Capítulo 11: Momento tenso
Enrolei-me na toalha, que a essa altura estava no chão, Bruna puxou a coberta para cobrir seu corpo para poder abrir a porta. Gabi passou por ela como um furacão, sua expressão era de pânico, fiquei assustada e corri para junto dela, querendo saber o que era.
-- Fala logo e de uma vez! -- senti a mão de Bruna me apertando o braço, parecia mais ansiosa do que eu.
-- Assaltaram a casa dos seus avós, seu Beto me ligou avisando agora, bateram no seu avô com o cabo de revolver e deram uns socos, mas ele está bem agora, seu Beto chamou uma ambulância e a polícia.
-- Como é? -- sentei na cama abalada.
-- A situação é estável, mas precisou levar pontos, ele está no hospital e sua avô foi medicada pela pressão que subiu.
-- Vou encontrá-los -- falei.
-- Eu irei com você! -- Gabi falou.
-- Eu vou também claro -- Bruna disse.
-- Ok, mas calma amiga! -- Gabi sentou-se do meu lado -- Eles estão bem, toma um banho e se troca, vou chamar os meninos, o pior já passou.
-- Obrigada Gabi, vai lá! -- ela beijou minha testa e saiu do quarto.
Olhei para Bruna e seus olhos estavam marejados, abracei-a, buscando força também, poderia tê-los perdidos.
Busquei meu celular e o liguei, havia algumas chamadas, inclusive de seu Beto, ele era o caseiro que trabalhava para vovô. Como meu celular estava desligado pelo trato que tinha feito com Bruna ele não conseguiu contato.
Disquei o número dele e logo me atendeu.
-- Sou eu seu Beto, como meus avós estão?
-- Oi, dona Lívia! Olhe, eu estou no hospital com eles, mas eles estão bem não se preocupe.
-- Isso me alivia seu Beto, como aconteceu? E os seguranças não estavam?
-- Foi rápido demais senhora, rederam os dois seguranças e invadiram a mansão, eles queriam a coleção de revolves e rifles do seu avô, como ele demorou a entregar bateram nele, ainda levaram o carro, os uísques todos, televisão, celulares, quadros e viraram a casa.
-- Você estava na hora? Os seguranças estão bem?
-- Estão sim, eu tinha saído, quando voltei encontrei o portão aberto e achei estranho, quando entrei encontrei seu avô caído e sangrando foi quando chamei a ambulância e a polícia.
-- Vovô e vovó estão em um quarto?
-- Seu avô está levando pontos e sua avó eles deram um calmante, está em um quarto sim.
-- Estou indo agora para aí -- desliguei.
E saí mesmo, mas antes tomei banho rápido e a Bruna também. Júlio e Marcelo estavam dominado e acordaram, nosso feriado estava cancelado, todos queriam me acompanhar e ir visitar meus avós. Os meninos e as meninas ficaram preocupados e mesmo eu insistindo para ficarem eles vieram comigo. Bruna fui dirigindo, dizia que eu estava nervosa, até aceitei que ela dirigisse, já que os meninos e as meninas haviam bebido e eu também. Mas estava muito lúcida e depois da notícia fiquei ainda mais.
O caminho todo meus amigos conversavam para me distrair, não parava de pensar nos meus avós.
-- Eles vão ficar bem, nós estamos ao seu lado -- Bruna me falava toda hora.
Depois de duas horas chegamos ao hospital, não era o ambiente que eu gostava. Entrei com minha turma no hospital, caminhamos procurando o setor e alguém para nos informar, vovô e vovó estavam no primeiro andar. Lá fomos nos seis entrar no elevador, os meninos falavam alto, tentando distrair o momento, mas eu estava agoniada por não encontrá-los logo.
Quando enfim encontrei seu Beto me senti aliviada, ele disse que eles estava no quarto, estavam me esperando para irmos embora, pois eles já haviam sido liberados.
Quando entrei no quarto e vi vovô me deu vontade de chorar, seu supercilio estava ponteado e ao redor do seu olho direito estava inchado e roxo, havia levado alguns socos, já minha avó estava sonolenta pelo calmante e deitada na cama.
