Capítulo 8
Olhava em seus olhos ela sorria timidamente algo dentro de mim estava mudando essa garota conseguia me tirar do serio e mesmo assim se mantém firme, era muita petulância estar aqui depois da nossa discussão ela quer ficar com os amigos por que não deixa outra pessoa cuidar de mim, por que ela insiste me olha assim.
-Gostou do brigadeiro .
-Sim estava gostoso.
-Olha palavra como gostoso sai de seus lábios shiii vai chover, sorri.
Ela olhou pra janela e depois voltou à atenção pra mim realmente ela estava perto até demais pra uma pessoa comum, sua mão pequena foi direcionada pra minha nuca sua mão e quentinha enquanto o meu corpo e frio pálido e ficando flácido.
-Cabelo molhado.
-E eu tomei banho de mar.
Seus dedos ágeis faziam uma massagem em minha nuca em sentido anti horário e isso estava me causando uma sensação muito agradável.
-O que é isso.
Seus dedos tocaram minha tatuagem que eu tinha até me esquecido que um dia eu tinha a feito.
Ela se aproximou ainda mais afastou os meus cabelos e olhou atentamente disse que não tinha reparado durante o banho, eu sentia seu cheiro natural que estava se tornando cada vez mais presente no meu dia a dia.
Ela se afastou voltando ao seu lugar de origem só que agora sem seus dedos tocando em minha pele.
Senti uma vertigem algo não estava bem seu rosto foi ficando cada vez mais distante.
-Tereza estar tudo bem ?
Tentei balbuciar algo mais não consegui a escuridão tomou conta de tudo.
-Tereza Tereza acorda, Lucia!
Sua irmã saiu do quarto de hospedes vindo em nossa direção eu apoiava a cabeça da Tereza em minhas mãos, Lucia disse que era pra gente levar ela pro quarto eu peguei suas pernas enquanto a irmã caminhava apressada ao entrar no quarto colocamos ela na cama.
Lucia tirou de baixo da cama uma maquina com mascara e abriu o guarda roupa tirando algumas coisas das quais eu não entendia.
-Sandrinha coloca esses travesseiros em baixo da perna dela e pega sal na cozinha.
Fiz o que ela me pediu depois corri na cozinha pegando o sal, quando voltei a tal maquina estava ligada e reposicionada, Lucia pegou o sal e colocou em baixo da lingua da Tereza e depois pegou uma agulha furando sua mão.
-Pronto agora ela vai ficar bem melhor.
-O que aconteceu
-Ela teve uma queda de pressão ela estar se alimentando pouco, mais agora ira ficar tudo bem estar no soro e vai agora respirar com facilidade.
-Eu devia ter enfiado comida guela abaixo e não discutido como ela.
-Hei calma ela vai ficar bem agora.
Fiquei em seu quarto com sua irmã me ensinando sobre as coisas que eu deveria fazer nesses casos, falávamos baixinho disse que eu podia agora dormir no quarto de hospedes.
-Eu preciso ir pra casa entregar o dinheiro da dona Maria mais eu não quero ir embora, olhava pra Tereza que ainda não tinha acordado.
-Deixa que eu levo
-Serio faria isso ?
Olhei pra Lucia que sorriu ao meu lado completou que eu faria o mesmo se estivesse em seu lugar, tocou em minha mão me fazendo sorrir e em aceitar a sua ajuda.
Acordei em meu quarto respirando por uma mascara minha mão estava furada olhei pro lado e vi uma cena da qual eu não estava preparada as duas de mãos dadas e se entre olhando.
Limpei a garganta e as duas olharam pra mim primeiro a Sandra por estar mais perto e minha irmã depois.
-Graças a Deus você acordou, estávamos preocupadas.
Fiquei em silencio olhando pras duas que estavam mais intimas então Lucia começou a falar que teria que sair e que a Sandra iria ficar comigo mesmo que fosse no seu dia de folga, ela ia se levantando quando a outra a impediu segurando em seu braço.
-Espera antes eu preciso dizer umas coisas.
-Tudo bem ela voltou a se sentar e agora as duas olhavam pra mim, minha irmã poderia ser uma copia minha, mas ela era mais bonita a única coisa que nos diferenciava era a cor do cabelo o seu era castanho claro e os meus negros, o corpo em forma livre das dores da idade e da provável flacidez.
