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Free Yourself por Vieira

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Palavras: 8313
Acessos: 2333   |  Postado em: 21/07/2017

Capítulo 29 – Epílogo

Clara estava trabalhando quando notou seu celular vibrando, olhou no visor, atendeu – Oi meu amorzinho?

- Mãe as aulas já terminaram, alguns professores faltaram dar para vim pegar a gente? Clara revirou os olhos.

- Cadê Alexia, bebê?

- A mãe Alê está ocupadíssima, mandou a gente ligar para você! Fez bico.

- Tá, tá! Cadê o Enzo?

- E eu sei?! Deve tá por ai!

- Valentina encontra seu irmão, quando chegar quero os dois juntinhos, também estou mega ocupada mas vou pegar vocês. Desligou e saiu as presas. Tinha assumido o cargo de diretora do Hospital Charles Darwin. O celular vibrou novamente, atendeu sem verificar quem era. – Sim?

- Oi amiguinha, cerveja mais tarde?

- Oi Soh, sem dúvidas!

- Onde "cê" tá?

- Estou indo pegar as crianças na escola, estão sem aulas! Sofia deu um grito do outro lado. – O que foi menina?

- Pelos cosmos Clara, Andrezza vai me matar, tem como você pegar Ketlyn para mim? Clara gargalhou.

- Pego sim, liga para ela e pede para encontra a Valentina, tô no caminho já, nos vemos mais tarde! Clara dirigiu até a escola avistou Enzo conversando com o Kety. Buzinou e avistou Tina saindo de uma turminha de meninas.

- Que demora! Entrou no banco do carona.

- Já te disse que está ficando uma velha rabugenta? Os meninos atrás riram, Valentina sorriu falso.

Valentina se encontrava com quinze anos, Enzo era o filho mais novo que Alexia e Clara através da inseminação artificial tiveram, tinha treze anos. Ketlyn era a filha mais nova de Andrezza e Sofia, dessa vez fora gerada com os próprios ovários de Drezza, a garota tinha doze anos.

- Mãe?

- Eu?

- Posso ir em uma festa com minhas amigas? Clara olhou detalhadamente para a expressão da filha, quando pensou em falar a garota continuou. – Vou com minhas amigas que você está careca de conhecer, no centro da cidade hoje a noite a festa começara as 22 horas e irá até as 6 da amanhã! Clara arqueou as sobrancelhas.

- Quais os adultos vão está presente nesta festa?

- Credo mãe, é uma festa de adolescentes...

- Credo? Eu que digo credo. Não irá!

- Mas mãe eu já tenho quinze anos, eu posso curtir uma festa...

- Curtir uma festa? Eu não vou te soltar Valentina no centro da cidade, com suas amigas que os pais parecem não ter noção das coisas, com um bando de adolescentes com hormônios a flor da pele, bebendo se drogando e loucos para levar para cama a primeira que conseguir enrolar no papo, nada feito! A menina bufou no banco.

- Você não sabe se vai ser assim mãe...

- Não, magina só, eu nunca tive tua idade!

- Isso é injusto, todas as minhas amigas vai! Cruzou os braços. Clara estacionou de frente a casa de Sofia.

- Tchau meu amorzinho!

- Tchau tia, obrigada!

- Não Valentina, já disse que não é não, se fosse pelo menos algum pai ou mãe responsável, ou se fosse pelo menos cedo, até eu iria com você mas te soltar a noite toda em uma boate no centro da cidade eu não irei, assunto encerrado, só para reforçar, você não é "todas suas amigas". Sorriu, a menina bateu a porta, entrou igual um furação. – Enzo hoje tem jogão!

- Eu tô sabendo, vamos assistir?

- Claro, e adivinha aonde? Sorriu.

- No barzinho com a tia Sofia? Animou-se o menino.

- Isso mesmo!

- Ebá! Clara deu um beijo no filho e voltou para o hospital. Chegou encontrou mais uma duzia de papéis sobre a mesa, revirou os olhos. Celular vibrou de novo.

- Oi morena!

- Oi amor, tudo bem? Pegou as crianças?

- Sim, sim! Acabei de deixar os dois em casa, aconteceu alguma coisa?

- Não vida, tô aqui com a Drezza e o Doug, estamos combinamos de irmos para o litoral esse final de semana o que acha? Churrasquinho, sambinha, amiguinhos... Sorriu.

- Perfeito amor, chama todo mundo! Conversaram mais um tempo e a médica voltou-se com seu trabalho.

Clara olhou o relógio estava atrasada, saiu as presas, passou em casa Enzo já estava impaciente, foram voando para o barzinho, encontraram Sofia e Ketlyn. Enzo rapidamente sentou-se com Ketlyn e começaram a falar de futebol. Clara sorriu adorava a amizade dos dois, sabia que aquilo seria algo muito semelhante entre o que tinha com a amiga.

- E ai Cla, como está?

- Bem e você? Sofia tinha um olhar preocupado. – Nem precisa responder, Jennifer atacar outra vez! Gargalhou.

- Você rir Clara? O que vou fazer com aquela menina?

- Eu te disse Soh, era para fazer reembolso dela quando tinha chances... Continuou divertida.

- Eu tô falando sério Clara! Sofia manteve séria.

- Tá, tá bom. Bebeu um pouco. – O que foi que o furacão Jeni fez dessa vez? Ketlyn olhou bem rápido para a tia.

- Foi presa por quebrar um vidro de uma loja e xingar os policiais! Clara colocou a mão na boca para não rir. Sofia lançou um olhar mortal a ela.

- O que foi que criei? Colocou as mãos nos rostos, Clara tentava conter o riso, era quase impossível. –Você fica rindo aí internamente, mas se fosse a Tina você estaria igual a mim... Encarou a amiga. – Eu não aguento mais pagar fianças pelas travessuras da Jennifer, Clara? Ela tá passando dos limites. Clara manteve-se séria.

- Soh minha amiga, vamos com calma, Jennifer não irá mudar, você sabe disse, sabe a filha que tem, e também sei que tem justificativas para essas rebeldias dela com a lei e autoridades,  Jeni jamais quebraria algo ou xingaria um policial sem um bom motivo.... Qual foi?

- Dessa vez ela disse que tinha dois moradores de rua idosos e o dono da loja estava maltratando eles, chutando falando palavrões, e eles queriam apenas os papelões que uns empregados estavam colocando no lixo...

- Tá vendo Sofia? Aceite sua filha como ela é, Jennifer defensoras dos oprimidos...

