Um tempo
-Não posso prometer coisas em vão pra essas pessoas Letícia
Sentei-me no murinho enquanto a mulher a minha frente me olhava ainda indignada com minhas palavras negativas.
-Quem vai falar com esse povo sou eu conheço esse lugar como a palma da minha mão.
-É o que eu vou fazer a olhei curiosa se sentindo
-Mesmo você não querendo seu nome sobrenome tem peso, e todos aqui conhecem o seu pai será mais fácil você vai ver.
Tocou em meu ombro me dando a confiança que eu precisava, talvez ela estivesse certa ninguém nunca fez nada por esse lugar, me levantei abraçando a mesma a agradecendo por ser essa pessoal que eu amo tanto.
Embora minhas palavras estivessem a machucando por dentro, começamos a caminhar retornando de volta a fazenda, durante o caminho conversávamos sobre coisas relacionadas ao plantio.
-Amanhã vai ter festa na cidade disse animada andando na minha frente.
Letícia ama festa ainda mais se tem um forro, no internato não tínhamos muito o que comemorar era mais estudos é de vez em quando organizávamos algumas coisas escondidas.
-Otimo eu preciso mesmo me divertir, será uma ótima companhia
Nesse instante ela parou estávamos ainda um pouco longe da fazenda, achei aquilo estranho mas não demorou muito pra ela começar a falar.
-Eu vou com o Luiz
-Que ? Quem é esse cara
-Ele trabalha na farmácia não fique chateada será bom pra você mas não vou poder te acompanhar.
Deu-me as costas e continuo andando como se nada tivesse acontecido, pegue ia pelo braço a fazendo me olhar nos olhos.
-Estar namorando com ele ?
-É se tivesse isso não seria da sua conta! Se desvencilhou da minha mão voltando a ficar em posição de ataque como a algumas semanas atrás.
-Olha Isabela eu sei que você tem outra é eu não vou fazer esse papel ridículo.
-Foi apenas sex* Letícia apenas isso.
-Mesmo assim eu não tenho vocação pra ser corna, também tenho uma vida estou aqui pra te ajudar e quando chegar a minha hora eu irei partir.
Sua ultima palavra soou com tristezas daqueles lábios, realmente não tínhamos nada alem de sex* estava tratando a Letícia como tratei a Sonia, eu não podia deixá-la ir não assim.
-Por favor me der uma última chance?
-Eu acho que já te dei chances demais a única coisa que me deixa mais aliviada e saber que você não foi pra cama com a Sonia.
Novamente ela ia se afastando quando a impedi segurando agora em sua mão.
-Por favor Letícia
Fiz uma coisa que jamais pensaria em fazer pra alguma mulher, me ajoelhei naquela lama encharcada suplicando é implorando por uma segunda chance.
-Isabela levanta daí
-Não! Enquanto eu não tiver a resposta que necessito.
-Não precisa ser assim deixe as águas seguirem o seu caminho.
-Não Letícia eu passei anos trancada naquele internato sentindo falta de casa de você, confesso que não soube lidar com o envolvimento do meu pai com essa mulher, ter que aprender a cuidar de uma fazenda do dia pra noite, você conhece apenas a Isabela do passado eu não quero que você se afaste de mim assim.
Eu não conseguia olhar em seus olhos fiquei de cabeça baixa esperando o que estivesse por vim.
-Não precisa matar a Isabela do passado que vive em você, eu entendo que nunca passou por isso na sua vida ser desafiada pela amante do seu pai, mas não me peça pra ficar aqui olhando a sua ruína.
Eu entendia cada palavra proferida daqueles lábios, a palavra amante nunca teve tanto efeito como agora, em minha cabeça passava um filme de tudo que aconteceu até agora, eu não sabia quem era a Sonia se era aquela mulher que me chicoteou com sangue nos olhos, ou aquela que se entregou pra mim na velha cabana, tudo estava tão confuso eu teria que por em ordem minha cabeça é o meu coração.
-Me der um tempo foi a única coisa que eu consegui dizer.
-O tempo que precisar agora se levante
Ao me levantar ganho um abraço forte da mesma eu precisava daquilo mais que tudo, nos afastamos aproveitei pra dar-lhe um beijo na testa, voltamos a caminhar de volta pro lar.
-Não acredito que irar com essa roupa
Rubens estava sentando na minha cama de boca aberta não acreditando na roupa que eu tinha escolhido.
-Não e porque estamos nesse fim de mundo que eu não vou me vestir a caráter.
Escolhi o vestido o salto é o perfume pra ocasião, por mais que eu tentasse esconder meus sentimentos do meu amigo eu sentia falta da Isa, se passou vários dias sem que eu a vira novamente.
-Vou até a cidade falar com os homens
-Há sim os avisa que tem festa na cidade amanhã
-Pode deixar.
Caminhei até a janela e fiquei observando de longe o River, suspirei baixo eu poderia ir até a sua fazenda mas como ela iria me tratar ? nunca tive medo de nada aprendi desde cedo que a maldade estar a onde menos se espera, mais agora tudo tinha mudado pelo menos pra mim tentei me colocar na pele da Isa mais nada me vinha a cabeça.
Decidi caminhar pela fazenda respirar um pouco de ar puro iria me fazer bem, andei por toda a extensão de terra com grama parada realmente era uma fazenda linda.
Avistei o local a onde eu tinha feito mal a Isa pela primeira vez, os sons do chicote contra a sua pele me vinham a memória, ela realmente tinha me tirado do serio.
Toquei no tronco a onde a prendi fechando os olhos.
-Não era pra ser assim eu tinha um plano ser apenas a amante falir o Álvaro é finalizar a minha vingança.
Tentei afastar aqueles pensamentos de ódio mas não seria fácil, ainda mais agora com Rubens sabendo dos meus reais sentimentos pela Isa.
Quando me vi estava naquela mesma trilha de volta a casa antiga em que eu vivia, fiquei um bom tempo olhando pra fachada quase caindo aos pedaços.
-É Sonia você foi muito feliz aqui
Fiquei apenas do lado de fora se entrasse provavelmente não sairia, as madeiras de sustençao não me dava tanta confiança como naquela noite.
Dei a volta na casa era como se ela ainda estive aqui cantando é rindo alegra mente, meus olhos começaram a marejar eu tinha feito uma promessa quando sai deste lugar e eu iria cumprir.
Ao retornar pra casa Álvaro estava sentado tomando uma cerveja da região, me aproximei o abraçando por trás.
-Soube que haverá uma festa amanhã na cidade
-Pensei que não quissese envolvimento com essas pessoas daqui ?
Seu olhar me dava calafrios as vezes a minha única sorte é que ele não sabia quem eu era de verdade.
-A gente não sai pra se divertir a um bom tempo, é também eu andei pensando em entrar pra política.
-Serio mesmo minha linda
-Muito serio
Sentei em seu colo fazendo carinho em seu rosto, se fosse pra fingir seria que ser perfeito até o final.
-Isso alavancaria nossas vendas aqui.
-Sabe querida eu te amo tive a sorte grande de te encontrar naquele hotel.
Nós abraçamos enquanto eu planejava o segundo plano da minha vingança.
-
Fim do capítulo
Segundo plano em ação
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