Luk passou o final de semana com a médica, aproveitou para fazer algumas compras e atualizar o guarda-roupas. Fez uma grande choradeira porque partiria, Clara como sempre só revirava os olhos. A semana começou forte para todos, a Dr voltou sua rotina de trabalho, tanto no hospital como clínica. 

 

- Como assim vai tirar alguns meses de férias? Júlia arqueou as sobrancelhas. 

- Isso que ouviu Júh! Por isso preciso de você aqui para deixar as coisas em ordem... Sofia continuou arrumando suas coisas. – Preciso de um tempo para me dedicar aos estudos para o concurso público de juiz! 

- Entendo... Os olhos da menina brilhavam. – Meu sonho! Disse em pequenos pulinhos. Sofia avaliou a menina de cabo a rabo. 

- Compreendo sua animação, mas lembre-se que é um processo bem demorado e complicado, além de difícil... Fechou sua pasta. – Agora vou para casa curtir minha filhinha e mais tarde a enjoada da minha esposa! As duas gargalharam. 

 

- Eu-Não-Acredito! Marcos estava surpreso. 

- Pode acreditar meu amor! Alexia sorria – No sábado estaremos lançando essa nova bomba para o mundo da moda.  

- Nossa amiga estou muito ansioso... Já abraçava a menina. Mas não passou despercebido seu olhar tristonho – Alexia Gardiman quero saber o que está acontecendo com você? Ela se fez de desentendida. 

- Já disse que estou bem Marcos, qual seu problema? 

- Meu problema é esse seu olhar triste, por mais que essa linda boca exiba um sorriso, seu olhar demonstra outra coisa... Alê suspirou, sentando-se em sua mesa. 

- Clara! Encarou o amigo que mudou de cor. – Eu já sei o que você vai dizer Marcos, mas... Ele não a deixou terminar.

- Alexia aí, aí, aí! Lançou um olhar furioso. – O que te falei sobre desenvolver algum sentimento por ela?

- Como se fosse simples manipular isso tudo né Marcos? Estava aflita. – Também não estou falando que estou apaixonada ou amando a Clara, vamos com calma! Só que... 

- Só que, não consegue resistir aos encantos daquele sorriso maroto e olhar travesso... Ficou sério. 

- Acho que sim,,, Baixou a cabeça. Ele caminhou até a amiga dando um abraço demorado. – Vamos focar no final de semana Mar, deixa ela de lado. Ele apenas fez o que ela pediu. 

 

A semana se arrastou. Clara estava feliz por ter voltado aquela velha rotina, mas na sexta-feira já pedia arrego. 

- Dois chopes, favor! Gritava Clara. – Você vai conseguir Sofia, não entendo sua choradeira... Encarou a menina. – Desde da faculdade que você sempre faz assim, faz um drama falando que não vai conseguir e quando chega no dia da prova sempre se dar bem! Bufou Clara. Sofia a encarou. 

- Estamos falando sobre um cargo e tanto Clara, não é para qualquer um... Pegou sua bebida que o menino trouxe. – É tão difícil a prova.

- Sabe que eu te odeio por isso? Sofia arqueou as sobrancelhas... 

- Ué Gente, me odeia pelo o que mesmo? 

- Sua cara de pau Sofia, no dia do concurso você passa depois chega com a maior cara lavada falando "Amiga conseguir", Agora eu não... Bebeu um pouco. – "Clara fala que vai se dar mal, Clara se dar mal!" Sofia gargalhava. 

- Para de coisa.

- Pode achar que é implicância minha, mas é somente a verdade... Provo com as provas das recuperações que fiz! As duas estavam animadas. 

- Mas mudando de assunto... Sofia a encarou – Vai no desfile da Alexia no Rio amanhã? Clara desviou o olhar. – Eu sabia! Sofia gritou. Clara a encarou. 

- Que foi isso Sofia? 

- Sua cara de bobona ao falar da Alexia... Bateu palmas. – Você está com a cara de 14 anos atrás! Gargalhou. Clara mantinha-se séria. 

- Não sei do que está falando Sofia, pode ser mais objetiva? 

- Sim amiga, super! Gargalhou – Alexia conseguiu penetrar nessa barrera que parecia de aço e concreto! Sorriu. 

- Você só pode está delirando... Não a encarou. 

