Meu doce desejo por Aness
Domingo em família
Saímos da social do Manezão, às 23:30h. Cara, eu não deveria ter ido. Teria sido melhor se tivéssemos reunido a galera e feito maratona de filmes e séries, como fazíamos antigamente. Teria me evitado essa sensação horrível que estou sentindo, esse embrulho no estômago, ninguém merece; a cabeça pesada então, nem se fala...
- Cara, pior social da minha vida! – Diz Carol de olhos fechados dentro do Uber.
- De nossas vidas, você quis dizer né?! Pelo amor, eu sabia que não podia dar coisa boa, Marcos tenebroso Aurélio, é mau agouro. - Digo com a cabeça encostada ao vidro.
- Concordo com a Di. Não deveríamos ter ido. - Fala Bianca, que também está passando mal. Essa social só pode ter sido batizada!
- Ain, gente! Parem tá?! Estou sentindo que daqui a pouco, vão querer me acusar de ter forçado a ida de vocês. - Queixa-se Carol.
- Relaxa Carol, sabe que nunca te acusaríamos disso. Mas que foi culpa sua, foi! – Falo e não consigo conter a risada, da cara de indignada que minha amiga fez. - Ai, ai, minha barriga, não me olhe assim, que não posso rir, Carolina. Estou debilitada!
- Aff, agora euzinha aqui sou culpada até pela sua dar na barriga?! O que foi que eu fiz pra merecer essas amigas tão ingratas?! – Carol e seus dramas. Deveria ser atriz mexicana essa garota. Televisa está perdendo um talento e tanto.
- Menos Carolzinha, bem menos! Ai minha cabeça, está tudo rodando, façam o mundo parar que eu quero descer, por favor...- Choraminga, Bianca.
- Eu só quero minha cama. Acho que não irei nem tomar banho, vou me jogar direto na minha caminha! – Digo e as duas me dão um belo tapa na perna.
- Que nojoo! – Dizem juntas.
- Me deixem! – É só o que consigo dizer, antes de pedir para o motorista abrir o vidro e evitar uma catástrofe dentro de seu carro limpinho!
Entrei em casa o relógio já marcava 00:10h, tentando me equilibrar para não fazer muito barulho, porém bêbeda e passando mal, conseguir não esbarrar nos moveis se torna uma missão quase impossível.
- Diana, que susto você me deu menina!- Diz dona Marcela, ascendendo as luzes com uma feição de espantada.
- Desculpa, mãe. Não foi minha intenção acordar a senhora.
- Como se realmente eu conseguisse dormir antes da senhorita chegar né?! Me assustei porque você chegou colocando a casa abaixo.
- Me desculpe por isso também, mãe. É que estou assim, digamos meio tonta. Está meio difícil de me equilibrar.
- Vem, te ajudo a chegar no quarto são e salva, antes que você realmente coloque a casa abaixo. Depois vou fazer um café forte pra você.
- Mãe! Odeio café forte.
- Pensasse antes de ficar nesse estado dona Diana. Vai beber sim o café que vou lhe preparar, agora deita ai enquanto preparo, depois te ajudo a entrar no banho.
- Mãe?! Obrigada. – Digo antes dela sair.
Meio hora depois chega minha mãe com o tal purgante, ops,digo, café forte, super forte pra ser mais exata. E eu nessa meia hora de espera, já devo ter colocado até minhas tripas para fora. Não sinto nem mais dor na barriga.
- Toma tudo viu!- Ela diz me estendendo a xícara.
- Ain, mãe, isso é realmente necessário?!
- Para de palhaçada e toma logo esse café menina. Está pior do que quando era criança e não queria tomar remédio!
- Ta, ta, criança não né, dona Marcela, também não precisa ofender! Me dá que eu tampo o nariz e bebo de uma vez só.
- Isso. Tampar o nariz é bem adulto! Vai logo, numa golada só.
- Aff que treco horrível! Quero mais não! – Reclamo logo depois de ter ingerido apenas um pequeno gole do café.
- Mas é um bebê mesmo! Toma logo isso e para de frescura, Diana! Quem mandou beber desse jeito?!
Depois de 20 minutos tentando ingerir o aterrorizante café, eu consigo finalizar com êxito e entrego o copo orgulhosa para dona Marcela.
- Viu?! Nem foi tão ruim assim! – Diz ela rindo das minhas caras e bocas.
- Foi não, imagina! Estava delicioso, obrigada mãe a senhora é o máximo! Agora me ajuda a entrar no banho? Acho que meu cheiro está se igualando ao odor desses caminhões de lixo, que passam aqui na rua.
- Está bem parecido mesmo. Vamos logo tomar esse banho, e dar um alivio para o meu pobre nariz!
Agora sim, limpinha e cheirosa. Finalmente já posso dormir! Eita noite terrível.
- Boa noite meu amor. Se precisar de algo, me chame! – Diz minha mãe logo depois de se certificar que eu já estava deitada.
