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Um divino amor. por SrtaM

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Palavras: 4967
Acessos: 1913   |  Postado em: 02/02/2018

Notas iniciais:

Essa é a minha primeira história. Espero que gostem.

Esta é uma obra original. Qualquer cópia feita sem o devido consentimento da autora está sujeita a penas legais.

Este romance não é recomendado para menores de dezoito anos.

Boa leitura!  :)

Apenas uma linda e comum manhã.

     Numa manhã em especial na Grécia Antiga (que é onde nossa história se passa) a deusa Aurora resolveu se destacar no céu,fazendo sua carruagem de fogo brilhar mais do que nunca. Era uma linda manhã!Os raios solares,ansiosos,invadiam todos os cantos dispostos a despertar a todos. No castelo de Ciros,eles chegaram sorrateiramente adentrando num lindo quarto para acordar a bela Atalanta...Espera! Ela já está acordada!

     Atalanta...Uma bela jovem com cabelos sedosos castanho escuro e levemente ondulados,pele bem bronzeada  naturalmente e ,também,devido às carícias do Sol. Seu corpo era simplesmente magnífico! Sempre fora um objeto de cobiça e muito bem estruturado devido às corridas da bela moça. Aaahhhhh... As corridas. Sem dúvida , era a maior paixão de Atalanta, de tal forma que essa era sua única paixão. Desde pequena, sempre correra ,e, muito velozmente. Sua velocidade era uma dádiva dos deuses. Nunca houve um mortal que conseguira ,ao menos, atingir metade de sua rapidez.

     Lá estava ela ,muito bem acordada, pondo suas vestes de seda fina tecida por Aracne, a melhor tecelã que houvera,para facilitar sua corrida. "Sua corrida é uma oferenda aos deuses ,minha querida'' sempre dizia seu pai Esqueneu .Falando nele,foi com o próprio que Atalanta se encontrou ao passar pela gigante sala com paredes de pedras polidas à mão :

     --Minha filha,bom dia!Já vais sair? Está muito cedo!- Perguntou Esqueneu,percebendo os passos apressados e um tanto furtivo de sua jovem corredora

     --Bom dia , meu pai! Sim, estou de saída.Esse Sol é um convite da deusa Aurora convocando todos os mortais para seu banquete da vitalidade!-Disse  Atalanta, com um ar de otimismo que abusava de sua juventude 

     --Hmmmm...Não estava sabendo de tal evento-Disse Esqueneu com uma expressão de dúvida com uma mão sustentando o queixo e olhando para cima ,como se tivesse conversando com o próprio vento-E oque será servido nesse tal evento?

     --Ar puro e fresco,uma boa paisagem  e ,como sobremesa, um clima agradável!-Disse a velocista inalando profundamente o ar puro e com um sorriso tão radiante que competia com o próprio Sol.

     --hahahahahaha-Ria o homem com alguns traços de velhice. Seu sorriso era um matrimônio perfeito entre alegria e prazer-Desde quando minha filha se curva aos deuses?-indagou  Esqueneu,entrando na brincadeira.

      --Ora ,papai, nunca pararia minha vida para servir um deus sequer,mas se alguns dos meus atos independentes acabar agradando aos deuses,bom para eles-Dizia Atalanta dando de ombros , mas com um quê de determinação

      --Hahahaha...Claro minha filha-Dizia o homem já levantado e com as mãos em cada ombro de sua filha-Agora vá ,Atalanta, pois uma ninfa da terra me disse que Ceres(Deusa da terra,fertilidade,plantio,colheita,etc..) se agrada de suas corridas ,pois acaba adubando a terra para o plantio.

     --Bleeehhhh.-Foi a única coisa que Atalanta dissera acompanhada de uma careta de tédio antes de sair,deixando para trás um velho pai sorridente a sua espera para o almoço.