- Te conheço há anos gatinha, sei muito bem o que se passa contigo... Respirou – Confesso que achei que era coisa da minha cabeça mas, depois do beijo que rolou entre vocês duas, você anda toda esquisita, e quando toca no nome dela, fica toda fechada. Clara agora a encarou para valer. – O dia da boate entregou... 

- E o medo? A fitou triste. 

- A gente tenta ser mais que ele... 

- E os outros sentimentos que te deixam covarde? 

- Tenta procurar os sentimentos que te deixam corajosa...

- E se acontecer novamente? Agora sim, estava totalmente triste. 

- Só tentando para saber... Clara permaneceu em silêncio. – Não estou falando que vai dar tudo certo, nem que será como um conto de fadas. Mas estou sugerindo que viva pela primeira vez em anos um sentimento que para você era quase impossível de nascer! Pensou um pouco. – Confesso que ainda estou fazendo a digestão disso tudo, pois nunca pensei, você se apaixonar pela Alexia, uma pessoa que nunca demonstrou interesse além do físico. 

- Acha que estou como? A Alexia está totalmente diferente, digo isso além do físico... Ficaram conversando por mais algumas horas. Era finalzinho de tarde quando Clara terminou de colocar as coisas no carro, iria para o Rio, os demais partiram no dia seguinte, excerto Alê e Mar que estavam lá organizando tudo.

A noite estava quase vencendo os poucos raios solares. Clara já avistava o Rio. Seu pensamento estava naquela morena que ultimamente estava te levando a loucura. Junto a ela tocava a música do seu maior ídolo - Gonzaguinha. 

E bem que viu o bem-te-vi,

A sabiá sabia já.

A lua só olhou pro sol;

A chuva abençoou

O vento diz "ele é feliz"

A águia quis saber

Por quê, por que, pourquoi será

O sapo entregou

Ele tomou um banho d'água fresca

No lindo lago do amor

Maravilhosamente clara água

No lindo lago do amor    

 

- Que diabra! Bateu no volante. Foi direto para a casa do Luk, ficou surpresa por ser confundida como sua namorada. Clara até tentou levar a mentira adiante, mas não resistiu e caiu no riso, os pais do jovem ficaram confusos e desconcertados, Lucas estava totalmente vermelho, porém, explicou logo que ela era sua amiga e acabou com as interrogações. A noite estava quente os dois foram a um barzinho em Ipanema, Clara não estava afim de mulheres, Lucas estava super desconfiado, mas também queria curtir a noite a sós com a Dra. Chegaram cedo em casa. Clara estava completamente exausta, caiu na cama e apagou. No outro dia os dois passaram correndo, malhando, nadando. Aproveitando o bom da vida. O tão sonhado desfile de Alexia estava chegando, e acreditem, era o assunto do momento, a elite brasileira da moda estaria presente, sem contar as internacionais. 

Clara e Lucas chegaram e encontraram os demais amigos em uma mesa, todos estavam impecáveis. Os convidados continuavam a chegar, aquele lugar estava totalmente lotado. 

- Pelos cosmos, quanta gente! Douglas batia palamas junto com Pedrinho. 

- Né? A Alê está arrasando... Andrezza falou saindo com Jeni, ia levar a sapeca ao banheiro. Clara olhava de um lado a outro, Sofia sabia muito bem o que aquilo significava - Alexia!

- Ela vem já aqui amiga, "guenta" o coração! Clara a fuzilou, Lucas a encarou juntamente com Júlia... 

- Que música agradável, vocês não acham? Procurou sair da saía justa, Sofia não suportou a performance da amiga. 

- Yara Martins! Douglas falou. – DJ badaladíssima. 

- Entendido. A conversa transcorria bem, quando Clara encontrou aqueles olhos negros a encarando, o sorriso estava encantador... A médica só conseguiu abrir a boca. Alexia conversava com um casal, ela estava totalmente linda, com uma blusa branca mostrando metade do abdome, na parte de trás estava totalmente rendada. O contorno dos seios eram visíveis. Uma saía longa aberta de um lado, e um salto totalmente alto. O cabelo preso com alguns fios amostra e uma maquiagem simples mas atraente. Foi em direção a mesa dos amigos. Clara teve a sensação que seu coração pularia fora em pouco tempo. Bebeu um pouco de água para buscar sanidade, seus pensamentos já passaram de segundas intenções. 

