Minha surpresa era total, nunca imaginei que Bruna era apaixonada por mim. Meu baque foi tão grande que fiquei sem ação, iria casar com alguém que me queria, e eu bem... Não correspondia ao mesmo sentimento, era uma situação delicada.

 

-- Atende esse telefone Lívia! -- Bruna chamou minha atenção, nem tinha ouvido tocar.

 

-- Alô! -- atendi perdida.

 

-- Bicha onde vocês estão?! Já deixei Neide e Gabi em casa, vamos indo para a nossa está?! -- era Marcelo.

 

-- Certo Marcelo, estamos chegando!

 

-- Certo gata, vou aproveitar o resto do domingo com meu boy e depois nos falamos.

 

-- Tá bom! Beijos!

 

 

Desliguei e fiquei olhando para Bruna, ela tinha um olhar um pouco triste, eu não poderia dizer eu te amo sem ama-la, não poderia fazer promessas ou mentir sobre algo que não sentia. Queria conforta-la, queria dizer palavras que eu não conseguia formular, minha mente estava bloqueada e não sabia o por que de ter ficado dessa maneira.

 

-- Vamos! -- ela chamou.

 

-- Podemos conversar depois? -- perguntei sem saída.

 

-- Não sabe o que dizer? -- ela perguntou.

 

-- Eu gosto de você Bruna, muito, mas qualquer coisa que eu disser que não for eu te amo não valerá apena. Entende? Eu fiquei surpresa, você poderia ter me contado antes, poderia ter tentado me conquistar. Você sabe que é uma pessoa fácil de se apaixonar. Como falei antes, não quero que seja algo de aparência, mas também não quero que você saia fazendo barraco igual hoje. Você acha que eu iria sair com ela? Claro que não. Acho que devemos conversar mais depois, é muita informação -- falei saindo com o carro, minha ideias já se misturavam.

 

-- Eu sei que não é fácil você saber disso, eu era sua amiga.

 

-- Você ainda é Bruna, não vamos deixar de ser, mas gostaria muito ter sabido de outra maneira.

 

-- Olha, eu pensei que poderia me mandar embora da sua vida...

 

-- Nunca faria isso Bruna -- nem deixei ela terminar.

 

Chegamos ao prédio, entrei e antes dela sair do carro a abracei.

 

-- Não vá pensar bobagens, estou com você tá? -- ela confirmou com cabeça.

 

-- Dei um selinho e saímos do carro.

 

 

No apartamento cada uma foi para seu quarto, eram muitas dúvidas para tirar e perguntas para serem respondias, mas não era o momento, teríamos muito tempo.

 

Poucos minutos depois Bruna entrou no meu quarto.

 

-- Posso deitar com você!

 

-- Vem?

Ela deitou-se e eu a puxei para um abraço.

 

-- Que horas você vai para o teatro? Não é melhor colocar o celular para despertar?

 

-- Passa o seu, o meu deixei no quarto -- entreguei-a, o plano de fundo era uma foto do meu aniversário em que nós duas estávamos juntas -- Ficou linda!

 

-- Pois é, nós duas somo um casal muito lindo!

 

-- Você se acha né? -- ela riu.

 

-- Nenhum um pouco! Eu sou, fazer o quê? -- ri -- Aquela garota vai está na peça?

 

-- Mirela? -- balancei a cabeça positivamente -- Vai sim, ela faz parte da equipe de figurino.

 

-- Então pode ocorrer incêndio?

 

-- Só se ela vier me encher, mas estou mais tranquila, nossa conversa me tranquilizou!

 

-- Que bom, vamos dormir um pouco? -- opinei -- Mas se quiser fazer outra coisa, aceito também -- ri da cara que ela fez.

 

-- Nossa, já está assim? Mas um beijo eu quero! -- ela me puxou pela camiseta e nos beijamos, um beijo não tão intenso, mas maravilhoso. Parei, por que se não...

 

Dormimos.

 

Acordamos com o despertador do celular, ela foi se arrumar para ir ao teatro e eu continuei deitada na cama.

 

-- Vim me despedir de você! -- ela falou entrando com um vestidinho preto.

 

-- Linda!

 

-- Obrigada! -- ela me deu um selinho.

 

-- Quer ir no meu carro? -- ofereci.

 

-- Adoraria! -- dei a chave e ela saiu.

 

Depois da saída de Bruna voltei a dormir, dormi bastante. Quando acordei tomei banho e fui procurar algo para comer. Meu celular tinha algumas ligações, inclusive da minha avó e minha ex Juliana que não tinha desistido ainda.

 

Liguei para vovó a tranquilizado que estava bem e fui comer alguma coisa.

 

Não havia sinal de Neide e Gabi, deveriam estar trancadas fazendo vocês sabem o quê.

 

“Tem strogonoff, só esquentar”’ -- era a letra de Neide em um bilhete na mesa.

