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  • Capítulo 1 Naquela noite.

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O Diário Sem Datas por anonimo42

Ver comentários: 2

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Palavras: 4532
Acessos: 1534   |  Postado em: 10/09/2017

Capítulo 1 Naquela noite.

 

Isso é um diário sem datas que não possui um único autor, os acontecimentos aqui descritos podem parecer bem fora do comum ou até mesmo taxados como fantasioso, talvez você não passe nem do primeiro relato ou simplesmente dessa introdução. Talvez você seja curioso o bastante para ler até o final sem parar ou tenha medo quando percebe que pode ser algo serio. Talvez você leia e se divirta como quando lê senhor dos anéis o assiste Supernatural, mas tenho que dizer no inicio todos nos ficamos assustados, depois pensamos ser só um fato isolado, depois uma brincadeira de muito mau gosto, mas no fim tudo realmente aconteceu e não foi apenas conosco todos a nossa volta também sentiram o reflexo das coisas que acontecia.  Então quando termina de ler a nossa historia e  pensar que a gente estava em uma espécie de surto coletivo ou apenas brincando com o desconhecido saiba: “O ser humano não pode descrever nada tão bem a menos que tenha visto ou vivido aquilo.”

No inicio a gente era como qualquer outro grupo de adolescentes que você vê na rua, no ônibus, na saída das escolas em qualquer lugar; mas no fim a gente era outra coisa que passa despercebido por você na rua, no ônibus, na saída das escolas em todo o lugar porque iguais a nós estão do seu lado apenas esperando para serem despertados.

 

Desde os acontecimentos daquela noite as coisas estavam diferentes para mim, como se não estivesse conectada a nada. Embora me sentisse mais viva que nunca, as pessoas a minha volta pareciam presas ou simplesmente em uma espécie alienação.

Naquela noite... Por que sai de casa?

  Era como qualquer tarde de sábado e pretendia encontra Bella e Lucas na praça para simplesmente não fazer nada. Decidi apresentar os dois para que ao menos minha amiga se desligasse de Bernardo que não dava a menor bola para ela e tenho que dizer a obsessão dela por ele chegava a ser algo meio doentio. Lembro-me da primeira vez que a vi, eu cuidava da biblioteca da escola ela parecia muito dedicada a leitura, sempre frequente nos horários do intervalo com um garoto que parecia até então o melhor amigo inseparável. Em uma volta da escola para casa estava sozinha como todos os dias, mais uma estudante solitária indo para casa quando ela se aproximou e de inicio detestei a forma alegre e simpática como ela se comportava, para deixar mais claro era  como aqueles personagens de anime extremamente infantis, talvez se deva ao fato de que era uma criança naquela época, uma criança muito irritante que não calava a boca. Desde esse primeiro contato eu deixei a biblioteca da escola e me mudei para o período noturno para o ensino médio e não a vi mais até começar a frequentar o grupo de jovens da Igreja na qual era extremamente dedicada e logo viria a coordenar, dai para frente fui introduzida no mundo dela; embora ela não tivesse abandonado aquele jeito alegre que me irritava profundamente. Acompanhei inconformada em como ela  era submissa a Bernardo e como basicamente seu mundo girava em torno do que ele pensava ou fazia.

Bernardo era um rapaz moreno de estatura média, ombros largos, bem encorpado, cabelo escuro e lisos e olhos negos como um poço sem fim um vazio dentro de si próprio, todas as vezes que a gente chegava na casa dele onde era o “ponto da galera” sentia um frio na espinha como se aquele lugar não fosse acolhedor. Ele tinha uma irmã que era um ano mais velha que Bella consequentemente um ano mais nova que eu, Samara era oposto dele, seus olhos eram castanhos escuros e seu cabelo negro liso que lembrava muito aos fios de pelos de gato, sua pele era branca que beirava o pálido; não existia qualquer semelhança física que denunciasse que eles eram irmão mesmo sendo filhos dos mesmos pais. Em aspecto de personalidade ela era extremamente tímida e sempre sentada em algum canto quieta como se nem estivesse ali, não que Bernardo fosse o exemplo de simpatia e cheio de assuntos, mas em comparação ela era do tipo que entrava muda e saia calada ainda mais perto dele.

