Quase um ano se passou e as coisas por aqui continuam se adaptando... Pois é gente, ter cinco filhos, um cachorro, uma esposa e ainda dois escritórios para administrar dá um certo trabalho.

Mas sabem, eu não tenho do que reclamar. Mesmo porque a mulher com quem escolhi dividir o resto da minha vida é uma mega companheira.

Várias são as noites que chego exausta do trabalho e mesmo assim ainda encontro ânimo para dar atenção a todos. Inclusive a ela, que ao me dizer sim no altar se tornou um dos meus bens mais preciosos. Eu sou louca por essa mulher. O sorriso dela me encanta a cada amanhecer e principalmente a cada anoitecer. Sim, eu sou perdidamente apaixonada por minha esposa.

Então gente, nossos filhos estão as vésperas de completar um ano, quer dizer. A Sophie já completou, mas resolvemos fazer a festa de aniversário deles juntos.

No dia do aniversário da nossa princesinha fomos para um hotel fazenda. Toda a família, irmãos, cunhadas, primos, tios e avó. Lá nos divertimos a vontade, tinham vários pôneis, parques e tudo mais.

O ambiente era bem estruturado para crianças. E os nossos filhos se divertiram muito. E claro, nós adultos também. Fomos na sexta pela manhã e voltamos no domingo a tarde. Gente, acompanhar o desenvolvimento dos nossos pequenos não tem preço. Ambos já estão andando. Então vocês devem imaginar como anda a bagunça na nossa casa, né?

Ah, esqueci de contar que levamos o Billy também. A princípio a Cléo não queria levá-lo. Encontrou um petshop que fazia hospedagem e tudo mais perto de nossa casa. Mas com jeitinho consegui convencê-la a levar toda a família. E como vocês sabem ele é o nosso primeiro filho, no caso meu e dela, juntas.

Nesse "pequeno grande" espaço de tempo muita coisa mudou. Na verdade, os nossos horários mudaram. E com isso toda a nossa rotina.

Com o nascimento das crianças passamos quase cinco meses em casa. Daria para ambas passarmos 6 meses, só que minha esposa é presidente de uma empresa e eu tenho dois escritórios e uma sócia que já estava a ponto de arrancar os cabelos.

Decidi encerrar minha licença as vésperas dos cinco meses dos nossos pequenos. Afinal o intervalo de nascimento deles foi de menos de uma semana.

Depois de muita reclamação da minha linda esposa, ela decidiu que assim como começamos encerraríamos essa etapa juntas.

Então, numa bela terça-feira ensolarada estávamos eu e a Cléo nos despedindo do Felipe e da Sophie, deixando-os aos cuidados da Lígia nossa babá, e da Márcia nossa secretaria do lar.

Estava com o coração apertado, afinal nunca tínhamos passado ainda um dia inteiro longe dos nossos pequenos.

A minha esposa vive dizendo que sou muito emotiva e tal. Mas o que ela não contou pra vocês é que ela sempre foi muito chorona, e isso eu descobri apenas durante a gravidez.

Na época achei que era por conta dos hormônios, mas descobri pouco tempo depois que não era. Minha sogra me contou que ela sempre foi assim, desde a infância. Que estando alegre ou triste ela sempre chorava.

Achei aquela revelação incrível, mas a guardei pra mim. Ela não sabe que eu sei. Então vários eram os momentos que a encontrava chorando olhando os nossos filhos brincar.

Quando nossos filhos deram os primeiros passos e falaram as primeiras palavras a alegria foi geral em casa. Nossos filhos mais velhos andavam apostos o tempo todo de celular nas mãos para gravarem nossos pequenos falando e andando.

Tinham momentos que achava que estávamos num reality. Até as nossas noras entraram no clima deles. Sem falar que vários eram os finais de semana que precisávamos "arrancar" nossos  pequenos dos carros deles.

Ou então não conseguíamos ficar com eles. Dona e Verônica são loucas pelos cunhados mais novos, então quando estavam com Ana e Lourenço era certo estarem grudadas nos pequenos.