 

 

                    --------------------

 

 

     --Heeeiiiiaaaahhh!-Ecoava uma voz por toda a floresta ,como que um brado de guerra, fazendo com que todos os animais temessem , pois eles sabiam de quem era essa voz:Era da deusa Diana da caça montada em seu cavalo!-Vamos!Esse cervo é o último animal dos meus escolhidos para caçar hoje!-Dizia a deusa perseguindo o animal junto de suas belas ninfas que viam logo atrás

     De todas as deusas , Diana tinha uma beleza inigualávelmente única , pois diferentemente de Vênus, não era uma beleza delicada e invariável. Era uma beleza rígida e feroz que era esculpida a cada dia para ficar mais bela. Seu corpo atlético possuía várias curvas . Seus cabelos negros como a noite e a escuridão misteriosa de uma caverna. Seus olhos que eram por vezes azuis e por vezes verdes soavam como uma metáfora de sua própria personalidade espontânea. Sua vitalidade,destreza e força eram evidentes e sempre a disposição para serem extravasadas sem moderação pela Deusa.Diana estava como de costume , fazendo seu ritual da caça , porém dois dias adiantados , porque "Esse sol radiante é um convite da deusa Aurora convocando todos os seres para seu banquete da vitalidade!" Assim disse a Deusa para suas ninfas antes de sair puxando-as para o ritual .

     --Veja ,Diana! O cervo está se escondendo no meio desses troncos secos e íngrimes-Disse uma das ninfas que estavam com Diana em seu ritual montada em seu cavalo apontando para o local onde o pobre animal tinha adentrado.

     --Ele pode ter se escondido , mas posso rastreá-los pelo barulho de seus passos!-Disse Diana com um a determinado e impregnado de orgulho

     --Whoaa!-Exclamaram as ninfas uníssonas, que se dislumbravam com os dons de Diana-Viva à Diana da caça!

     Diana com um sorriso involuntário no canto da boca, o que era uma das muitas evidências de seu orgulho e prosa, se destacou das demais ninfas,avançando com seu cavalo, para alcançar o cervo:

     --Vamos lá... Consigo sentir o som de suas patas tocando nas folhas secas no chão. - Dizia a Deusa com sua cabeça voltada para cima e com olhos fechados. Um típico sinal de concentração, que fez com que nenhuma das ninfas ousassem a proferir um barulho se quer,nem de respiração,não apenas pela concentração de Diana,mas sim para a concentração delas mesmas em contemplar a beleza da divina caçadora. -O ritmo de seu galopar é tão belo ,pequeno cervo,que depois de te matar,dar-te-ei uma honra digna de seu fôlego e sagacidade, pedindo a Pã para que faça uma música bem melódica e de tom triunfante com esse seu ritmo estupendo! - Sentenciava a caçadora dos caçadores,agora, com seu arco e flecha dourado já preparado para disparar.

     Diana precisava com exímia excelência o batuque das patas do animal, conciliando seus passos cheios de desespero com a flecha  já mirada dela. Não era possível ver ,de fato, o cervo ,mas ela sabia onde ele estava,  e sua flecha era mais do que o suficiente para penetrar por todos os troncos para até, enfim, atingir o corpo do animal.

caçando, todos os seres vivos que sabiam correr , isso o fazia, mas sempre prestando reverência à Deusa. Pelos lugares por onde a grande caçadora passava , eram deixados como rastros , uma trilha de clima quente e abafado, devido ao ar de determinação que a divina mulher exalava de suas narinas, tirando o excesso de seu fôlego voraz.