- Oi meus amores! A morena deu um belo sorriso.

- Olá Alexia! Todos, excerto Clara que estava em choque, responderam. 

- Meu Deus! Júlia levantou, abraçou a amiga. – Como está linda! Alexia era só sorrisos. 

- Obrigada Júh! Alguém a chamou. – Tenho que ir pessoal, encontro vocês no final, vamos dar início agora. Saiu andando divinamente bem! Não preciso dizer que Clara quase quebrava o pescoço. Começou, tudo estava encantador, os modelitos da Alexia já haviam virado notícia, a mídia da moda não perdoo nada. No fim de tudo aplausos e mais aplausos. Clara pensou em ir falar com Alexia, mas no meio do caminho sentiu uma tremenda raiva, pois a "famosinha" DJ lhe dera um beijo demorado, os fotógrafos registrando aquilo. Saiu pisando quente. Passou pelo pessoal da mesa a mil. Sofia ainda gritou por ela, porém, foi inútil, começou a segui-lá viu quando Clara esbarrou numa mulher. 

- Perdão! Clara disse, quando encontrou aqueles olhos, que conhecia tão bem, pareceu que tinha retornado a 13 anos atrás. Sofia notou quem era a mulher e correu até a amiga, ficando por trás. – Maria?! Disse num fio de voz. A mulher parecia chocada ao encontra-lá.

- Cl-Clara! As duas ficaram num olhar conectado por alguns segundos, até que um homem cortou aquilo.

- Pronto querida, aqui está! Entregava um pequeno lenço, a mulher desviou o olhar de Clara para o homem que parecia confuso. – Não vai apresentar? 

- Cl-Claro! Olhou para a Dra tinha um certa confusão em sua voz. – Clara este é meu marido Vinícius Leitte! Clara olhou bem para o rapaz que lhe estendia a mão com um sorriso amistoso, no automático o cumprimentou. 
- Muito prazer! O rapaz falou. – Te conheço por fotos! Sorriu o outro. 

- Se-Sério? A médica estava sem graça. 

- Sim, sua nova pesquisa é de grande ajuda para nós médicos! Aquela frase desceu como veneno na médica, encarou Maria que estava sem graça. 

- Fico feliz que ajude Dr Vinícius! Estou um pouco apressada. Apenas sorriu e saiu, Sofia que ia atrás recebeu um olhar da amiga, que lhe informava que não necessitava de seu ombro amigo no momento. 

 

Alexia estava conversando com Yara, quando a mesma lhe dera um beijo na frente de toda imprensa da moda.  Ficou surpresa de momento, porém retribuiu. Quando o beijo cessou notou a médica passando pelas pessoas como bala. – Que droga Yara! Pensou a estilista. Tratou de sair daquela confusão, informando que precisava verificar algo. Encontrou os amigos.

- Onde a Clara está? Júlia ficou surpresa com a pergunta!

- Hi problemas! O que houve, ela tocou fogo em seus modelos? Falou Andrezza toda debochada. 

- Não é nada disso, apenas quero falar algo com ela... Estava sem jeito, pelos olhares da Júh. 

- Alê, passou aqui como meteoro, Sofia saiu atrás dela... Luk levantou – Estavam ali agora... Pensou ele. A outra não esperou mais nada foi no rastro. 

Encontrou Sofia encostada a uma parede, olhava para duas figuras, na qual era Clara e outra mulher que Alexia desconhecia. 

- Quem é aquela? Falou encostando perto de Sofia. A outra lhe encarou. 

- Conhecidamente como "A ruína da Dra Clara". Tinha uma voz triste. Alexia abriu a boca, e apontou. – Ela mesmo! A que deixou Clara desse jeito... Alexia balançava a cabeça. Notou a fisionomia da médica, estava totalmente aflita. 

 

- Me deixa explicar Clara, por favor! A menina tentava encostar nela. 

- Não me toque Maria! Cuspiu fogo. – Não necessito de suas explicações... Ou melhor. Deu um sorriso torto. – Você explicou tudo naquele micro pedaço de papel, ou você esqueceu? Estava furiosa. 

- Eu tive que fazer isso Clara, entenda-me por favor... A menina estava chorando.

- Que papelão Maria! Depois de quase 14 anos... Mantinha seu olhar fixo no dela.