Criança em casa é mesmo uma maravilha gente. Durmo pouco, tem dias que quase nem durmo, sempre tive o sono leve e agora ele ficou mais leve ainda. Em outros dias preciso voltar pra casa as pressas por conta de uma febre, uma dor de barriga... e me sinto imensamente feliz por isso. Por poder acompanhar o crescimento dos meus pequenos.

Hoje é o dia que vamos comemorar o primeiro aninho dos dois juntos. O aniversário do Fê foi na quarta, e o da Sophie na sexta passada, quando fomos para o hotel fazenda.

Então para comemorar o aniversário de ambos com tudo o que eles têm direito reservamos um play no shopping e contratamos uma equipe de animação para festas infantis.

O tema da festa? "A TURMA DO CHAVES", nossos filhos mais velhos fizeram questão de se vestir a caráter para acompanhar os irmãos.

Vou contar pra vocês como eles estão vestidos hoje, os aniversariantes Sophie e Felipe estão de Chiquinha e Chaves. Enquanto Ana, Junior e Lourenço estão respectivamente trajados de Pópis, Kiko e Nhonho. Os cinco estão lindos.

De quem eu e a Cléo estamos fantasiadas? De Bárbara e Clarice mesmo gente, rsrs. Não entramos nessa parte da brincadeira não. Mesmo porque com a correria do dia a dia não achamos tempo para providenciar as fantasias para nós.

Mas pensem numa animação e multipliquem por mil. Talvez assim vocês consigam imaginar o quanto estamos animados e felizes. As crianças estão se divertindo muito, tem pula-pula, cama elástica, vídeo game e vários outros brinquedos. E claro o famoso barril do Chaves. Todo mundo queria foto dentro dele, foi a sensação entre adultos e crianças. Os convidados amaram a parte da decoração onde ele estava. Fizemos questão de que naquele ponto ficasse semelhante ao da vila original.

A festa começou as 14h e seguimos até as 21h. Nossos pequenos estavam esgotados e saíram de lá carregados. O Billy que também foi para a festa também saiu de lá de colo. Ele é o fiel escudeiro dos nossos pequenos, acreditam que outro dia encontramos as crianças fazendo ele de cavalo, quando montavam nele caia deitado no chão e latindo todo animado, e os dois caiam na gargalhada.

A Cléo não gostava muito da amizade deles, afinal tinha dias que eles queriam dormir grudados no Billy, e os nossos pequenos herdaram o probleminha de rinite da mãe Bah aqui.

Chegamos em casa e demos um rápido banho nos pequenos e os colocamos na cama. Nossos filhos mais velhos foram curtir a noite.

– Ei, porque essa carinha? – perguntei a Cléo saindo do banheiro.

– Estava aqui me perguntando porque até hoje você tem essa mania. – me prendeu em seus braços.

– Que mania dona Clarice?

– Essa – puxou a toalha das minhas mãos – de usar uma toalha só pra secar o cabelo e o corpo. E pior, secar o cabelo nua na minha frente.

– Ah dengo, então é isso? Besteira, bobagem. Agora me devolve a toalha e vai tomar seu banho. Tô cansada, preciso dormir. Tô em pé desde as 5h.

– Estava ansiosa foi? Porque só levantamos as sete!

– Na verdade eu estava mesmo, dormi pouco. Acordei as cinco e fiquei te olhando dormir, até você e os meninos acordarem as sete meu amor.

– Ah foi? – falava passando as mãos nos meus seios – porque não me acordou? Podíamos ter feito muitas coisas nessas duas horas.

– Se comporta Cléo. – segurei suas mãos – Vai tomar banho, eu quero dormir. Amanhã tem o campeonato de judô. Preciso descansar.

– Mas eu não estou com sono Minha Bah – falava de forma sensual no meu ouvido, enquanto deslizava as mãos pelo meu corpo. – Faz amor comigo, faz?!

