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  • A VINHA E O GIRASSOL
  • Capítulo 16

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A VINHA E O GIRASSOL por Marcya Peres

Ver comentários: 2

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Palavras: 1938
Acessos: 5182   |  Postado em: 13/12/2017

Capítulo 16

CIÚME, A ERVA DANINHA DO AMOR!

 

 

No dia seguinte ao acordar, não encontrou Constance na cama.  Ficou longos minutos olhando o teto e pensando na vida que tinha com ela naquela casa.  Conjecturou se de fato tinha alguma importância para ela que não fosse a de mãe de sua irmã.  Havia conseguido dormir pouquíssimas horas e sentia-se exausta emocionalmente, quase sem forças.

 

Desceu e viu Emma na cozinha só, perguntou estranhando…

 

– Cadê Constance e Bia?

 

– Saíram para passear na Vinícola.  Constance está muito quieta hoje, mas Beatriz é um anjo nessa casa!  Ela realmente consegue fazer Conca ter ânimo pra viver!  Fez tantas gracinhas falando naquele idioma que só ela e Constance entendem que não tem como ficar deprimida com uma benção como ela!

 

E fazendo um carinho nos cabelos de Iara completou…

 

– Obrigada por ter trazido tanta alegria pras nossas vidas, por ter trazido de volta a felicidade pra essa casa!

 

Sentindo uma melancolia profunda, Iara abaixou os olhos e decidiu sair em busca das duas.

 

Andou pela Vinícola tentando encontrá-las, após um bom tempo caminhando pelos arredores, decidiu perguntar a um dos colonos se as tinha visto.  O rapaz disse que havia encontrado Constance puxando Bia em um velocípede no caminho que levava à Capela.

 

Iara encaminhou-se para a pequena estrada enquanto continuava a pensar nos fatos da noite anterior.  Estava abatida e sentia-se apática, sem vontade de continuar tentando ser na vida de Constance o que Camille havia sido.

 

“Afinal se esforçava tanto pra que? Jamais seria Camille! Constance nunca a amaria daquela forma…nunca a olharia daquele jeito que viu no vídeo…nunca seria de fato sua como foi de Camille!”

 

Quando chegou na Capela entrou e não encontrou Constance.  Decidiu circundar a pequena igreja e ir até o campo santo que ficava nos fundos: O cemitério da família Gomide.

Era um belo jardim muito bem conservado, ladeado por arbustos compactos,  delicadamente aparados, cercado por flores multicoloridas, onde lápides de mármore coladas rente ao chão traziam a identificação de seus mortos.

 

Avistou Constance de costas sentada junto a uma das lápides com Bia entre suas pernas brincando com as letras em alto relevo do túmulo.  Parecia que ela conversava com Bia e lhe contava uma história especial, quem sabe alguma fábula infantil!

 

Chegou mais perto a pode ouvir o que Constance dizia com emoção na voz…

 

– Ela era uma fada, Bia!  A fada mais linda que essas terras já viu!  A mais boa, gentil e carinhosa das fadas!  E um dia eu quero que conheça e também faça parte das coisas maravilhosas que ela fez por tanta gente! Adoraria que você tivesse conhecido minha doce Camille, mas vai poder ver sua obra, tudo o que ela deixou de bom nesse mundo!

 

Beatriz balbuciava algo em seu ininteligível idioma particular, continuava a brincar alheia às lembranças da irmã e à dor da mãe, que a tudo ouvia se sentindo desmoronar.

Constance continua…

 

– Sua mãe também aprenderia muito com ela, sabia?  Acho até que seriam boas amigas porque tia Camille sabia compreender a alma humana como ninguém, com todas as suas limitações!

 

Iara sentiu um violento golpe na boca do estômago!  Era uma sensação horrível de dor e angústia! E novamente achou que seu tamanho tinha diminuído ao de uma bactéria!

 

“Limitações?!” – pensava indignada!

 

Queria morrer! Naquele momento queria muito estar ali em baixo daquela lápide de mármore gelado, no lugar de Camille!