- Você está sendo incompreensível... Limpava as lagrimas. Clara fez sinal para sair quando Maria a segurou pelo braço. – Meu pai iria te matar Clara! Falou num fio de voz. A médica pareceu retomar um pouco de sanidade. 

- Eu vou lá! Falou Alexia, Sofia a segurou pelo punho. 

- Não faça isso Alê! Elas precisavam dessa conversa, por favor aguarde! Alexia notou aflição na voz da amiga, e retomou ao lugar!

- Co-Como é? Clara parecia não acreditar no que acabou de ouvir. Estavam numa varanda de madeira. A médica se apoio. 

- Isso mesmo que acabou de ouvir! Limpava as poucas lagrimas que rolavam. 

- Mas por que? Achei que eles aceitavam... Estava surpresa. A outra sorriu. 

- Em sua frente sim, mas por trás, não! Clara a fitou – Sempre tentaram me manipular quando você não estava, usavam de todos os meios para isso, mas ... Pensou um pouco – Nos amavam o suficiente para quebrar qualquer um deles... A menina sorriu. Clara continuava inexpressível. – Só que ele entendeu que não nos largaríamos, mesmo depois do ensino médio, mesmo tomando rumos em cursos superiores totalmente diferentes... Então usaram o meio sujo. Ela voltou a chorar novamente. – Meu pai me bateu muito um dia antes das defesas dos tcc's, depois mostrou uma arma e disse que seria para você caso não terminasse aquela "pouca vergonha". Clara continuava a encarando. – Eu não tive outra escolha... Se aproximou da médica, puxou sua nuca e sussurrou – Eu te amei cada segundo desde então, te perseguir virtualmente, assistir palestras ministrada por você, te desejei tanto meu amor! Clara fechou os olhos, o hálito da moça estavam tão próximo, sentiu seus lábios se tocaram, e pela a primeira vez, não sentiu nada. Era um beijo qualquer, não era mais aquela coisa apaixonante, sufocante que tinha na adolescência. 

- Eu que não ficarei vendo isso! Alexia foi saindo quando Sofia a puxou. 

- Alê, por favor fique. A menina não a escutou, continuou andando. 

Clara cortou o beijo, Maria parecia procurar alguma explicação lógica para aquilo... 

- Você foi fraca! Falou com um tom totalmente diferente. – Poderia ter me falado, sempre dei um jeito para tudo. A menina abriu a boca. – Agora sou eu que falo! Respirou – Como se uma estaca tivesse acertado meu coração, foi como me sentir depois daquela defesa! Tinha os olhos marejados. – Achei que tudo aquilo fosse apenas um trote seu, alguma briguinha besta por ciúmes, mas não foi Maria, não foi! Virou-se para a varanda, apoiando-se pelos ante-braços. – Dois meses chorando rotineiramente, te pedindo em orações, em ligações, mensagens, redes sociais, e você simplesmente me ignorou e evaporou de minha vida... Limpou a primeira lagrima. – Noites infinitas passei tentando te entender, e quando meu celular tocava na madrugada, meu coração acelerava. Olhou para a menina que chorava baixinho. – Não era você! Bebida e mulheres viraram meu consolo, queria sentir por um estante que poderia me torna uma pessoa fria e me tornei! Olhou para o mar. – Mas nunca deixei de chorar por você. A faculdade... De um sorriso torto. – Perdi as contas de quantas vezes perdia os conteúdos pensando em você, e lá ia eu repôr tudo de novo. Foi um sufoco. Troquei mais de bocas do que notas de dois reais em todos esses anos... E a cada dia mais revoltada ficava, era uma ferida sem cura... A encarou...

- Eu sinto tanto! Chorava.

- Eu também! Deu um sorriso amarelo. – Foi por ele que me deixou? A menina a encarou. Não respondeu. – Responda! Gritou a médica. 

- Sim Clara. 

- Quantos filhos vocês têm? 

- Um casal. O menino com 11 Anos e a menina com 9 Anos... Viu um sorriso torto se formar no rosto da Dra. 

- Queríamos um casal... Cuspiu na água. A menina se aproximou. 

- Clara não é tarde, podemos concertar tudo isso... Tocou em seu ombro. – Agora tenho forças o suficiente para ficar com você e enfrentar tudo e todos. Clara gargalhou... A outra pareceu não entender. 

