A fortiori por Bastiat
Capítulo 2 - A paixão cresce no meio das diferenças
"Céus! O que é a Camila?" Foi o que a Laura se perguntou quando chegou em casa na noite passada.
Amanheceu e a pergunta ainda não tinha resposta.
Ela não conseguia esquecer do seu sorriso, de sua suave voz e nem mesmo do jeito que Camila jogava o cabelo para o lado.
Laura até desconfiava que sonhou com ela, só não sabia exatamente se foi dormindo ou acordada. A jornalista só tinha uma certeza: Camila trouxe algo que ela nunca sentiu antes por ninguém. Mas o que, exatamente, Laura está sentindo? Do que ela está falando?! Sua mente está maquinando isso desde o seu despertar. Mas até onze horas da manhã não fazia a mínima ideia da resposta.
Com a cabeça fervilhando, Laura tomou banho e colocou uma roupa simples para sair. Como sempre fazia, correu pela casa, como se não quisesse encontrar ninguém no caminho, e foi onde sua mãe estaria.
- Vou almoçar com o Sérgio - disse entrando na cozinha onde Andreia descascava batatas.
Sempre aos domingos, Andreia se metia na cozinha e fazia o almoço. A mãe de duas crianças e uma quase completa adulta sempre tentava reunir a família aos domingos em um almoço para conversar sobre diversos assuntos. Quase nunca a sua filha mais velha estava presente, as vezes ela tinha que implorar pela sua presença.
- Mas eu estou preparando batata recheada, seu prato predileto – Tentou argumentar, mas sem sucesso.
- Guarda que mais tarde eu como.
Laura ouviu minha mãe resmungar alguma coisa e saiu antes que começasse o sermão.
A relação da Laura e da Andreia sempre foi complicada. Primeiro Andreia a deixou ainda muito pequena na casa dos seus pais, em São Paulo. Andreia tinha recebido uma proposta de trabalho no Rio de Janeiro, na mesma emissora que ainda trabalha e é âncora do principal jornal.
Laura cresceu conhecendo a mãe pela TV. Andreia ia uma ou até duas vezes por mês fazer uma visita, mas nada muito interessante para a pequena Laura que não entendia o porquê morava com os avós e não com sua famosa mãe.
Anos mais tarde, quando Laura completou quatorze anos, Andreia resolveu arranca-la, era essa a palavra que Laura sempre usou, dos braços de seus avós quando se casou com Carlos. Até que não foi má ideia, Carlos acabou virando seu pai de verdade, até registrou-a como filha. Deu todo amor, carinho e acabou virando seu herói. A afinidade entre os dois era muito grande, pareciam pai e filha de sangue. E era assim que eles se sentiam: pai e filha.
Mas quando se trata da mãe, uma adolescência baseada em brigas e todo um clima de abandono faz um cenário catastrófico na vida da mãe e filha.
Quando Laura fez 17 anos, os gêmeos nasceram, Lívia e Bento. A quase formada do ensino médio sentiu-se tão sozinha que resolveu fazer faculdade em São Paulo. Passou na USP e não pensou duas vezes em ir para lá.
Passaram-se quatro anos e quando Laura pensou que poderia levar sua vida longe do Rio de Janeiro, teve que voltar. Seus pais já tinham emprego para ela e nem quiseram saber de não como resposta.
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A garota de olhos âmbar dirigiu até um apartamento no centro do Rio de Janeiro e chegou no lugar que era seu refúgio. Ali era onde ia jantar depois do trabalho, passava bons domingos e as vezes dormia. É o apartamento do seu melhor amigo, o Sérgio.
Sérgio é um típico cara boa pinta, alto, bronzeado, corpo atlético e trabalha em uma rádio. Se Laura não gostasse apenas de mulher, dariam um ótimo casal.
Assim que Laura foi morar no Rio, eles se conheceram no colégio que estudavam. Desde o primeiro momento se deram bem e começaram uma amizade. Sérgio foi o primeiro a desconfiar da sexualidade da amiga e quando ela confessou deu o maior apoio.
Eles eram inseparáveis e ninguém estranhou quando os dois foram para São Paulo fazer jornalismo na USP.