- Essa faculdade tá virando a cabeça dela, Clara!

- Não está não, Sofia. Jennifer está estudando tudo que ela nasceu sabendo, sobre os frutos da desigualdade, sobre as raízes da corrupção, sobre os direitos retirados de humanos cujos ela julga iguais e somo iguais... Jeni luta a favor deles, é uma coisa que infelizmente você não vai conseguir controlar... Sofia colocou a mão na nuca.

- Ela tá metida nesses protestos por passagem de ônibus, loucamente... Ela tem um carro, carro do ano Clara e nem usa...

- Meu amor, deveria sentir orgulho de sua filha, apesar das vaciladas dela, em ser presa quase sempre, mas ela está lutando por direitos, por causas justas Sofia, você queria ser assim lembra? Quem era que queria ser a advogada do povo? Juíza honesta e igualitária? Então?! Jeni tomou as mesmas decisões com passos diferentes. Sofia pegou alguns papéis, e jogou na mesa.

- Olha os passos que ela tomou... Clara olhou um por um, caiu em uma grande gargalhada.

- Eu-Não-Acredito! Ela fez isso... Gargalhou. – Ela comprou tudo isso de edredom's?

- Sim Clara, para moradores de rua, ela vai me fali se continuar assim. A conversa se estendeu mais um pouco, o jogo acabou, então seguiram para casa. Clara não guardou o carro, foi verificar se realmente poderia guardar sempre acontecia algum imprevisto quando ela o guardava. Encontrou Valentina com Alê na sala conversando. Tina estava toda arrumada, parecia uma princesa, Clara estranhou, Enzo passou direto.

- Tchau mamãe! A menina se despediu de Alexia. Foi em direção a porta.

- Ué?! Posso saber onde a madame vai? Não mereço tchau? Brincou... A menina a olhou desconfiada.

- Eu, eu vou para a festa que te falei mais cedo!

- Mas eu falei que você não iria Valentina! A encarou friamente.

- Mamãe deixou! Clara olhou para Alexia que mordia os lábios, procurou a menina só viu os cabelos sumindo na porta.

- Então é assim? Eu falo que não, você que sim e está tudo resolvido? Clara cruzou os braços. Alê respirou fundo.

- Amor é uma festinha boba de adolescente, que mal tem ela ir?

- A é? Eu não acredito nisso Alexia.

- Me polpe Clara, você prende essa menina, parece que é uma deusa, ninguém pode tocar, olhar, falar que você surta, a menina não pode sair que você pede, RG, CPF, dados bancários das pessoas que vai sair com ela. Coloca a menina em infinitos cursos de segunda a sábado, quando a menina quer ir ao Shopping vai deixa e buscar, controla redes sociais e telefone, determina horário de dormir e de acordar, essa menina não é seu cachorrinho não Clara, é sua filha e um ser humano, que precisa desfrutar dos prazeres que você quando tinha idade dela tinha desfrutado até mais, e isso vale para o Enzo também! Alexia jogou tudo de uma só vez, Clara continuou observando a mulher, decidiu ir para o quarto. – Clara vamos conversar? Segurou o braço da mulher, a Dra olhou para ela.

- Você está certa Alexia! Soltou-se e dirigiu-se para o banheiro. O clima estava tenso, a morena passou no quarto do filho, a Dra pela primeira vez não tinha ido lá, a guerra começou, deu um beijo e se despediu do pequeno, foi até o escritório, avistou a mulher debruçada em papéis, sabia que ela não iria dormir até a filha chegar. – Clara? A médica olhou por cima dos óculos. – Tina disse que voltaria quando fosse uma hora da manhã, não se preocupa! Clara voltou-se a leitura, Alê resolveu ir dormir.

 

Valentina estava zonza de tanto barulho, o cheiro de maconha era terrível, procurou as amigas viu Vitória grudada com um menino, avistou Bianca e Pricila saindo do banheiro.

- Até que fim achei vocês! Valentina revirou os olhos.

- Oi amiga, cadê o boy?

- Diego já foi... Olhou o celular. – Caramba eu estou bastante encrencada, já são uma e meia, eu falei que estaria em casa de uma hora! Olhou para as meninas.

- A Tina, relaxa aí, vamos curtir a festa... Bianca parecia passar mal.

- Bi tudo bem?

- É amiga, fala o que tá pegando...

- Gente acho que bebi demais... Preciso de ar! Valentina e Pricila ajudaram a amiga a chegar até o estacionamento.

- Toma um pouco de ar... Valentina observou o lugar, estava cheio de garotos estranhos, uns fumava outros estavam deitados no chão, outros apenas bebendo. Ficou massageando as costas da amiga. – Tá melhorando? A menina começou a vomitar.

- Pri ajuda aí! Nesse meio tempo um cara se aproximou.

- E aí gatinhas, o que fazem sozinhas aqui?

- N-nada, só estamos ajudando nossa amiga! Valentina falou tímida. O cara continuou a se aproximar dela.

- Você é uma gracinha sabia? Pricila segurou Bianca que pareceu desmaiar. Valentina tentou socorre-la mas o cara segurou-a pelo braço. – Calma ai gatinha, não vá agora... Encostou ela na parede a força.

- Me solta, eu vou gritar... Me solta seu louco! Se debatia. Pricila arrastou Bianca para o canto para poder ajudar Tina. – Me solta!

- Que boquinha linda essa sua! Segurou o rosto da menina... Valentina sentiu algo pular no homem o tirando bruscamente de cima dela.

- Encosta mais uma vez na minha filha seu desgraçado, e você morre! Socou o rosto dele, o rapaz tentou se debater mas Clara o imobilizou, machucando fortemente seu braço. – Ouviu o que te falei?

- Ouvir sim, senhora! Tá doente, me solta... Me ajudem.

- Se eu cruzar com você em qualquer esquina você é um cara morte, é melhor sumir daqui! Deu um chute nele. O cara saiu as trancos e barrancos, Clara observou a menina desmaiada no chão e a outra ao lado, virou-se para Valentina.

- Mãe ainda bem que a senhora chegou! Correu para abraçá-la. Clara não retribuiu, foi em direção a Bianca.

- O que aconteceu com ela? Começou a examiná-la.

- Não sei Dra Clara, ela estava legal, mas depois apagou...

- Ela bebeu?

- Sim, bebeu muito! Valentina confirmou.

