Capítulo 88
-- Vida estou morrendo de saudades- Elis já estava viajando para tocar.
--Eu também amor, não demora muito.
--Prometo que na terça estou ai.
--Vou esperar ansiosamente e de preferência pelada –Sorriu
--Não me provoca que vou entrar para tocar daqui a pouco.
--Eu sei, amor queria levar o Esdras para conhecer a família, já falei com a Yasmim e ela vai ficar de olho na Fabi, a Paola disse que ficaria lá também, alias ela está lá há dois dias.
-- Vai sim vida, aposto que as suas mães devem estar ansiosas para conhecer o novo neto.
--Realmente estão, outra coisa, posso levar a Fran?
--Claro que pode vida, não precisa nem perguntar.
-- Ela e o Esdras estão tão próximos amor, só você vendo.
-- Imagino, ela estava me falando das idas ao shopping e ao cinema.
--Estamos curtindo já que minha namorada me abandonou.
--Ei queria está ai com vocês, vou lá vida está na minha hora.
--Vai amor, te amo, amanhã assim que acordar me liga.
--Ligo sim te amo – Desligou e Estela foi lá no quarto conferir o sono das crianças, no quarto de Esdras já tinha mais uma cama para Franciele.
-- Eu nunca andei de avião foi muito bom – Franciele disse assim que entraram no taxi em frente ao aeroporto.
-- Mãe quer o bubu- Esdras pediu seu ursinho que estava nas mãos de Estela, mas ela não o entregou pois ficou paralisada ao escutar o menino o chamar de mãe.
--O que você disse meu anjo?
--O bubu- Ela entregou.
--Você me chamou de mãe? – Perguntou emocionada.
--Eu disse que a senhora era mãe dele tia – Franciele explicou. – A senhora ficou triste? – Perguntou ao ver uma lagrima escorrer dos olhos da loira
--Não meu anjo eu estou muito feliz – deu um beijo no topo da cabeça de Franciele, seguiram ao parar na frente da casa Estela fez um sinal para eles fazerem silencio, pois era surpresa, entraram na casa e encontraram Carol e Emy na mesa do café da manhã.
-- Então chegamos na hora boa? – Estela falou entrando na cozinha da casa.
-- Meu Deus filha, que surpresa boa – Carol levantou junto com Emy.
--Mães, esse aqui é o Esdras, filho essas são as vovós – Emy quase chorando aproximou-se do menino que estava envergonhado nos braços de Estela.
-- OI garotão, como é lindo, você quer comer com a vovó? – Emy passou a mão na cabecinha do menino.
-- Deixa a vó dá um abraço – Carol abraçou e beijou a bochecha dele – Ele está com uma torção? – Carol logo viu a bota imobilizadora no pé do neto.
--Não mãe está se recuperando de um procedimento, estava quase com o PTI, semana que vem vai começar a fisio.
--Depois me mande o exames e o procedimento adotado na cirurgia – Estela sorriu, era sempre assim, confiava na capacidade dos filhos, mas quando se tratava de alguma coisa relacionada com os “seus” fazia questão de acompanhar pessoalmente.
--Pode deixar mãe te mando semana que vem.
--Agora deixem essa conversa chata para trás, essa bota pode molhar? – Emy perguntou
--Pode eu trouxe outra na mala, é removível.
--Otimo, vamos fazer uma festa, festa na piscina o que acham? – Perguntou bagunçando os curtos cabelos de Franciele.
--Oba! ela disse entusiasmada e Esdras o acompanhou.
--Oba piscina! – Elas sorriram da alegria deles.
--Vou ligar pra todo mundo e avisar, vou mandar pegar os gêmeos par brincarem. – Emy saiu para pegar eu telefone.
-- Venham lanchar, tem torta de morango – Carol chamou e sentaram, logo Emy voltou e não parava de sorrir para o novo neto, no começo da tarde estavam grande parte da família reunidos para conhecerem o mais novo integrante da família.
--Filha eu adorei a visita pena que já vai, fica mais uns dias vou morrer de saudades do meus netos – Carol estava com o menino no colo e Franciele ao lado.
--Mãe passamos três dias aqui, tem a Paola lá sei que ela sabe se virar sozinha, mas mesmo assim prefiro está perto.
-- Sua mãe vai ficar com raiva porque não a esperou.
--Não sei a hora que mainha volta daquela reunião a senhora mesmo disse que ela não tem hora para voltar, vamos meus anjos? – Chamou Estela. – Da um beijo na vó que já vamos. – O garoto se despediu de Carol e partiram para o aeroporto, após umas horas já estavam chegando na mansão.
--Fran vai tomar banho que vamos para sua casa aposto que sua mãe está com saudades de você
--Eu falei com ela hoje de manhã tia, ela disse que ia para a praia hoje de tarde
--Para praia? Ela está boa para isso?
--Não sei ela só disse que ia com a Yasmim para a praia.