     Quando Diana estava prestes a soltar a corda de seu arco, para que , enfim, pudesse abater o animal, o ritmo da corrida do animal se misturou com um ritmo de uma corrida muito mais veloz que a dele, descompassando o resultado sonoro.A princípio , Diana conseguira discernir as vibrações do cervo da outra que vinha de um animal,pensava ela, muito mais veloz. Na verdade, nem era mais preciso , pois o pequeno cervo já tinha dado o ar da graça de aparecer visualmente, como que já sabendo seu destino, mas ainda sim, correndo rapidamente, pois ele bem sabia,assim como todos, que a Deusa da caça odiava trabalhos fáceis. Odiava ganhar algo de ''mão beijada''.No exato momento que Diana ia soltar o arco; No mesmo momento que a Deusa atingiria sua presa, ela sentiu aqueles passos velozes de outrora impregnar seus ouvido, fazendo seus pelos se arrepiarem ,como se estivessem curiosos para saber de que animal deveria ser essas patas. Por um lapso de segundo, Diana deixou seus sentidos se deslumbrarem por essa tal rapidez , fazendo com que aquela agitada vibração inundasse seu interior através do portal de seus sentidos

     O descuido da Deusa foi o  suficiente para que, ao lançar sua flecha dourada, errasse o alvo gravemente,fazendo com que toda a floresta se silenciasse temendo algum surto da Deusa , pois isso nunca acontecera antes , e ,também,para tentar entender o que acabara de ocorrer,vendo que a flecha tinha voado sem atingir um tronco se quer e para bem longe do alvo. Bem longe de todos.

     As ninfas ficaram sem reações - Algumas se mantinham imóveis, enquanto outras mantinham suas mãos na boca, como que se de dentro dela fosse sair a alma de cada uma, mas o  elemento que unia todas; O sinal comum a todas; com certeza eram seus olhos arregalados.

     Modéstia,de fato, nunca fora uma virtude de Diana.Tal erro fora fatal para seu ego, do qual ela tanto cuidava,prezava e adorava como se fosse um Deus:

--Eeeerrrrrr...- Sonava  a Deusa , que estava,até agora ,imóvel  como uma estátua de Medusa, a terrível Górgona. Pudera apenas emitir esse som com um misto de confusão e vergonha, e mexer  os olhos ao redor do local do desastre, o que fazia com extrema rapidez, como que procurando algo para falar e quebrar o silêncio, e, que ao mesmo tempo , a retirasse desta garfe-"Por certo, a flecha que saiu voando mais que uma garça , acabou atingindo meu orgulho''- Pensava Diana-Bem...- Começou a dizer com um suspiro de olhos fechados e dando de ombros, tentando recobrar um pouco a compostura que fora violentamente assaltada pelos passos mais que velozes de algum outro animal, assim julgara ela - O que Diana da caça não caçou nenhum mortal caça! - Bradava a Deusa com um ar de determinação que , na verdade , se contorcia de vergonha por dentro,mas contagiou todas as ninfas e os animais ao redor de animação e reverência

     --Whooaaaaa!- Exclamavam elas , possuídas pela admiração- O quão sabias são suas palavras , ó , Deusa Diana!- diziam todas

     --Ser Deusa não se restringe em nunca errar, mas sim em nunca deixar que um mortal acerte em seu erro- Dizia Diana , percebendo que sua persuasão surtira efeito , enchendo , de novo, seu peito do mais genuíno orgulho- Dafne!- Referiu-se  Diana a uma das ninfas - Escreve tu isso o que acabaras de ouvir sendo proferindo dos meus divinos lábios, e depois dê a Iolaus , aquele  exímio contador de histórias , para que todo o Éfeso ... Não... Toda a Grécia saiba, e incremente essa história nos rituais dedicados a mim , principalmente minhas sacerdotisas !- Dizia a Deusa muito rápido sem conseguir alinhar a respiração com as palavras , e com um jeito sonhador exatamente como uma criança

     --Como desejas, minha Deusa - Disse a ninfa já anotando o que Diana dizia. Na verdade ela foi a única que conseguira entender o que a Deusa falara com sua voz veloz, pois Dafne, na verdade, morria de amores por Diana, mas a Deusa nunca percebera,e, muito menos sentia o mesmo. Se ela, outrora , tivesse momentos ''afetuosos'' com tal ninfa, assim tivera com as outras,e  tal fato enchia Dafne de ciúmes.