- Vamos levar ela ao hospital! Clara colocou a menina no carro, Pricila foi atrás da outra amiga, Vitória, Clara e Valentina não trocaram uma palavra no caminho ao hospital, chegando lá, levaram a garota para enfermaria, Clara tratou de informar os pais, que rapidamente chegaram ao local, não precisou de muito para Clara ministrar uma palestra de como cuidar de seus filhos. Depois de muito bate boca, mãe e filha seguiram para casa, do mesmo modo, nenhuma palavra foi trocada, a Dra estacionou, Tina desceu e foi direto para a cozinha, encontrou Dalva e Alexia totalmente aflitas.

- Graças a Deus Tina, estávamos morrendo de preocupação! Dalva abraçou a garota, Valentina sorriu.

- Não precisa se preocupar vó Dalva, está tudo bem! Nesse tempo a médica passou como raio entre elas e foi para o banheiro.

- Valentina o que foi que aconteceu? Alê perguntou. A menina sorriu de canto, e contou toda história. – Tina se antes você não saía, depois dessa se prepara, só quando casar! A garota revirou os olhos. – Dessa vez vai ser por mim não por Clara.

- Mas mãe eu não tive culpa...

- Chega Valentina, vá tomar banho e dormir, vamos cedo para o litoral... A menina queria rebater mas Dalva pegou em sua mão.

- Faça o que ela tá pedindo meu amor, vai ser melhor! A garota obedeceu.

- Dalva qual segredo de domar a cobrinha ai? A mais velha caiu no riso.

 

Clara levantou primeiro, estava brincando com Pudim Jr. É Pudim foi a óbito há alguns anos atrás. Alê levantou resmungando. Encontrou ela na cozinha.

- Poxa Clara, custava nada me acordar para organizar as coisas? Cruzou os braços. Clara colocou a xícara na pia.

- O despertador tem essa função! Saiu e foi conversar com Tico no quintal, Alexia bufou.

- Eu odeio ela! Correu e arrumou as malas, acordou os dos meninos, estavam todos atrasados. O telefone não parava de tocar Alexia quase explodia de tantas ligações, o jeito foi pedir que todos fossem na frente que eles chegariam um pouco tarde. Depois de uma hora de arrumação, tudo estava pronto, Clara não comentou nada, entrou no carro e seguiram viagem. O silêncio tomava conta do veículo Valentina não se atreveria falar, nem por um milhão de reais, sabia que sua mãe estava ardendo em raiva.

- Mãe viu a tabela dos últimos pontos, a gente subiu no último jogo! Enzo quebrou o silêncio.

- Vi sim filhão, essa tá fácil, já é nossa a taça! Os dois riram. Valentina revirou os olhos. Duas horas depois chegaram ao litoral. O churrasco já estava acontecendo. Eles chegaram igual com Pedro.

- E aí tias tudo bem com vocês? Pedro abraçou cada uma delas.

- Pedro você realmente está crescendo desesperadamente! Clara comentou... Eles riram.

- Deixa eu apresentar a vocês a Eduarda minha namorada! Cumprimentaram a garota e seguiram para os quartos, foram colocar as malas. Clara ficou conversando com Pedrinho sobre a faculdade que ele estava cursando, medicina por sinal. Pedro se encontrava atualmente com vinte e dois anos, aquele garotinho medroso, deu espaço para um homem e tanto, Marcos queria que ele seguisse careira de modelo, sem dúvidas ele se daria muito bem, mas ele felizmente é encantando pela medicina. Os dois chegaram no quintal onde todos conversavam, ouviram voz forte de Andrezza.

- Muito grude esse de Clara por Valentina, desnecessário esse cuidado, não temos como controlar nossos filhos para sempre, e eu também acho desnecessário esconder esse namorico da Valentina com esse menino da escola, fala logo para ela ué! Nesse meio tempo todos ficaram paralisados, quando avistaram Pedro e Clara os encarando, o rapaz sentou-se com sua namorada. Clara colocou a mão na nuca, e deu um sorriso amarelo para todos, encarou Drezza e depois Alexia que estava com cara de poucos amigos.

- Concordo com você Andrezza, desnecessário esconder isso de mim! Olhou para Sofia que tampava o riso – Ainda mais quando você é a única presente a não saber que sua própria filha não confia em você! Encarou Valentina que estava aflita, a Dra olhou para aquela figura alta. – Luk que saudade, que lua de mel curta essa sua! Abraçou o amigo.

- Aí amiga tivemos que vim, agenda apertada...

- Cadê o Gustavo?

- Ele foi comprar umas bebidas já retorna! Exatamente Luk casou com o irmão de Guilherme Suassuna casado com Júlia, por falar neles, após alguns anos decidiram morar no Rio Grande do Sul para ficar perto dos pais do delegado, Júlia ficou grávida de gêmeos: Giovani e Giovana.

A tarde transcorria bem, Alexia e Valentina evitaram qualquer contato com Clara, no finalzinho do dia Jennifer chega e para a surpresa de todos trouxe sua "ficante" uma menina meio emo chamada Joy.

- Oi tia! Pulou em cima de Clara.

- Oi meu amorzinho! Encheu a menina de beijos. Ela sentou na roda, que se encontrava Pedro e sua namorada, Sofia e Clara.

- Gente essa é a Joy, minha amiga peguéte! A menina disse "oi" Sofia quase desmaia. Clara não conteve o riso, abraçou a pequena Jeni.

- Eu amo você sabia?!

- Mas Jennifer, você não estava ficando com aquele menino, que era meio Funkeiro? Sofia desorientada questionou.

- Há mãe, estava agora não estou mais! Sorriu.

- Que você não está mais é óbvio, mas desde quando que você fica com meninas?

- Hi gente, que tabu é esse? Desde sempre mãe! Falou ríspida.

- Por que nunca conversou comigo sobre isso? Não sabia que curtia mulher...

- Qualé mãe? Eu não curto mulher! Todos a encararam. – Eu curto pessoa, sex* pouco me importa! Sofia abriu e fechou a boca, Clara gargalhou.

- Você é sem dúvidas a minha sobrinha favorita! Abraçou ela novamente.

- Engraçado, basta falar que uma certa garotinha tá namorando um "boy" da escola que ela fica em chamas de raiva, mas quando é minha filha tudo pode...

- Vão começar! Pedro levantou e saiu com a namorada. Clara iria rebater mas Jennifer não deixou.

- Qualé tia, pega menos no pé da Tina, ela precisa viver também! Mas vamos falar do que interessa, estou fazendo uma mobilização para ajudar moradores de rua do centro da cidade, vamos começar por lá! Clara olhou para Sofia.