 

Engoliu o choro que teimava em brotar nos seus olhos. Respirou fundo seguidas vezes para recuperar-se e poder se aproximar sem se descontrolar.  A melancolia que sentia foi dando lugar a indignação e raiva.  Sem conseguir se conter mais, abre a pequena portinhola de ferro que a separava das lápides e delas. 

 

Com o barulho, Constance se vira e a olha sorrindo, mas antes que pudesse se reerguer, Iara pega Bia de seu colo e fala com a voz embargada de ressentimentos…

 

– Posso ser cheia de limitações e não ser PERFEITA como Camille, mas a mãe de Beatriz sou eu e isso você não pode tirar de mim! Não tente fazer minha filha admirar mais essa mulher que a mim!  Você não tem esse direito!

 

Assustada e sem entender direito o que se passava com Iara, Constance se levanta e tenta argumentar diante daquela explosão que não conseguia assimilar…

 

– Iara, não entendo! Porque diz isso?! Só trouxe Bia aqui para ver a Capela e as lápides…falava de Camille, mas ela ainda nem entende nada e…

 

– Todos idolatram Camille!  Confesso que depois de ver o tal filme até eu passei a admirá-la, mas trazer uma criança que ainda nem consegue falar para um cemitério e endeusar uma morta é demais da conta, não acha?! 

 

– Eu só estava conversando comigo mesma!  Bia nem entende nada!  Iara, por favor, não  fique tão aborrecida, me desculpe se não gostou que trouxesse Bia aqui e…

 

– Não precisa falar comigo como se eu fosse retardada!  Posso não ser tão inteligente, brilhante, cheia de qualidades e boazinha como sua eterna amada, mas eu não sou nenhuma idiota!  Você tá querendo já incutir na minha filha a mesma adoração que você e todo esse povo daqui tem pela sua mulher morta!  Mas eu não vou permitir isso!

 

O tom irritado e mais alto que Iara usava acabou assustando a pequena Bia que começou a chorar estendendo os pequenos bracinhos em direção a Constance, balbuciando…

 

– Tanti…mama não…Tanti…

 

Com o rancor crescendo em seu peito, Iara diz sarcasticamente…

 

– Foi isso o que sempre quis, não é Constance?! Me cobriu de gentilezas, carinho, fez com que me sentisse acolhida e querida aqui para somente tomar minha filha de mim!  Foi isso que sempre quis!

 

Assustada e sem entender direito as acusações de Iara, Constance fala com medo…

 

– Pelo amor de Deus, Iara!  O que está dizendo?!  O que houve com você?!

 

O choro de Bia fica ainda mais forte e ela faz força para ir ao colo de Constance.  Com a irritação crescente Iara continua…

 

– Nunca mais traga minha filha a este lugar!  E nunca mais ouse idolatrar essa mulher para ela!  Bia pode até gostar mais de você que de mim, mas sou eu a mãe dela e não vou permitir que você tente fazer ela admirar mais outra mulher que a mim!  Ela é a única pessoa que algum dia eu senti ser minha e não vou deixar você me tirar isso!

 

– Eu nunca tive essa intenção, Iara…você está enganada, eu te admiro muito e tanto Bia quanto eu adoramos você e…

 

Mas Iara parecia não ouvir nada que não fosse sua frustração!  Aquela terrível incapacidade de lidar com sentimentos de rejeição, de inveja, de egocentrismo mal trabalhado…

 

– Quer saber de uma coisa? Para mim você é uma covarde! Uma covarde que vive se escondendo em baixo desse amor imortal e perfeito! Porque não se enterra logo de uma vez aí nesse buraco?!  Agora não vou deixar que estrague a minha vida por causa da sua incapacidade de amar!

 

Iara começou a andar com Beatriz no colo, que continuava a chorar e pedir colo à Constance.  Esta por sua vez, caminhava atrás de Iara tentando por em ordem os pensamentos e entender o que levou a mulher a ter aquele arroubo de ira.

 

“Só pode ter sido por causa do filme! Ela também viu e deve ter sentido ciúmes. E pra piorar tudo eu ainda trago Bia aqui. Ela tem razão, eu não deveria demonstrar tão escancaradamente meu amor por Camille!  Isso a magoa!”