-Tereza eu sei que entrei aqui sem sua permissão e que tentei fazer você se sentir um pouco melhor mesmo que isso tenha te causado mais dor e sofrimento, eu ouvia Sandra falar calma e devagar, mas eu não quero mais estar em sua casa sem sua permissão você tem razão em querer que eu não te toque mais e também em não há fazer assistir mais filmes infantis ao meu lado, por isso eu quero saber se você ainda quer a minha presença nesta casa ou não ? caso o contrario eu cuido de você hoje pela última vez e assim você se livra de mim como você sempre quis.
Ouvi o seu pedido calada analisando cada palavra que saiu dos seus lábios estava em minhas mãos a sua permanecia aqui, olhei pra minha irmã e pra ela que esperavam uma resposta minha pensei um pouco em tudo isso era loucura entregar a minha vida em suas mãos embora nada de grave tinha me acontecido .
Eu estava apreensiva com aquele silencio fiquei pensando seriamente se eu tinha mesmo feito uma besteira tão grave pra ela não me ter mais aqui, mas eu precisava me arriscar não queria vê-la novamente brava comigo iria me doer muito não poder ver ela novamente.
-Você pode ficar ela deu um sorriso largo mais com uma condição.
-Qual
-Sem música do Elefantinho.
-Pode deixar ela veio e me abraçou forte ainda deitada.
-Obrigada obrigada obrigada
Seu corpo estava quente e combinava com o meu em questão de temperatura, ela se afastou olhando pra minha mão ainda furada.
-Eu vou cuidar de você ainda mais.
-Bom eu tenho que ir, e você irmãzinha não cause problemas pra ela.
Minha irmã se levantou e Sandra a seguiu até a porta disse que anotaria o endereço.
-Psiu eu já volto e piscou pra mim antes de sair por completo.
-Aqui estar o endereço relaxa não e violento a onde eu moro só humilde, ela vai gostar muito de você.
-Tudo bem me deu um beijo no rosto e saiu.
Entrei em seu quarto e ela tinha tirado a mascara me aproximei me sentando ao seu lado.
-Deu um grande susto em mim sabia, eu vou fazer uma comidinha pra você já volto.
Ela se retirou me deixando com meus pensamentos não demorou muito ela estava de volta com um caldo verde.
-Hoje eu vou te dar comida na boquinha e por favor não jogue a colher longe disse meio tristonha, voltando sua atenção pra sopa enquanto mexia.
Recebi a primeira colherada que ela assoprava e depois levava a minha boca, ela estava sempre atenta a temperatura e sorria feliz por estar comendo sem reclamar.
Na ultima colherada eu segurei em sua mão a fazendo me fitar, algo em mim parecia acelerar novamente isso chegou a me assustar um pouco.
-Algum problema disse pousando a colher na bandeja e pegando o guardanapo pra limpar minha boca.
-Me desculpe disse a centímetros de seus lábios seus olhos verdes me pareciam me invadir enquanto ela sorria timidamente.
-O importante e que você me aceitou de volta e sabe eu até esqueci a sua mau criação mocinha, tocou na ponta do meu nariz se retirando.
Ao retornar ela me viu tentando tirar o esparadrapo disse que não queria mais o soro então ela fechou o glampi e me ajudou a me por na cadeira e me levar pra sala pois o meu quarto estava quente demais.
-Que tal nos divertimos ainda são três da tarde disse me acomodando.
Pra mim tanto faz o que dava pra se fazer num domingo então ela começou a falar que nem uma matraca.
-Olha nós duas podemos fazer um bolo de chocolate com coco e outra ouvir músicas que tal.
-Nós
-Sim nós duas tu e eu eu e tu sorriu.
Essa palavra martelava em minha cabeça fazer fazer fazer.
-Não, não consigo.
-Claro que consegue eu não sou uma mestre cuca mais eu te ensino direitinho.
-Não eu já disse eu não consigo.
Ela ficou pensativa e decidiu ir até o armário pra ver o que podíamos assistir.
-Nossa aqui só tem coisa do tempo da minha avó e riu, depois virou a cabeça pra trás e tentou argumentar a sua maneira.
-Olha não estou te chamando de velha mais os seus gostos não são muito bons.
Cruzei os braços enquanto ela escolhia mais um pouco era só o que me faltava, por fim ela ligou o radio
E estava tocando uma música estranha então ela disse que aquilo era música e começou a dançar.
Seu quadril começou a mexer ela dava uns passos ousados e começou a rir toda boba e veio ao meu encontro disse que tínhamos que preparar a massa ainda, minha irmã adora bolo mais não tem tempo pra fazer então compra varias massas prontas e deixa guardadas.