- Vamos? As duas falaram ao mesmo tempo.

- Sim, ué? Vocês vão ajudar dessa vez! Jeni conseguiu convencer as duas depois de muita argumentação. O dia estava estava quase no fim resolveram ir na praia, Clara começou a jogar bola com Jeni e a irmã, o Enzo e o Pedro, Valentina chegou depois, mas a Dra se retirou deixando a menina completamente raivosa. O final de semana continuou no mesmo ritmo chegaram em casa Alexia e Tina foram ao Shopping com umas amigas da garota.

 

Alguns dias depois...

 

- Antunes vai dar tudo certo cara, não esquenta você já realizou cirurgias mais complicadas do que essa... Clara encarou o celular – Raposa velha preciso atender uma chamada aqui, te ligo depois, abraço! – Pronto? A médica fixou em um quanto qualquer da sala. – Estou indo obrigada! Ela saiu as pressas. Chegou na escola dos filhos encontrou a diretora em sua sala, olhou para duas figuras a sua frente - Valentina e uma menina um pouco mais alta que ela. – Como vai Diretora Marta? Estendeu a mão, a mulher a encarou seriamente.

- Muito bem Srta Clara! Retribuiu o aperto de mão. – Sente-se! Apontou a cadeira ao lado das meninas.

- Muito obrigada! Sentou, não olhou para Valentina.

- Estamos esperando a mãe dessa mocinha... Apontou para a menina ao lado de Tina. – Chegar! Mal fechou a boca a mulher entrou desgovernada na sala.

- Oi meu amorzinho o que foi que esse monstro fez com você bebê? A mulher examinava a filha, a diretora a fuzilou.

- Por favor Srta Estela, sente-se! A mulher se recusou.

- Quero saber o que essa delinquente fez com minha filha! Gritou. Clara revirou os olhos.

- Oras, faça me mil favores, e seja uma pessoa adulta nessa situação! Clara disse com rispidez, Marta fechou a boca. Estela avaliou Clara lentamente.

- Posso saber quem é você? Quem pensa que é para falar assim comigo?

- Sou a Doutora Clara Kings, muito prazer em conhecer você Estela, primeiro que minha filha não é nenhuma delinquente, acho que isso responde o porquê de falar com você assim. Segundo, mediante uma situação como está agredir verbalmente as pessoas não vai resolver nada, e acredito que ambas estejam erradas! Marta concordou com ela.

- Olha aqui "Doutora" nunca fui chamada na escola, ainda mais em função de uma briga por causa de um garoto qualquer... Minha filha não chegaria a tal ponto... Tentou continuar mas Clara a cortou.

- Tenho dois filhos nesta escola, os dois com melhores notas e lhe garanto que nunca fui chamada aqui por motivos como este, pelo contrário, as últimas vezes que fui chamada foram para entrar em acordos para viagens de pesquisas e projetos que meus dois filhos desenvolveram nesta unidade de educação, Srta Estela! A mulher abriu a boca em forma de protesto mas a Dra continuo. – Acredite estou mais surpresa do que você, mas sei que minha filha não saí se estapeando com outras garotas por coisa pouca, e acredito que a sua também não! Então vamos ser adultas e ouvir o que a diretora tem a dizer e resolver com diálogo! A mulher virou o rosto para a médica e sentou-se. Depois de uma longa conversa as quatro saíram da sala, a madame estava possessa por não conseguir a suspensão da Valentina. Clara seguiu em silêncio até o carro, Tina não dissera uma palavra, quase chegando em casa Kings notou que a filha tentava conter as lagrimas. – Não é o fim do mundo Valentina! tentou amenizar a situação, a menina lhe encarou e nada disse. Clara não segurou o riso a menina ficou vermelha. 

- Deve está feliz Dra Clara, tudo que você queria não é mesmo?! Clara parou em frente a garagem. Fitou a menina, quando ia falar a garotinha continuou. – Talvez o seu cuidado "exagerado" me causou isto, não sei procurar garotos honestos! Disse num suspiro de raiva e saiu do carro, Clara a seguiu, a jovem bateu a porta a Dra queria esganá-la, mas estava se controlando. 

- Valentina me escuta! Gritou ela. Alexia parou na sala assustada com a batida da porta e ficou encarando as duas, Tina estava com o rosto vermelho. – Eu não disse que estou feliz por isso acontecer...

- Não precisa, seu sorriso sarcástico demonstra tudo! Interrompeu ela. 

- Mas o que foi que aconteceu? Alê estava perdida na guerra. 

- Eu não estou feliz por te ver triste, você ficou louca? Você está entendendo tudo errado! Clara aumentou o tom da voz. 

- Então estou entendendo tudo errado? Desafiou no olhar. – Ou você que não sabe ser uma mãe de verdade?! Arqueou um sobrancelha. O rosto da médica foi se transformando de uma forma monstruosa, o vermelhão cobria toda sua face. 

- Valentina respeite sua mãe! Gritou Alexia – Mas que diabos aconteceu com vocês duas? Clara a encarou. 

- Sua filha mente para mim, com a sua ajuda, não obedece nada do que mando, e agora está brigando com "coleguinhas" por causa de meninos! Alexia encarou Valentina. – Talvez eu nunca soube ser uma mãe de verdade até agora... Apertou o braço dela. – Porque eu vou te dar uma surra como uma mãe de verdade dar em seus filhos! Uma expressão de dor invadiu o rosto da jovem, Alexia correu para desgrudar as duas, Dalva e Tico vinham tropeçando nos passos. 

- Clarinha pelo amor de Deus, solte a Tina! Gritou Tico. Clara que estava com os olhos vermelhos encarou os dois. Alexia conseguiu puxar Valentina a menina agarrou-se com ela. A Dra passou a mão no rosto em sinal de desespero. Alexia a olhou reprovando. 

- Vai para o quarto Valentina! Alê ordenou, a menina foi seguindo, parou bruscamente e olhou para Clara. 

- Talvez a Juliana teria sido uma mãe que você nunca soube ser! Deu de ombros, Clara fez sinal de avançar nela, não existia mais uma parte clara do seu rosto, era puro vermelhão, Alê tomou sua frente. 

- Você não vai fazer nada com ela! 

- Por isso que ela está assim, você sempre passando a mão na cabeça dela! Gritou a médica, a estilista olhou para os mais velhos e eles entenderam a deixa, saíram da sala rapidamente. 