--Então não precisa ter pressa, mas hoje a senhorita vai ficar com a sua mãe tá certo? – A menina balançou a cabeça em afirmação e saiu para o quarto junto de Esdras.
--Então vamos?
--Pensei que viria mais tarde, me ajuda com minhas roupas? O Leo deve está no estúdio com a Paola. – Yasmim engoliu a pouca saliva da sua boca, sabia ser profissional ao ponto de uma paciente ficar nua a sua frente sem sentir nada, mas depois dos últimos dias não estava vendo a Fabiana dessa forma, Estela quase a implorou para ficar mais uma semana no Recife, pois precisaria ir ate a casa das mães, não teve como negar, mesmo querendo se afastar de Fabiana, não conseguia, sendo assim ficou certo de ir um vez ao dia para ver como ela estava, seria umas visita rápida, apenas para trocar curativo e ver se ela precisava de algo, porem a medica não conseguia fazer uma visita rápida, ao chegar lá se via presa no olhar da outra, Leo e Paola sempre as deixavam a sós isso deu aberturar para Fabiana conseguir quebrar essa relação medico paciente que Yasmim impusera, conversaram sobre muitas coisas e Yasmim estava cada vez mais encantada por aquela mulher tão doce.
--Claro onde estão as suas roupas?
-- Naquela cômoda, a Elis a deixou para eu coloca minhas poucas roupas, alias todas que eu preciso para viver – Apontou para uma cômoda de três gavetas, Yasmim sorriu com a impossível ideia de viver apenas com três gavetas de roupas – Pega um vestido florido desse, vão combinar com essa touca de faixas e minha careca – Fabiana sorriu.
--Vem deixa eu te ajudar a tirar esse short – Fabiana usava um short de elástico bem folgado.
-- O Leo me fez usar, é dá Elis ele tá se desdobrando para me ajudar, mas ele nunca foi bom em lavar roupas, então tive que usar o short.
--Entendo, mas não se abaixou para coloca-lo não foi? Sabe que não pode abaixar essa cabeça.
--Não, foi ele que colocou – Fabiana ficou de pé com cuidado e Yasmim abaixou a peça, sentiu o corpo ferver ao ver uma pequena calcinha azul marinho com alguns detalhes em renda, respirou fundo repetindo mentalmente “ela é apenas uma paciente”.
-- O Leo te ver como uma mãe, não é? – Mudou de foco, não conseguia encarar a outra
-- Eu e a Elis o criamos como filho, foi um curto tempo, mas sei que o deixei pronto, ele é um bom rapaz.
-- Entendo, bem quer ajuda com a blusa?
--Não pode deixar, ela é de botão dá para tirar, quais as recomendações para esse meu passeio?
-- Nada de esforços, e vai me prometer apenas ficar no calçadão
-- Que pena, queria tomar um banho de mar – Sorriu
--De maneira alguma, não ainda, pode ser que você caia ou alguma onda bata mais forte, não po... – Yasmim tentou desviar os olhos dos seios dela. – Não pode se ariscar – Deu as costas.
-- Tá bom me ajuda com o vestido? – Yasmim virou olhando nos olhos dela e ajudou colocar o vestido pelo pé.
-- Pronta vamos lá lembra de descer as escadas devagar e aos poucos e não olha os degraus. – A medica ajudou-a com as escadas.
-- Tia se quiser acompanhamos vocês – Paola disse assim que viu as mulheres na sala.
--Não precisa, descanse um pouco vocês não pararam esses dias tomando conta de mim, aproveite e namorem um pouco – Piscou para Leo que ficou envergonhado.
-- Se a Emy ou o Gui escutasse isso – Yasmim falou baixo entre um pequeno sorriso.
--Vamos? – Fabiana chamou e logo saíram no carro Yasmim dirigia lentamente enquanto conversavam sobre a recuperação da mulher, ao chegar na praia a medica viu o brilho no olhar da mulher, elas caminharam lentamente e sentaram em uma cadeira de plástico que Yasmim levou.
-- Então satisfeita? – Yasmim olhou a mulher que estava com os olhos fechado sentindo brisa do mar bater sobre si, ficou encantada com aquele ar de felicidade que a outra demonstrava com tão pouco, apenas ver e sentir o cheiro do mar.
-- Muito, pensei que iria morrer e mais nunca sentir essa sensação novamente – Falava de olhos fechados. – O mar conversar comigo sabe? O vento cochichar nos meus ouvidos, as ondas tirar meus medos. – Ela respirava fundo enquanto Yasmim apenas analisava o quão linda era aquela mulher que se iluminava com uma coisa que para muitos é nada. – Não vai me deixar colocar o pé na agua mesmo?
-- Não, o combinado era apenas ficar uns minutinhos aqui e já está acabando, você não era nem para ter saído de casa.
