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Roteiro Sem Final por Anne

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Palavras: 820
Acessos: 855   |  Postado em: 13/10/2017

Capítulo 14

 

 

 

 

∞ GADE ∞

Quando as meninas se distanciaram para pegar bebidas e levar a nossa mesa, conseguida com muito esforço para ressaltar.

-- Você é descarada.

-- Não, sou pratica. - jogou-se na cadeira.

-- Você não parece minha amiga, com quem aprende essas coisas? - fiz o mesmo.

--  Ela é linda.

-- E hétero.

-- Até que se prove o contrário. 

-- Conheço-a há anos.

-- E não havia mais da metade disso.

-- Verdade.

Olhei em direção ao bar e meus olhos com de Alícia se encontraram.

 

 

∞ Alícia ∞

 

--Antes que você diga eu não combinei nada.

-- Eu sei.

--Sabe?

-- Sim.

-- Quer parar de ser monossílaba?

-- O que você quer ouvir?

-- Sei lá... Algo do tipo, senti borboletas no estômago, quero ir embora... ou me jogar na frente de um carro - apontou para ela mesma.

-- kkk você é louca. - respirei. - Quis ir embora sim, mas não adiantaria muito. E borboleta no estômago não condiz comigo.

-- Ah verdade, você é a doutora Alícia Lacerda inabalável, inalcançável, inconsequente, insurgente, havia esquecido disso.

-- Por esse caminho.

--As vi conversando.

-- Não você nos viu gritando, quem conversa em uma boate?

--Nós estamos conversando dã.

Lhe fitei.

 

O acaso é uma coisa engraçada, ele nos pega de surpresa e nos tira do eixo, faz que coisas que pensávamos não existir voltar à tona e agora estamos aqui. 

-- Alícia queria me desculpar. -- Mas quando estávamos próximas da mesa alguém me puxou e me abraçou.

-- Oi, Dani. Pelo o que?

-- Na festa que eu falei...

-- Você não sabia.

-- Então estamos bem?

-- Sim linda.

Ela sorriu e se aproximou do meu ouvido e sussurrou.

-- dança comigo?

Quando olhei para a mesa todas nos fitavam.

--Estou acompanhada.

-- Victoria não ira se importar. - tomou minha mão e saiu me puxando. - você sempre da uns perdidos nela.

Começamos a dançar e a beber, Dany dançava sensualmente, todos nos olhavam, homens nos olhavam com cobiça, algumas mulheres com inveja e talvez até repulsa (por ser um local hétero por assim dizer), e uma em especial me olhava com censura. Depois do nossa pequena brincadeira sinto meu braço ser puxado mais uma vez. Bem, isso está virando rotina isso!

 --Quer parar de fazer esse showzinho. Quando mais converso com você mais você bate essa cabeça grande na porta.

-- Eu não estou dando showzinho, estou dançando.

-- Estou avisando, assim você não recupera dela nem um bom dia.

--Eu não quero recuperar nada Victoria.

-- Você quer sim, só não sabe como fazer e nem o que dizer. Mas desse jeito você não vai conseguir na-da. Melhor, faça como quiser, mas seja inteligente. - e deu uma batidinha no meu ombro.

-- O que seria ser inteligente?

Lhe vi se distanciando.

Depois que a loira surtou eu respirei fundo e me dei 2 minutos antes de voltar. Pois eu afeto as pessoas, e meu passado é uma parte de mim que não dá pra mudar, mas reconheço que não significa que o futuro não possa ser alterado. Eu não sei pedir desculpas, mas não significa que não tenha que faze-lo.

Lhe vi passando pela porta. Fui atrás.

-- Gade espera. Espera. Deixa eu falar. - gritei.

-- Isso não me soa bem. - parou - Foi assim quando descobri que você estava me traindo. Parece um dejavu.

-- Eu preciso que você fique.

-- Vamos tentar ser proativas, pensar daqui pra frente, antes que vire uma novela mexicana.

-- O que você quer dizer?

-- Eu não sei porque eu fiquei tão afetada com sua dança erótica hahaha - deu uma risada sem graça.

-- Você ficou afetada?

-- É... que... Eu...bom... preciso ir.

--Não. Vamos conversar?

--Sobre o que? Essa é a verdade. Eu não sei nem o que pensar. Você apareceu do nada, e da mesma forma você sumiu, ou seja, DO NADA.

--Eu precisava.

--Fugir? Aaaah eu que devia fugir, pois eu que não passava pela porta.

-- Vergonha.

-- Vergonha? Hahaha me faça rir. Depois que você fez tudo que fez, um pouco tarde não?

-- Eu precisava.

-- ME trair? Era necessidade.

-- Não...

--Não?

--Sim...

--Sim ou não?

-- É complicado.

-- Isso pra você já devia está menos complicado, depois de tantos anos.

-- Gade por favor... Não faça isso.

-- Não fazer? DIZER A VERDADE já deveria ser mais fácil.

-- Eu não posso falar.

-- Ou não quer. Se as próximas palavras suas forem mentira eu realmente prefiro que não diga nada.

-- Honestamente eu não pretendia que tudo chegasse tão longe, eu...

--Pretendia sim, pois você sabia o que estava fazendo... E... Essa é a parte que não consigo entender. Quem faz isso com uma pessoa que diz amar?

Entrou no carro e partiu.

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

 

PS1: Minha vida estava um pouco turbulenta então, desculpe a demora.

 

PS2: Ja tentei colocar uma capa, mas não conseguir, isso me leva a crê que sou pessima em tecnologia, então quem souber AJUDA, porque hahaha sou horrivel. 


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