- Clara o que foi que acabei de ver aqui? Você quase espancou a Valentina, por besteiras!

- Então tudo que ela me disse é besteira Alexia? Estava gritando. 

- Baixa a voz que você não está falando com qualquer pessoa, está falando com sua esposa! Clara continuava andando de um lado a outro. – Ela está de cabeça quente assim como você está, será que não pode entender isso? 

- Você acabou de ouvir o que ela me disse? Sorriu ironicamente. – Então tá... Parou de frente a esposa. – Então a Valentina casa e batiza dentro desta casa, faz tudo que quer com apenas 15 anos, você e a Dalva e o resto de todos os familiares mente para mim, omite as coisas que ela faz, e eu... eu não tenho direito de questionar ou tentar impor alguma coisa aqui?! Será que estou entendendo bem?

- As coisas não são como você quer que seja sempre Clara, seja adulta suficiente para entender que você não vai poder controlar tudo pelo resto de sua vida! 

- Quem disse que eu quero controlar tudo porr*? Eu só queria respeito, pelo menos isso, e um pouco de consideração, mas vejo que não é possível Alexia, não é possível a muito tempo... 

- Você está equivocada Clara!

- Eu não estou equivocada, eu estou sendo realista, eu estou farta disto tudo! Sorriu tristemente. Alexia a fitou. 

- Você está cansada de sua família? 

- Agora é família? Para agir como tal ninguém é família... Alexia tentou falar – Uma filha rebelde que não me respeita, e assumidamente declara que não sou uma boa mãe, um filho que sabe do que se passa dentro de casa mas prefere omitir tudo em função de uma mãe, minha esposa, que mima os filhos a ferro e fogo, que vive mais para o trabalho do que para a família, que não procura mais a esposa há tempos, que sempre está cansada e que vive viajando a negócios, até para almoçarmos juntas tenho que saber se sua agenda tem espaço para mim, caso contrário, tenho que remarcar para um ou dois meses! Alexia não acreditava no que estava ouvindo. – Acho que a Valentina esteja certa, eu não sei ser uma esposa, mãe e se brincar amiga, porque até meus amigos estão mentindo para mim, sobre fatos que acontece no meu próprio lar... Agora me diga Alexia. Encarou a esposa. – Eu não tenho motivos de está cansada? A morena a fitava. 

- Então porque não pensa no que é melhor para você Dra Clara, de preferência sozinha assim quem sabe não lhe ajude a pensar sobre o que você acabou de me dizer. Até lá meus filhos e eu, vamos ficar bem longe de você Clara para termos certeza que não vamos te atrapalhar em suas escolhas, e nem te cansar mais! Saiu da sala, a médica chutou o sofá, pegou as chaves e saiu.

 

Chegou na casa de Luk, entrou com tudo. 

- Boa noite para você também! O rapaz disse ao vê-la. – Não é difícil adivinhar que brigaste com Alexia. Sorriu vitorioso. 

- Não enche Luk! Abriu a geladeira e pegou uma cerveja, se jogou numa poltrona. – Vou me separar da Alexia! Deu um gole, o amigo abriu a boca e sentou no sofá adjacente. 

- Que? Tô rosa! Ficou encarando-a. – Clara eu não sei o que aconteceu de fato, mas acho que você está de cabeça quente, deve-se acalmar primeiro para tomar uma decisão dessa magnitude. 

- Quero tomar banho e dormir, amanhã tenho um dia longo! Assim ela fez. Acordou cedo e seguiu para o hospital, luk que trabalhava lá também a acompanhou, no almoço encontrou Sofia. A amiga chegou e ficou encarando-a. – Agora todos vão me olhar assim? Disse irritada. 

- Clara o que você está fazendo? 

- Aposto que já sabe de tudo, inclusive sabe da versão oficial, da Dalva e Alexia. Ironizou.

- Não viaja amiga, mas foi pesado suas palavras, cansar da família? Clara revirou os olhos. – Pode fazer isso mil vezes, sabe do que estou falando, cadê a minha amiga que colocava a família acima de tudo? Que achava a coisa mais importante e que sempre era necessário modificações para continuar equilibrado a paz? Clara baixou a cabeça. – Será que esses quinzes anos não foram nada? 

- Tá, tá Sofia, eu já sei disso tudo, mas eu não posso equilibrar uma família que não quer ser equilibrada, manter a paz de um ambiente que não quer paz! A encarou. – Esses quinzes anos foram importantes para mim, eu sempre achei que estava conseguindo ser uma boa mãe, amiga para meus filhos e uma boa esposa, mas ontem eu vi que não passou de um engano. Ontem a Valentina me olhou com repúdio com ódio, um olhar que nesses anos todos nunca recebi. Logo ela que vivera grudada em mim até um dia desses, que ficava desesperada quando não chegava logo do trabalho, que ficava me ligando em cinco em cinco minutos para saber se já estava perto de ir para casa, que desabafava comigo, que se jogava em cima de mim em todos os jogos do nosso time, que confiava em mim, logo ela, passou fazer tudo contrário disso? Nem preciso citar a Alexia né?!

- Eu entendo amiga, mas você deve pensar muito bem não estraga sua vida por isso... 

- Vamos mudar de assunto, e ai como você está? 

- Tirando o fato que a Jeni sumiu desde ontem, tô mega preocupada, o que vou fazer com essa menina Clara? Colocou as mãos no rostos. Clara observou a TV e depois voltou-se contra a amiga. 

- Já ligou para ela? 

- Não atende, chama até cair, agora começou a dar caixa postal! Ela disse mostrando o celular. Clara gargalhou. – Do que você está rindo? Olhou furiosa, Clara apontou para a TV, a Juíza virou-se lentamente e ficou observando o noticiário. – Jennifer ainda vai me levar para o caixão, escrava o que tô lhe dizendo. Clara riu, na reportagem mostrava Jeni fazendo barreira com outros protestantes, contra a polícia em frente ao Planalto Central, o sobrenome "Guerra" dominou as telinhas mais uma vez graça a jovem. – Eu vou pra Brasília agora! Saiu em disparada. Clara continuou rindo. 

A Dra saiu tarde do consultório, ficou rodando até encontrar um barzinho calmo com musica ao vivo, decidiu ficar um pouco curtindo o momento "reflexão" Sentou-se numa mesa ao canto de uma parede, pediu uma bebida qualquer, e ficou curtindo o MPB. Depois de umas doses notou que estava sendo observada, viu um rosto conhecido que o mesmo demonstrava um sorriso safado, veio em sua direção, aquela visão era infernal, aproximou-se da médica lentamente, com um rebol*do um vestido vermelho colado mostrando detalhadamente as curvas daquele corpo. 