     --Mas esse é o mês da caça ao cervo! Náo é, grandiosa Deusa ?- Indagava uma das ninfas de modo receoso .

     --  Nunca pararia minha vida para servir um mortal se quer,mas se alguns dos meus atos independentes acabar agradando aos mortais,bom para eles- Disse Diana modo despojado.

     --Até porque ,os mortais são quem devem serví-la, nossa Deusa,e,ultimamente, eles não tem dado muito valor a isso, por isso é um preço mais do que justo- Dizia Dafne bajulando sua Deusa Diana e se desmanchando em paixão.

     --Tens razão em falar que tenho razão,Dafne querida-Disse  a Deusa deixando seu ego absorver todas as bajulações.-Minhas amadas ninfas-Dirigiu-se a Caçadora às ninfas - Por hoje, é o suficiente. Vão se recolher ou faça o que quiserem pelo resto dia- Mas tu...- Disse Diana chegando bem perto de Dafne fazendo os ares que ambas exalavam se entrelassarem-Vais comigo, pois preciso resolver algo contigo- Dizia a Deusa Grega com um tom sedutor com seu hálito fresco massageando o pescoço suave de Dafne, fazendo o coração da mesma bater descompassadamente.Fato que não passara despercebido por Diana, uma vez que sua percepção super aguçada também era uma dádiva divina. O instinto de caçadora da Deusa   fazia  com que ela se deleitasse de prazer em saber do estado desconcertado de Dafne , como uma presa preste a ser abatida. Diana adorava está no controle. Adorava caçar , seja lá em qual fosse o sentido,ainda mais Dafne que era a mais  bonita das ninfas, embora não tivesse muito conteúdo, o que fazia ser apenas uma apreciação estética da parte da Dinvidade  da caça. A Deusa achava que isso fazia o ''troféu'' ser mais digno e prazeroso. Nada mais que isso. Perceba que não foi mensionado a palavra amor, tal porque ,nunca, nada chegara a esse ponto.

     Mas enfim, prossigamos com a história. Tão logo Diana terminara de falar, ou melhor ordenar e já foi pegando a bela  ninfa e pondo em seu cavalo de um modo bem atlético e primitivo, tirando um suspiro de Dafne,e, pondo no lugar , um belo calafrio:

     --Hmmmfff...Metida!-Era o que se ouvia bem baixinho da boca de todas as outras ninfas se referindo a Dafne ,enquanto murmuvavam possessas de inveja.

     Diana conduzia seu cavalo com muita voracidade , porém  com muito charme e elegância que só ela possuía:

      --Como és excelente em suas cavalgadas ,Diana! - Dizia Dafne extasiada com com tudo remetente à sua Deusa: Seu jeito de cavalgar, olhar,respirar, a forma que o corpo de Diana tocava suas costas de maneira possessiva,pois a mesma sempre inclinava o corpo para frente para melhorar a cavalgada

       --Eu sei. Eu sei - Dizia Diana vestida de orgulho e pronta para saciar seu desejo matinal.

 

 

                              --------------------------

 

 

     No tempo que  a Deusa Diana passou caçando com suas ninfas, Atalanta estava em um campo que ficava em Ciros, local onde ela morava. Lá estava ela correndo disputando com o vento , que nem mesmo  parecia um candidato a altura. Já havia parado de correr e estava a contemplar um lindo canteiro de flores que algumas ninfas da terra fizeram em homenagem a Ceres:

     --''Até que foi bom elas terem feito isso à Ceres. É realmente um belo jardim''- Pensava a bela corredora,que não dava o braço a torcer a nenhum Deus, até avistar um homem vindo em sua direção correndo de modo desajeitado com seus trajes surrados ,e a sua pele que estava exposta era coberta por lama, principalmente a do rosto. Seus cabelos encaracolados estavam emaranhado e com plantas e galhos . Parecia um ninho de pardal,e sua expressão era de desespero . Parecia que ele não respirava direito a horas.Atalanta não conseguiu conter o riso. Era inevitável:

      --Linus?-Foi única coisa que Atalanta conseguiu perguntar em meio aos seus risos. Estava sem fôlego também-O que aconteceu contigo?

