Capítulo 8
(Isadora) eu quero fazer aquilo que não pode... Sim, olhar para essa boca tão perto da minha está me tirando do serio, não sei se ela está com medo, só sei que a respiração dela está cada vez mais descompassada, ela tenta falar algo mais apenas consegue abrir e fechar a boca, e eu não consigo sair de cima dela, também não consigo sair desse olhar.
(Agnes) por que ela não fala nada, ou não faz nada... Eu estou com vontades antes desconhecidas, será que eu estou confusa? O que eu sinto em relação a ela, que força é essa que não me permite me afastar.
-- Eu... (Isadora)
-- não fala nada, por favor, eu não sei quem é você, ou se vivemos alguma coisa mais eu sinto uma enorme vontade de me abandonar, de sair de mim mesma cada vez que você me olha... (Agnes)
-- é... Eu não sei o que dizer (Sim estou parecendo uma idiota mais eu não sei o que falar, estou muito nervosa)
-- precisa dizer mais nada, se você não fizer nada eu mesma irei fazer (Agnes).
-- que se dane (Isadora)
(Isadora) que se dane o que eu acho certo, até mesmo o que acho errado não posso ser idiota em deixar isso passar... Então suspirei olhando cada vez para os lábios dela, parecia a mais linda obra de arte, ela é perfeita, lentamente eu fui afastando mechas do cabelo em seu rosto que teimavam a cair, e fui me aproximando...
Sorri com a ingenuidade dela, em fechar os olhos e ficar com a boca entreaberta eu juro, não consegui mais pensar em nada e a beijei, nossos lábios se tocaram como uma perfeita canção, nossas línguas ditavam a melodia, não era preciso pensar em mais nada, sentir o quanto ela estava se entregando já era o bastante para ser o meu melhor momento...
(Agnes) não pensei em mais nada, e me deixei levar, fechei meus olhos e senti um carinho dela afastando mechas do meu cabelo, e logo depois ela juntou os seus lábios tão macios aos meus, que fizeram meu coração disparar tudo era perfeito. Era como se já tivesse vivido isso, essa boca na minha esse corpo no meu está mexendo comigo, e eu nunca me imaginei sentir viva como agora...
Palavras não cabiam nessa hora, e eu não sabia mesmo o que dizer não queria sair desse beijo, quem me dera passar o resto da vida fazendo isso...
Não queria que ela se afastasse, mais já estávamos sem ar...
-- minha linda (falei sorrindo)
-- estraga prazer, foi você isa... (Agnes)
-- você é linda, linda... Não tem noção de como eis linda... (Isadora)
-- você está boba É? Risos... (Agnes)
-- uhum estou... Não é todos os dias, que beijo um anjo (Isadora)
-- você me deixa com vergonha mesmo, (falei colocando a mão no rosto).
-- tá com vergonha, depois me chama de boba né minha linda risos (Isadora)
-- Isa, me ajuda a levantar (Agnes)
-- tá agora que vi que ainda estou em cima de você (Isadora)
-- e não trate de sair nuca mais de perto de mim (Agnes)
-- nunca mais minha linda, desculpa desde já, eu sou uma idiota às vezes... (Isadora)
-- minha idiota... Risos... (Agnes)
-- e a cachoeira? Como vamos fazer minha linda?(Isadora).
-- Isa, não sei eu não consigo lembrar, vamos entrar nessa trilha não sei, deva ter placas, que nos levem até lá (Agnes)
-- e se agente se perder? Eu estou aqui pra te proteger então não vamos fazer nada perigoso (Isadora)
-- tá isa, eu estou com fome (Agnes)
-- tenho comida na mochila, a gente pode comer e sei lá depois ir atrás da cachoeira.
-- quero, estou morrendo de fome.
(Isadora) estou tendo alucinações ou foi verdade? Meu deus ela me beijou, eu a beijei e agora? O que será que vai acontecer? Será que eu vou aguentar olhar para ela amanha e me deparar com outra Agnes, sim... outra Agnes amanha pode ser outra novamente, nem parece àquela garota frágil que encontrei quando cheguei à fazenda... Agora é uma mulher, segura de si... E completamente sedutora...
