-vim te procurar, lembra que falei que precisamos conversar! - a guia confirma com a cabeça, mas seus olhos não desgrudavam dos meus que estavam sérios- mas essa ai, não quis me falar onde te encontrar.

- essa ai é a PQP...

-Amália! - Mari me olhava meio que espantada e divertida, a garota a seu lado me olhava com raiva.

-escuta Leticia, aqui não é local pra conversarmos.

-então vamos marcar...

-nem aqui nem em lugar nenhum! -me intrometo antes que a outra completasse o que ia dizer

-quem essa garota pensa que é, pra falar assim contigo?

A garota estava vermelha de raiva por minha intromissão, jamais permitiria Mari de conversar a sós com ela! A guia que não inventasse de marcar outro lugar.

-ela é minha namorada Leticia!

A garota arregala os olhos não acreditando no que escutava, meu sorriso com toda a certeza, era de quem acabara de ganhar um presente que deseja a anos.

-como assim namorada?

-te falei outro dia que estava namorando, que nossa história ficou no passado- enquanto a guia falava, me olhava. Como querendo reforçar a estória, que tinha me contado na noite anterior.

-pensei que tinha falado pra me ferir, por ter te abandonado!

-Olha, sinceramente entendo o porquê fez aquilo. Nós éramos praticamente duas adolescentes. Se pudesse escolher, eu mesma não teria passado por tudo aquilo. Não te culpo de nada, mas segui em frente sem você.

Naquela hora me deu um orgulho tão grande dela, sua maturidade era grandiosa apesar da pouca idade! Vejo Leticia baixar a cabeça, acho que para esconder sua decepção, com toda certeza julgou que Mari ainda a amava.

-posso pelo menos ter sua amizade?

Não gostei de nenhum pouco daquilo, mas não ia me intrometer daquela forma na vida de Mari, ela tinha todo direito de querer ou não a amizade de sua ex namorada.

-podemos sim, contanto que respeite minha opinião! Não vou permitir qualquer tipo de interferência na minha vida com Amália.

A garota se despede de Mari e se vai. Pois é, só dela, Nem olhou pra minha cara!

-e você dona Amália-ela fala em um tom sério, pensei “fodeu pro meu lado”será que ficou com raiva pelo modo que tratei Leticia. Quando de repente abre aquele sorriso que tanto amo-quero você hoje em minha casa, vou te mostrar que não precisa ter medo de me perder!

Um arrepio percorreu por todo meu corpo, ao escuta-la falar aquilo. Minha mente e meu corpo ainda vivenciavam a experiência da noite anterior.

-e quem disse que tenho medo, estas muito convencida dona Guia- a provoco, quando na verdade havia ficado sim, com medo de perde-la. Ela sorri novamente e se afasta indo em direção a saída.

...

P/DAYSE

Acho que enlouqueci de vez, nunca fui tão ousada com alguém, ainda mais em público. Logico que com meus 46 anos já tinha feito muitas estripulias, mas tocar em uma mulher em um restaurante e com amigos do lado, foi um dos meus maiores feitos!

Quando mais nova, antes de me casar com Alessandra, já tinha aprontado muito na vida. Ela tinha sido meu primeiro e único relacionamento sério! Já havia ido pra cama com três amigas juntas, passamos várias noites em uma praia, todas se pegando.

Mas com a Italiana foi diferente, foi pura vontade de senti-la em meus dedos, desde a noite passada.Aliás desde que a conheci minha vontade de tê-la, era maior que meus pudores!

Ao tocar em seu sex* por cima da calcinha, senti o quanto estava molhada, louca para que eu a tocasse mais intimamente. Ver seus olhos fechados sentindo minhas caricias,só fez aumentar minha vontade de sentir seu corpo, sentir seu gosto. Meu sex* lateja diante meus pensamentos.

Geovane quebra todo o clima ao pergunta a ela se estava sentindo alguma coisa, pra logo em seguida, falar que ela estava com cara de quem acabara de ter um orgasmo. Cai na risada o que fez com que Pietra levantasse da mesa, sem ao menos se despedir.

-o que deu nela? - eu ainda ria muito, não da situação pois meu estado também era lastimável, estava com tesão louco por aquela mulher-saiu quase correndo.

-não sei, vai ver esqueceu o chuveiro aberto.

-será? Você também estava com cara de criança que tinha acabado de ganhar um brinquedo -lhe dou um sorriso safado- está doida pra comer a Pedrita ne? Pensa que não percebo as provocações de vocês, puro tesão acumulado.

-bem que eu quero, mas ela não deixa!

-vou te dar um conselho! A Pedrita gosta de mulher de pulso firmes, que tome as rédeas na hora do sex*.