Sandra subiu num banquinho se inclinando pra pegar os ingredientes eu estava sentada perto da pequena mesinha do café da manhã ela usava um short curto sua blusa branca era um pouco curtinha sua pele bronzeada com um par de pernas longas e coxas chamativas.
-Eu acho que ela não tem baunilha.
Ela inclinou um pouco fazendo o bumbum empinar dava pra ver quase o seu útero.
Enquanto a musica tocava na radio que por sinal era horrível ela pegou tudo e olhou pra mim lançando um sorrisinho de lado.
-Gosta do que ver.
-Mais respeito eu tenho metade da sua idade.
-Ui calma Dona Tereza foi apenas um comentário.
Ela desceu da cadeira com os ingredientes os colando na pia e tirando uma caixa de leite da geladeira.
-Pelo que eu vi deu a entender que estava Babando disse levando a mão ao queixo.
Eu neguei tudo aquilo com a cabeça já estava ficando nervosa.
-Relaxa eu estou brincando eu sei que a sua libido deve estar dormindo.
Era o cumulo essa garota estava falando da minha libido enquanto ela separava os ovos.
-Fique sabendo que eu não sou sapatão.
Ela me fitou seria e se aproximou de mim se inclinando e disse.
-E eu disse que você era? Não precisa ser sapatão pra olhar o corpo de outra mulher e se afastou ficando de frente pra mim com uma vasilha na mão.
-Pode estar assim, mas não estar morta.
-Pode começar a receita por favor, disse impaciente passando a mão nos cabelos.
-Claro vamos começar a receita, ela ficou atrás de mim com suas mãos segurando as minhas.
-Vou te ensinar certinho.
Fizemos tudo juntinhas desde abrir o pacote de farinha de trigo até colocar o leite e a manteiga melecando nossas mãos.
-Viu como você consegue falou em meu ouvido baixinho.
Por fim ela teve que atender o interfone eu peguei um ovo e tentei quebrá-lo na quina da mesa, mas não deu muito certo ele quebrou.
Me lembrei de todas as vezes que eu fazia bolos pra festas e eventos em casa, cansei de fazer bolos pro Jorge.
-Merda.
Ela se aproximou e disse que eu não precisava ficar nervosa era só um ovo.
-Eu não quero mais isso, estava pronta pra sair da cozinha quando ela travou minha cadeira.
-Eu quero ir embora destravei
-Não, olha não pode fugir de uma coisa quando ela dar errado de primeira.
Bufei de raiva por ouvi-la dizer que eu estava fugindo eu só queria sair daquela cozinha.
-Hei nada de olhar pro cantinho disse tocando em meu rosto e a fazendo olhar nos olhos.
-Por mais que você saiba fazer isso tem pessoas que colocam casca com ovo e tudo no bolo sabia.
-Mentira
-Serinho olha essa e a maneira mais básica de se quebrar um ovo disse pegando uns quatro na mão.
-Só precisamos de dois.
-Tem certeza.
Sandra começou a fazer malabarismos com os quatro ovos enquanto olhava pra mim.
-Ta vendo eu sou muito boa com as mãos.
-Ta agora cadê os ovos quebrados.
-Calma que você vai ver ela olhou rapidamente pra frigideira no fogão em um rápido movimento ela disse fica esperta que eu vou precisar da sua ajuda.
-O que ?
Nisso ela me joga um ovo que cai em meu colo que por sorte ele não quebrou, mas o outro veio rápido demais e atingiu a minha cabeça o quebrando.
-Ops
Os outros dois ela os jogou pro ar e pegou a frigideira os quebrando tirando as cascas.
-Que tal um bolo e uma omelete.
Eu tirava o excesso de gema do meu cabelo enquanto a encarava com uma carinha de eu fiz besteira, se aproximou com um pano de prato pra me ajudar a me limpar.
-O único ovo quebrado aqui foi na minha cabeça.
-Você fica uma gracinha com essa gema amarelinha.
Olhei seria pra ela que tratou de tirar o sorriso do rosto e pegou o ovo em meu colo e um garfo, se posicionou atrás de mim pegou minhas mãos e disse.
-E assim que quebra um ovo.
E fizemos juntas com uma leve batida na casca.
O restante ela bateu na batedeira e levou ao forno e fez a sua omelete a dividindo comigo.
-Preciso de um banho disse impaciente.
-Nem estamos suadas vamos assistir alguma coisa desta vez eu deixo você escolher, pegou uns dvds e eu olhei e olhei e escolhi um, nosso antigo aparelho de DVD ainda funcionava.