Respirei fundo, já de pernas bambas. O mínimo contato com a Cléo já me acendia inteira. Mesmo assim tentei usar minha última gotinha de razão.

– Amor, eu tô cansada. Me deixa d...

Ela simplesmente beijou meus lábios e me guiou até a cama em segundos. Como eu já estava nua e totalmente vulnerável nas mãos dela, ela passou a distribuir beijos em meu corpo e parou em minha bucet*.

Não sei exatamente quanto tempo ela passou por lá, mas quando viu que eu estava prestes a goz*r ela voltou para os meus seios e passou a mama-los delicadamente, mordiscando uma vez ou outra.

E invadiu minha bucet* com três dedos num ritmo gostoso e apressado. Eu gemia e arranhava suas costas. Até que explodi num orgasmo gritando seu nome. Ela me olhou com aquele jeito descarado sorrindo e falando:

– Agora que você relaxou, toma banho comigo?

– Vadia. – sorri. – Você me paga.

– Pago amor, claro que eu pago. Agora vem, – segurou minha mão – vou começar a te pagar nesse momento. – saiu me levando para o banheiro.

Lá nos amamos novamente até saciarmos nosso desejo. Eu não me cansaria jamais de fazer amor com aquela mulher. A gente se encaixa, se preenche e acima de tudo, se completa.

No domingo acordei as sete e a casa inteira estava em silêncio, todos dormiram por lá, não vi nossos filhos mais velhos chegarem, mas quando cheguei na garagem para ver o Billy encontrei o carro da Anna e do Lourenço lá.

Passei no quarto dos pequenos e segui pra cozinha. Tomei um café rápido e preparei uma bandeja para minha esposa. Quando voltei pro nosso quarto ela ainda dormia. Resolvi escrever um bilhete ou então me atrasaria.

AMOR, OBRIGADA POR MAIS UMA NOITE ESPETACULAR NA SUA COMPANHIA. VOCÊ É O MEU MELHOR PRESENTE. TE AMO MEU DENGO.

ATÉ MAIS!

BÁRBARA PACHECO.

Quando cheguei na sala o Junior já me esperava.

– Acho que hoje vamos só nós dois, mãe Bah.

Beijei seu rosto falando: – Pois é filho, já tomou seu café? Deixei pronto na cozinha.

– Já sim. Obrigado. Então, podemos ir? – disse fechando a mochila.

– Podemos sim. – peguei a chave do carro e a mochila. – Vamos.

O campeonato começaria as 10h, mas precisávamos chegar ao local antes das nove para fazer o aquecimento e ver a distribuição de categorias.

A luta do Ju foi primeiro que a minha, quando nos dirigimos pra arquibancada vimos a nossa "grande família" na arquibancada torcendo e vibrando por nós.

A minha esposa não me contou, mas pela primeira vez desde que casamos ela convenceu todos, inclusive a família do meu irmão e a minha sogra a irem ver a mim e ao Ju competir.

Mais uma vez chegamos as finais e dessa vez a disputa entre o Ju e a Melissa foi bem acirrada, mas ela levou a melhor. E não foi ele que a deixou ganhar.

Ao contrário da última vez que levei minha esposa a loucura por ter ido pra final com um "brutamontes" como ela denominou, dessa vez cheguei a final com uma garota um pouco maior que eu e mais magra. Mas que lutava muito mais que o cara da última vez.

A disputa foi tensa e intensa. Mas na última pegada que definiu o placar ela pegou errado e eu consegui rapidamente inverter o golpe que ela tentou preparar para me levar ao chão. E a derrubei, levando assim mais um troféu para a minha academia.

O domingo foi de muita comemoração, seguimos pra minha casa onde já tinha um belo churrasco sendo servido e vários convidados.

Tudo preparando por minha esposa. A família da Melissa se juntou a nós na comemoração. Era sempre assim, a gente não esperava motivos específicos nem datas para comemorar, a gente apenas reunia a família e alguns amigos e comemorava a nossa alegria.

Fim do capítulo