Maktub por Dayramazotti
oi meninas, desculpem a demora, mas meu pc deu um b.o, e para compensa las, postarei dois capitulos... espero que gostem, beijo grande e boa leitura.
Capítulo 4
LAURA:
Ouvi meu celular tocando ao longe, corri para atender e quando vi quem era meu sorriso se iluminou, ela tinha esse dom sobre mim. Desde quando a conheci, minha vida nunca mais foi à mesma, aquela loirinha estava sempre de bem com a vida, me ajudava em tudo que fosse possível, sempre atenciosa, a melhor amiga que poderia ter. Sem ela não sei como teria suportado a barra que estava passando, meus pais haviam se divorciado um pouco antes de conhece lá, e sua companhia me ajudou a superar. Passávamos horas ao telefone e ela sempre com palavras de incentivo, dizia que se o amor havia acabado melhor cada um seguir seu caminho, pois meu pai já estava com outra pessoa e isso me deixava chateada. Ela me ajudou a entender que nem sempre escolhemos quem amar, mesmo que tentamos esconder esse sentimento, um dia ele vem à tona.
Antes da sua ligação, cogitei chama-la para ir ao cinema, mas não sabia se aceitaria, afinal era o meu primeiro encontro com Henrique, e temi deixa lá de vela e quando mencionou que era ideia do Rafa, aceitei prontamente. Fui logo dizendo a hora pra nos encontrarmos e antes mesmo da resposta, desliguei. Corri para me arrumar, estava ansiosa, e tentando me controlar ao máximo para que isso não transparecesse.
Passava um pouco mais das 19h40min, quando ouvi o interfone tocar, dei um beijo em minha mãe, esta me dissera que dormiria na casa da vovó, pois ela havia passado mal durante o dia e não poderia passar a noite sozinha. Desci apressada ao encontro dele, avistei o do outro lado da rua, estava parado encostado em seu carro e pude notar o quanto ficava lindo com aquela camisa azul e bermuda em tom claro, contrastando com sua pele morena, deixando o ainda mais com cara de mauricinho, nos cumprimentamos e partimos. Chegamos um pouco mais das oito e avistei os dois ao lado da porta nos esperando, Ana me olhou de uma forma diferente, como se aqueles olhos verdes fossem capaz de enxergar minha alma, senti um frio percorrer minha espinha e não consegui sustentar o olhar, aquele vestido preto deu a ela um ar de famme fatale, e por onde passava todos a olhavam me deixando um pouco enciumada. Sacudi a cabeça jogando para longe esses pensamentos estranhos, nunca antes havia notado o corpo de uma mulher e muito menos sentia ciúmes, mas desde que me aproximei dela, tenho tido esses rompentes de sensações que por muitas vezes já me deixou desnorteada.
Ao nos ver, vieram ate nós, e juntos fomos ao cinema comprar nossos ingressos, para minha infelicidade escolheram o filme de terror, tinha certo medo, principalmente para dormir sozinha, queria mesmo era assistir a animação, mas todos zoaram me chamando de menininha da mamãe, fiz cara de paisagem, juntei toda a minha coragem e partimos pra a sala em que o filme era exibido. Ana estava mais calada que o normal, fiquei tentada a saber o que estava acontecendo então fiz os meninos trocarem de lugar para que eu pudesse ficar ao seu lado, quando criei coragem para perguntar o que havia de errado o filme começou e na primeira cena de terror, segurei sua mão.
Ao meu lado, Henrique me olhava sem parar, e quando menos o esperei me beijou, e nesse momento ela soltou minha mão e se encostou ao namorado, ainda bem que estava escuro, senti minhas bochechas queimarem e não sei se de raiva, ciúmes ou vergonha. Foi então que minha ficha caiu, estava com ciúmes dela, mas não era um ciúme qualquer, era algo possessivo, como se ela fosse minha e alguém a tivesse tirando do meu alcance. Voltei minha atenção ao filme, este por sua vez demorou uma eternidade para acabar.
Eram quase dez e meia quando saímos do cinema, ouvi-os combinando de irem até um barzinho, estava fazendo um calor abafado e tomar uma cerveja não seria ruim, ainda mais que precisa espairecer minha ideias.
Fim do capítulo
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