(Agnes) me sinto livre, como há tempos não me sentia... viver isso tudo, sair do próprio mundo está me trazendo sensações maravilhosas, estar com essa mulher, faz meu coração voltar a bater, mais agora me bateu um insegurança... Medo de esquecê-la, de não lembrar mais. Medo do amanhã
-- Agnes? Tudo bem? (Perguntei preocupada, pois ela estava no mundo dá lua) (Isadora)
-- sim, tudo bem isa... (Agnes)
-- que bom, ainda me reconhece. (Isadora)
-- promete, que se um dia eu me esquecer de você, sei que isso é obvio que cedo ou tarde vai ter que acontecer, você não vai desistir de me proporcionar e de me dá sentindo a vida de novo... (Agnes)
-- prometo que sempre irei estar com você... Dentro de meus limites e de minha própria capacidade...
Agora vamos terminar de comer, que ainda vamos tomar banho de cachoeira. (Isadora)
-- vamosss (Falei alto entre sorrisos)
-- olha, Agnes... tive uma ideia, me dá sua mão...
-- pra onde vamos?
-- deixar nossa marca aqui...
-- como assim isa?
(Isadora) tive a ideia de pegar um pequeno estilete que estava jogado na mochila e guiei a Agnes até uma arvore.
-- tá vendo isso? Vamos deixar nossos nomes aqui, assim nunca vamos esquecer-nos do dia de hoje... (Isadora)
-- nem do nosso beijo? Foi importante não foi? (Agnes)
-- foi o mais importante de toda minha vida (Falei pegando na mão dela)
-- Isa, o que escrever na arvore?
-- nossos nomes, que tal?
-- tá ótimo, você me lembra disso sempre... Por que eu estou amando agora...
-- se depender de mim, nunca mais você vai esquecer-se de nada...
(Agnes) ela é tão especial comigo, há algo muito forte que não me permite pensar em mais nada a não ser, estar junto dela.
(Isadora)
É errado pensar que o amor vem do companheirismo de longo tempo ou do cortejo perseverante. O amor é filho da afinidade espiritual e a menos que esta afinidade seja criada em um instante, ela não será criada em anos, ou mesmo em gerações.
Khalil Gibran
Agora consigo entender isso perfeitamente, está com a Agnes e estar feliz, eu me sinto feliz em querer o bem dela, e de hoje em diante, irei fazer o possível para protegê-la.
-- pronto, sua letra é linda risos... (Agnes)
-- sua minha linda, a minha é uma negação (Isadora)
-- agora, vamos atrás da cachoeira, e por onde vamos?
-- vem, vamos por aqui (agnes)
-- tem certeza? (Isadora)
-- não, mais pelo menos vamos andar não deve ser difícil isa...
(Isadora)
Estava ficando preocupada, mesmo... A gente só entrava mata adentro, e já estava cansada e com fome também...
-- Agnes, acho que estamos perdidas (Isadora)
-- e agora isa? (Agnes)
-- não sei, minha linda parece que vai chover o clima está mudando, e você não pode pegar chuva, vem vamos para baixo de uma árvore pensar como vamos fazer para voltar para casa...
-- mais e nosso banho?
-- tem que ficar para depois...
(Isadora) estava realmente com medo, o clima fechou e só andávamos e andávamos, a agua estava quase acabando, e sei que ela já estava cansada. Ficamos em baixo de uma arvore, e eu estava encostada na arvore sentada, e ela em meu colo abraçada a mim... Eu estava voltado a mim, e realmente me sentindo culpada...
-- Isa... Não precisa ficar seria... Está sendo um ótimo passeio (Agnes)
-- eu quero te vê bem, e que nada te aconteça, minha linda... (Isadora)
-- mais, o que pode me acontecer? (Agnes)
(Isadora) Mal acabo de falar, a Agnes solta um grito de dor, e a sinto ficar sem forças, e desmaiar completamente em cima de mim...
(Agnes) estamos conversando, e senti algo me picar o pé.. Não deu tempo falar mais nada, só perdi a visão, e fiquei sem forças...
Continua
Vida
Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.
Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!
Viva!!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito para ser insignificante.
Augusto Branco
Fim do capítulo
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