Agora resumidamente você sabe sobre essa obsessão de Bella por ele e pode entender o porquê eu coloquei Lucas nessa historia. Lucas, Lucas, Lucas o que e posso resumir dele, conheci na escola através de alguns amigos em comum da igreja, que logo mais eu vou apresenta-los... perdoe-me tenho mania de me alongar demais em outros assuntos, esta vendo?

Lucas era um garoto alto, meio atlético, cabelos castanhos claros e cortados no que parecia uma tigela e extremamente lisos, seus olhos eram castanho claro que beirava um quase verde,  a característica mas peculiar nele fora o cabelo que a mãe dele junto de sua tia insistia em manter era o nariz que mais parecia de um tucano, por esse motivo nós dizíamos que ele tinha um escudo na cara, mas isso é intriga de amigos o fato é que ele era um garoto bonito e não tinha dificuldades para arranjar uma menina, o que tornava minha missão meio falha já que naquela mesma época ele estava em busca de ficar  com Bianca que era consideravelmente muito mais atraente que Bella. Mesmo assim ele não era um garoto muito superficial alias nenhum deles exceto Kaique.

Naquela tarde de sábado por volta das 17h00min encontrei com Bella próximo a minha casa... Ora vajam só que indelicadeza a minha eu não contei a vocês como ela é fisicamente... Bella era morena tinha longos cabelos cacheados que percorriam suas costas até a bunda, olhos castanhos escuros, tinha uma estatura medias, mas ainda sim eu era mais alta pouca coisa, ela era meio gordinha. Nesse dia ela estava com os cabelos soltos cheio de cachos, camiseta do AcDc preta e um colete jeans, tênis comum. Típica roqueira da época dependendo de quando você esta lendo isso, mas pode ser como os adolescentes roqueiros de hoje em dia, vai saber.

Descemos por uma das ruas principais do nosso bairro até a praça que ficava um pouco longe, digamos do outro lado do bairro que era consideravelmente grande. Passamos pela casa do Lucas para chama-lo, ele já morava perto da Praça, digamos a uma quadra de distancia.

Na praça conversamos sobre vários assuntos aleatórios e para meu maior fracasso eles não tinha tipo basicamente nada em comum, só conseguia pensar que isso era um desastre, ela não demonstrava nem uma ponta de interesse, já ele sempre simpático.

Já passava das 18h30min quando decidi ir para casa me dando por vencida da missão fracassada, quando ela sugeriu que a gente fosse à casa de Bernardo e convidei Lucas para se juntar a nos assim não me sentir tão estranha como sempre naquele ambiente.

Como de costume subimos por umas das ruas principais do bairro, quando Lucas lembrou que tinha que avisar sua mãe que estava indo conosco, paramos na esquina próxima a casa dele enquanto ele descia para avisar sua mãe, olhei para Bella que estava com uma expressão de dor.

- você está bem?

Ela saiu dando uns passos com a mão sobre o peito me aproximei e quando isso aconteceu ela começou com uma tosse, parecia estar sufocando, ela se apoiou nos joelhos olhando para o chão e não parava com a tosse. Olhei para seu rosto vermelho, os olhos marejados e desesperados pelo ar. Lucas veio correndo quando viu o que estava acontecendo.

- O que ela tem?

-Eu não sei – ele se aproximou colocando a mão em suas costas em um gesto gentil – se concentra na minha voz e tenta manter a calma.