Logo no primeiro semestre, os pais de Sérgio morreram em um acidente de carro. Ele ficou desconsolado. Depois disso, mais do que nunca, viraram irmãos. Sérgio não tinha tios, primos, avós, ninguém. Com a morte dos pais, Sérgio só tinha a Laura, sua própria força de vontade de viver e crescer na vida.
Assim que ele abriu a porta, Laura percebeu que seu amigo tinha acabado de acordar.
- Boa tarde lindo! - Laura logo foi sentando no sofá
- Boa tarde linda, não lembro de termos marcado esse encontro. - Sentou-se no sofá ao seu lado.
- E desde quando preciso marcar? Anda, vamos pedir alguma coisa para comermos.
- Eu acabei de acordar, Laura!
- Eu sei. Hum... olha para mim. Pela cara a noite foi boa.
- Não tanto quanto sua imaginação alcança.
Conversaram amenidades até metade da tarde, comeram um lanche simples e assistiram um filme de comédia qualquer.
- Você quer me contar algo. - Sérgio disse de repente quando o filme acabou.
Laura resolveu não fazer rodeios e desabafou.
- Eu conheci uma garota.
- Ah Laura, isso não é novidade. – Sérgio riu da cara da amiga.
- Eu conheci uma garota diferente.
- Diferente como? - Ele olhou atentamente, estava curioso.
- Uma garota que eu gosto mais da conversa do que dos seios. Não que eu não deseje aqueles seios maravilhosos, mas quando ela abre a boca me sinto atraída por seu... intelectual.
- Isso é um tanto quanto confuso.
- Eu sei.
- Se joga então, está esperando o quê?
- Não posso, ela trabalha comigo, é estagiária.
- Algumas regras foram feitas para serem quebradas, esquece essa história de não ficar com colega de trabalho.
- Não é só isso, eu não sei nem se ela é homossexual - claro que Laura tinha certeza, ela não se enganava.
- Ai se ela for heterossexual apresenta para mim.
Sérgio não deu a mínima para aquela conversa. Na sua cabeça Laura estava apenas interessada em uma garota difícil. Laura sempre teve essa mania, se ouvia um “não” transformava aquele não em sim.
Foi assim pelo resto daquele dia, Laura tentando convencer Sérgio de que tinha algo diferente com ela e seu amigo tentando convencê-la de que era apenas mais uma garota que Laura estaria encantada.
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No dia seguinte, Laura acordou antes do despertador. Ela estava ansiosa para reencontrar a Camila na redação mesmo não fazendo a mínima ideia do que a dona dos lábios encantadores fazia. Tinha esquecido de perguntar em que função ela trabalha, mas como ela era estagiária talvez nem tivesse função fixa.
Laura é repórter de rua. Chegava cedo, olhava a pauta e saia. Talvez por isso nunca tenha a visto por lá.
Tomou apenas um café puro e foi direto para a emissora.
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Camila passou o domingo todo refletindo sobre o que estava sentindo e tinha chegado à conclusão de que eu era uma completa idiota por cogitar a ideia de que Laura Neves Dopollus se interessaria por ela. No fundo ela torcia para a sua conclusão estivesse errada.
Na segunda-feira, chegou na redação no horário habitual e ia seguindo para sua mesa quando escutou a voz do editor-chefe, Senhor Carlos, chamando-a. "Merda, ia ser demitida", foi o primeiro pensamento de Camila.
- Com licença - bateu na sua porta entre aberta da enorme sala de um dos seus chefes.
- Entre Camila. Sente-se, fique à vontade.
Camila sentou e deu seu melhor sorriso. Embora ela tenha falado com ele poucas vezes e ele sempre ser gentil, morria de receio dele.
Carlos é uma pessoa de bom coração e um ótimo profissional. Sua posição de prestígio jamais subiu-lhe à cabeça, sempre tratou a todos igualmente. Ninguém podia falar que o editor-chefe era um monstro, mas Camila estava receosa mesmo assim.
- Em que posso ajudar o jornal? – Camila pensou em falar 'o senhor' mas vai que ele pensasse que fosse uma cantada.
- Ótimo você perguntar isso. Sabe que estamos te observando desde que entrou aqui e você tem feito muito bem o seu trabalho, até foi além de seu estágio.