- Não vou precisar não mãe, mais uma vez me desculpa por todo esse trabalho! Boa noite, te amo!
- Não foi trabalho nenhum! Também te amo, vê se agora dorme. – Ela me dar um beijo na testa, apaga a luz e fecha a porta.
Depois que minha mãe saiu, me vem a memória, os acontecimentos da noite. E fico pensando na coincidência do mala do Marquinhos morar no mesmo prédio que a Juh. É, acho que a única coisa boa que essa bendita social me trouxe, foi poder encontrá-la. Não sei por que, mas gosto dela. A companhia dela me faz bem. Apesar de não conhecê-la, ela me parece uma boa pessoa. E sempre agradeço aos céus, quando encontro pessoas boas pelo caminho. Será que ela é casada?! Bem ela disse naquele dia do teatro que não namorava. Alias por que será que não namora?! Ela é linda. Deve ter filas de pretendentes! Será que é daquelas que não gostam de compromisso?! Deve ser... Será que tem filhos?! Aff Diana, para de ser mexiriqueira e durma mulher!
O domingo passou tranquilo. Acordei 13h, totalmente cheia de fome, dona Marcela tinha feito macarronada, um dos meus pratos preferidos. Comi tanto, que quase voltei a passar mal. Depois do almoço ficamos na sala assistindo filmes. Dona Marcela, Robs e eu. Passamos uma tarde agradável. Às 17:30h Rodrigo aparece de banho tomado e com tanto perfume que precisei abrir a casa, para não sufocar, estava todo animado para o tal encontro com a “gatinha” dele.
- Alguém me ajude... Não consigo respirar!- Implico com ele.
- Há, há, há! Muito engraçado. Já pensou em fazer comedia Diana?! Não?! Está certa, não pense, pois certamente morreria de fome. Porque suas piadas não tem graça nenhuma irmãzinha! – Rebate ele.
- Pois fique sabendo o senhor que eu super tenho talento para comédia, simplesmente não me interessa usá-lo com você.
- Credo. Tá vendo mãe, eu aqui super feliz e ela me dando um banho de água fria.
- Calem a boca os dois e me deixem ver o filme! E o senhor se apresse. E não esqueça, no máximo 22:30h em casa.
- Credo mãe, a gente tem que rever esse horário ai. Quando a noite começa a ficar boa, tenho que voltar pra casa? Assim não dá. – Reclama Rodrigo.
- Não vamos rever horário nenhum! E se reclamar, vai ficar sem encontrar com a gatinha.
- Tá, tá. Deixa eu ir logo então. – Diz ele e vem nos dar um beijo, como sempre faz, antes de sair de casa.
- Juízo em seu Rodrigo. E não esqueça a camisinha. – Implico.
- Tá ai, uma coisa que nunca esqueço. Fui!
A noite chegou e minha mãe e eu continuávamos no mesmo lugar! Estendidas no sofá. Nessas horas sempre me bate uma saudade do meu pai. Ele era o que mais curtia esses momentos em família.
Hoje não vou sair. Amanhã é dia de trampo e tenho que está disposta. Pra isso preciso dormir cedo. Fui para quarto às 22h. Tomei meu banho e me preparei para dormir.
Às 06:00h eu desperto desesperada. Só pode ser brincadeira. Eu dormir com as galinhas e ainda consigo acordar atrasada. E agora o que vou fazer? Mal entrei na empresa e já vou colocar um atraso pra conta. E para piorar, as meninas disseram que a cobra peçonhenta não tolera faltas, nem atrasos. Parabéns Diana, você vai conhecê-la em grande estilo!
Chego na empresa 07:45h, ou seja, 45 minutos de atraso. Corro para sala, e quando entro e cumprimento o pessoal, Joyce me avisa que a chefe deseja falar comigo. Que droga, essa mulher sente cheiro de atraso? Estou ferrada.
E agora o que eu digo? Ela vai perguntar o motivo do atraso, isso é óbvio! Vou dizer que teve um acidente no caminho. É, e o engarrafamento triplicou. Ou digo que o busão quebrou ou ... ai, ai, ai. Não vou conseguir dizer nada disso - penso enquanto caminho em direção ao bendito escritório, que nem sei ao certo onde é. Bem, depois de seguir as instruções de Joyce, me deparo com uma grande e luxuosa sala. Sim, já estou olhando para ela, pois bati umas 10 vezes e como ninguém disse nada, entrei, e enquanto estou analisando o local...
- Gostou? – Que susto! Estava distraída olhando a decoração quando ouço aquela voz familiar atrás de mim.
Fim do capítulo
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EriOli
Em: 20/06/2017
Aleluia já não era sem tempo! Agora eu é que estou ansiosa por este encontro!
Seria muito, pedir que não demore? rsrsrs
Há braços!
Resposta do autor:
Boa noite Eri!
Eta pessoa ansiosa kkkk
Pode deixar não demorarei, logo sai o próximo, prometo kk
Obrigada por comentar
Beijoos
Aness
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