-- Você fica tão linda quando fica brava, sua sobrancelha forma uma curva e seu nariz franzi – Fabiana disse levantando os dedos e tocando a face da medica que fechou os olhos para sentir o carinho. – Não tenha medo, eu sei que você está lutando, mas esquece os erros passados, vive o agora, o sentimento que está sentindo nesse momento o amanhã não nos pertence – Yasmim a encarou.
--Eu não sei viver o que sinto, dai o medo.
-- Não se deixe levar por ele, o medo destrói, viva tudo aquilo que esteja sentindo, viva em plenitude, quando nos preocupamos com tudo menos conosco deixamos de viver e sim depender, nos foi dado tantas coisas lindas, não existe motivos para que não vive-las.
-- E se não der certo?
--Não deu, tudo que é para ser de qualquer jeito será, não adianta nadar contra uma correnteza, mesmo tendo braços fortes, um dia ela irá te vencer. – Yasmim nada disse pegou a mão da mulher e a beijou levemente.
-- Vamos, já se esforçou demais.
-- Fica mais um pouco, espera eu me recuperar?
--Não sei, ainda não sei – Abaixou a cabeça.
-- Você sabe sim, apenas está querendo achar uma negação para a certeza que está aqui – Apontou para o coração dela.
-- Vou pensar sobre isso – levantou-se e ajudou a outra a ergue-se.—Vamos, devagar – Elas saíram caminhando lentamente e após acomodar Fabiana no carro pegou as cadeiras colocou na mala do carro e retornaram para casa, na entrada do quarto Fabiana ficou um pouco tonta e apoiou-se na medica. – O que está sentindo?
--Uma pontada de leve – Mentiu
--Não tem nada de pontada de leve, vem deite aqui – Yasmim começou a examina-la, deu um analgésico e ela logo sentiu-se melhor.
--Como ela está? – Leo perguntou vendo Fabiana quase cochilando.
--Dei um analgésico forte para ela, já está fazendo efeito.
-- Mas ela tá bem?- Franciele perguntou preocupada.
-- Creio que foi o esforço, mas ela ficará bem.
--Por que a senhora não fica conosco tia? Pode ser que ocorra alguma coisa. – Paola falou
-- Não sei Paola tenho umas coisas para fazer.
--Seria bom mesmo, se ela piorar – Leo completou.
--Tudo bem, mas preciso de um banho, vou ver se tenho roupas limpas no carro. – Ela saiu e Paola olhou para Leo sorrindo.
--Vocês são espertinhos- Fabiana disse com a voz um pouco partida.
-- Ela gosta de você, só estamos ajudando – Leo disse sorrindo, Fabiana deu um sorriso leve e adormeceu, logo Yasmim chegou , Leo o levou até o banheiro lhe entregou toalhas e logo a medica estava no quarto olhando para Fabiana, estava completamente apaixonada por aquela mulher, mas não sabia lidar com esse sentimento.
-- O que você fez comigo? Tão doce, mas tão intensa – Falou em um sussurro, acabou cochilando na cadeira ao lado da cama, acordou com uma mão em sua perna. – Oi como você está se sentindo? – Perguntou a Fabiana que a olhava
--Estou bem, deita aqui comigo?
--Acho melhor não, descanse, estou bem aqui
--Então me ajude a levantar, vou dormir sentada igual a você.
--Nem pensar, você não pode se esforçar assim.
-- Então deita aqui do meu a cama é grande, vai me ajudar a dormir melhor.
--Tá bem, mas agora dorme – Deitou ao lado da mulher que antes de cochilar segurou sua mão, logo estavam dormindo, a medica acordou antes e ficou a olhando, sentia uma alegria em seu coração por estar ali ao lado daquela mulher.
--Bom dia! – Fabiana disse ainda de olhos fechados.
--Como sabe que estou acordada?
--Sentir seu olhar sobre mim e sua respiração alterou um pouco – Abriu os olhos e lentamente virou o rosto para encarar a medica.
--Você é surpreendente sabia?
--Preciso levantar, me leva até a janela?
--Pra que?
--Gosto de sentir o sol da manhã em meu rosto me dá energia. – Yasmim sorriu, mas nada disse apenas levantou e acompanhou a outra até a janela. – Estou muito feliz por você ter decidido ficar.
-- Como assim? Quem disse que eu decidir?
--Não precisa falar, as vezes as palavras são desnecessárias. – Falou encarando-a e recebeu um carinho na face
--Posso te beijar? – Yasmim olhava para a boca dela.
--Não precisa pedir aquilo que já te pertence – As bocas se uniram com suavidade, Yasmim parecia estar flutuando, nunca tinha experimentado nada igual aquele beijo, mas foi nele concluiu que era aquilo que queria para a sua vida e iria ter.
Fim do capítulo
Ola minhas flores, como vcs estão?
SIMMM VOLTEI!
Estou conseguindo restabelecer a escrita, pois perdi todos os capitulos que já estavam prontos.
Esperemos que a Fabi e a Yasmim se acertem de vez.
Estou voltando ao ritmo, então no meio da semana teremos outro capitulo.
Bjs
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