- Há, quer dizer que não é tarde? Tinha um sorriso cínico. – É tão tarde quanto loucura fazer isso... 

- Como assim Clara, eu sei muito bem, que nosso amor não acabou assim, ainda continua em ambas... Clara sorriu. 

- Verdade! 

- Então meu amor? O que me diz... A menina se aproximou de Clara. 

- Acabou agora! A menina a fixou – Agora entendi que tinha acabado há tanto tempo que não me dei conta disso, precisava te olhar, beijar, para entender o que estava em mim há tempos Maria! 

- Isso não pode ser verdade Clara! A menina retornou a chorar. 

- Tão verdade, que quando te beijei, pensei no beijo de uma morena linda que notou por mim que não te amava mais! A menina ficou perplexa – É melhor você voltar para seu engomadinho. Acho que ele já está preocupado com seu sumiço repentino. A menina tentou puxa-lá para beijar, mas ela a segurou firme. – Escuta aqui! Tinha a voz alterada – Acabou, enfim acabou, continua sua vida, vou recomeçar a minha, e some do meu campo de visão! Os braços da menina estavam roxo do aperto que ela deu. Sofia quase foi interromper mas notou amiga soltando a outra. Que passou por ela como trem bala. Ela foi até Clara que continuava com um os olhos grudados no mar cor de breu. Encostou perto dela.

- Como está? A médica a fitou, tinha um olhar sereno. 

- Do jeito que você está vendo! Sorriu. 

- Inteira! 

- Isso! Nesse momento puxou a carteira do bolso, e abriu, pegou uma foto, estava tão velha que Sofia quase não identificou quem estava nela. Era uma foto de Clara com Maria, em uma viagem da escola que as turmas fizeram, Sofia lembrava bem aquele dia.

- Achei que tinha queimado todas as fotos dela... 

- Essa foi a única que não tive coragem de queimar.. Na foto Maria olhava apaixonadamente para Clara que tinha um sorriso travesso com um lagarto em sua mão. 

- Você tocou o terror com esse bichinho! As duas gargalharam. 

- Você ajudou! 

- Claro! Então ela foi rasgando lentamente a foto, logo os fragmentos do que antes era uma foto se esvaiu no ar. Depois Clara pegou um anel. Sofia pareceu não acreditar. 

- Ma-mas como? Clara sorriu novamente. 

- Nunca saiu de minha carteira... Olhou fixamente para aliança, viu o nome "Maria". – Agora sim... 

- Free Yourself! Sofia falou para amiga que sorriu. Soltou aliança se perdendo naquele mar ameaçador. 

- Sim amiga, agora estou livre! Sofia abraçou Clara, e ficaram por alguns minutos. Depois Soh informou que precisava voltar para ir para a casa dos pais do Douglas onde estavam hospedados, iria levar a Jennifer e Pedro. A festa transcorria perfeitamente bem. Clara ficou um pouco mais onde estava, depois decidiu voltar. Avistou no canto aquela Dj'zinha quase devorando Alexia em um beijo. Saiu em direção a elas, quase passava por cima de Lucas que foi questionar o sumiço dela. Cruzou os braços esperando as duas desgrudarem, quando finalmente Alexia a encara... Yara a olha confusa, mas sorrir. Clara sem falar nada puxa Alexia para ela.

- Mais o que é isso? Você está louca Clara? Alê se soltou dela. Yara logo interviu. 

- Que atrevimento garota! Clara a olhou fulminante. Depois deu um sorriso irônico. 

- Clara trate de se explicar, por favor, você está dando maior vexame... Alê estava aflita pelos olhares e câmeras que as fitavam. Yara se pôs na frente dela. 

- Deixa que eu coloco essa sem noção no lugar dela! Foi socar Clara, mas ela a deteve, apertando seu braço. 

- Clara! Lucas gritou. 

- Saía da minha frente ou eu vou te bater por todas as vezes que apanhei... Clara sorriu, a mulher se soltou. 

- Clara saía por favor! Alexia pediu apreensiva. Ela a olhou.

- Você vem comigo... A puxou e saiu, as pessoas abria caminho. Alexia se debatia, mas era inútil. 