Ela olhou para ele e balançou a cabeça num gesto positivo, aos poucos ela parecia estar retomando ar para seus pulmões. Foi quando ela olhou de novo para o chão e começou a tossir novamente, mas desta vez parecia estar engasgada com alguma coisa; a tosse começo a ficar mais forte ela levantou a cabeça e começou a dar alguns passos para longe dele e de mim ate parar e se apoiar no joelho novamente e quando ela fez sinal de vomito uma roda de metal caiu no chão, eu e Lucas nos entre olhamos e juro que pensei que ”Porr* é essa?” logo ela foi se acalmando olhando diretamente pra aquele circulo de metal no asfalto e a respiração voltando ao normal, ela abaixou e pegou o pequeno circulo e trouxe até nós.

- Isso saiu de dentro de mim – sua voz estava baixa e um pouco falhada devido ao esforço anterior.

- isso não é possível – Lucas olhava incrédulo para o objeto na palma da mão dela – Vai ver estava no seu pescoço e caiu ou já estava ali no chão mesmo.

- Espera – Segurei a mão dela mais próximo de mim e constatei: era o pingente que ela tinha dado de presente para Bernardo a algumas dias atrás – Você não deu esse pingente do Fullmetal Alchemist  para o Bernardo á alguns dias?

- Sim.

- Ele pode ter perdido por aqui – ele olho para nos duas mais calmo – você não tem mais um desse?

- Lucas para, ela não veio com nada no pescoço – Mesmo que não fosse logico ela ter colocado aquilo pra fora ali, era mais impossível ele ter perdido o pingente justamente ali, ela ter  passado mal justamente ali também, meu Deus o que está acontecendo? – Vamos à casa do Gabriel agora.

- Mas por quê?

- Preciso pergunta uma coisa para ele – Na verdade estava seguindo meus instintos que naquele momento queria levar o maior numero e pessoas possível comigo para a casa de Bernardo temendo algo acontecer, mas também existia algo dentro de mim algo dizia que ele devia estar junto com a gente naquele momento.

- Mas precisamos ver se Bernardo ainda esta com o pingente que vocês dizem que ela deu.

- Lucas nos iremos até lá, mas antes vamos chamar o Gabriel para ir conosco, eu preciso falar com ele.

- o que pode ser tão urgente que não pode esperar a gente ir até a casa de Bernardo primeiro resolver isso?

- Tudo bem vamos lá primeiro – Me dei por vencida diante do olhar distante de Bella que parecia confusa segurando aquele pingente.

Subimos em silencio cada um perdido no seu próprio pensamento questionado o que havia presenciado á alguns minutos atrás. Perguntava-me assustada em como aquilo poderia te acontecido e se tinha algo a ver com minha antipatia a Bernardo, será que algo sempre esteve me avisando que ela ere perigoso, mas que tipo de perigo? Lembro-me de ler vagamente sobre vodu e outros tipos de magias na internet; ainda sim era uma ideia muito surreal e se ele tivesse mesmo perdido o pingente?  Mas não explica a tosse que ela teve, pode ser só uma coessência  bizarra? Tantas perguntas sem resposta.

Chegamos diante daquele portão cinza totalmente fechado; Lucas olhou pelos espaços do portão.

- Acho que não tem ninguém, está escuro lá dentro.

- Vamos chamar? – Bella olhou na casa do lado que era da prima dele – Aqui também está tudo escuro, será que eles estão na casa do João ou do Alison?

- Eu vou correr até a casa do João, caso eles estejam lá faço um sinal ali da esquina.

Eles concordaram e sentaram no meio fio enquanto eu corri subindo a rua em direção a esquina, quando cheguei próximo do portão da Casa dele sua mãe estava recolhendo algumas roupa no quintal.

- Oi Dona Marlene, o João está em casa?

- Tem tempo que ele saiu com o Bernardo e o Alison, não sei onde eles foram.

- Tudo bem eu falo com ele mais tarde ou amanhã.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não é nada importante, Tchau Dona Marlene.

- Tchau

Voltei andando lentamente enquanto via eles se levantarem e caminharem ao meu encontro.

- Eles não estão lá?

- Eles saíram junto, os três não adianta descer no Alison, podemos ir à casa do Gabriel agora?