Camila fez cara de confusão.
- Então - Carlos prosseguiu - é óbvio que não queremos mais podar as suas asas e deixar você voar. Você aceita deixar o estágio e encarar o desafio de ser repórter oficial?
A estagiária não estava acreditando, ela podia crer que o senhor Dopollus estava rindo da minha cara.
- Você quer um tempo para pensar Camila? – Carlos perguntou diante do silêncio
- Eu aceito - sorriu - É claro que aceito. É um grande desafio, mas darei o meu melhor sempre.
- Ótimo, vou pedir para a Laura te passar todas as instruções já que você vai ficar no lugar dela.
Oi? No lugar da Laura? E ele dizia que ela ia tomar o lugar da filha dele sorrindo deste jeito?
- Da Laura? Mas... ela vai sair aqui? - Estava desapontada.
- Não, ela vai fazer aquilo que ela ama, vai para área de política.
A mais nova repórter respirou aliviada e alargou ainda mais o sorriso.
- Bom, Laura já deve estar estourando por aí. Assim que ela chegar conversamos. Por enquanto pode voltar para as pautas – sorriu.
- Obrigada pela oportunidade, é um privilégio trabalhar com o senhor.
Feliz da vida e talvez naquele momento era a pessoa mais feliz do mundo, Camila foi até a porta depois de ter sido dispensada para os seus afazeres na redação.
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Laura procurou e não encontrou a Camila em nenhum lugar. O jeito era perguntar para alguém onde ela estava.
- Laura, seu pai está te chamando na sala dele. - Uma colega de trabalho disse.
A jornalista já tinha desistido de tentar convencer as pessoas a falar 'Carlos' ao invés de 'pai', ninguém entendia.
- Ok, obrigada.
Laura deixou sua procura pela Camila de lado e focou no trabalho. Seu trabalho era mais importante que tudo, não podia deixar uma garota desfocar o seu caminho.
Quando bateu e abriu a porta da sala do seu pai, para sua surpresa e alegria, deu de cara com a Camila.
Ficaram paradas olhando uma para outra, Laura podia ver aqueles lábios esticados ao máximo que conseguia para transparecer o seu sorriso.
- Camila!
- Laura. - sua voz suave disse o seu nome de forma doce.
- Tudo bem?
- Tudo, tudo ótimo e você?
- Estou bem também. Veio levar bronca? - disse em tom de brincadeira.
- Acabei de ser promovida a repórter oficial.
Laura viu um brilho de pura felicidade nos olhos de Camila e achou que fosse uma boa desculpa para um abraço, afinal ela precisava dar os parabéns para ela. A verdade era que ambas estavam com saudades uma da outra. Uma saudade inexplicável, simplesmente sentiram falta uma da outra por ficarem apenas um dia sem se ver.
Ficaram abraçadas por algum tempo, os corações batiam em sintonia. Parecia que não existia mundo durante aquele abraço. Mas existia e Laura lembrou-se disso quando olhou para o seu pai e se deu conta de que estavam na porta da sala dele.
- Parabéns Camila, fico muito feliz por você. - Disse Laura enquanto se separava de seus braços.
- Bom, já que as duas estão aqui, podemos resolver tudo já – Carlos falou rindo da cena que tinha presenciado.
Se acomodaram nas cadeiras que tinha em frente à mesa dele e aguardaram em silêncio.
- Não sabia que vocês eram amigas – Senhor Carlos disse.
Ambas apenas se olharam e continuaram com aquele clima até o pai da Laura tomar a palavra novamente:
- A Camila irá ocupar o seu lugar de repórter filha, e é claro que você vai aceitar a minha proposta de trabalho. Você vai para a área política. Aceita?
- É claro! – Laura naquele momento deu adeus a seu plano de ir para Brasília, mas era uma ótima oportunidade - Eu não poderia estar mais feliz.
- Ótimo! Então, você começa semana que vem. Por enquanto você vai ambientar a Camila em sua nova função. Pelo jeito não será nenhum sacrifício.
É claro que Carlos tinha notado uma troca de olhares intensa entre as duas. Sabia que sua filha mais velha estava interessada na Camila.
- Não mesmo – Laura deu seu melhor sorriso para a Camila, que muito tímida apenas acenou com a cabeça.