- Olha só quem eu encontro por aqui... Disse dando outro sorriso safado, Clara rezou para não deixa-se enfeitiçar, lançou um sorriso simples. 

- Barbara Drummond, achei que estivesse no EUA! Apontou para a cadeira a frente. – Sente-se! A mulher lentamente sentou-se, não tirou os olhos dela em nenhum momento. 

- Há muitos anos estou no Brasil, fiquei pelo Rio, e agora estou por Sampa! Mastigou de uma forma sexy a azeitona do drinque que estava.  

- E cadê o maridão, David Tinberg! Frisou o nome do cara. A moça caiu numa gargalhada. 

- Não estamos mais juntos desde que eles nos "surpreendeu" Dra Kings. A médica sorriu ao lembrar daquele tempo. – E você, solteira, casada, divorciada, viúva? Se bem que eu preferia ouvir um solteira! Piscou para a médica. "Demônia" pensou Clara, suspirou. 

- Eu não sei! Deu um sorriso amarelo. 

- Problemas no paraíso baby? 

- Bem isso Drummond. 

- Posso ajudar em algo? Sei lá... Passou a perna dela na da Dra. – Ajudar você relaxar, algo do tipo... Clara estava começando a ficar em chamas. – Não imagina como eu te desejo todos esses anos. Clara ficou fitando a mulher, parecia ser surreal aquele monumento, era tentador, mas sorriu. 

- Eu não vou repetir o mesmo erro Barbara! Levantou-se, colocou um dinheiro na mesa. – Preciso ir, minha mulher e meus filhos esperam por mim. A moça a encarou. 

- Você disse a pouco que não sabia o que tinha... 

- Mas você me ajudou a saber, tenho uma linda mulher, e dois lindos filhos, uma menina e um menino, tenho um gato, e amigos incríveis, e não, eu não estou cansada deles, talvez eles esteja saturados de minhas falhas! Beijou o rosto da mulher e saiu. Acelerou loucamente, encostou o carro e entrou pela porta dos fundos, encontrou Alexia em pé ao lado da mesa preparava alguma coisa, olhou no relógio da cozinha: 00:30 pm. A morena ficou surpresa ao vê-la, Clara andou até ela olhou para suas mãos e viu que era uma vitamina, por sinal a preferida da Valentina, ela apenas pegou o copo e foi para o quarto da filha. Bateu na porta ouviu um "pode entrar" roco, sentiu seu peito doer por saber que a pequenina estava chorando, abriu a porta lentamente e foi em direção a cama da filha. A jovem se assustou ao vê-la. – Posso? Fitou a cama, a menina apenas afirmou com a cabeça que sim, ela então colocou o copo em um criado-mudo ao lado e sentou-se, Tina sentou-se e ficou a olhando intrigada. – Uma vez eu me sentir tão triste por saber que poderia perder o que mais amava em minha vida, então eu tentei não perder... Continuou calmamente. – Eu procurei todas as saídas para manter tudo aquilo que mais amava bem, nem que me custasse minha vida. 

- Está falando de quando a Alice raptou Pedro e eu? Clara apenas sorriu. 

- Depois de tudo, eu descobrir que falhei com uma pessoa que não poderia jamais ter falhado... Baixou a cabeça. 

- Juliana! Sussurrou a menina. 

- Eu venho tentando me perdoar todos esses anos, dia após dia, e venho conseguindo, graças a incrível mulher que tenho e os incríveis filhos. Sorriu de canto. – Eu já amei desesperadamente a pessoa errada, e foi um abismo para mim, me arrastei anos e anos com hematomas de um amor que fora puro fiasco, mas era tão jovem e imatura que não soube entender isso, precisei levar tapas da vida para entender que o mundo não acaba por causa de uma pessoa, e sempre haverá outros amores bem melhores do que os passados, sabe por que? Porque você estará bem melhor do que fora no passado. As lágrimas da Valentina rolavam. – Eu não estava feliz por te ver triste, estava feliz por entender que você começou a aprender a compreender a vida amorosa meu amor, eu rir porque seu desespero me lembrou o meu, mas você não me deixou falar, porque se tivesse saberia que não estava feliz por nada daquilo, e que vai passar tão rápido que você não irá perceber, pois você é tão linda, inteligente e peculiar que meninos aos seus pés vai ter de monte. A jovem sorriu. 

- Você está magoada e brava comigo mãe? A olhou com o rosto vermelho de chorar. Clara gargalhou e a abraçou. 

- Não estou com raiva e muito menos magoada. 

- Você ainda me ama? Perguntou a pequena com receio da resposta. Clara a soltou, segurou seu rosto e limpou as lágrimas da filha. 

- Amor de mãe nunca acaba, só aumenta minha princesa. Como poderia deixar de amar a coisa mais importante da minha vida? Abraçou a menina de novo, que soluçava em seus braços. 

- Desculpa por mentir para você, esconder todas aquelas coisas, fiquei com muito medo de você ficar brava comigo, de mim impedir... Soluçava. 

- Passou Tina, só quero que entenda uma coisa... A menina a encarou. – Eu quero minha garotinha de volta... Agora ela que chorava. – Aquela que abria um  largo sorriso ao me ver, que corria para minha cama todos os dias quando acordava primeiro, que quando chegava da escola grudava em mim, me pedia ajuda com lições de casa, mesmo sabendo o conteúdo só para ter minha atenção, companhia. Aquela que contava tudo para mim, sem receio ou medo de algo, aquela parceira de vídeo game contra o Enzo e Alê... A menina sorria. Clara beijou sua testa. – Vai passar meu amor, esse menino nem é tudo isso para você ficar desidratada de chorar! Ambas gargalharam. – Clara suspirou. – Precisamos de novas regras, afinal você já está grandinha, merece bem mais do que tinha! Sorriu, a menina agarrou ela. 

- Mesmo que essa menina não queira seguir carreira na medicina? Falou em um fio de voz, Clara a olhou, deu um sorriso acolhedor. 