- Vamos então.

Quando chegamos na porta da casa do Gabriel já era por volta da sete e meia da noite, já estava escuro e como ele morava no bairro do lado que era novo tinha muitas arvores e silencio grande pela falta de casas. Nos o chamamos ele saiu de dentro casa.

- Aconteceu alguma coisa?

- Você pode descer ali na praça com a gente? – Fui direta e objetiva.

- Na praça? Por quê? Aconteceu alguma coisa? – ele começou a nos olhar um pouco preocupado, acho que ainda estávamos meio catatônicos, Bella mais que nos dois.

- Na praça eu explico, mas relaxa não é nada catastrófico.

 Ele entrou e logo volto saindo com gente, o silencio era grande agora entre nos 4 mas Gabriel resolveu quebrar o silencio.

- Agora me conta o que está acontecendo

- Você sabe o símbolo do anime do Fullmetal Achimist?

- Sei... o que tem?

- Bella mostra pra ele – ela tirou o do bolso da calça e entregou para ele.

- O que tem? – ele analisou olhando de um lado a outro o pingente.

- Bom ela deu esse pingente para o Bernardo a alguns dias, porem hoje enquanto a gente estava indo para casa dele, ela começou a tossir, parecia engasgada e só parou quando isso apareceu, não sabemos se ela colocou isso pra fora ou estava ali no chão, em todo caso é uma coisa estranha.

- Tá, ela deu pra ele o pingente, mas não tinha outro que poderia estar no pescoço?

- Eu só tenho um e dei para o Bernardo.

- Não estava no chão, e você só viu depois?

- Não, isso saiu pela minha garganta, começou com uma dor forte no meio do meu peito depois parecia  que algo estava dentro de mim perto do pulmão, depois parecia que eu estava sufocando, quando Lucas colocou a mão nas minhas costa a dor parou um pouco e fui voltando ao ar mas de repente tudo volto 10 vezes mais forte e foi quando eu senti algo subindo na minha garganta e isso saiu e doeu muito.

- Você só pode estar trolando a gente – Lucas falou incrédulo ao relato dela.

Agora já na praça sentamos na grama próximo aos brinquedos de criança, Gabriel ainda olhava para o pingente procurando alguma coisa, Bella parecia pensativa, e Lucas parecia insatisfeito ou incrédulo com a situação.

- Parece mesmo de metal, mas como isso saiu dela?

- Ela deve ta é de brincadeira com a gente – Ele lançou um olhar de deboche para ela.

- Se você acha mesmo isso por que não foi para a casa da Mamãe? – ela cruzou os braços soltando um suspiro.

- Porque eu quero ver o Bernardo dizer que perdeu isso e sua trolagem cair por terra.

- Vocês foram na casa dele?

- Sim, mas não tinha ninguém, então eu subi no João e mãe dele disse que ele tinha saído com o Alison e o Bernardo.

- Será que agora eles já chegaram?

- Talvez.

- Vocês não foram no Kaique ne?

- Não. 

- Podemos chama-lo - ele sabe tudo sobre o anime, talvez possa nos explicar alguma coisa.

- Gente é um desenho e isso – Pegou o pingente que estava sobre a grama – só um pingente vagabundo de inox que Bernardo perdeu.

- Por Deus cale a boca – de repente os olhos de Lucas estavam arregalados, Gabriel estava estático  junto de Bella olhando para o pingente que retorceu na mão de Lucas.

- Credo – soltou o pingente sobre a grama e se afastou assustado – Deus é mais.

O pingente deu mais uma retorcida, Lucas levantou bem assustado; Gabriel pegou a pingente mediante ao olhar assustado de Lucas, ele tentou desentorta o pingente retorcido em vão.

- Esse negocio não ia entorta tão facilmente, o que está acontecendo?

- Espera – me  aproximei do objeto que ele segurava – Deus –“ Bingo!” o pingente dobrou no meio e Gabriel o deixou cair sobre a Grama.

