Capítulo 1
A cidade amanheceu agitada e barulhenta,algo que já era normal mas que nessa manhã estava pior que de costume.
Feliz ou infelizmente é bem ao lado desta movimentada avenida que reside a agente federal Júlia Ribeiro,mulher forte e decidida que nunca abaixava a cabeça pra nada nem ninguém. Atraía olhares por onde passava e não era pra menos,aos vinte e oito anos é uma morena linda de um físico bem definido,1.70m de altura com olhos negros e penetrantes. No seu trabalho é séria e dedicada,na verdade é a melhor no que faz.
Capitã de um dos grupos do serviço de inteligência brasileira (SIB),tendo sua equipe formada apenas por mulheres. No quartel é considerada a mais forte e bem treinada,admirada por algumas e invejada por outras. Nunca foi de beber e cair na noite como suas colegas faziam em dias de folga,ás vezes ia junto porque insistiam demais. Seus relacionamentos não duravam muito pois gostava de estar só sem ninguém pondo "coleira em seu pescoço".
Na noite passada havia ido a uma comemoração em homenagem ao aniversário de seu chefe,estava acabada e com sono mas mal fechou os olhos e o barulho de pessoas gritando a acordou. Desnorteada pegou seu celular para ver as horas...sete da manhã.
- Eu mereço. Diz se levantando para ir ver qual o motivo de tanto alvoroço.
Da janela viu um grupo de pessoas com faixas e cartazes protestando a abertura de uma empresa de laboratórios que pesquisavam armas virais e biológicas.
"Prefeito não enrola manda eles embora",repetiam sem parar. Resolveu tomar banho e ir para o quartel já que não conseguiria dormir mesmo.
Por conta da manifestação o trânsito estava ainda mais lento o que a deixou ainda mais mal humorada só conseguindo chegar quase uma hora mais tarde.
- Achei que não viria mais!. Era Lucia,sua melhor amiga e membro de sua equipe. - Por quê demorou tanto?
- Por causa disso. Apontou a TV do refeitório onde passava o noticiário da manifestação.
" Queridos eleitores,compreendo o medo de vocês mas garanto que não há motivos para preocupação. A Bio Corporation conta com um rigoroso sistema de segurança que protegerá a todos e não permitirá qualquer incidente que possa vir a ocorrer.
Voltem para suas casas,estamos todos seguros. Obrigado!". O prefeito tentava acalmar a multidão.
Desviando os olhos da TV Lúcia pergunta: - E então,tá pronta pro treino? Tô afim de te dar uns tapas hoje.
- Essa eu quero ver. Júlia sorri
Na academia de treinamento Júlia e Lúcia se encaravam cada uma estudando os movimentos da outra até o momento em que Lúcia parte para uma sequência de socos e chutes que a morena incrivelmente consegue defender todos. Júlia observava sua parceira esperando o momento exato para contra atacar,não demorou muito e a outra estava no chão derrubada por uma rasteira que levou enquanto estava distraída,na verdade foi tão rápido que ela nem viu.
Júlia= Acho que por hoje chega né?.Disse lhe estendendo a mão.
Lúcia= Ainda acerto você.
Júlia= Claro que sim. Disse lhe rindo.
Seguiam para o banheiro no vestiário quando Lúcia parou para conversar com uma moça,a morena continuou andando por peceber que o assunto era particular.
Tomou seu banho e trocou se,quando ia saindo encontrou sua amiga quase nua parada à sua frente. Ficou a encara lá um tanto constrangida,ela não perdia a mania de fazer isso.
Lúcia= Que foi,quer tirar uma foto? Ou talvez queira olhar mais de perto. Disse aproximando se com um rebol*do,sabia que a amiga sempre corava com isso e adorava atormentá lá com essas brincadeiras,uma forma de se vingar por sempre perder nos treinos.
Júlia= Você não faz bem meu tipo. Diz então se afastando.
Lúcia= Nem você o meu,gosto de mulheres mais velhas. Piscou e entrou pro banho. - Hei me espera pra você me dar uma carona. Gritou
Júlia= Tá,só não demora.
Quinze minutos depois,andavam rumo ao estacionamento quando uma moça parou Júlia.
- E então,fiquei esperando você me ligar. Quando vamos sair de novo?
Júlia= Eu ando meio ocupada mas a gente se ver por aí. Disse tentando se livrar da garota.
- Vou esperar. Disse a moça e se afastou rindo.
Lúcia= Você hein,quem você ainda não pegou daqui?
Júlia= Além dos homens...Você e o resto da minha equipe. Disse rindo
Lúcia= É,só porque somos amigas.
Júlia= E você é muito feia. Sorriu
Na verdade,Lúcia de feia não tinha nada. Loira dos olhos verdes,alta,corpo esbelto e tinha a mesma idade de Júlia. Se conheciam desde pequenas e eram melhores amigas,estudaram e se formaram juntas. Sempre tiveram o sonho de ser agentes federais e conseguiram.
Júlia porém sempre foi mais séria e se irritava com facilidade,Lúcia no entanto era mais animada e simpática,claro que no trabalho era compenetrada e sabia cumprir ordens mas fora dele era pura animação.
Deixando Lúcia em casa a morena seguiu para a sua e aliviou se ao notar que o trânsito estava calmo e sossegado,parou o carro na garagem e foi direto pro quarto,estava cansada e só queria dormir. Pôs o revólver sobre a escrivaninha,tirou as botas e deitou se.
- Finalmente paz. Disse e adormeceu logo em seguida,não sabia ela que uma pesquisa do outro lado da cidade acabaria com essa paz à qualquer momento.
Na Bio Corporation....
- Doutor Nelson?
- Sim
- Poderia dar uma olhada aqui por favor?
- O quê foi?
- Olha isso,o vírus que desenvolvemos está causando uma mutação nas células do rato usado como cobaia. Ele havia morrido quando aplicamos a injeção mas agora está dando leves espasmos enquanto suas células se re constroem.
- Isso é bom,mas parece que está muito lento. Quero que aumente a potência do vírus para agir três vezes mais rápido.
- Mas doutor a potência já está alta,se aumenta lá três vezes será perigoso.
- Você não é pago para dar opiniões e sim para cumprir minhas ordens portanto faça o que estou mandando.
- Sim senhor.
O doutor Nelson Williams é um cientista ambicioso que não mede esforços para conseguir o que quer,aos 43 anos conseguiu montar um laboratório alegando a produção de remédios e armas super desenvolvidas mas que na verdade só serve de fachada para a pesquisa e desenvolvimento de um vírus muito perigoso,o Rvírus(vírus reanimador).
Sua esposa morreu há três anos e ele ficou apenas com sua filha Karen de dezessete anos,sempre fora um homem racional porém com a morte de sua esposa ficou com uma idéia fixa de reverter a morte.
Mesmo tendo prometido à filha parar com as pesquisas ele as desenvolvia secretamente no laboratório da empresa. O que ele não sabia era que ao invés de trazer a vida ele levaria a morte para si e para muitos outros inocentes.
Fim do capítulo
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