Já havia percebido esse detalhe na Italiana, sempre que a tomava sem que ela esperasse, sentia seu corpo tremer, como na noite passada e em seu quanto no dia da entrega do celular. Bom se ela gostava de mulher assim, eu amava um bom desafio, aquele jeito de quem não quer, mais pedindo que eu a pegue de jeito me faziam quere-la ainda mais. Me despeço do massagista e vou direto pra meu chalé, estava ainda cheia de Tesão pela Italiana precisava fazer algo pra aliviar meu corpo.

Em casa tomo um banho gelado e acabo me tocando pensando no desejo da outra, me imaginava a tocando, ch*pando aquela sua bucet*. Meu gozo vem rápido, com aquelas imagens que dançavam em minha mente.

Estava voltando pra praia, pois Mari tinha me dado algumas dicas de lugares que poderia conhecer de fácil acesso, quando ouço meu celular tocar. Atendo sem olhar o número no visor.

-alo!

-oi Dayse!

 Aquela voz fez meu coração disparar, apesar de não amar mais Alessandra, ouvi-la depois de todo aquele tempo afastada, mexeu com meus pensamentos.

-oi Alessandra, como você está? - tentei ser o mais formal possível, apesar de não termos terminado a relação brigada,  ainda sentia certa magoa por tudo.

-eu estou bem, e você?

Sinto sua formalidade também, parecíamos mais duas estranhas, do que duas pessoas que conviveram juntas por quase 10 anos.

-estou bem! aconteceu alguma coisa? - só naquele momento me dou conta que a algum tempo não nos comunicávamos, muito antes de voltar pra ilha.

-não aconteceu nada demais! lembra que quando nos separamos ficamos de conversar a respeito dos imóveis que tínhamos.

-Lembro sim, porque?

-Queria vender a fazenda na serra gaúcha, estou precisando de dinheiro.

Ela sabia que a fazenda era meu xodó, sempre que podia passava o final de semana naquelas terras.

-Porque não vende o apartamento que ficaste, quando nos separamos.

-Dayse estou morando nele! Assim como você estava no apartamento de Curitiba.

-Você sabe o quanto gosto da fazenda...

-então compre a minha parte! Ficara com ele só pra você- aquilo fica martelando em minha cabeça. Bom aquelas terras eram um ótimo investimento.

-Tudo bem, mas preciso que venhas aqui para negociarmos, estou com muito trabalho e não posso me ausentar daqui agora.

Minto na maior cara dura, era interesse dela a venda do terreno!Se não concordasse em comprar, tinha a certeza que levaria algum tempo até encontrarmos compradores que quisesse dar o preço pedido por terras.

-vou ai nesse final de semana então, preciso resolver logo isso!

-vou elaborar o documento de venda, assim quando você chegar somente transfiro o dinheiro da sua parte da casa.

Aquela terra era ainda o único vínculo que me prendia a Alessandra, depois de assinado o documento de venda, sua relação com sua ex mulher estaria definitivamente encerrada.

Aquela ligação me fez reviver muita coisa que vivi até ali, não tinha raiva de sua ex, mas queria virar aquela pagina de sua vida.Naquele pedaço de Paraiso estava se sentindo em paz consigo mesma, como a muito não sentia. Penso na Italiana, aquela era outra que estava fazendo minha vida virar do avesso, as coisas que sentia quando estava a seu lado, eram sentimentos que pareciam estar adormecidos em meu ser.

Estava caminhando sem rumo, quando vejo a garota que estava com Pietra quando a beijou pela primeira vez. Ela estava sentada na areia, parecia triste, angustiada.

-oi, você está bem? - ela me olha. Vejo seu rosto marejado de lagrimas. Quando vê de quem se tratava procura limpar o rosto.

-está tudo bem! –sorri. A menina era muito bonita e notando agora parecia muito mais nova do que suponha, à primeira vista.

Me deu um aperto no coração, de ver aquela menina que tinha idade pra ser minha filha, sofrendo assim.

-não quer conversar? - sem esperar por convite sento-me a seu lado. Ela volta a fitar o mar, ficamos algum tempo em silencio até ela decide se abrir.

“Às vezes complicamos tanto a vida, sendo que bastava seguir seu curso” penso quando Leticia começa a narrar sua história até ali.

...

P/MARI

A volta de Leticia só fez com que firmasse mais meu sentimento por Amália, quando voltei de meu passeio com Giulia preferi não almoçar na pousada, ainda estava um pouco encabulada com a chamada de Berta, não que a senhora fosse contra nosso relacionamento, muito pelo contrário me tratou como uma mãe, somente me pediu pra não magoar sua filha. Quando retorno vejo minha ex conversando com Amália, senti em minha conversa com Leticia o quanto havia mudado, mas não ia confia-la junto a recepcionista.

Quando chego mais perto percebo o quanto Amália estava aborrecida com a presença dela ali, ainda mais que queria informação a meu respeito! percebi o ciúme de minha amada. Converso com as duas deixando claro para Leticia quem era minha atual namorada. Quando retorno a praia, vejo Geovane mergulhando. Fico ali olhando meu amigo que parecia uma criança jogando agua em alguns hospedes, que mergulhava com ele.