- Gente vamos jogar esse negocio amaldiçoado fora.

- UÉ Lucas não era trolagem minha? – Bella pegou o pingente da grama, Lucas apenas lançou um olhar raivoso.

- Gente foca – Chamei a atenção de todos – Não perceberam que é só não falar Deus – e o pingente quebrou no meio sobre a mão de Belle-  Ta vendo?

- Mas como isso é possível Rafaela?

- Eu não sei Gabe.

- Vamos logo à casa desse Kaique resolver de uma vez por todas essa historia, saber se ele perdeu ou não essa coisa – Lucas cruzou braço.

- Verdade, assim a gente também pode saber mais sobre esses símbolos do pingente.

Conforme todos haviam concordado partimos dali em direção a casa de Kaique, mas como eles moravam praticamente na mesma quadra ao passar pela esquina da casa de Bernardo avistamos o próprio sentado no meio fio conversando com João, Alison, Samara, Rodrigo.

- Vamos lá ou não? – Lucas perguntou assim que chegamos à esquina e paramos estáticos.

- Bella você pergunta sobre o pingente se ele responder que perdeu contaremos o que aconteceu – Gabriel parecia desconfiado.

- Por que não contamos logo em ambos os casos Rafaela?

- Confia em mim Gabe – Embora seus olhos mostrasse que ele não concordava plenamente com minha decisão ele balançou a cabeça positivamente, Bella também, já Lucas apenas permaneceu sem expressão alguma.

A cada passo para perto daquele grupo um medo invadia meu coração embora todos mantivesse a esperança de aquilo pudesse ter uma explicação logica e mundana, eu sabia que algo estava terrivelmente errado.  Quando Bernardo levantou a cabeça para nos olhar indo em sua direção pude ver o vazio gélido da sua alma me desafiando, senti minhas pernas falharem então constatei tudo que aconteceu hoje aconteceu para nos avisar de você.

- Gabriel a gente foi te chamar agora pouco – Ele falou com sorriso  de canto.

- Nossa por pouco a gente não se encontra.

- Alguém chegou na minha frente – Ele falou olhando para mim e meu coração gelou.

- Bernardo você ainda tem aquele pingente do Fullmetal Alchimist que te dei?

- Tenho, está lá dentro... Por quê?

- Tem certeza ? – Ele levantou encarrou a todos como se estivesse nos analisando.

- Samara pega o pingente no meu guarda-roupas.

- Não precisa – Gabriel falou mais Samara levantou mais rápido e já estava do portão para dentro.

- Eu posso ver nos olhos de todos vocês que precisa sim – Ele cruzou os braços – Aconteceu alguma coisa?

- Nada, só essa daqui que... – dei um cutucão na costela de Lucas – Ai.

- Não aconteceu nada, só queria ver uma coisa no símbolo – Bella falou mais rápido que eu e Gabriel que já estava com uma desculpa na ponta da língua.

Samara voltou com o colar e o pingente intacto na mão e o entregou para o irmão e sentou-se novamente no meio fio com a cabeça baixa, agora que eu tinha reparado como todos ali estavam quietos e submissos ao Bernardo.

- Está aqui – Ele o entregou para Belle.

Ela analisou e entregou para Gabriel que olhou minunciosamente para o objeto e o devolveu.

- Viu Gabe é exatamente igual àquele que você achou.

- Você achou um desse? – Bernardo indagou curioso.

- Sim, a gente chegou até pensar que fosse o mesmo.

- Posso ver?

- O deixei em casa.

- Ah... Qualquer dia trás ai... Não é qualquer um que tem – Ele voltou a se sentar no meio fio.

- Vamos no Kaique, até depois.

- A gente foi lá, mas ele não estava.

Eu fitei e agora eu tinha como peças de um quebra cabeça jogadas na minha frente, porem elas faziam e não faziam o menos sentindo, isso explicava a minha urgência em falar com Gabriel; mesmo assim não fazia sentido e porque todo mundo estava tão calado apenas olhando para o nada, nem pareciam eles. Cada minuto dessa noite se tornava mais bizarro.