- Estava esperando você me confessar isso, sabe eu sempre soube que você mentiu naquele jantar quando disse que queria seguir a minha profissão! Fez cara de brava, mas logo após sorriu. – Valentina, você não tem nada haver com medicina, não precisa gostar ou fazer coisas que eu faço ou gosto, você tem quer ser você, com suas próprias escolhas e seus próprios gostos, mesmo que esses gostos seja relacionados a moda! Gargalhou, a menina ficou vermelha de vergonha, nunca havia notado que sua mãe sabia da verdade o tempo todo. 

- Desculpa, eu não queria te decepcionar!

- Que isso pequena, você me decepcionaria se não quisesse nada para seu futuro. 

- Não está brava? 

- Claro que não meu amor, agora podemos trocar seus cursos e focar no que você queira de verdade! A menina sorriu e a abraçou. 

- Obrigada mãe, eu amo, amo, amo muito você! 

- Também te amo srta! Agora me deixa ir que tenho outra fera para encarar! Sorriu, a jovem gargalhou, quando a médica ia saindo ouviu ela chamar. 

- Ei?

- Eu?

- Ela estava se acabando por dentro de saudades de você, eu sei! Clara sorriu, foi até o quarto e Alexia estava limpando as lágrimas. 

 

- Cem reais que ouviu tudo! Brincou a Dra. Alê abriu um sorriso. Você estava certa, eu estava equivocada... A morena nada disso, ficou encarando-a, Clara respirou fundo. – Eu estava equivocada, não estava cansada de vocês... Pensou – Estava cansada de minhas mancadas, de minha incompreensão e acima de tudo, estava com raiva por não conseguir controlar tudo, porque eu sempre fui assim e só entendi agora. Alexia continuou calada. – Então porque não pensa no que é melhor para você Srta Alexia, de preferência sozinha assim quem sabe não lhe ajuda pensar no que eu acabei de te dizer, e quem sabe possa me perdoar, e continuar a me ajudar a não cometer tantas mancadas como essas! A morena ficou encarando ela por um tempo, depois correu e pulou na Dra, que a segurou, um beijo quente, selado de silêncio pela estilista tomou conta de ambas, foi tão intenso que uma corrente elétrica surgiu nelas, ligando-as, Clara a jogou na cama, olhou aqueles olhos, sabia que aquela mulher era sua vida, beijou lentamente sua nuca e foi descendo pelo pescoço, os primeiros gemidos surgia, os pelos dos corpos de ambas, estavam eretos. Clara deslizou lentamente as mãos pelo corpo da estilista, parecia reaprender cada detalhe, curva daquela mulher, seu corpo estava em chamas, era incrível como poucos toques acendia aquele fogo todo. A Dra passou a mão por baixo da blusa da mulher que segurou e afirmou negativamente com a cabeça para a médica. Clara ficou com mais tesão do que o normal, segurou as mãos da morena e levou para cima da cabeça da estilista, posicionou sua perna no meio das da mulher, e sentiu um gemido surgir. Clara pressionou mais a perna viu os olhos de Alexia se fecharem, soltou as mãos e segurou o queixo da morena, ficou encarando um pouco mais quando começou com um movimento circular no corpo dela. Alexia estava encharcada, mordia os lábios freneticamente, estava em total fogo. Clara retirou toda a roupa da mulher numa velocidade incrível, segurou os cabelos dela e levou seu ouvido até a sua boca, mordeu lentamente a orelha da mulher. – Eu quero me depravar de amor com você! Sussurrou de uma forma sensual no ouvido de Alê que apertou o edredom. Alexia segurou o rosto da esposa, provocou com beijos no queixo e no risco do sorriso, depois beijou o pescoço e o mesmo mordeu. – Aí! Clara protestou, viu-se um sorriso vitorioso se forma na morena, continuou mordendo, depois voltou a beijá-la intensamente e sensualmente. Clara sugou os seis da mulher como criança faminta, enquanto suas mãos encontrava o sex* dela, quando pousou no meio das pernas dela, Clara sugou com vericidade os seios da mulher que gem*u alto. – Está toda molhada morena. A Dra provocou. – Aproveita que posso repensar Dra Clara! A voz sensual da estilista só aumento o fogo da outra. Clara acariciou lentamente o sex* da esposa, que se contorcia, a respiração de ambas estavam descompassadas, a médica a penetrou sem dificuldades, Alê a puxou, colocando seu corpo no da sua parceira, e tratou de deixar desnuda. Os corpos estavam em um atrito intenso e os beijos era cada vez intenso, Alexia sussurrou no ouvido de Clara que iria goz*r, a Dra rapidamente posicionou-se no sex* da parceira, Alê abriu mais as pernas, então Clara a encarou, seus olhos era puro fogo, agiu rápido e começou a sugá-la, gozou primeiro do que ela, quando notou que a estilista se inclinou para trás e explodiu em um perfeito orgasmos, sorriu maleficamente. A noite para as duas fora de amor cru e puro, intenso sem explicações, parecia que era a primeira vez que ambas se tocaram, nenhuma palavra fora proferida, não precisava, o cheiro no ar do ambiente era a prova que elas teriam muito que aproveitar uma da outra. 

O dia havia surgido há tempos, Clara abriu lentamente os olhos, e ficou velando o sono da morena, era incrível, o amor só crescia, ficou acariciando o rosto sereno da esposa, que foi despertando com aqueles toques. Espreguiçou-se manhosamente na cama, depois de um belo sorriso para a Dra. – Bom dia meu amor! A só pra lembrar, não precisar saber de minha agenda para sairmos. Clara sorriu. 

- Bom dia minha vida! Olhou animadamente. – Estamos atrasadas! Apontou para o relógio, diferente dos outros dias Alexia deu de ombros e pegou o braço da esposa e passou em volta da cintura, aninhou-se nela. Clara sorriu com o jeito da esposa. Ficaram mais algum tempo na cama depois decidiram levantar, foram para a cozinha encontraram os meninos na mesa fazendo o segundo lanche, elas se entreolharam. – Por que não estão na escola? Clara cruzou os braços, parando de frente aos filhos que via um programa na TV da cozinha, Valentina e Enzo trocaram olhares. 

- Mãe a gente não estava afim, afinal hoje é sexta feira, não vejo mal de falta um dia... Disse em um fio de voz a menina. Alexia ficou observando a cena, Clara puxou a cadeira e sentou, pegando pães e outras coisas posta na mesa.

- Entendi, até eu tô pensando em faltar hoje o trabalho! Os três olharam para ela, estavam incrédulos, ela notou os olhares. – Que? Eu também posso querer faltar o trabalho! Disse em dúvida das palavras. Os demais caíram no riso. O café transcorria bem quando Dalva entrou com um envelope na mão, estava pálida a mulher. 