 

– Iara desculpe…pare um minuto e me ouça, por favor!

 

A mente estava anuviada pelo ciúme e pela frustração.  O choro da filha piorava ainda mais o humor cáustico que fervilhava a mente de Iara. Parou e entregou Bia à Constance abruptamente.  Disse áspera...

 

– Não adianta, é você que ela quer! Tome, ela só fica bem com você! 

 

E continuou com mágoa na voz…

 

– Eu estava enganada!  Você não me deu uma nova vida!  Você me tirou a vida que eu tinha!  Até mesmo minha filha você já tirou!  Ela sente muito mais a sua falta que a minha!  Mas o meu amor próprio eu não vou deixar você me tirar!  Não vou ser uma mulher amuada e mal amada só porque você não consegue me amar!

 

Uma chuva de pingos grossos começou a cair.  Parecia celebrar todo o ressentimento daquela alma atormentada.  No colo de Constance, Bia já não chorava mais e sorria feliz brincando com os pingos d’água, completamente alheia à tempestade de emoções entre as duas mulheres que se olhavam profundamente.

 

Iara completou…

 

– A partir de hoje vou retomar as rédeas da minha vida!  Fique com sua “amada imortal” e enterre-se com ela!  Só não admito que influencie minha filha nessa sua obsessão macabra!  Se souber que voltou a fazer isso, tiro Bia de perto de você sem pensar duas vezes, entendeu bem Constance?!

 

Constance estava paralisada pela surpresa e pelo medo!

 

Surpresa por não esperar uma reação tão negativa de Iara.  O ciúme a cegava sim, mas parecia haver algo mais…recalque, frustração talvez…ela não sabia definir ao certo.

 

Medo de perder as duas!  Era apavorante a idéia delas irem embora dali a deixando sozinha outra vez!  Amava Camille sem dúvida alguma, mas não conseguia mais conceber sua vida sem a pequena Bia a encher a casa de risos, choros, brinquedos, sujeira, alegrias!

 

Também não conseguia se ver mais sem Iara!  Ela podia nem acreditar nisso, mas nada na personalidade de Iara a incomodava de fato!  Adorava seu jeito de ser, conviver com ela, partilhar sua intimidade e sua cama.  Não havia defeito que a irritasse ou fizesse pensar duas vezes se valia a pena dividir a vida com ela.  Sentia-se completamente feliz com a família que o destino a havia dado de presente. Até mesmo acreditava que as duas eram o grande presente que Deus tinha mandado para ela, através da intersecção do anjo Camille! 

 

Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo!  A revolta de Iara não fazia sentido para ela!

 

 

Chegaram em casa encharcadas pela chuva.  Iara subiu pisando duro e não olhou para trás uma vez sequer.  Sabia que Bia seria bem cuidada por Emma e por Constance.  Estava transtornada e a ponto de ter uma síncope.  Entrou em baixo do chuveiro de água morna e forte.  Deixou que a ducha caísse sobre sua cabeça como se pudesse lavar todo aquele conflito que vivia. 

Pensava com a alma em tormento…

 

“Eu não suporto mais isso! Não vou passar a minha vida competindo com a morta perfeita! Com uma santa sem defeitos! Logo eu que sou tão errada em tudo, limitada, como ela mesma falou! Não Constance, eu não te amo incondicionalmente como Camille parecia amar!  Meu amor quer ser correspondido e quer em contrapartida o seu amor também!  Eu não me contento em ser um estepe na vida de ninguém, nem mesmo na sua, que foi a única pessoa que me fez sentir tudo isso! Não sou desprendida dessa forma, não sei amar sem retorno…talvez nem saiba amar de verdade!”

 

E mais uma vez deixou suas lágrimas se misturarem aos jatos da ducha.  Sabia que a decisão que havia tomado era dolorosa, mas talvez não doesse mais que a frustração de não ser amada!

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 16 - Capítulo 16:
Syene
Syene

Em: 19/09/2023

Capítulo emocionante. 

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Syene
Syene

Em: 19/09/2023

Capítulo emocionante. 

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brunafinzicontini
brunafinzicontini

Em: 02/01/2018

No Review

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