Capítulo 71. Convivendo com a nova família.
Quando acordou pela manhã, Perfídia estranhou o lugar onde estava. Parou um pouco para pensar e lembrou-se de que estava na casada coronel. Espreguiçou-se depois levantou calmamente, pegou uma troca de roupas e foi tomar banho. Quando terminou de se arrumar passou em frente ao quarto dos irmãos e viu que eles ainda dormiam assim como a sua mãe e esposa. Escutou barulhos na cozinha e ao chegar nela viu que dona Severina estava preparando o café. Raimundo também estava presente e cumprimentou cordialmente a jovem:
-- Bom dia moça linda, dormiu bem?
-- Bom dia coronel Raimundo, bom dia dona Severina. Dormi bem sim eu estava precisando de uma boa noite de sono.
-- Bom dia minha filha como se sentiu ontem? Perguntou a mãe de Andressa que já tinha arrumado a mesa do café.
Perfídia pediu licença, sentou-se à mesa e pegando um copo de suco com torradas e geleia respondeu:
-- Sim dona Severina graças a Deus me senti bem. No começo fiquei preocupada porque achei que a Andressa ia me expulsar daqui assim como minha mãe. Eu não quero atrapalhar a vida dela, eu sou uma estranha para vocês, confesso que fiquei com vontade de sair correndo, mas depois que a senhora e a dona Carlota conversaram comigo, me senti melhor.
-- Minha querida você assim como os seus irmãos pode chamar a mim e ao Raimundo de vô e vó. E se a sua mãe pegar você chamando a sua avó Carlota pelo nome, vai ficar brava.
-- Isso mesmo minha sogra, ela tem que entender que agora ganhou mais uma família e a sua avó dona Carlota já me acordou ligando no celular avisando que o seu avô fará hoje uma festa em sua homenagem. E não ouse dizer que não vai, porque é bem capaz da espanhola vir te buscar pelas orelhas. Bom dia filha!
-- Bom dia coronel espero que eu não esteja atrapalhando a senhora. Não quero que você e a Andressa discutam por minha causa. Eu só queria te conhecer, não quero nada de bem material, só conviver com a minha mãe e os meus irmãos.
Márcia se aproximou da filha e a abraçou dizendo:
-- Minha filha você não está atrapalhando nada, me orgulho de ter feito uma moça tão linda. Deve ter um monte de rapazes atrás da minha princesa. E tenha certeza de que você e a Andressa se darão muito bem. Não precisa se dirigir a mim como coronel, eu sou a sua mãe e gostaria que você me chamasse assim.
Perfídia olhou para a mãe dizendo:
-- Não são rapazes mamãe. São moças!
A coronel olhou espantada para a filha e perguntou:
-- Moças? – Você namora com uma mulher?
-- Sim mãe ela se chama Rafaela e trabalha na 3ºCia do Batalhão de Polícia Rodoviária. E antes que a senhora pergunte ela é 1ºtenente.
Márcia olhou para o sogro e perguntou:
-- Coronel o senhor conhece o pessoal desse batalhão?
-- Conheço alguns policias, mas essa moça deve ser nova por lá. Pelo que sei não existiam mulheres naquela unidade.
Perfídia viu que a mãe estava com um ponto de interrogação na cabeça e tratou logo de esclarecer a dúvida.
-- Ela se formou na academia a dois anos mãe e faz somente seis meses que ela está lá. O pai dela também é policial. Trabalha na polícia florestal. Ela é filha do major Rafael Castanheira que tem o apelido de Perninha.
-- Perninha? Perguntou a coronel.
-- É o apelido é esse!!
-- Filha ele por acaso é meio calvo, tem bigode meio amarelado porque fuma igual a uma caipora velha com as pernas um pouco tortas e adora uma pinguinha antes do almoço ou do jantar?
-- Como a senhora sabe mãe?
-- Porque esse porcaria foi da cavalaria. Sabe quem é o Castanheira coronel Raimundo?
O sogro da coronel ficou pensando e depois respondeu:
-- Acho que sim, me lembro vagamente de um perna torta na cavalaria.
– Ele era aquele soldado que caiu do cavalo naquele jogo em Campinas que os vagabundos da torcida jogaram bolinha de gude no chão. Eu tive que mandar sacrificar o Turista na época porque ele não teria cura. Lembra-se? – E quase perdi o Tornado também naquele maldito jogo. O tarde infeliz!!
-- Sim eu me lembro desse jogo, aliás, vocês apanharam feio naquele dia. Se não fosse o batalhão de choque a coisa teria ficado pior.
-- É verdade! – E onde mora aquele safado? Falou rindo.
-- Em Jaú mãe. A Silvia minha madrasta é prima dele.
-- Nossa, mas que reunião maravilhosa e logo pela manhã! Disse Andressa que chegava com Gabriel agarrado em seu pescoço.
-- Bom dia Andressa. Disse Perfídia.
-- Bom dia minha querida!
Gabriel depois de beijar a mãe e os avós já correu sentar no colo da irmã.