-oi cunhadinha- me cumprimenta quando retorna pra areia se jogando no chão- é verdade que sua ex namorada está de volta ao lar.

-é sim.

-humm e o que minha maninha está achando disso, sei o quanto ela é ciumenta.

-nem me fale, hoje mandou Leticia pra PQP- Geovane cai na gargalhada.

-Arrumou para o teu devastadora, ti colocaram um cabresto. Se andar fora da linha o trem te pega!

-Falei pra ela que não sinto mais nada por Lê!

-deixa ela te escutar tratando a outra pelo apelido! Tua sorte é que não é casada com ela, senão ia aguenta minha irmã dormindo uma semana de calça cumprida e nada de Sexo!

-vou mostrar a ela que não precisa se preocupar, a muito tempo sou apaixonada por sua irmã Geovane, não vou perde-la por bobagens.

-Falando no Diabo, eis que surge o rabo- olho na direção que ele indicava e vejo alguns passos de onde estávamos,Dayse e Leticia conversando.Estavam entretidas, as duas observando o mar- Dayse não tem cara de gostar de menina novinha.

-porquê fala isso? As duas só estão conversando nada mais...

-essa advogada está com tesão dela, todo voltado pra Pedrita-meu amigo parecia conversar com seus pensamentos, olhava de maneira intensa pra duas conversar.

-a Pietra desistiu da Giulia?

Quando cavalguei com a Italiana e ela me falou estar com problemas, julguei ser pelo aparecimento de sua ex , mas pelo visto se tratava de outra coisa.

-a Pedrita quer só quer “causar”, acho que nem ela mesma, sabe o que quer da vida!

Nisso concordava com Ele, desde que chegou na Ilha, a italiana ficava com uma e com outra. Bom  aquele era um assunto que não me interessava, a não ser se ela resolvesse colocar em sua lista Amália, ai o negócio não ia prestar.

-bom, Dayse já é bem crescida e sabe o que quer da vida, ela sabe muito bem quem é Pietra, pois já conversamos a respeito dela!

Me despeço e volto pra pousada, queria preparar um jantar pra Amália e pra isso teria que sair mais cedo pra passar no supermercado. Mas antes queria confirmar mesmo a ida dela a minha casa.

-oi amor já estou indo, vai mesmo a minha casa mais tarde?

Ela sorrir, aquele sorriso sempre causavam um aquecimento em meu coração.

-vou sim, só que vou chegar lá pelas 20:30, a Sabrina me pediu pra ficar até as 19:00 e ainda vou em casa tomar banho. Porque vai tão cedo, pensei que ia me esperar-pergunta desconfiada.

-pretendo passar no supermercado antes de ir pra casa, alguém me falou outro dia que precisava fazer compras, pois minha dispensa estava sem nada.

-hum bom saber que a senhorita leva em consideração meus pedidos.

-sempre meu amor-falo bem próximo a ela- ainda quero preparar um jantarzinho pra você! Mas depois quero minha recompensa.

Vejo seus pelos se eriçarem mediante minhas palavras.

-Se o jantar estiver tão gostoso, como aquele que me preparou da outra vez que fui jantar contigo, tenha certeza que sua recompensa será grandiosa.

-se gostar, quero algo de sobremesa! - foi a minha vez de me arrepiar só de imagina-la como sobremesa.

Lhe dou um sorriso safado, me despeço e sigo para meu destino.

...

P/PIETRA

Aquela mulher era descarada mesmo, sai daquela mesa em brasa. Como ela podia mexer tanto comigo? Me perguntava a cada vez que lembrava de seus toques em meu sex*.

Resolvi passar o dia distante da pousada, fui conhecer outras praias e cachoeiras que e ilha possuía, preferi não falar com ninguém. Tinha um grupo local que ia à praia das rochas, achei estranho o nome pra uma praia, somente descobri o motivo, quando me encontrava diante de várias pedras enormes espalhada pelo local.

O grupo era divertido, passei um dia maravilhoso ali, até esqueci o motivo que me levou aquele paraíso, já retorno a noitinha pra pousada e vou direto para meu quarto, estava tão relaxada que não queria que nada lhe tirasse a paz.

Quando desço pra jantar, meus olhos buscam no local aquela que não saia de minha cabeça, mas não a vejo, o que me causou decepção. As vezes não me entendia, aquela mulher fazia de tudo pra me provocar e eu não conseguia ficar o dia sem pensar nela, querer ve-la!

O restaurante estava cheio, devido ao horário. Observo alguns casais e mais uma vez meus olhos insistem em olhar pra mesa que estive com ela pela manhã.

-está me procurando?

Meu coração dispara ao ouvir sua voz bem próximo a meu ouvido.

Fim do capítulo