelo visto ela amadureceu, reconheceu a importância da Camila para a Mel,e principalmente para o Enzo,como mãe,e creio que vai respeitar a vontade da morena,em oficializar isso,agora o menino terá três mães.
Camila e a delegada! Ta ai um casal que boto a maior fé! Mas será que a Mel vai segurar o ciúme e o sentimento de posse?
Resposta do autor:
Como assim? KKKKKKKKKKkk Infelizmente não temos muitos comentários para você tira uma temperatura do que irá acontecer. Bjs
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Mille
Em: 13/02/2018
Oi Rafa
Será que o Joaquim uma vez na vida fará algo bom??? Torcendo que ele ajude a salvar o filho deste dois psicopatas.
Personagem novo e espero que ela consiga conquistar a Camila.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Eu não confio em Joaquim e nos seus queridos amigos Bruna e Timóteo, acredito que eles irão se devorar depois. Bjs
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