 

Esquentei com arroz e acrescentei batata palha.

 

Comi, lavei meu prato e fiquei jogada no sofá.

 

Passei algumas horas vendo algumas series que nem percebi a hora.

 

-- Cheguei! -- Já era a voz de Bruna.

 

-- Já? Veio direto do teatro?

 

-- Sim, não quis sair com o pessoal. Disseram que a tarde foi uma prévia, agora que vão beber de verdade -- sentou-se ao meu lado, tirou as sandálias -- Jantou?

 

-- Jantei e você?

 

-- Comi umas coisas no camarim -- dei espaço e ela deitou-se no sofá.

 

-- Quer massagem nos pés? -- perguntei já o fazendo.

 

-- Obrigada, estava precisando!

 

Fazia a passagem nos pés e percebi ela fechando os olhos para aproveitar melhor, esqueci a TV ligada e subi minhas mãos por suas pernas massageando a panturrilha, chegava ao joelho e voltava aos pés, bem delicadamente.

 

Abandonei seus pés e a puxei delicadamente para deitar melhor no sofá, dessa vez deitei sobre ela, fui direto a sua boca, beijei-a com vontade, minha língua percorria sua boca, descia por seu pescoço, ia ao lóbulo da sua orelha, voltava a sua boca, não a deixando raciocinar. Minha intenção não era sentir aquele desejo todo, mas fazer o quê se sentia? Ela também sentia, essa conexão entre nós era enorme, não tinha como controlar essa vontade.

 

Meus beijos continuaram afoitos, desci para seu pescoço e continuei descendo, cheguei aos seus seios e não pensei duas vezes em afastar seu vestido que estava sem sutiã e abocanha-los. Seus seios eram médios, rosados, demonstravam muita excitação, passei a língua no biquinho a olhando, seu rosto comprovava o quanto ela estava me desejando, parei de olha-la ao vê-la fechando os olhos e aproveitei para ch*par com vontade, não queria ser selvagem e deixar marcas, mas minha vontade era grande, quando ouvi seu primeiro gemido não aguentei, me encachei entre suas pernas e desci minha mão direita para baixo, subir um pouco seu vestido. Não queria demorar muito para senti-la, voltei minha boca para colar na sua e minha mão continuava a desvendar seu corpo, cheguei a sua calcinha de renda e invadi chegando ao clit*ris massageando rapidamente, entrei com meus dedos em seu sex* que pulsava de desejo sem que ela esperasse. Bruna gem*u em minha boca e eu pedi:

 

-- Rebola para mim! Bem gostoso Bruna! Me mostra do que você é capaz!

 

Não foi preciso pedir duas vezes, Bruna sabia muito bem como rebol*r, aceleirei com um vai e vem, não aguentei ficar apenas com dedos e desci com minha boca para encontrar seu sex*, não tive nem tempo de tirar o vestido dela, queria estar beijando o seu corpo quando descia, mas o tecido do vestido não deixou. Apenas desci direto para seu sex*, passei minha língua no clit*ris rígido, ch*pei rapidamente e logo fui para sua vagin*, ch*pei cada lábio e introduzi minha língua o mais fundo que pude, depois acelerei meus dedos e a ch*pei ainda mais forte, dessa vez Bruna não conseguiu adiar seu gozo, veio forte e eu senti seu gosto delicioso.

 

Seu corpo ficou mole, subi, abracei, beijei seus lábios e fui, enfim, tirar seu vestido.

 

Tirei, vi as marquinhas do biquíni, tirei minhas roupas, meu corpo estava quente, não quis fazer uma longa pausa, quando Bruna abriu os olhos a beijei, parei e encaixei nossos sex*s, comecei a rebol*r devagar, queria goz*r e essa era minha posição favorita. Aumentei os movimentos e o contado foi maior, Bruna se ajeitou na posição que facilitava o movimento para nos duas. Ficamos assim até goz*rmos, coisa que aconteceu forte e momentaneamente. Deitei de costas no sofá e nossas pernas ainda ficaram ultrapassadas e encaixadas na posição.

 

-- Vamos tomar banho? -- chamei.

 

-- Vamos sim, eu no meu banheiro e você no seu!

 

-- Ah não, vamos no meu ou no seu, mas juntas!

 

-- Nem pensar! -- soltou nossas pernas -- Boa noite, Lívia!

 

Levantou-se nua, juntou as sandálias, vestido, calcinha e saiu rebol*ndo para seu quarto. E eu? Fiquei babando, juntei minha roupas e fui para o meu.

 

Tomei banho, deitei.

 

 

Já estava quase dormindo quando sinto um corpo encontrar ao meu, nem precisei abrir os olhos para saber quem era, apenas me virei para Bruna, ela logo depositou sua cabeça no meu ombro e me abraçou forte prendendo minha cintura, assim foi mais fácil dormir e dormimos agarradas.

 

 

Fim do capítulo