Capítulo 3 - UMA TRANSA HOT
A ILHA DO FALCÃO -- Capítulo 3
Uma trans* hot
Natasha desceu as mãos pelas costas de Lalesca, querendo-a mais próxima dela.
A morena suspirou e se aproximou mais para beijá-la na boca, o corpo roçando o dela sensualmente. Natasha levou o braço para trás, enlaçando-a pela cintura.
-- Me ch*pa, vai... -- ela pediu, abrindo as pernas para aninhá-la junto ao corpo.
Era o que Natasha queria, necessitava senti-la daquela maneira. Sabia que era a primeira vez que se encontrava pessoalmente com Lalesca e não era certo já estar na cama com ela, mas que se danasse o certo, a desejava demais e ponto.
Lalesca gemeu, e ela introduziu a língua com vontade, segurando as pernas acima de seus ombros e movendo a cabeça de modo a acariciá-la por completo.
-- Mexe, mexe... -- Natasha pediu, a voz alterada pelo desejo.
Lalesca moveu os quadris, erguendo o corpo enquanto era invadida de modo lento e ritmado.
-- Levante as pernas -- pediu, então, com voz rouca.
Lalesca correu as unhas pelas costas da empresária, murmurando palavras desconexas, e ela deslizou as mãos pelo torso delicado até a cintura. Deus! Nunca conhecera uma mulher tão sexy quanto Natasha, pensou, atordoada.
Natasha foi subindo, fazendo um caminho com a língua até pairar sobre a barriga de Lalesca. Pressionou seus lábios em seu umbigo e passou a língua eroticamente em torno dele.
-- Natasha, por favor...
-- Adoro quando você diz o meu nome. Quando pede mais -- Natasha roçou a face nos seios excitados da morena, ouvindo as batidas aceleradas de seu coração. Os mamilos respondiam instantaneamente a seus toques e tremores percorreriam todo o seu corpo.
A respiração de Lalesca acelerou ainda mais quando os dedos macios de Natasha encontraram a umidade quente do seu sex*, brincando e acariciando em torno de seu clit*ris.
-- Como isso é gostoso! Coloque-os dentro de mim. Coloque! -- pediu, implorou.
Natasha obedeceu deslizando dois dedos dentro dela, bombeando-os dentro e fora até que Lalesca pensou que ia morrer de puro prazer.
-- Mais... Mais... -- ela convulsionava enquanto a empresária esfregava a palma da sua mão contra seu sex* -- Foda-me mais. Estou quase goz*ndo -- ela arqueou, precisando de mais, querendo tocá-la, também.
Natasha a penetrou mais fundo, enquanto passava a se mover com mais ímpeto, deslizava os dedos mais profundamente dentro dela.
O erótico balé não poderia durar por muito tempo, percebeu, que Lalesca estremecia e o orgasmo se aproximava. Se moveu sob ela, agoniada de prazer, porém Lalesca a impediu, assumindo o comando.
-- Também quero -- ela lhe deu um sorriso malicioso.
Natasha a fitou, com o sangue fervendo e entregou-se aos toques de sua amante. Aumentaram o ritmo até sentirem que seus corpos se contraíam por inteiro.
O suor escorreu pelo rosto quando Lalesca contraiu os músculos em torno de Natasha. Ela jogou a cabeça para trás e gritou o nome da empresária. Continuaram os movimentos, até que ambas chegaram juntas ao clímax.
Respirando de forma acelerada, Lalesca apoiou a cabeça nos braços de Natasha.
-- Uau, foi bom demais! -- fechou os olhos com força e respirou profundamente -- Você é muito gostosa.
-- Você é muito... Quente -- Natasha passou o braço em volta da cintura dela.
Lalesca sorriu para ela.
-- Você pega todas as suas hospedes convidadas?
Natasha franziu a testa.
-- Todas não, somente as belas.
-- Não sei se estou lisonjeada ou decepcionada. Me sentia especial.
Natasha se virou de frente para ela.
-- Hoje você é especial. Vamos dormir de conchinha?
-- Você está dizendo que o nosso pai está arruinado? Que o hotel está falido? -- Marcela olhou fixamente para o advogado -- Você só pode estar querendo nos pregar uma peça. O hotel nunca esteve tão bem. Papai estava feliz e animado -- um medo intenso tomou conta de Marcela. Estava tão apavorada que sentiu as pernas fraquejarem.