Saíram juntas da sala e Laura aproveitou mais um momento para puxar a Camila para mais um abraço, era tão bom o calor de seu corpo.
- Isso merece uma comemoração. - disse à Camila.
- Comemoração? – Camila perguntou surpresa.
- Sim, vamos almoçar juntas hoje?
- Só nós duas?
- Sim! Merecemos vai.
- Tá, tudo bem. – Camila aceitou após um momento de hesitação.
- Ótimo. – Laura sorriu sem jeito.
A hesitação da Camila deixou Laura contrariada. Será que ela já tinha planos para o almoço? Bom, se tivesse teria que cancelar, Laura pensou. Mas a verdade era que Camila estava insegura quanto aquela aproximação.
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Como combinado, Laura apareceu na hora do almoço da Camila e foram a um restaurante um pouco longe da redação. Era um restaurante sofisticado, um dos mais tradicionais do Rio. Camila ficou o caminho todo se perguntando se estava com a roupa adequada, mas a sua sorte é ter uma estilista dentro de casa, sua irmã. Além disso, ela já tinha uma elegância própria, o que não passava despercebido pelos olhos de Laura.
Camila percebeu pelo modo que trataram a Laura, que ela frequentava o restaurante, se não estiver louca podia jurar que ouvi um suspiro da recepcionista quando Laura a cumprimentou e uma mordida de lábios nada discreta.
Sentaram uma de frente para outra e sorriram feito boba.
- Parabéns pelo trabalho, eu fico impressionada que até sábado a gente não se conhecia. Você é querida na redação – Laura e sua mania de falar de trabalho para puxar assunto com alguém.
- Eu também não entendo a gente nunca ter se visto. Mas como você era repórter... talvez seja por isso.
- É, talvez. – Laura respondeu de modo sucinto.
Camila percebeu que os pensamentos de Laura foram para longe.
Laura evitava o máximo possível ficar longe da bajulação da redação. Para não puxar o saco diretamente dos chefes, as pessoas preferiam agradar a filha, o que nunca funcionava. Era por isso que Laura aparecia pouco na redação. Quando precisava ficar lá, ia para o lugar que fosse mais isolado possível com seu notebook, raramente ela estava em sua mesa.
O garçom anotou os nossos pedidos e Camila começou a pensar no quanto a Laura era encantadora e muito refinada. Laura tinha um jeito meio robótico, fazia tudo com muita precisão.
Laura cansou daquele jogo de ir com calma, de repente teve a certeza de que poderia sim se envolver com a garota de lábios encantadores.
- Você tem namorado?
- Não... e você? – Camila não sabia se queria revelar a minha sexualidade assim, ali.
- Eu também não. Mas, o normal é eu ter namorada, entende?
Camila sorriu. Sim, ela era lésbica.
- Completamente! Digamos que temos o bom gosto de gostar da mesma fruta.
- Então, deixe-me reformular a pergunta: Você tem namorada?
- Não, não tenho.
- Que absurdo... - deu-se um silêncio. - Será que você aceitaria jantar comigo na sexta?
O olhar de Laura interrogava a Camila com um brilho indescritível. Ambas estavam entorpecidas com o clima. Por fim a Camila respondeu:
- Um convite irrecusável, é claro que aceito.
- Então até sexta você me passa seu endereço, vou te levar ao melhor restaurante do Rio de Janeiro.
Terminaram de almoçar felizes, com a certeza de que não iam acabar com a história ali ou acabar por ficarem só amigas de redação. Voltaram à labuta juntas, quem passava por elas sentiam um clima diferente.
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A semana foi corrida para Laura e Camila. Elas trabalharam juntas durante todo tempo, trocaram olhares, abraços espontâneos e pequenas conversas sobre a vida. Nem Laura e muito menos Camila tentaram avançar algum sinal, nem ao menos um passo a mais. Ambas agiam de modo mais profissional possível.
Finalmente a noite de sexta-feira tinha chego. Laura estava se aprontando no seu quarto para o jantar que marcaram no almoço de segunda-feira.
A Laura nunca saiu para jantar com outra pessoa. Não um jantar que parecia um encontro como aquele. Quando convidava alguém era para uma balada ou barzinho, nada muito formal. Ela queria impressionar a Camila, colocar um lado que ninguém conhecia para fora.
