Cedo ou tarde se chega a essa conclusão

O herói é o último na fila dos covardes

Aquele a quem não restou à outra opção

 

 

Cedo ou tarde a verdade aparece sem mascarás. Ana Carolina não contava com essa realidade. Gerada há exatamente 25 anos atrás, era tida como filha única até então. Contudo, no dia tão esperado não só nasceu ela, como também outra criança, que passou despercebida pelos os noves meses de gravidez.

Duas meninas, separadas por “dinheiro” e por vários aspectos que variam a semelhança, caráter, e principalmente separadas por o desejo de “vingança”.

No dia do nascimento, houve uma grande surpresa com a chegada de duas meninas, sendo que só esperava-se apenas Ana Carolina.

Os pais logo se alegraram, mas, isso não durou muito tempo.

O Dinheiro logo tratou de separa-las e o destino como sempre pregando grandes peças.

Uma delas ficaria com a mãe, quando Carolina completa Três anos sai com a mãe de casa, abandonando assim sua irmã, e seu pai.

Desde então foi criada com tudo do bom e do melhor, a mãe casou-se com um grande empresário que fazia todos os seus caprichos.

Ana Carolina foi criada como princesa, melhores colégios, melhores roupas, melhores amigos. Tudo era perfeito se ela não tivesse sido gerada para ser uma mulher fria, calculista, e cheia de orgulho. Sempre soube de sua origem, mas, nunca quis conviver com pai, nem com irmã.

 

A outra criança cresceria com o pai, sempre teve tudo que fosse necessário, era doce desde pequena, tinha uma vida normal até um trágico acidente lhe tirar o que alguém normal pode ter lembranças e memorias passadas.

Ao contrario de Carolina, ela é uma mulher doce, meiga  e vitima de um destino tão cruel. Não tem lembrança  de sua origem, além de seu pai e do dia trágico que a tirou todas as lembranças vividas.

Gêmeas bi vitelinas que não se parecem em absolutamente nada.

Irão descobrir que o mundo dá voltas, e terão a oportunidade de se encontrarem novamente.

Como será que Ana Carolina vai lidar com isso?

O que Ana Carolina representa na vida da Agnes?

 

 

 

(Ana Carolina)

Como isso pode ter acontecido, como os planos saíram do controle dessa forma.

O que vai acontecer depois disso, e qual será o prejuízo que eu terei.

Isso não saia da minha cabeça ao olhar a garota desmaiada na minha frente.

 

 

(Isadora)

Agnes desmaiou, estava pálida e eu não sabia o que fazer a Ana Carolina não se movia e eu estava estranhando tudo aquilo.

 

-- Carolina examina logo ela, pode ser grave como medica você deve isso.

 

-- Isadora logo de antemão vou avisando não irei acompanhar essa moça, procure outro medico.

Não tenho o que falar dela e estou ocupada com outros pacientes.

 

-- como assim? Você tá louca? Não pode se recusar dessa forma

 

-- sinto muito.

Comigo não conte.

 

-- porque isso Carolina?

 

-- leva ela pra sala, e quando ela acordar, por favor, se retire daqui.

 

-- você é uma louca mesmo.

 

(Isadora)

Fiquei absolutamente indignada com isso. Ela não conhece nem a Agnes como pode ter essa repulsão.

Com a ajuda da governanta levei a Agnes pra sala e não demorou  muito pra ela acordar.

Já estava preocupada e louca pra sair dali.

 

-- amor lembra-se de mim?

Sente alguma coisa? Fala comigo.

 

 

(Agnes)

 Minha cabeça doía alguém me chamava e eu conseguia lembrar nada nem de muita coisa.

 

-- Agnes?

Como você está? Sou eu a Isa.

 

-- cadê o meu pai? Onde eu estou?

 

(Isadora)

Não acredito que a memoria da Agnes se perdeu novamente.

Eu não estou gostando nada disso.

Que reações foram essas

Meu deus.

Pensar me assusta, será que elas se conhecem? Mais isso é impossível

Ou não?

 

-- Minha linda confia em mim tá? Você tá confusa não é?

 

-- sim, estou.

 

-- a gente vai sair daqui e vamos pra casa.

Só confia em mim.

 

-Vamos mamãe não temos mais nada pra fazer aqui.

 

-- filha e a consulta? O que aconteceu ali?

 

-- não sei mãe.

Ajuda-me com a Agnes e vamos sair da aqui.

 

(Agnes)

Deixei-me ser levada e não estava me sentindo bem mesmo.

 

(Isadora)

Saímos dessa casa, e espero nunca mais voltar, estou curiosa será que a Agnes teve alguma lembrança?

Preciso entender o que aconteceu, mas, faço isso depois.

Agora é deixar ela a vontade e em casa.

Fomos para casa, ela precisa descansar.

 

 

(Ana Carolina)

Não acredito que essa é a Agnes.

Como isso pode acontecer? Estava tudo sobre controle.

E o idiota do Marcelo...

Irei tirar isso a limpo.

 

 

-- alo? Marcelo?

 

-- olha quem é viva sempre aparece.

Diga Ana Carolina.

 

-- Idiota, como anda as coisas ai com a doentinha?

 

-- tudo sobre o controle.

 

-- Marcelo, incrível sua capacidade de mentir.

Sínico.

Não está nada sobre controle.

Diz logo o que aconteceu, eu acabei de vê a Agnes.

 

 -- COMO ASSIM?

 

-- FALA BAIXO COMIGO, SEU IDIOTA VOCE DEIXOU TUDO FORA DO CONTROLE.

ISSO NÃO PODIA TER ACONTECIDO.