      --O que aconteceu?!- A forma como Linus falava era com uma indignação que já habitava em sua boca e dançava por todo seu corpo por meio de expressões corporais- Aconteceu que eeeeeuuuu, o idiota, resolvi sair pra caçar!- Enfatizou a palavra ''eu'' apontando com o dedão o peito.

     --Ora!Não era para menos! Tu com essa mania de se achar um caçador, sendo que não caças nem uma mosca-Deu  uma pausa para rir da última sentença que acabara de dizer- O que fostes querer caçar hoje? Pelo jeito um selvagem javali..- Dizia Atalanta analisando ,preocupadamente ,o estado deplorável do amigo, e tentando achar marcas dos dentes ou das patas do animal.

      --Um cervo...- Cortou Linus com uma voz bem baixa e sutil , como uma brisa de verão , cheio de vergonha

      --Um o que?-Perguntou a corredora , que , realmente, não conseguir  ouvir o que o amigo disse.

      --...Um cervo...- Disse ainda com tom de sussurro.

      --Por Júpiter! Diga mais alto! Não tenho as orelhas de Midas! ( NOTA:Personagem que se opôs a dar o voto a favor de Apolo numa competição musical entre esse Deus e Pã, pois este era seu amigo, alegando ser o único com exímias capacidades auditivas que foi capaz de notar que a lira de Apolo estava desafianda,fazendo com que a vitória do vaidoso Deus não fosse unânime, assim provocando a fúria do mesmo, transformando a orelha do rei Midas , que vivia na floresta, em orelhas de burro)-Digas tu, de uma vez , o que fostes caçar!-Exclamava Atalanta já cega de impaciência.

     --Um cervo!- exclamou Linus com uma posição erata de soldado temendo a fúria da amiga.

     --Ah sim, um cervo - Falou a velocista sem pensar no significados daquelas palavras, apenas repetindo para indicar que conseguira entender o que seu amigo dissera,porém parou para alinhar os significados do que Linus acabara de dizer- Um cervo?!  Estais aí todo morto por causa de um Cervo?! Eu sabia que não iriras muito longe com essa história de ser caçador, mas não presumia que serias tão incompetente assim ao ponto de não conseguir abater um mísero cervo - Era uma mistura de indignação e comicidade , mas ,no fundo, Atalanta  estava com orgulho de estar certa sobre a incapacidade de seu amigo para a caça- ...Eu te avisei....

      -- Mas ,Atalanta, não era um cervo normal!- Com uma expressão e posição corporal de quem ficou extasiado com a presença de um titã, Linus tentava se explicar.

      --Como assim não era um cervo normal?

      --A princípio, ele corria muito rápido e se esquivava muito bem, mas depois começou a granir como um leão!- Descrevia Linus com uma expressão de desespero diferente a cada sílaba que emitia,como que revivendo aquela fatídica hora, porém , antes de poder continuar , foi interrompido por Atalanta.

       --Ora ! Deixas de besteiras , seu frouxo! És uma praga tentando caçar ,e, agora que não conseguiu capturar o  cervo, ficas a inventar desculpas!- Exclamava  Atalanta demonstrando indiferença.

        --Atalanta,acredites em mim...Por favor-Suplicou o rapaz com cara de cão abandonado.

     --...........-Ponderava a jovem corredora.

     --Ora,Atalanta , se não confias mais em seu melhor e fiel amigo, então olhe com seus próprios olhos, no primeiro cervo que chegar a ver , um bilhete feito de papel nobre e tintas douradas dizendo ''O que Diana da caça não caçou , nenhum mortal caça!!''