-- Gabriel Henrique deixa a sua irmã tomar café em paz! Disse Márcia.
-- Deixa ele aqui mãe. Vamos tomar café junto Biel?
-- Viu mamãe Márcia eu vou tomar café com a minha irmã.
-- Moleque safado! – Perfídia você não imagina a sarna que você arrumou.
-- Ele é muito lindo! Disse olhando para o irmão que carinhosamente acariciava o rosto da irmã.
Logo os outros irmãos estavam tomando café e a bagunça foi geral. Celina e Antônia não desgrudavam da irmã e os meninos por sua vez também não. Márcia se sentia bem em ver os filhos unidos afinal de contas Perfídia seria mais uma conselheira para os irmãos e isso deixava ela e Andressa felizes.
Depois do café Márcia perguntou se a filha não queria ir ao hotel buscar os pertences que ela havia deixado lá. Quando chegou viu que uma moça de farda estava na recepção perguntando por Perfídia e calculou que aquela era a sua nora.
Assim que Rafaela viu Perfídia chegando com a coronel perguntou:
-- Oi amor bom dia. Quem é aquela mulher que está com você?
-- Bom dia Rafaela que bom você ter vindo.
-- Você não respondeu a minha pergunta!
Perfídia foi até o carro e chamou Márcia que estava falando com Andressa ao celular. Chamou a mãe para que conhecesse Rafaela. A coronel saiu do carro e acompanhou a filha.
-- Rafaela essa é a minha mãe!
-- Muito prazer Rafaela, então é você que cuida da minha filha?
-- Sua mãe? – Você só pode estar de brincadeira, que eu saiba as suas mães são a Denilha e a Sílvia.
-- Essa é uma longa história Rafaela depois conversaremos.
Márcia percebeu que a conversa tomaria outro rumo e resolveu intervir se apresentando:
-- Muito prazer tenente Rafaela, eu sou a coronel Mantovanni mãe biológica da Perfídia.
A moça ficou estática olhando para Márcia. Depois de se recuperar da surpresa perguntou:
-- Coronel Mantovanni? – A famosa raposa do deserto, aquela que não teme nada?
-- Sim sou eu mesma e você é filha do Perninha?
-- Sim sou, mas como à senhora conhece o meu pai?
-- Nós fomos colegas de academia e pelo que me lembro seu pai era um excelente aluno, apesar de ter o problema nas pernas, mas isso nunca foi impecílio.
-- É verdade coronel, mas meu pai está bem chegou a major e agora trabalha na Polícia Florestal.
-- E você na polícia rodoviária? – Se você for como o seu pai será no futuro uma excelente comandante. Mas agora que tal irmos almoçar, afinal de contas creio que você ainda não almoçou. Portanto, é minha convidada.
-- Obrigada coronel!
-- Me chame de Márcia porque a coronel Mantovanni ficou no quartel.
A moça ficou sem graça, mas depois quando já estavam no carro relaxou.
Márcia havia telefonado para Andressa avisando que iria almoçar em casa e que levaria uma convidada. A esposa da coronel perguntou quem seria. Márcia respondeu que a namorada de Perfídia almoçaria com eles. Andressa concordou dizendo que o almoço estava quase pronto e que ela havia feito o prato preferido da coronel, risoto de camarão. Logo chegaram em casa.
Fim do capítulo
Boa tarde meninas.
Agora a vida familiar da coronel está quase completa. A filha mais velha chegou e a interação com a nova família pricipalmente com os irmãos era tudo o que Márcia queria. As noras e os genros estão garantidos, agora faltam os netos que futuramente virão para alegra a coronel e a esposa.
Desejo uma semana primorosa a todas.
Bjs.
Beijão amor. Te amo.
Comentar este capítulo:
Lea
Em: 04/02/2022
Para quem sonhava em ser mãe,a Coronel fez logo seis. A família grande que ela tanto sonhou, juntamente com a Andressa!
Obs: AUTORA,pq a Márcia e a Celina não tiveram filhos??
Resposta do autor:
Lea!
A Márcia juntamente com a Celina, passaram quinze anos juntas. A primeira esposa da coronel tinha um problema no ovário e isso dificultou um pouco a gestação logo no começo do casamento. Porém, depois de um tratamento, Celina poderia engravidar e o sonho das duas se concretizar. É claro que Márcia já tinha uma filha e nunca ficara sabendo disso. Somente alguns anos depois.
Infelizmente com a morte da Celina e desgostosa de tudo, a coronel se esqueceu de que tinha uma vida.
E cinco anos depois do falecimento da esposa, Andressa chegava para quebrar o gelo e a parede de concreto que Márcia havia colocado em seu coração. E o resultado está ai. Seis filhos!
Olá Catrina!
Estava com saudades! Eu fico imaginando a coronel e vidualizo uma mulher com quase 2 metros (não me lembro da descrição que lhe foi dada no início, kkkk). Ela tem uma postura de dar medo.
Essa questão de filha veio pra ms uma vez mostrar o quanto ela é uma pessoa justa.
Bjs (pra vc tbm patty-321
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