A primeira musica começou a tocar ela se sentou ao meu lado apreciando a musica que ela começou a gostar então o refrão começou.
hey, yeah, yeah-eah
Hey, yeah, yeah
Eu disse, hey! O que está acontecendo?
Era legendado pra sua curiosidade interna ela cantava uma das minhas musicas preferidas nunca pensei que essa letra fosse me trazer sensações boas vindo de sua voz gritante e jovial.
E então eu choro algumas vezes quando estou deitada na cama
Apenas para tirar tudo que está em minha cabeça
E eu, eu estou me sentindo um pouco peculiar
Esse era um pedaço da letra que a fez me olhar e sorrir saudosamente balançando a cabeça sentindo o timbre de casa nota.
-Que tal cantar comigo, há vamos
-Os vizinhos indaguei
Então ela começou a cantar o refrão novamente mais alto ainda eu tentei não dar ouvidos aos seus berros mais foi em vão quando percebi estávamos cantando aquele refrão.
E eu canto, hey, yeah, yeah-eah
Hey, yeah, yeah
Eu disse, hey! O que está acontecendo?
E eu canto, hey, yeah, yeah-eah
Hey, yeah, yeah
Eu disse, hey! O que está acontecendo?
E eu canto, hey, yeah, yeah-eah
Hey, yeah, yeah
Eu disse, hey! O que está acontecendo?
E eu canto, hey, yeah, yeah-eah
Hey, yeah, yeah, yeah, yeah
Eu disse, hey! O que está acontecendo?
-Uau isso foi demais disse se levantando e vindo me abraçar forte.
-Você possui um vozeirão podia ser uma dessas cantoras universitárias.
Olhei confusa pra ela que riu disse que iria me ensinar muita coisa ainda então outra musica começou mais dançante.
-Essa e bem difícil
-Essa duvido você acertar os passos
-Olha não duvide de mim.
Era engraçado verela dançando Footloose parecia que ela estava tendo um ataque do que dançando, seus cabelos balançavam de um lado pro outro, mas aos poucos ela foi pegando o jeito.
-E bem legal disse ofegante.
-Agora e sua vez roda comigo
Pegou minha cadeira de rodas e começou a girar pela sala enquanto ela ria e eu me segurava.
Nisso a musica se encontrava alta e com certeza os vizinhos iriam reclamar, mas Sandra não parecia se importa ela me guiava e ria sem parar ao final da música ela se deixou cair e pro consciência ela caiu em cima do meu colo.
Ofegava e suava bastante alguns fios de cabelo estavam grudados em sua testa seu peito arfava, e outra musica recomeçava eu conhecia muito bem aquela letra e me odiava por essas musicas antigas terem um efeito sobre mim tão forte.
Compartilhe da minha vida
Me aceite pelo que eu sou
Porque nunca mudarei
O que penso por sua causa
Pegue o meu amor
Nunca pedirei demais
Apenas aquilo que você é
E tudo o que você faz
Ela me olhou com aqueles verdes cintilantes sua respiração voltava ao normal e o seu sentido também se ajeitou em meu colo me olhando com o olhar baixo eles os desviavam pros meus lábios e meus olhos.
-Diz pra mim que eu estou errada susurrou
-Sobre
Seguia o seu olhar enquanto uma fina gota de suor descia do seu pescoço seguindo um caminho desconhecido.
-Sobre o que eu estou sentindo por você.
Nesse instante a campainha tocou nos despertando daquele transe e batidas fortes foram ouvidas, Sandra saiu do meu colo indo atender a porta ao abrir ela deu de cara com cinco vizinhos e uma delas perguntou.
-O que estar acontecendo.
Sandra riu e eu acabei seguindo rindo pela primeira vez.
Fim do capítulo
Ola meninas nossa esse capitulo foi tenso pra mim passei a tarde inteira pra escrever ele não sei se pirei no contexto caso eu tenha feito podem falar sem problema ta rs senti um ciume entre a Tereza e a Irmã
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patty-321
Em: 23/12/2017
Verdade. Tereza sentiu ciuminho. Isso e bom. Os sentimentos estao voltando. E ela aceitando a Sandra. Depois ela saiu da inércia com insistência da Sandra. Ah música e dança. Ela saiu da apatia. Bom sinal. E o clima entre elas? Hum. Gostei. Feliz Natal. Bjs
Resposta do autor:
Ufa pensei que tinha pirado e estragado o capítulo rs sim ela estar voltando um feliz Natal pra você e sua família :)
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