      --Pelo amor de Vênus(Afrodite)!Não me digas tu que foras induzido por um bilhete feito por um farsante ou sátiro(''que pleonasmo o meu'') colado em um cervinho!

      Neste momento, o diálogo dos dois amigos foi abruptamente interrompido pela chegada de um cervo, fazendo que , num movimente sagaz e rápido,e,tendo tomado por motor o temor e desespero,Linus pulasse para trás de sua amiga , que parecia muito mais calma que ele:

       --Mas és um covarde mesmo...- Censurava Atalanta até perceber que , no animal , de fato , havia um bilhete ,tendo no mesmo , exatamente a frase que Linus dissera. Tal bilhete fora posto misteriosamente pelas ninfas em quase todos os cervos da redondeza .- Mas não é que realmente há um bilhete aqui?!-Indagava a corredora fingindo espanto com a mão no coração e olhos arregalados.

        --A-Atalanta...-Fora a única palavra que Linus conseguiu dizer afogado em medo,pois sua boca estava ocupada de mais para prosseguir falando , porque a mesma estava batendo os dentes que haviam dentro dela.

        --Bela donzela-Disse se referindo ao amigo com um sorriso sarcástico- Não temas! Eu cheguei para defender-te deste feroz cervo! Fá-lo-ei com unhas e dentes!-Fingiu um ar triunfante , e, enchendo seu peito , se aproximou do animal com o intuito de arrancar o tal bilhete.

         --Não tem graça!

         Ao tentar retirar papel do cervo, percebeu que o mesmo estava bem colado , visto que o mesmo não saiu na primeira nem na segunda tentativa. No momento que tocou no papel para efetuar a terceira tentativa, Atalanta ficou involuntariamente imóvel , e ouviu uma voz doce e , ao mesmo tempo , determinada penetrar em seus ouvidos dizendo:

     --O que Diana da caça não caçou, nenhum mortal caça!

     A voz melodiosa fez com que a velocista levasse um susto , fazendo-a  dar cinco passos para trás instintivamente . A cada passo que deu , clamara a um Deus diferente:

      --Linus você ouviu isso?- Perguntou Atalanta ainda atordoada.

      --Ouvi o que?- Retrucava o desastrado ''caçador'' com a mão na cabeça,e tentando se levantar, pois como estava atrás de sua amiga , a mesma acabou por derrubá-lo no chão no momento de susto.

      --Nada...Enfim, parece que Diana realmente fez isso- Admitiu a corredora após um longo suspiro.

      --Disse-te ! - Estatou Linus enquanto se aproximava do animal , perdendo um pouco do medo , mas quando o animal o viu , prontamente rugiu como um leão. Tal fato deixou Atalanta perplexa e surpresa

      -- Iiiiihhh, eu hein... Sai fora. - Disse a velocista se afastando , de novo , do animal

      --Olha! Estás a ver?!- Disse Linus retomando seu posto de covarde atrás de Atalanta.

      Depois de ponderar a situação, a corredora se aproximou do cervo, porém o mesmo não fez nada:

      --Aí está!- Exclamou a jovem.

      --Aí está o que?!E como você consiguiu chegar perto dessa peste?!

      -- No bilhete está escrito '' O que Diana não caçou, nenhum mortal caça!". Isso faz, a principio , com que ninguém possa chegar perto do animal.

      --Disso já sei. Quero saber por que dissestes ''aí está!"- Dizia um Linus perplexo e imitando , de modo feminino e falsetado , o que amiga disse outrora.

      --Aí está , meu caro amigo - Começou a dizer encorporando um ar de sabedoria um tanto cômico- Que no meu coração não há a vontade de caça. Não possuo um espírito de caça, portanto, não há possibilidades de eu caçá-lo,e o animal bem sabe disso. Isso faz com que ele não queira fugir nem me matar- Dizia Atalanta como se fosse detentora de todo o conhecimento do universo e seus mistérios , mas , na verdade , seu cérebro estava ao ponto de sangrar de tanto esforço mental que fizera para conseguir chegar àquela conclusão.

