Despedida por Lily Porto
A resposta do exame!
Capítulo 68 - Bárbara
Saímos do consultório vibrando, estamos grávidas, quer dizer eu estou grávida. Queríamos uma forma de contar pra família toda, acho que de certa forma eles já perceberam que está acontecendo alguma coisa, mesmo porque volta e meia eu estou indo ao médico, como da outra vez em que perdi o bebê depois do primeiro mês de gestação não havíamos contado nada aos nossos filhos, dessa vez também resolvemos esperar um pouco mais pra contar.
O sentimento de frustração é horrível pra mim, dividi-lo com a Cléo é mais complicado ainda, porque mesmo que ela não diga nada, eu sei que ela se frustra também. Resolvemos esperar completar o terceiro mês de gestação, que é quando já posso saber o sex* do bebê através da ultrassom morfológica pra poder contarmos.
Pela Cléo a gente contava logo, mas consegui convencê-la a esperar um pouco mais para fazermos a comunicação oficial. E também meus bebês andam meio pra baixo devido aos términos.
O Lourenço apesar de ter se fechado um pouco mais, parece bem, acho que de certa forma ele já estava preparado para o término. E agora ele se dedica totalmente a faculdade e ao estágio.
A Anna tá que nem o irmão, mas volta e meia o Beto acaba "apelando", manda fotos deles juntos, pede pra voltar, diz que não a esqueceu, que quer recomeçar e ela acaba se sentindo mal por ter dado fim ao relacionamento deles.
Términos costumam ser sempre complicados. É chato você ver alguém que já lhe fez tanto bem, sofrendo. E de certa forma não poder ajudar.
Eu e a Cléo já conversamos bastante com ele sobre isso, achamos que ele tinha entendido, mas daí de algumas semanas pra cá ele voltou a mandar as tais mensagens, a Anna malmente estava saindo de casa, mas depois de tanto eu e a Cléo insistir ela voltou a sair com os amigos.
Pronto, decidimos como contaremos aos nossos filhos que estou grávida, a médica acabou de nos informar que terei uma menininha, os olhos da minha esposa brilharam de alegria, olhei para a médica que me falava sobre todos os cuidados que deveria ter e segurei sua mão, quando voltei os olhos pra ela, lágrimas rolavam em sua face.
Saímos do consultório abraçadas, e ela não parava de chorar.
– Amor, o que está acontecendo? – entramos no carro e fiquei olhando pra ela. – Você está sentindo alguma coisa? – falava segurando seu rosto. – Amor fala comigo, por favor!
– Eu tô bem Minha Pequena, apenas emocionada. – segurou minhas mãos e beijou. – Eu te amo demais.
– Eu amo você minha Cléo – beijei seus lábios delicadamente enquanto ela me envolvia naquele abraço "casa", que eu tanto amo.
Fiz carinho em seu rosto perguntado: – Você tá mesmo bem pra dirigir? Não quer que eu dirija?
– Não Amor. – e começou a chorar novamente.
– Amor me diz o que você tem, por favor? Fala comigo meu bem, diz pra mim o que você tá sentido – envolvi ela em um abraço.
O choro foi diminuindo pouco a pouco, e eu a convenci a ir dirigindo, estávamos apenas a meia hora de casa. Quando chegamos ela tomou um banho quente e adormeceu.
Fui pra cozinha preparar um lanche pra nós, quando cheguei com a bandeja ao quarto ela estava mandando mensagem para nossos filhos avisando do jantar de logo mais.
– Então contaremos a eles da gravidez no jantar?
– Isso, hoje a noite contaremos a eles – me puxou para um abraço.
– E você vai contar o nome do nosso bebê também?
– Você já escolheu foi amor?
– Ei – deitei eu seus braços – Você que vai escolher o nome da nossa bebê.
– Serio Dengo? Porque?
– Porque sim amor.
– Não Bah, isso não é justo.
– Serio que, não é? Porque eu acho super justo. – beijei seus lábios. – Agora, termina seu lanche que eu vou fazer o nosso jantar. – tentei levantar mais ela me puxou pela cintura.
– Nada de levantar. Vai comer comigo, só levanta daqui depois que se alimentar.
Resultado, ficamos na cama conversando a tarde inteira, os gêmeos chegaram e foram pro quarto conversar com a gente também. O Ju chegou e subiu com o Billy, pronto a farra estava completa.