Nos despedimos e seguimos para casa do Kaique que estava em casa quando chamamos, contamos que havia acontecido e quando Bella tirou os pedaços do bolso agora ele estava mais despedaçado que antes e parecia estar desfarelando.

- Vei como pode isso, vocês estão querendo me zoar – ele entregou os pedaços para Gabriel e sua mão ficou cheia dos pequenos pedaços de metal com areia.

- Kaique  é serio.

Do nada Belle começou com a mesma expressão de dor, deu alguns passos para trás.

- Pe...sso..al – Lucas a amparou – De... Novo... Parece que... T... á me rasgando – Colocou a mão sobre o peito.

- Gente vamos parar isso ta me assustando, não tem graça – Kaique encostou na arvore que tinha na frente da sua casa apavorado.

- Kaique ninguém aqui está de brincadeira.

Então ela começou de novo com aquela tosse que não parava mais, ela apoio no joelhos fitando o chão e cada vez a tosse parecia mais forte como se estivesse engasgada com algo até que um botão caiu no chão, o botão da próprio colete, como isso era possível. Agora todos nos tinham visto de perto nítido como a luz do poste aquilo havia saído da sua boca, mas estava próximo de seu peito a alguns segundos atrás, ela foi retomando o ar. Lucas pegou o botão do chão e analisou assustado; Na verdade estávamos todos muito assustados com o que estava acontecendo como era possível? Ela ia ficar colocando objetos para fora agora? Bella sentou no meio fio e começou a chorar em desespero.

- O que está acontecendo?

- Gente vamos não surta agora, precisamos entender o que esta acontecendo, acho melhor ir cada um pra sua casa.

- Lucas como amos pra casa sem entender o que está acontecendo aqui?

- Eu não sei.

- Olha o símbolo do Fullmetal Alchimist é um circulo de transmutação, pode ter aberto uma fenda em você.

- Ta de brincadeira que a gente vai levar como base um desenho Japonês pra explicar o que está acontecendo aqui?

- Lucas você tem alguma outra teoria que não seja a do Kaique?

- Não, mas qualquer explicação seria melhor que essa?

- Eu só falei o que o símbolo do pingente – Kaique passou a mão pelos cabelos em um gesto nervoso.

- Eu quero ir para casa – Bella levantou limpando as lagrimas do rosto – Acho que não vai mais acontecer, esta tarde para todos nos.

O que não deixa de ser verdade por ser quase dez horas da noite, Lucas decidiu descer sozinho para sua casa já que Gabriel ia nos acompanhar. Quando estávamos subindo a rua onde fica nossa escola Bella acelerou o passo e começou a caminhar na nossa frente distraída.

- Você acha que esta está bem?

- Você estaria bem?

Do nada ouvimos uma voz cantando uma musica calma e adivinha quem era? Justamente Bella que até parecia dançar enquanto caminhava, Gabriel e eu nos entre olhamos assustado e pensando mais essa agora. Será que ela havia surtado de vez?

- Bella? – Chamei ela parou na hora – Você está bem?

Ela ficou parada e nos também um pouco atrás, até que ela se virou com um sorriso nada normal para a situação.

- Estou sim.

Voltou a caminhar mas nos dois continuamos olhando parados com aquela situação tudo muito estranho, quando isso ia parar?

- Mas o que há com ela agora? – Gabriel indagou aquilo mais pra si próprio do que para mim.

Voltamos a andar seguindo ela que agora parecia hipnotizada andando sem parar de cantarola aquela musica estranha que estava me causando dor de cabeça. Quando chegamos na frente da escola ela foi em direção a arvore do outra lado da rua, ela estava com uma faixa amarrada, Gabriel saiu disparado correndo até ela gritando:

- Não toque nisso.

Eu fiquei sem entende, agora pronto os dois enlouqueceu o que eu vou fazer. Belle começou a puxar a faixa com muita brutalidade e Gabriel tentava impedi-la mas força dela parecia muito maior que a dele naquele momento.