     --Hmmmmmm- Linus tentava fingir que tinha entendido.- Bem, receio que é chegada a minha hora de ir - Disse abraçando a amiga , pois acabara de ver seus amigos de caça o chamar.

     --Cuide-se , e, fica tu longe de cervos- '' Seria uma falha fatal e digna da punição dos deuses deixar uma oportunidade como essa de ser sarcástica passar'' - Pensava Atalanta.- Enquanto a ti, pequeno cervinho, me farás companhia- Disse acariciando a penugem do animal 

 

 

                             ------------------------------

 

 

     Embora ainda de manhã,a taverna local , que é bem ampla com detalhes de pedras e madeira, um palco tendo encima um cantor desafinado e no centro da parede atrás do balcão uma escultura de ouro em homenagem a Diana e Baco(Dionísio), estava lotada de vagabundos e desocupados. Dentre eles estava o viríl Hipomene terminando de beber sua gigante caneca de bebida forte enquanto jogava e gritava animalescamente com seus amigos em uma mesa , fazendo seus seus típicos rituais da masculinidade :

      -- Ora ,ora , ora ... Meus caros amigos, estou com sorte! Devem-me agora uma semana de bebida!- Constatava Hipomene batendo a caneca vazia na mesa com um sorriso vitorioso.

      --Aaaarrrgggghhh! Não sabia que essa proteção de Apolo que tens te dava sorte também!- Disse um dos homens segurando com força o amuleto dourado ,que tinha a imagem de Apolo na frente e de um sol no verso,e, que estava no pescoço de Hipomene:

     --Cuidado onde tocas!- Exclamou puxando o artefato de volta- Agora, se me dão licença, preciso comparecer a um encontro!- 

     --Ainda pensas que podes conquistar a bela Atalanta?- Disse o homem com tom de escárnio.

     --Claro que sim! Ela será minha mulher! Não esqueça tu que sou protegido de Apolo! - Disse de forma vivaz ser retirando do estabelecimento.

 

 

                         --------------------------------

 

 

     Enquanto isso, no castelo de Círos, Esqueneu  estava sentado em sua poltrona vermelha de tecido nobre em sua grandiosa e rústica sala repleta de estátuas e quadros belos bebericando uma garrafa de vinho. Olhava para um ponto fixo . Sua expressão era de preocupação gélida. Solveu , em um grande gole, o resto da bebida , e aproximou-se de um quadro em especial. Tal quadro retratava Atalanta segurando sua já falecida ovelha com um sorriso sutíl , como pequenas quedas de folhas no outono . Em sua cabeça , havia uma coroa feita de galhos e folhas de oliveira. Bela.Tão sutil quanto o sorriso retratado de sua filha , foi o fechar de seus olhos , devido a uma lembrança que o atingira :" Atalanta deve jamais se unir a um homem, pois tal união trará a ruína''- Dizia o oráculo de Delfos. Neste momento, delicadas lágrimas acariciaram a face do magnata, como que o consolando. As lembranças continuaram:

       --''Isso é uma desgraça!''- Esqueneu se deixava se desmanchar em prantos -'' Deuses, por que jogais sobre mim e minha família tal desgraça?!Me respondam , por favor!''- A este ponto, já estava caido no chão.

        --''Esqueneu...''- Uma voz doce e feminina adentrou no quarto mesclando-se com o vento, fazendo o homem se arrepiar-'' O que te aflinges?"

        --''Minha filha, ó, poderosa Deusa ''- Soluçava reconhecendo que se tratava de uma divindade- ''Está destinada a perdição!''

     --''Explique-se''

     --''Uma desgraça muito grande atingirá minha filha  assim que se unir a um homem''- Tentava secar suas lágrimas.