-- Era tudo fachada, senhorita Marcela. O senhor Fábio tentou esconder o máximo que pode, temia que os clientes em potencial cancelassem seus eventos e pedissem o reembolso do dinheiro. Mas, chegamos a um ponto insustentável e vamos ter que abrir o processo de falência.
-- Isso tudo é tão assustador que não pode ser verdade -- Andreia estava sentada de frente para o advogado, pensava desesperadamente em algo que pudesse dar um folego, mesmo que temporário as finanças do hotel -- Podemos hipotecar o hotel, vender todos os nossos bens, pedir um empréstimo ao banco...
O advogado balançou a cabeça. Ele gostava de seu cliente Fábio, de sua jovem e bonita filha. Sentia muito por eles, mas o mundo dos negócios é cruel e imperdoável.
-- Sinto muito, minha querida -- disse-lhe -- Mas, seu pai já tentou tudo isso e não obteve sucesso. Ninguém mais terá confiança nele e, você sabe muito bem que confiança é algo imprescindível e que não tem preço.
-- Nosso pai perdeu o hotel e todos os outros bens? É isto o que o senhor quer dizer? -- Marcela perguntou-lhe aterrorizada.
O olhar compassivo do advogado foi tudo o que obteve como resposta.
-- Não há nada que possamos fazer para salvar o hotel? -- perguntou Andreia com olhar suplicante.
-- A ordem de despejo sairá em setenta dias. Esse é o tempo que você terá para conseguir o dinheiro.
Andreia cobriu o rosto com as mãos. O que ele estava falando era humanamente impossível.
-- Quero lhe advertir, Andreia. Apenas saldar as dívidas, não vai trazer de volta a confiança dos clientes. Lamentavelmente, a reputação de vocês no ramo hoteleiro, está destruída.
-- Nosso pai é um incompetente... um bobalhão... o que faremos agora? -- Marcela saiu da sala chorando. Entrou no quarto batendo a porta com violência.
-- Ela não deveria culpar o pai, afinal de contas, o Brasil está vivendo um dos momentos mais críticos da sua história. É uma crise sem precedentes. Muitos empresários estão falindo porque não conseguem atender a toda a demanda dos tributos.
-- Claro, entendo. Sei de tudo isso, senhor Teodoro. Minha irmã está nervosa, ela precisa apenas de um tempo para clarear as ideias, para acalmar-se. Ela também vai entender depois que assimilar a situação, tenho certeza.
-- Eu realmente sinto muito, minha querida -- ele fez uma pausa -- Vocês encontrarão uma saída.
Doutor Teodoro saiu do apartamento de cabeça baixa. Ele havia dado o máximo de si, mas infelizmente certas coisas estão completamente além de nossas possibilidades.
Andreia foi até o quarto da irmã e a encontrou deitada na cama de bruços chorando baixinho. Marcela sempre foi acostumada a boa vida e ao luxo. Tinha tudo o que as pessoas da sua idade gostavam: viagens, carros de luxo, mansão na praia, roupas de grifes importadas e muito mais. Seu mundo havia desabado.
Andreia respirou fundo, sentou-se na cama e depois jogou as pernas para o lado.
-- Olha, Marcela. Eu sei que a princípio, a ideia de estarmos falidos parece o fim do mundo, mas nós duas somos inteligentes, temos uma ótima profissão, podemos muito bem procurarmos um emprego...
-- Não! Nunca! -- disse a moça furiosa, levantando-se abruptamente da cama -- E eu absolutamente proíbo você de dizer qualquer coisa sobre isso a qualquer pessoa que seja.
-- Como assim? Dentro de alguns dias todos saberão pelos noticiários.
-- Eu ouvi o que o senhor Teodoro falou. Temos setenta dias de prazo. Eu não vou sair do meu apartamento, não vou ser uma assalariada morta da fome! Nunca! Ouviu isso? Nunca! -- o pânico e a aflição a dominou e ela berrava totalmente descontrolada -- Eu odeio o papai! Odeio!
-- Vamos passar por tudo isso juntas. Somos irmãs, vamos apoiar uma a outra...
-- Você não é minha irmã. É uma coitada que foi abandonada na porta da nossa casa. Para você deve ser fácil acostumar-se a essa nova vidinha de pobre, mas para mim não!