A Cléo não aguentou com as manhas dele que latia toda vez que ela encostava em mim, e levantou pra preparar o jantar. Quando ela terminou e veio nos chamar, o Billy ainda tava procurando encrenca. Achando pouco, ele saiu do meu colo correndo e foi atrás dela latindo. Alguns minutos depois ela voltou sem ele.
– Amor, cadê o Billy?
– Não sei. – ela respondeu seria.
– Clarice, cadê o nosso filho?
– O seu cachorro está na garagem, na casinha dele, preso pra aprender a se comportar.
– Amor que malvadeza, tá frio. – levantei da cama pra ir buscá-lo.
– Nem pense nisso. Ele vai ficar lá um pouco. Tá de castigo. Olha o que ele fez aqui – me mostrou a mão com a marquinha dos dentinhos dele.
– Mas como foi isso?
– Simples, eu fui pega-lo depois que saiu daqui latindo pra não cair na escada. E ele simplesmente me mordeu. Reclamei com ele e o coloquei lá fora. Ele tá muito nervoso hoje.
– E você tá muito birrenta – beijei seus lábios enquanto ela me abraçava.
– Culpa sua dele tá assim, encheu ele de dengo e agora ele não quer obedecer ninguém além de você. Vamos descer, os meninos já estão nos esperando. A Anna disse que precisa conversar conosco também.
– Você já escolheu o nome da nossa bebê? – coloquei os braços em volta do seu pescoço.
Ela me olhou entre sorridente e misteriosa: – Já escolhi sim senhora. Agora vamos descer, antes que o nosso jantar fique frio.
Descemos e realmente os meninos já estavam na mesa a nossa espera. Jantamos num clima descontraído. Além de uma belíssima lasanha, ela fez mousse de maracujá. Mas me deixou ciente de que controlaria muito bem a minha alimentação dali em diante.
– Então meninos, nós reunimos vocês aqui hoje para contar que daqui há alguns meses a nossa família ganhará um novo integrante.
Eles nos olharam sem nada entender, enquanto eu e a Cléo sorriamos cúmplices.
– Mãe, explica melhor isso, por favor. Quer dizer que você convenceu a Cléo de pegarmos outro cão pra fazer companhia pro Billy?
– Eu disse amor, que eles iam ficar confusos, rs... – Cléo disse me olhando e levando minha mão até sua barriga. E daí fui eu que fiquei sem entender. Antes que eu pudesse falar algo, ela continuou: – Nós estamos grávidas de uma menina e um menino. – ela falou sorrindo.
– Menino? Como assim, menino? Amor! Explica isso direito. Que agora até eu fiquei sem entender. Você também está gravida? – perguntei com o meu coração quase saindo pela boca.
– Mãe Cléo, mãe Bah, vocês estão falando em código ou vamos ter mais dois irmãozinhos? – o Ju perguntou eufórico.
– É pequeno, acho que a cegonha bateu duas vezes em nossa porta. A nossa família vai crescer mais um pouco – o Lourenço falava bagunçando o cabelo do Ju todo feliz e sorridente com as novidades.
– Mãe? Cléo? Falem alguma coisa!!! A gente tá tentando entender o que está acontecendo aqui.
Enquanto a Anna falava as lágrimas lavavam o meu rosto e o da Cléo, aquele momento era mágico pra mim. Ela escondeu todo o procedimento de mim. E agora estava ali nos contando que além de uma menininha, teríamos um menininho também.
Fim do capítulo
Oie meninas, e ai o que acharam das novas noticias?...
Um ótimo dia, bjs.
Comentar este capítulo:
patty-321
Em: 14/07/2017
Cacete meu, vc foi doida de deixar as duas grávidas, adorei. Eita confusão de choros, mamadeiras e fraldas. E muita fofura. E o Billy v sentiu e ficou com ciúmes. Kkkk. Família linda. Bjs
Resposta do autor:
Kkkkkkkkkkk, a culpa foi delas Patty, se apressaram, daí ambas estão grávidas agora, kkkk! Menina, diga não viu, essas mulheres já são sensiveis e ambas grávidas então, nossa. O Billy sentiu que o posto de caçula da casa será perdido a qualquer momento, rsrs.
Bjs querida, se cuida.
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