      De repente, um silêncio muito vazio entra no quarto. Esqueneu se preparava para continuar a chorar, julgando esse silêncio como ''O silêncio do Desprezo'' quando duas imagens apareceram . Uma mulher de cabelos negros como corvo de seda , olhos verdes claros como águas de um mar vírgem e pele macia como orvalho. Tão delicada quanto seu seu corpo, era o vestido  que estava a usar , que era a da mais pura seda e da cor verde exatamente da tonalidade de seus olhos e leve como o vento. Seus pés eram envolvidos por duas sandálias de puro couro marrom de javali , o que demonstrava o lado feroz da Deusa. Em sua mão, era segurado um galho de oliveira. Do seu lado estava um homem de cabelos loiro escuros. Sua musculatura era evidente , até porque , em seu corpo,havia apenas um manto de seda que ficava envolta de sua bacia, cobrindo apenas sua genitália e sua protuberância posterior, deixando expostos os seus rígidos músculos, que mais pareciam rochas, e , de fato , esse homem estava rígido como rocha. Estava calçando botas com asas. Tal fato denunciava a indentidade do Deus , que também usava braceletes de ouro:        

     --''Diana..''- A única coisa que Esqueneu conseguiu dizer em meio a seu êxtase

     --''Esqueneu...''- Começou a dialogar a Deusa de modo forte ,porém com ternura-'' Agrado-me de ti, pois teus sacrifícios e devoção a mim chegaram aos meus sentidos , e seus atos são cobertos por meus olhares. Estou pronta para interceder por ti em suas causas- Aproximou a Deusa de seu prosélito, que estava mais calmo, pondo a mão em sei ombro-'' Porém, meu caro, não posso mudar a previsão do oráculo''-Diana tomava as dores de Esqueneu, que antes estava mais calmo, mas agora, voltara a seu estado de melancolia.

     --'' Entendo ..''

     --''Mas podemos protegé-la de tal destino!"- Interrompeu Mercúrio (Hermes).

     --''Protegê-la de se casar?! Mas como minha filha será feliz se não se casar?! Tal , também, é outra desgraça! Minha filha não pode ser destinada a solidão!''- Esqueneu estava desesperado.  

     --''É só ela não se casar com um homem..''- Dizia Diana com um tom um pouco sarcástico e com segundas intenções,porque não gostava de ser contrariada ou questionada em suas decisões.

     --''aham''- Mercúrio (Hermes)coçava a garganta como forma de repreender a amiga Deusa-'' Façamos o seguinte: Eu e Diana nos compadecemos em dar a tua filha uma virtude para ludibriar tal destino pavoroso''- Dizia o Deus de forma apaziguadora -'' Acerca do amor , meu caro, isso posso assegurar- lhe de que nunca falta-lhe-á, uma vez que tua filha amará sua virtude mais do que tudo. Enquanto exercê-la , estará em puro amor, extinguindo, assim, toda a solidão''- Finalizou o Deus mensageiro

      --''Muito obrigado, meus Deuses!''

      Diana e Mercúrio(Hermes) seguraram o galho de oliveira entrelaçando seu dedos , e fecharam seus olhos como que se concentrando. Depois disso, deram para Esqueneu :

      --''Está feito''- Disse a Deusa dando o galho para o homem como forma de contentamento ,e ,tomando carona com o vento que acabara de passar, desapareceu.

      Mercúrio(Hermes) ainda permaneceu para dizer algo ao homem:

      --''A partir do momento que tua filha começar a andar, ensine-a ardoamente a correr.''- E saiu deixando no ar essa frase enigmática.

Fim do capítulo

Notas finais:

Espero que gostem! :)


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Comentários para 1 - Apenas uma linda e comum manhã.:
Nanni
Nanni

Em: 25/02/2018

Voltaaaa

Já não tenho mais unhas 

Cadê você? 


Resposta do autor:

Hahaha voltei.

Espero que suas unhas cresçam logo. :) hahaha

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