- Rafa me ajuda aqui, não deixa ela abrir isso aqui! – ele berrava puxando o corpo dela pra tras pela cintura em uma luta frenética.

Corri em socorro dela e o ajudei a empurra-la mas nos dois parecíamos palitos perto da força que ela estava tendo ate que em fim ela rasgou a faixa, Gabriel a solto imediatamente e me puxou para longe, ouve um estrondo tão grande que parecia um trovão mas o céus estava limpo para todas as direções, podia se algo se quebrando na casa de alguém? Não sei mas ela tocou onde a faixa cobria então Gabriel me solto e ficamos paralisados olhando a cena, ela se virou largou a faixa no chão e começou a andar novamente.

- Ei – Gabriel se aproximou rápido dela puxando-a pelo braço para encara-lo – Bella? – ele soltou seu braço rapidamente e se afastou para trás horrorizado – Rafa o olho dela.

Olhei imediatamente para o olho dela que parecia normal com sempre.

- o que tem?

- Por que ficou branco? – apontou pra ela.

- Como assim? Tá normal Gabriel, você está me assustando.

- Vamos para casa – Bella falou seria.

- Bella você está bem? – Perguntei meio receosa como se qualquer palavra fora de contexto pudesse fazer algo terrível acontecer.

- Estou normal gente, vamos? – ela se virou e começou  caminhar.

Gabriel moveu se para andar junto ainda muito assustado, segurando minha mão com firmeza observando cautelosamente cada passo que ela dava a nossa frente, agora ela parecia ela mas não era ela se é que vocês podem me entender.

- Rafa só me explica por que o olho dela estava branco.

- Eu não sei, nem vi isso.

Continuamos em silencio da pra frente, até parar e olhar para trás e apontar para nos dois.

- Vocês já perceberam que eu não sou ela.

- Quem é você? – o medo da resposta dessa pergunta era tão grade que fazia meu coração falhar e Gabe segurar com força minha mão.

- Por hora eu não direi mas saibam que vocês e ela estão sobre grande perigo e hoje eu os salvei, devo avisar que agora não existe opção para nenhum de vocês. Tenho algumas tarefas e vocês devem cumpri-la a risca.

- Da pra explicar? Se isso for uma brincadeira ta na hora de parar – Gabriel falou serio.

- Acha mesmo que isso é brincadeira, não banque o tolo, não para mim. Te conheço de muitas vidas e se tem uma coisa da qual você nunca foi é idiota.

- Outras vidas?

- Já disse que vou explicar mas não agora, vão cumprir minhas ordens para assim garantir que possam viver mais um amanhã.

Cada vez mais sinistro e ver o amanhã? Perigo? Mas que perigo?

CONTINUA...

Fim do capítulo

Notas finais:

Desculpem qualquer erro. 

Até o proximo.


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Comentários para 1 - Capítulo 1 Naquela noite.:
Faby_AngeL
Faby_AngeL

Em: 25/09/2017

Uma teoria é que o mal que esta proximo é algo relacionado a vida passada deles mais especificamente a algo que eles fizeram juntos e que não é a primeira vez que eles vão enfrentar isso

Estou curiosa pra saber o que Bernardo é exatamente e o que ele faz com as pessoas
Tbm to louca pra ver ela se tornar uma lider 
Eu tenho paciencia, mas sou muito curiosa tbm kkkkkkk
Bjs, aguardando anciosa pelo proximo Cap <3 


Resposta do autor:

Ótima teoria... Chega perto do que realmente está acontecendo, não se prende muito nesse lance das vidas passadas porque o passado está morto.

bjs

Responder

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Faby_AngeL
Faby_AngeL

Em: 15/09/2017

Posta mais please 
preciso saber como termina
<3 <3 


Resposta do autor:

A historia é longa.

Obg pelo comentario me ajuda a continuar postando.

Responder

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