- Clarinha isso chegou para você! Clara pegou rapidamente olhou do que se tratava, encarou Alexia, que ficou tensa, e abriu. 

- De quem é amor? 

- Da Alice... Mal fechou a boca o celular começou a vibrar, olhou, viu que era Sofia atendeu, ficou em um silêncio, baixou a cabeça, e tudo que disse fora. – Certo, muito obrigada amiga, a gente se ver mais tarde! Desligou, todos estavam aflitos e curiosos. – Alice foi assassinada agora a pouco por uma companheira de cela... Um silêncio tomou conta da cozinha, Dalva sentou na cadeira, estava desacreditada, Clara continuou a examinar os papéis, olhou novamente para Alê.

- O que tem aí?  Alê pegou um papel. – Uma carta!

- O que diz mãe? Valentina não gostava de ouvir falar sobre essa Alice, não recorda de nada, mas sabe detalhadamente o que ela causou a sua família. Alê começou a ler a carta. 

 

Olá Kings?! Talvez quando ler está carta, eu não esteja entre os vivos. As coisas saíram do controle nessa minha nova vida, e tudo que eu sei é que tenho pouco tempo de vida, mas foi o tempo necessário para te escrever, para repensar sobre tudo. Dentro desse inferno entendi a realidade da vida, e entendi que sempre estive errada sobre tudo, era uma garota e depois mulher mimada, criada sobre caprichos desnecessários dos meus pais luxuosos, luxo esse que foi obtido pela dor dos outros. Eu tentei fazer o mesmo que meu pai fez, e descobrir que não era tão simples assim, aqui aprendi que além de não ser simples, é imaginável. Todo o sofrimento que lhe causei, sempre busquei algo para justificar o fato de está perdida o tempo todo em minha vida, até mesmo estando com Alexia, estive perdida, nunca me encontrei, nunca vivi, apenas existi, e talvez por você viver eu tenha te feito como ameaça, por saber sobre seus pais, saber que era cúmplice indiretamente era outro motivo por te odiar, me fazia me perder mais. Eu procurei suprir aquilo que fazia de melhor – Alimentar desejos carnais. E eu simplesmente fiz errado, você me pegou (E como pegou) Mas não vim mais bater nesta tecla. O fato é que eu estou arrependida e sei que não terei como te pedir perdão pessoalmente, espero que desse jeito possa servir. Eu sinto muito, e sinto muito descobrir isso somente agora, quando se é tarde demais, mas sempre tem aquele deixa da vida: fazer algo certo antes de partir. Cuida da tua família, da Alexia (Afinal ela fora a única coisa que tive de bom em minha vida, mesmo perdida, ela esteve comigo, eu que não soube aproveitar), faz ela feliz a cada momento que você tiver e puder, diz que a ama, pois eu sei que o amor que você tem por ela é tão complexo que não sou digna de explicá-lo, mas me provou isso, quando lutou com unhas e dentes naqueles momentos horríveis que te proporcionei, hoje sei do mal que lhe fiz, e acredite em mim – Não estou nada orgulhosa. Seja uma ótima mãe, pois eu sei que você foi destinada a isso, também me provou quando ficou no lugar da sua filha que por falar nela, espero que um dia me perdoe, muitos anos se passaram, e ela deve saber sobre minha desagradável existência, diz para ela que estou completamente arrependida, e demônios me rodeiam todas as noites em meus sonhos, diz para ela também que os anjos que a protegem são mais forte de que qualquer força do mal existente. Por fim, eu quero ressaltar meu pedido de perdão, e garanto que o lugar que eu for (Se existir) eu tentarei compensar todo o mal que plantei aqui.

 

Att: Alice Bittencourt.  

 

Alexia estava em soluços no final da carta, Clara a abraçou. Dalva grudou com os meninos, coitada, chorava feito criança. 

- Alice encontrou o caminho dela afinal de contas! Clara disse. 

- Ela poderia está bem, está com uma família maravilhosa assim como a nossa, está em paz, ela não quis jogou fora! Alexia falava com magoa na voz. – Eu nunca quis que ela terminasse desta maneira amor... 

- Ei, eu sei que não, vem cá! Abraçou mais forte. – Olha isso... Pegou uns papeis e mostrou. – Alice deixou uma procuração, me dando todos os direitos sobre suas propriedades, contas, enfim tudo que ela tinha, e não é pouca coisa... Clara pegou vários papéis, Alê olhou desacreditada. – Mansões de luxos, propriedades enormes, escritórios, é muita coisa. 

- O que você você vai fazer com isso amor? Clara pensou um pouco e sorriu.

- Podemos vender e comprar várias coisas! Sugeriu Enzo, a Dra o encarou. 

- Não filho, não precisamos de nada disso... 

- Amor, mas teoricamente você tá bilionária! Analisou cuidadosamente os papéis. – Eu nunca soube que ela tinha tudo isso... 

- Talvez ela quisesse que você ficasse com ela por sentimento e não por interesse, acho que ela pensou algo do tipo... Pensou um pouco. – Vou fazer o certo com elas, vou dar a quem precisa, tenho certeza que Jeni saberá utilizar isso, em prol dos necessitados. Alexia sorriu. 

- Sabia que faria isso! Valentina pegou o envelope. 

- Olha tem alguma coisa nele! Puxou era um colar, Alê e Clara se olharam. – É lindo, é igual o de vocês mães! Clara sorriu. – Eu sei que era da Alice... Mas posso ficar com ele? Alexia sorriu.

- Claro que pode meu amor! beijou a testa da menina. 

- É lindo, o que tem escrito? Enzo perguntou, a menina analisou o colar. 

- Free Yourself! 

 

The end.    

Fim do capítulo

Notas finais:

Agradeço a todas que acompanharam até aqui, muito orbigda mesmo!

Beijo enorme! ♥ 


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Comentários para 29 - Capítulo 29 – Epílogo:
AMANDA
AMANDA

Em: 06/08/2017

Perfeito! Qual graça terá a vida sem algumas portadas, tropeços, desilusões e claro o amor. Magnífica história me prendeu do primeiro ao último parágrafo. Amei Clara desde o começo e o ponto alto com certeza foi o amo dela pela Alexia. Parabéns Autora!

 


Resposta do autor:

Concordo contigo, que bom que gostou, fico bastante feliz. Beijos e muito obrigado!

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