Depois de pensar em muitas roupas e combinações, Laura optou por um vestido básico na cor vinho, solto e que ia um pouco acima do joelho. Para os pés, preferiu um scarpin preto de salto médio que a deixava mais elegante. Gostou do resultado da combinação e prendeu seu cabelo, já a maquiagem ressaltava seus olhos.
Batidas na porta do quarto fizeram Laura parar de se auto analisar no espelho e no instante seguinte ela autorizou a entrada.
- Nossa! Como está linda filha! Vai sair? - Sua mãe estava de queixo caído, realmente tinha gostado do resultado
- Uhum. - não queria dar muitas explicações.
- Pelo jeito vai para um passeio especial.
- Vou jantar.
- Com alguém?
- Uma amiga.
- Futura nora?
- Não, ela é só minha amiga.
- E desde quando você se arruma desse jeito para sair com uma amiga, ainda mais para jantar? - sorriu - Sabe que esses dias eu até comentei com o seu pai que estava na hora de você namorar sério...
- Da minha vida cuido eu. Boa noite.
Laura deu as costas e saiu do quarto. Como sempre, correu pela casa e só parou quando pisou na garagem.
Com um pouco de pressa, Laura dirigiu na velocidade máxima permitida pelas ruas do Rio de Janeiro. Chegou na portaria do prédio onde Camila morava no horário combinado e pediu para o porteiro avisar que estava aguardando-a.
Passaram-se eternos 8 minutos e Camila apareceu. Laura piscou algumas vezes e babou. Camila estava de vestido azul colado no corpo, com as suas costas nuas e um decote discreto, mas que despertava qualquer imaginação. Seu bom gosto para roupas não passou despercebido pela Laura que já tinha notado durante a semana que ela sabia se vestir como ninguém, daria uma ótima modelo.
- Oi - Camila disse timidamente, gostando da reação da Laura.
- Boa noite senhorita Sullivan.
Camila gargalhou, o que foi música para os ouvidos da jornalista de política.
Durante todo o percurso para o restaurante elas conversaram sobre o dia a dia na redação. As garotas procuravam o olhar uma da outra, pareciam querer algum sinal de que estavam sentindo o coração bater descontroladamente.
...
- Esse restaurante é lindo, Laura. Olha essa vista!
Camila estava encantada com a vista para a cidade do Rio de Janeiro. Laura escolheu um restaurante que era no terraço de um famoso prédio próximo a baía de Guanabara.
- Nem reparei na paisagem, meus olhos não conseguem parar de olhar para você.
Laura começou a investir pesado em Camila.
- Assim eu vou ficar sem graça, Laura.
- Você é sempre muito tímida assim?
- Quando sou pega de surpresa sim.
- Então se segura porque eu vou te elogiar mais uma vez: Você é a garota mais bonita que eu já conheci na minha vida.
- Até parece, garanto que você já teve muitas namoradas mais bonitas do que eu.
- Não, não tive.
Camila não sabia se pulava de felicidade ou se ainda continuava cautelosa. É claro que ouvir aquilo da Laura foi o céu, mas algo dentro dela pedia para ir com calma. A verdade é que Camila estava morrendo de medo dos elogios da Laura serem só da boca para fora, serem só uma forma de ser levada para cama pela filhinha dos patrões.
Então com muito custo, Camila se esquivou de todos os elogios e cantadas durante o jantar. Mas mesmo assim, o jantar foi incrível. Elas se conheceram mais e descobriram que eram tão diferentes. Aliás, as diferenças eram gritantes entre elas. Entretanto, ao invés de se afastarem, sentiam-se cada vez mais atraídas.
Fim do capítulo
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NovaAqui
Em: 02/07/2017
Laura foi direta kkk deixou Camila tímida, porém Camila está certa ir com calma. Apesar de Laura ter gostado dela não pode ir se entregando assim
O Carlos foi perspicaz. Percebeu o interesse da filha pela nova repórter
Gostei demais desses dois capítulos
Abraços fraternos procê!
Resposta do autor:
Que bom que gostou. Muito obrigada!
Abraços para você também!
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