Marcela saiu correndo do quarto, gritando ofensas contra ela e o pai. Aquelas palavras feriram os ouvidos de Andreia com o tom agressivo e revoltado: a feriram e lhe martelaram a mente durante dias. Mesmo adotiva, amava a irmã e não queria vê-la sofrer.
Natasha acordou nos braços de Lalesca. Olhou para os lados tentando se localizar.
-- Bom dia -- disse a morena, sonolenta.
-- Bom dia -- Natasha respondeu se levantando da cama.
-- Dormiu bem? -- perguntou.
-- Não sei. Estava dormindo, nem reparei! -- Natasha se inclinou e procurou pela bombinha que estava no bolso do blazer -- Droga, aonde foi parar...
-- Está procurando por isso? -- Lalesca entregou o medicamento na mão de Natasha -- Você é asmática?
-- Não. Eu só uso a bombinha porque acho charmosa.
Sem responder, Lalesca se levantou, vestiu o roupão de seda e foi para o banheiro. Natasha se vestiu e saiu do quarto. Quando chegou no outro cômodo, deu de cara com Eliza.
-- Natasha? O que faz aqui? -- a senhora perguntou, levantando uma sobrancelha.
-- Estou procurando o Mindinho -- Natasha se abaixou fingindo procurar o cachorro -- Mindinhooo... Vem cá garoto!
-- O Mindinho está em seu apartamento.
-- Sério? E esse não é o meu apartamento? -- a empresária deu de ombros -- Nem percebi.
Natasha passou por ela, e sem olhar para trás, saiu porta à fora.
Eliza balançou a cabeça, sabia muito bem o que ela fazia naquele apartamento.
-- Natasha! -- Lalesca entrou na sala e assustou-se ao ver Eliza.
-- A Natasha já foi -- disse a senhora, empurrando o carrinho com o café da manhã para próximo da mesa -- A funcionária responsável por servi-la não pode vir, mas a partir de amanhã ela estará inteiramente a sua disposição. Qualquer coisa que precisar, é só ligar para a recepção.
-- Obrigada...
-- Eliza, meu nome é Eliza.
-- Obrigada, Eliza -- Lalesca sentou e apoiou a cabeça entre as mãos.
Eliza sorriu, encheu uma xícara com café e entregou para ela.
-- Beba, vai te fazer bem. A Natasha não é um docinho, mas quando acorda é um pouco pior.
Lalesca estranhou o comentário.
-- Você a conhece bem? -- decidiu matar a curiosidade.
-- Digamos que desde que ela nasceu. Era a babá das filhas dos Falcão. Desde criança que Natasha é assim: malcriada e mal-humorada.
Depois do que Eliza falou, foi que Lalesca a observou melhor. A senhora não estava vestida com o uniforme do hotel e seus gestos elegantes eram de uma pessoa acostumada a conviver com a burguesia.
-- Que interessante. Você deve ser um anjo para suportá-la por tanto tempo.
Eliza riu baixo.
-- E você, a conhece desde quando?
-- Até ontem a conhecia apenas pela internet, sou dona da empresa que fornece produtos de informática para os hotéis.
-- Hum -- Eliza parou por falta de palavras para expressar sua opinião. O que pensou, com certeza ofenderia a jovem hóspede.
Lalesca olhou para ela interrogativamente. A senhora deu de ombros, pediu licença e saiu.
https://www.facebook.com/vandinhacontos
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Anny Grazielly
Em: 08/09/2020
Eitaaaaaa... que situação... Nat e Andreia... louca para ver como vai ser o encontro delas...
[Faça o login para poder comentar]
patty-321
Em: 05/01/2018
Marcela ta nos cascos e morrendo de medo de está pobre. Esnobe e mitida. Coitada da Andrea q parece ser uma otima pessoa. Natasha e bem louquinha. Bjs
Resposta do autor:
Olá Patty!
Marcela dificilmente aceitará a nova realidade e irá atrás de uma saída. Em breve saberemos qual será.
Beijos.
[Faça o login para poder comentar]
Mille
Em: 05/01/2018
Ola Vandinha
Nao gostei desta ambiciosa e ignorante da Marcela está na minha lista de personagens que quero distante. Andréia levanta a cabeça que essa aí vai ter o que merece.
De noite um amor mais ao acordar parece que vai matar um, Natacha não brinca.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Olá Mille!
Marcela não presta e o pior é que Andreia com toda sua bondade e meiguice pode ser envolvida em seus planos desonestos. Aguardemos.
Beijos.
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]