- Clara Kings, eu juro que acabo com sua raça... Só você mesmo para conseguir estragar um dia como esse. Me solta Clara. A morena ficou aflita. Chegaram no hall de entrada. – Clara vou pedir para os seguranças agirem! Clara se voltou contra ela a puxando para um beijo, quando terminou encostou a testa na dela e olhou em seus olhos. 

- Eles podem até me tirarem, mas só conseguiriam isso tirando você e eu daqui... Alexia abriu os olhos depois do beijo que correspondeu perfeitamente. – A quem estou querendo enganar Alexia?  Estou loucamente apaixonada por você, não consigo pensar em outra coisa, até tentei negar de princípio, mas hoje eu sei que toda essa confusão de sentimentos dentro de mim, significa exatamente um louco amor. Alexia parecia que tinha petrificado. Clara ficou aflita com medo de não ser correspondida, e ter se equivocado em relação a Alexia. 

- Por que não vai procurar sua "Maria?" Deu um sorriso falso. A médica abriu um enorme sorriso. 

- Porque não posso beija-lá pensando em você! Clara a beijou novamente, dessa vez mais demorado. – Vamos sair daqui... 

- Por que? Você está ficando louca, estou em um evento importante, e todos está nos vendo e filmando isso... Alê sussurrou para a Dra. 

- Estou mesmo! Ficando louca de desejo por você, quero fazer amor com você e tem que ser agora. Frisou bem o "amor" Alexia adquiriu um sorriso. 

- Então me tire dessa que você nos colocou. Disse rindo. Clara apenas afirmou com a cabeça, soltou ela, e se voltou para os curiosos... 

- Aproveitem a festa, comes e bebes de graça, então não desperdicem nada, não é todo dia que se tem uma boquinha livre assim... Se voltou e saiu puxando Alexia que ria. Yara retornou para seu material de trabalho e continuou agitando a festa. No carro Alexia ria do jeito da médica, que dirigia e se encantava cada vez mais com aquela mulher. Nos sinais vermelhos a pegação era enorme. Alexia avisou para ela que estava hospedada em um hotel próximo e foram para lá. No elevador tentavam se conter pois tinha duas pessoas. As mãos bobas de Clara passeava pelo corpo da amada. Abriram a porta com uma dificuldade. Clara levantou Alê que passou as pernas na cintura da médica, rebol*va no abdome da Dra. A respiração de ambas estava ofegantes. – Como você é linda... A médica falava num fio de voz. Arrancou a blusa da outra, jogando-a em cima da cama. Parou um pouco e ficou encarando aquela visão – Doce tentação! Puxou a saia dela, que saiu facilmente, Alexia sem demora reverteu a posição tirando todas suas peças. Logo Clara já dominava, os beijos se tornaram cada vez mais sensuais, até que a Dra saiu beijando seu pescoço, e chegando aqueles seios perfeitos, apertou um e sugou o outro e repetiu isso várias vezes, Alê cravou as unhas na médica que deu um pequeno gemido, começou a contornar aquela barriguinha perfeita da estilista – Quero te conhecer por completa. Alexia lançou um sorriso safado. A médica desceu mais um pouco encontrou aquelas duas grandes tentações dos últimos dias, as pernas da morena, lindas, enormes, e suculentas. Mordeu perto do sex* da garota que se contorcia. – Me ch*pa Clara... Pediu num fio de voz. A dra sentiu seus pelos ficarem eretos, saciou o desejo da morena lhe sugando com vontade. Subiu novamente e beijando a morena inseriu sua perna entre as pernas dela, começou a pressionar um pouco. A menina estava descontrolada. – Como eu te desejei... Falou mordendo a pontinha da orela da médica. Clara desceu a mão para o sex* da morena que abriu com facilidade as pernas. – Te imaginei assim... A beijou – Completamente entregue a mim... Alexia sorriu. O fogo em ambas parecia aumentar inefavelmente. Era mais do que simples desejo era paixão envolvida naquilo tudo, uma urgência a ser saciada, sentimentos reprimidos. Clara começou a fazer movimento circular em seu clitóris, Alexia já não suportava mais tanta tortura. – Me fode logo Clara... A médica pareceu perder o resto de sanidade que tinha, e começou com estocadas frenéticas na morena, desceu novamente, agora usava de sua língua e dedos para deixar a outra em pura excitação. 

Fim do capítulo