A DOENTINHA DÁ MINHA IRMA TÁ AQUI NA CIDADE.

MINHA MÃE NÃO VAI GOSTAR NADA DISSO.

 

-- Que droga, como isso foi acontecer? É impossível.

 

-- ela está com a doutora Isadora.

 

-- essa mulherzinha entrou no meu caminho, dessa vez eu acabo com a vida dela.

 

-- NÃO TOCA NA ISADORA.

 

-- eu vou dá um fim nela, você vai vê.

 

-- depois disso, eu mesma te mato.

Idiota você quer a Agnes, e eu quero a Isadora.

Então se você se meter no meu caminho, vai se vê comigo.

 

-- a Isadora tirou a Agnes da fazenda a força.

E eu vou acionar a polícia.

Hoje mesmo, eu chego à capital.

 

 (Ana Carolina)

 

Mamãe controla absolutamente tudo.

Desde sempre foi assim.

O Marcelo é nosso aliado, ele está na fazenda para controlar a bastada.

Já era pra ter se casado com ela, e depois ter dado fim.

Iriamos dividir a herança.

Mas pelo o visto a coisa não está sobre controle.

 

Eu passei anos, facilitando medicamentos para essa garota viver dopada, e não ter alto controle.

E esse idiota, não fez nada que valesse a pena.

Não acredito que ela vai me tomar a Isadora.

Chega, a herança já é dela.

Mas a Isadora, só por cima do meu cadáver.

 

 

(Marcelo)

Como isso pode ter acontecido, a idiota da Isadora foi parar logo na frente da Ana Carolina.

Meus planos não podem sair do controle.

Essa Isadora vai vê com quem ela se meteu.

 

-- pessoal, quero dois homens, os melhores da turma.

Estejam com as armas prontas, vai começar o tiro ao alvo.

Vamos pra capital imediatamente.

 

Acionem a policia, e relatem o caso.

A doutora Isadora precisa ser presa, ou morta imediatamente.

Vamos dá uma força pra isso.

 

 

(Isadora)

O caminho pra casa foi tenso.

Um frio me subia pela espinha, e eu não sabia por quê.

 

-- amor, chegamos.

Eu preciso ir trabalhar só chegarei a noite, mas, me liga se precisar tá bom?

Pede pra mamãe ela faz a ligação pra você.

Agora eu sei que tá confuso, mas, tente não esquecer você é tudo que mais amo nessa vida.

 

 (Agnes)

Não recordava pra onde estava indo, varias lembranças ecoavam na minha mente.

E eu não conseguia disfarçar.

Eu estava sendo tratada com muito carinho por a Isa.

Mas não me recordo de nada, ela é a Isa.

Mas cadê meu pai? Sinto-me estranha.

 

 

-- mamãe cuida dela por mim.

Eu vou preocupada.

 

-- filha vá trabalhar.

Ela vai ficar bem.

 

-- qualquer coisa me liga mãe.

 

 

(Isadora)

 

Sai com o coração apertado, minha cara no consultório não era nada boa.

Mas, fiz o que tinha que fazer. A manha não passava, e eu não conseguia encaixar a cena que presenciei logo cedo.

 

(Marta)

-- minha filha, você vai ficar bem. Não se preocupe a Isadora vai cuidar de você.

Deita e descansa Agnes.

Daqui a pouco eu voltarei.

 

A deixei descansando e sigo pra sala.

Coitada dessa menina, a vida não foi fácil pra ela.

Minha filha está sendo transformada com isso. A Agnes tocou o coração duro da Isadora.

Mas sinto que algo de ruim está pra acontecer.

 

 

(Agnes)

Deitei na cama e dormi.

Senti-me sozinha, perdida e sem direção.

Aqueles olhos não saiam da minha cabeça, quem é aquela garota.

 

(Isadora)

Na hora do almoço, resolvi ligar pra fazenda.

Algo estava me perturbando a cabeça, e seu Pedro pode me ajudar.

 Resolvi ligar pra ele.

 

-- Pedro? É a Isadora.

Pode falar agora?

 

-- Oi Isadora, como está a minha filha?

Aconteceu algo?

 

-- tudo bem, não se preocupe.

Supostamente a Agnes está tendo lembranças, mas eu preciso de uma informação, para saber se são concretas.

 

-- tudo bem, me diga o que quer saber?

 

-- quem é Ana Carolina? O que esse nome foi na vida da tua filha?

 

-- ela lembrou?

 

-- esse nome a afetou muito, e me recordo que ela já chamou uma vez.

 

-- Isadora tem mais coisa que ninguém sabe.

Diga-me então.

 

-- Agnes tem uma irmã.

 

-- o que?

Pedro isso é uma piada?

 

-- não é.

Ela tem uma irmã, a mãe dela saiu de casa quando completaram Três anos.

Eu fiquei com a Agnes, e minha esposa com a Ana Carolina.

 

-- Meu deus você não é viúvo?

Pedro isso é grave.

 

-- eu vou pra capital, quero vê minha filha.

 

-- tudo bem, me avise quando chegar  vou te pegar.

 

Deliguei o telefone e fiquei pasma.

Como assim, as duas são irmãs.

Estava surpresa quando entra um senhor na minha sala sem bater.

 

-- Doutora Isadora Saraiva

 

-- sim, sou eu mesma quem procura?

 

-- é da policia, me acompanhe, por favor.

 

Continua.

 

https://www.youtube.com/watch?v=T4qyFyzyW3Q

 

Ó doçura da vida: Agonizar a toda a hora sob a pena da morte, em vez de morrer de um só golpe.

William Shakespeare

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo