E AÍ, TODO MUNDO PREPARADO PRA IR PARA A CALIFÓRNIA?
Vamos lá! ;)
Capítulo 5
Capítulo 5
Emily's POV:
Meus dois últimos dias em Rosewood foram corridos. Mas a ideia de deixar aquele lugar, desta vez, não sozinha, me animava. Tudo parecia finalmente estar dando certo.
Alison passará grande parte do último dia, organizando a documentação da internação de Charlotte, conversando com a equipe médica que a acompanhava e deixando seu trabalho em Rosewood High encaminhado. Apesar de desejar passar todo tempo possível com ela, não a sufoquei com questionamentos ou perguntas. Era a primeira vez, desde que havia voltado para Rosewood, que Ali fazia algo para ela e não para a família, amigos ou demais pessoas. Por isso, mais do que ninguém, eu sabia o quão difícil havia sido a decisão dela de partir comigo para a Califórnia, se afastar de tudo, mesmo que temporariamente.
Quando a noite caiu, decidi que não poderia deixar a cidade sem antes passar pela fachada da minha antiga casa. Não que eu esperasse encontrar minha mãe, eu ainda não estava pronta para contar a ela todos os fracassos, fraquezas e decepções. Exatamente por isso, decidi que passar em frente a casa no período da noite seria a melhor opção. Peguei o carro que havia na garagem de Ali e dirigi até a casa que eu costumava chamar de minha. Apesar de ter feito parte da minha adolescência, era estranho encará-la agora como um lar. A verdade era que eu não me encaixava mais em nenhum lugar, nada parecia fazer sentido.
Observei as janelas da casa, apenas a da sala estava acesa, indicando que, provavelmente, minha mãe estava em casa. Um nó subiu por minha garganta, desejei entrar, correr para seus braços e pedir colo. Mas me contive. Seria egoísmo da minha parte pedir colo em um momento como aquele. Apesar de vivermos em cidades distantes, meu contato com ela se manteve. Por mais que algumas coisas que eu diga não sejam verdade, sobre a faculdade e o estágio falso – por exemplo – eu sei que tudo que ela me conta é. Desde a morte do meu pai, ela pediu afastamento do trabalho, passou a ficar mais em casa do que na rua e começou a seguir à risca o calendário da igreja.
Desci do carro e caminhei cuidadosamente pelo jardim, qualquer passo em falso, poderia denunciar minha presença. Eu precisava vê-la, precisava olhá-la por um segundo que fosse. Verifiquei mais uma vez se eu estava sozinha naquele jardim e então segui em frente, até a janela que estava aberta e acesa. A primeira coisa que vi, foi a televisão, que transmitia ao vivo o jornal da noite. No sofá, que estava exatamente no mesmo lugar onde estivera toda minha vida, minha mãe estava adormecida. Parecia cansada, com mais rugas do que eu me lembrava e uma respiração pesada, como se não dormisse há semanas. Ao seu lado, a caneca de chá esfriava.
Suspirei pesadamente, afastando-me da casa. No instante em que me virei, para retornar ao carro, uma sombra na escuridão chamou minha atenção. Tentei capturá-la em minha mente, mas o movimento foi rápido demais e a sombra já havia sumido.
Abracei o casaco de Alison que eu vestia contra meu corpo e segui rapidamente para o carro. Não gostava da ideia de estar sendo observada. Aquele pesadelo não poderia começar de novo. Dirigi para a casa dos DiLaurentis o mais rápido de pude, tínhamos que sair o mais rápido possível de Rosewood, em nome da minha sanidade mental.
- Em! – Ali exclamou assim que coloquei o pé na casa. Minha mochila e as malas de Alison já estavam prontas, todas na entrada da casa. – Onde você esteve? Eu estava preocupada...
Suspirei, afastando os momentos anteriores.
- Eu só fui dar um passeio de carro por Rosewood, sabe como é, me despedir. – Menti, mas aquela mentira pareceu passar despercebida pela loira.
- Bom, eu peguei mais roupas de calor do que de frio, só estou levando dois casacos. Você acha que eu preciso de mais roupas de frio? – Ela indagou, abaixando e arrumando as roupas dentro de uma das malas.
- Não Ali, tenho certeza que será o suficiente. Los Angeles é completamente diferente de Rosewood...- Sorri de canto. Definitivamente, L.A. não era em nada igual a Rosewood e eu não pude deixar de pensar que voltar para lá seria um alivio.
- Se você diz...- Alison sorriu, levantando-se e caminhando em minha direção. Sua mão tocou levemente meu rosto e aquele toque foi o suficiente para me fazer relaxar e esquecer tudo o que havia acontecido no jardim da casa da minha mãe.
- Você conseguiu resolver tudo na clínica? – Indaguei.
- Sim, Dr. Rollins disse que tudo ficará sob controle! – Alison sorriu, confiante.
- Eu não acredito que estamos indo, estamos saindo de Rosewood juntas! – Sorri, acariciando os fios macios e loiros.
- Eu só desejaria que fosse para sempre...- Ali confessou, baixinho.
- Um dia será, eu te prometo, um dia vamos deixar Rosewood e todos os pesadelos que vivenciamos aqui para sempre.
Não falamos muito até o aeroporto de Filadélfia. Deixamos a cidade em silêncio e embora eu sentisse um alivio momentâneo, eu sabia que aquela não era a última vez que eu havia pisado em Rosewood.