-- Vovô irei levá-los para meu apartamento -- falei o ajudando a levantar da cadeira.
-- Não filha, quero ir para casa.
-- Tá bom então vovô, iriei dormi com vocês hoje.
Antes de sair passei na recepção para resolver a forma de pagamento, se usaria o plano de saúde ou não, queria saber mais detalhes de como tudo aconteceu, mas não era o momento de fazer certas perguntas a vovô.
Eu fui de taxi com vovô, vovó e seu Beto. Bruna, Marcelo, Júlio, Neide e Gabi foram no carro de Marcelo, como estava de madrugada chamei todos para dormirem na casa dos meus avós.
No caminho vovô ainda dormia, o pessoal no hospital deram um calmante, disseram que ela estava muito agitada.
***
Quando cheguei na casa dos meus avôs percebi que não foi uma boa ideia dormir lá, a casa estava revida ao avesso, os móveis da sala estavam alguns quebrados, outros revirados, como: mesa, sofá e centro, havia muitos cacos de vidro ao chão.
-- Leva eles para o quarto que darei um arrumada aqui com as meninas! -- Bruna me falou.
-- Vamos vovô?! -- chamei.
-- Amiga levo sou avó -- Marcelo falou a pegando no colo, ela continuava dormindo.
Marcelo levou vovó e eu ajudei vovô a subir as escadas, segurei em seus braços. No quarto o ambiente não estava muito diferente da sala, muitas roupas espalhadas, móveis revirados. Marcelo me olhou e entendi o que ele queria dizer, realmente tinha que levarmos para meu apartamento, mas não queria discutir com meu avô naquele momento. Ajudei-o a deitar na cama ao lado da minha avó que Marcelo já havia depositado.
-- Vô estarei aqui no quarto ao lado, tente descansar tá?! -- tirei seu sapato e beijei sua mão.
-- Está bem filha.
Deixei a porta um pouco aberta e desci com Marcelo.
-- Viraram tudo, será que foi apenas um assalto? -- Marcelo questionou.
-- Não sei, mas tudo isso é muito surreal.
Na sala as meninas tinham dado um jeito, conversavam e eu avisei que iria até a casa de seu Beto que fica na parte de trás, depois da área do jardim e piscina.
Ela me recebeu e entrei.
-- Como estava tarde não chamei Maria para arrumar as coisas.
-- Tudo bem seu Beto, pessoal deu uma geral não se preocupe.
-- Onde estão os seguranças?
-- Estão lá na cabide do portão, receosos, foi um susto para todos.
-- Tá bem, amanhã converso com eles e quero saber mais detalhes, vai descansar e muito obrigado! -- abracei-o e me despedi o tranquilizando que meus avós estavam bem.
De volta a sala meus amigos ainda conversavam.
-- Gente podem ir descansar, obrigado por tudo! Os quartos estão abertos -- falei.
-- Até amanhã amiga! Quero uma banho mesmo! -- Júlio puxou a mão de Marcelo.
-- Boa noite gatas! -- Marcelo falou, os dois saíram beijando cada uma e subiram.
-- Vamos também né? -- Gabi chamou Neide.
-- Vão lá, obrigado meninas! -- agradeci mais uma vez.
As meninas também se despediram, ficando eu e Bruna.
-- Vamos? – chamei dando-lhe minha mão.
Fomos para meu antigo quarto, mas antes parei no corredor e dei uma olhada no quarto dos meus avós, ambos dormia.
-- Vou precisar contratar uma enfermeira -- falei entrando no meu quarto.
-- Acho que precisa mesmo.
-- Quero levar eles para ficar uns dias comigo -- falei tirando minha roupa.
-- É uma ótima ideia, agora vem! Vou te dar um banho e você tem que dormir um pouco, daqui a pouco o sol nasce e você terá que resolver muitas coisas ainda -- Bruna também havia tirando a roupa dela.
-- Hum... Nem me lembre, mas quero esse banho! -- pisquei.
-- Você tá com a carinha tão cansada que não consigo acreditar que ainda quer terminar o que estávamos fazendo antes de tudo isso -- falou me abraçado.
