Plantando a semente da Discórdia
Estava arrumando a mala enquanto Álvaro estava terminando de tomar café, sai do quarto puxando a mala de rodinha passei pelo quarto da Isabela a porta ainda estava fechada.
-Bom dia dona Sonia disse Letícia alegrinha
-Bom dia
Ela veio me servindo um cafezinho eu neguei não queria mais nada que viesse daquela fazenda.
-Me diga Letícia não se cansa de ser a putinha da sua patroa
Álvaro cuspiu o café com leite me olhou com os olhos arregalados.
-O que isso Sonia
-Só querendo por um pouco de razão na cabeça dessa menina
-Me desculpe senhora mais eu não sou nenhuma menina disse Letícia voltando a lavar alguns vegetais.
-Percebesse mais eu te dou um aviso Letícia e quando a sua patroa se cansar de você? Quando arranjar alguém melhor que você ? que não seja tão caipira.
Letícia lançou um olhar Sonia que estava se alegrando com a situação, plantar a semente da discórdia.
-Bom dia há vocês ainda estão aqui disse Isabela com desdém
-Não por muito tempo Sonia lançou um olhar fatal pra mulher alta a sua frente.
Letícia serviu seu café com bolo sem ao menos a olha-la, Sonia olhava de camarote a sua semente crescendo lentamente a sua frente. Acabou sorrindo amostrando aqueles dentes brancos seu gesto não passou despercebido por Isabela que tomou o seu café bem rápido.
-Então Isabela quando vai construir o poço ?
-Olha Sonia eu não vou construir poço algum eu ainda vou dar uma olhada no terreno
-Seria muito melhor você o construir
Sonia se levantou pegou sua mala e foi de encontro ao carro seu marido foi logo atrás.
Antes de partir Álvaro se virou fitou a filha ainda sentada.
-Eu posso estar na fazenda ao lado mais eu ainda vou estar por perto.
Escutou o motor do automóvel partindo enquanto terminava de tomar seu café, Letícia permanecia quieta lavando os legumes.
-Posso saber o por que do silencio ?
-O que eu sou pra você ? rebateu de volta assustando isabela
-Você sabe
-Sua empregada ou sua puta disse se alterando
Isabela se levantou não estava acreditando no que acabará de ouvir, Letícia nunca teve esse tipo de pensamento e muito menos essa atitude.
-Letícia Isabela tocou em seu ombro mas a mulher a frente se afastou.
-Não toque em mim eu quero respostas Isabela! Disse gritando
-Mais o que isso ? o que deu em você ?
-Não gostou não e da sua empregada se rebelar contra você
-Letícia você não e apenas uma empregada pra mim, e muito menos uma puta. Isabela tentava se aproximar mais fora afastada.
-Você e uma amiga
-Amiga e isso que eu sou pra você Isabela ? Ótimo então a amiga aqui não vai mais se deitar com você.
Letícia saiu correndo não dando a chance de Isabela se explicar.
-Aquela vadia fez isso! Disse Isabela saindo de porta afora
-Graças a deus estamos fora daquela fazenda disse Sonia se acomodando no banco do carro.
-Ela e uma fazenda muito bonita mas não podia deixar você a mercer dos maus tratos da minha filha.
Se ele soubesse pensei
Rapidamente chegamos na fazenda Campos Belo eu não podia negar aquela fazenda e linda. Descemos do carro e o empregado veio pegar as malas Álvaro me apresentou como a nova dona da fazenda.
Quando entramos fiquei fascinada um espaço amplo moveis rústicos com uma vista pra piscina, todos os cômodos contem ar condicionado tínhamos no Maximo uns dez empregados que Álvaro fez questão de me apresentar.
-Sonia eu tenho uma noticia nada animada disse o homem se sentando
-Então diga
-Vou precisar fazer uma viajem a negócios ainda hoje disse desanimado
-Mais acabamos de chegar Sonia se pois de pé revoltada
-Eu pretendo não demorar temos uma fazenda agora não podemos deixá-la entregue as moscas.
-Viu os animais la fora
-Sim
-A senhorita agora e a nova dona desta fazenda o homem a abraçava por trás, pode mandar e desmandar.
-Agora eu tenho que ir ele pegou suas malas na entrada da casa deu um beijo em sua esposa entrou no carro e partiu.
Sonia decidiu dar uma volta pra conhecer mais a fazenda caminhava olhava tudo atentamente ao seu redor. Depois de algumas horas ela estava diante do River Lea olhou pra trás tinha uma vista linda da sua fazenda ao longe, olhou mais uma vez pra quela água quase cristalina se aproximou da margem molhou o pé respirou aquele cheiro do campo.
-E Sonia quem diria que um dia você estaria de volta disse pra si mesma
Algo lhe chamou a atenção uma corda presa num pneu o vento a balançava.
Risos de crianças mergulhos depois do almoço e avistar o por do sol todos os dias. O passado se tornava mais claro em sua memória.
-Não Sonia não pense mais nisso foca no aqui agora balançou a cabeça negando tudo que viveu ali.
-E Álvaro eu fiz você hipotecar a sua querida fazenda pra compra essa pra mim, ela olhava pra fazenda com as mãos na cintura acabou sorrindo, voltou a olhar pro rio.
-Você vai se arrepender do dia em que passou pela minha vida.
Sonia estava distraída quando olhou pro outro lado do rio avistou Isabela, ela estava seria apesar da distância se olhavam o River Lea não era apenas um rio ele servia como espelho da alma daquelas duas mulheres.
Fim do capítulo
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