Ali estava apreensiva e eu não queria fazer ou dizer algo que pudesse fazê-la se arrepender. Chegamos em Los Angeles pela manhã. Quando entramos no táxi e seguimos em direção ao pequeno apartamento que eu alugava, no subúrbio da cidade, o sol já raiava fortemente e percebi os olhos de Alison encararem a praia, a cidade e todo aquele clima alto astral com curiosidade.
Abri a porta velha e descascada do apartamento. Como ela estava emperrada, precisei colocar um pouco mais de força para abri-la.
- Bom, não é uma mansão dos DiLaurentis, mas eu espero que você se sinta em casa! – Falei no instante em que a porta se abriu.
Entramos e percebi os olhos e Alison varrerem todo o local. Dos enfeites da sala à cozinha conjugada. O apartamento não era muito grande, na verdade, a sala da casa de Ali era maior que todo ele junto. Mas era aconchegante. Um pequeno studio com sala, quarto e cozinha conjugada. O único cômodo de fato separado era o banheiro. A decoração era bastante simples, paredes recém pintadas de branco, disfarçavam a idade do apartamento. Um ou outro pôster de times de natação, um balcão que separava a cozinha da sala, uma geladeira velha, forno de micro-ondas e fogão. Do outro lado, havia uma cama de casal e algumas malas no chão, que eu usava como armário.
- É perfeito! – Para minha surpresa, ela afirmou. Caminhando até a janela da sala, onde, com muito esforço, era possível ver a praia.
Aproximei meu corpo do de Alison, encostando-o contra suas costas e olhando na direção que ela encarava.
- Você sabe, é quase um sonho ter você aqui comigo, não é?
Ali virou-se e ficamos frente a frente, com poucos milímetros nos separando e então sussurrou:
- Eu sou mais real do que nunca, Em. Eu sou real, porque sinto meu coração bater quando estou com você! – A declaração fez com que eu agisse sem pensar, beijei seus lábios e eles cederam ao beijo apaixonado e intenso que demos a seguir.
Somente nos afastamos quando faltou o ar.
- Você está com fome? Quer que eu prepare algo? – Perguntei, abraçando-a pela cintura.
- Não, não estou com fome. Mas tem algo que eu quero...- Começou a falar.
Eu seria capaz de qualquer coisa por Alison e ela sabia disso.
- O que?
- Podemos ir até a praia? Não consigo me lembrar a última vez que eu estive em uma!
- Vamos! Tenho certeza que você irá adorar Santa Monica, é aqui pertinho, em quinze minutos estamos lá!
Ajeitamos tudo em uma pequena bolsa de praia e descemos. Na garagem do pequeno prédio, peguei o carro e seguimos até o famoso píer. Comemos cachorro-quente em um dos carrinhos de fast-food e caminhamos pela areia da praia. Com o final da tarde, o movimento de surfistas e skatistas começou a aumentar.
- Se eu te contar que fiz algumas aulas de surf no verão passado você acredita? – Perguntei e Ali riu, enquanto tomava sorvete.
- É sério?
Dei de ombros e apontei para um dos quiosques que ficavam na praia.
- Eu costumo trabalhar ali durante o dia e a noite no bar de uma das boates da Hollywood Boulevard, um dos clientes me deu um cartão de aulas de surf. – Dei de ombros. – Como não estou recusando presentes, acabei encarando...
- E como você se saiu? – Ali perguntou, curiosa.
Sentamo-nos em um banquinho de frente para a praia. A brisa do mar refrescava minha pele e sentir aquele cheiro de praia novamente, era como um sonho.
- Acho que até que fui bem. Mas eu sinto mesmo falta de nadar...- Suspirei, pesadamente.
- Por que você não vira professora em Rosewood High? – Ela perguntou e percebi que foi no impulso. – Quer dizer, a técnica da equipe de natação vai se aposentar, acho que você pode...
- Ali...- Interrompi-a. – Eu não sei se consigo voltar a morar em Rosewood. – Disse, sinceramente.
Escutei-a suspirar e abaixar a cabeça. Pela primeira vez, vi Alison DiLaurentis sem saber o que dizer. Mas, sinceramente, eu não sei o que ela esperava de mim.
- Você pode ficar aqui, sabia? Não sei, mas eu não te vejo como professora de Inglês, não me parecesse ser a vida que você deseja...
- Em...- A loirinha pediu.
- É sério, Ali, você tem potencial para ir muito além daquele lugar, você...
- Emily, por favor...
Somente quando ela pediu a segunda vez, percebi que seus olhos estavam mareados.
- Podemos fazer um trato? – Perguntou, como se ainda estivéssemos no primário.
Suspirei, mas acabei concordando. Então, Ali tornou a falar:
- Não temos muito tempo, somente algumas semanas, e eu quero aproveitá-las ao máximo com você. Quero aproveitar tudo, tudo o que sempre sonhamos viver. Mas não quero, e nem aguentaria, falar sobre Rosewood. Então, podemos não falar sobre isso? Podemos não fazer planos?
- E depois? E depois que essas semanas acabarem, Alison? – Perguntei o que eu mais temia.
Seus ombros levantaram-se e então abaixaram-se junto com um suspiro.
- O futuro é incerto, Em, é melhor não pensarmos nele agora.
Fim do capítulo
ALI SENDO ALI...
O que eu posso dizer? Alguém aí tem apostas? Será que finalmente dará tudo certo ou alguém vai pisar na bola?
O que vocês acham?. Será que Ali tá pronta pra assumir algo com a Emily?.
Enfim, digam aí o que vocês acham e sugestões, comentários, críticas, são sempre bem vindas! <3
Obrigada mais uma vez e espero vocês no próximo capítulo! :3
beijos!
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