-- Realmente estou cansada por agora, mas depois eu termino o que estávamos fazendo antes, mas vamos tomar banho que quero dormir abraçada com você.
Tomamos banho, um banho bem rápido, bem que eu queria ficar na banheira com Bruna, mas meu corpo pedia repouso.
Deitamos na cama e pensei em muitas coisas, Bruna já dormia ao meu lado. Ficava a olhando, pois meu sono demorou a chegar. Vi o sol já alto quando consegui dormi.
Acordei estava sozinha na cama, mas o barulho no banheiro denunciava que Bruna estava lá.
-- Posso entrar? -- falei chamando sua atenção.
-- Vem!
Bruna era tão sexy que um simples ato de se ensaboar me desconsertava.
-- Mas não vamos fazer nada demais, seus avós já acordaram.
-- Você os viu?
-- Vi sim, eles perguntaram por você, falei que viria tomar banho e te acordaria.
-- Eles estão bem?
-- Dormiram bem, sua avó está melhor, a pressão está normal, mas seu avó está com uma dor de cabeça devido os pontos, já contratou uma enfermeira, um amigo dele indicou.
-- Vovô é rápido! -- ri.
-- Igual a neta, pode tirar a mão daí!
-- De onde?! -- beija-a para não responder, eu pegava em seu bumbum puxando mais seu corpo ao encontro do meu.
-- Para, amor! -- ela disse e percebeu que me chamou de amor.
-- Eu gostei! -- falei sorrindo.
-- Gostou? Mas de qualquer forma vamos sair desse banheiro.
-- Ah! Só saio se me chamar de amor de novo!
-- Eu te amo, sua boba! -- beijou-me -- Vamos sair?!
Fim do capítulo
Boa tarde, meninas!
Depois de um capítulo tenso, resolvi concluir com uma delcaração.
Bjss, até o próximo!
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cidinhamanu
Em: 19/06/2017
Olá Dyh!!
Põe tenso nisso!!
Estou achando que esse assalto foi uma vingança contra a Lívia, agora é descobrir se foi planejado pela mãe dela ou pela ex.
Bruna é muito fofa e essa declaração tirou um pouco da tensão...
Que bom que ela tem a Bruna e os amigos para apoiá-la...
Beijos e tenha uma boa semana!!
Cidinha.
Resposta do autor:
Olá, Cidinha!
O assalto é suspeito, pode acontecer de tudo em relação a mãe e a ex.
Lívia tem sorte de ter pessoas que gosta dela ao redor.
Bjss e obrigada!
Suzi
Em: 18/06/2017
Hummmm tem coisa de rato nessa assalto, coisa da mãe da Lívia? Mas porquê??Mistériooo
Bem as duas estão cada vez mais apaixonadas o que já é muito bom e ajuda a descarregar a tensão ne?? kkk
Resposta do autor:
Olá, Suzi!
Por enquanto é mistério o assalto, ainda tem muitas coisas para acontecer.
As duas são muito gente boa kkk, e ainda gostam de esquentar a temperatura, rs!
Bjss, até mais!
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Socorro
Em: 18/06/2017
Põe tenso nisso ...
esse assalto foi muito estranho isso aí ...
a Livia ganhou foi na loteria com a Bruna ela é mto fofa ...
boa semana !!!
Resposta do autor:
Olá, Socorro!
Foi um pouco tenso né? Possivelmente terá mais coisas envolvidas sobre esse assalto.
Concordo viu?! Bruna facilita e ilumina a vida de Lívia.
Bjss, até mais!
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NovaAqui
Em: 18/06/2017
Põe tenso nisso
Será que é coisa da ex Lívia? Sei não, parece coisa encomendada..
Que fofura essa Bruna. Lívia não pode reclamar, pois carinho e amor Bruna está dando muito para ela
Abraços fraternos procê!
Resposta do autor:
Olá, NovaAqui!
O assalto foi suspeito, pode ter sido algo bem mais elevado que um assalto.
Bruna é muito fofa, ajuda muito nesse momento difícil com tantas mudanças para Lívia.
Bjss, até mais!
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